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ESTATÍSTICA GERAL E APLICADA Hudson Teixeira da SilvaHudson Teixeira da Silva ESTATÍSTICA �Estatística é o conjunto de métodos e técnicas quantitativas que tem por objetivo a coleta, organização, descrição, análise ecoleta, organização, descrição, análise e interpretação de dados para a utilização na tomada de decisões. ESTATÍSTICA DESCRITIVA �É um conjunto de técnicas que objetivam descrever, analisar e interpretar os dados numéricos de uma população ou amostra.numéricos de uma população ou amostra. POPULAÇÃO E AMOSTRA População: é o conjunto de indivíduos ou objetos que apresentam pelo menos uma característica comum. Amostra: é a parcela da população selecionada para estudo. CAMPOS DE APLICAÇÃO �AEstatística encontra-se em quase todos os campos da atividade humana. �O Estado e a Sociologia têm necessidade de conhecer as populações por seus efetivos, por sexo, idade, estado civil, profissão, nacionalidade, etc. �Os serviços de meteorologia tão importantes para a navegação aérea e marítima, são essencialmente estatísticos, com seus estudos de temperaturas, pressões, quedas de chuvas, umidades, ventos, etc. �Na agricultura, a estatística serve como orientador seguro fornecendo informações sobre colheitas, rendimento das terras, valores da produção e outros.colheitas, rendimento das terras, valores da produção e outros. �Na indústria e no comércio podem-se comparar produções e volumes de vendas em relação ao total por região, estudar a situação dos mercados e suas tendências. �Grandes serviços a Estatística presta à Biologia desde o “homem médio” de Quetelet passando pela teoria da hereditariedade de Mendel, até as infinitas aplicações de hoje. �A Geografia conclui através de estudos estatísticos as densidades demográficas, correntes migratórias, clima, etc. �Na Informática também encontramos importantes aplicações, entre elas: avaliação de desempenho de redes de computadores, etc. �Na Inteligência Artificial, usam aplicações em redes neurais, artificiais e mineração de dados. ARREDONDAMENTO �Se o dígito a ser arredondado é seguido de um número menor que cinco, não é alterado. Se o dígito a ser arredondado é seguido de um número maior ou igual a cinco, é acrescido de uma unidade. Exemplo: Supondo que quero arredondar para: - a terceira casa decimal: - a segunda casa decimal: 3,1412555 ≈≈≈≈ 3,141 3,1412555 ≈≈≈≈ 3,14 4,266655 ≈≈≈≈ 4,267 4,266655 ≈≈≈≈ 4,27 FASES DO METODO ESTATÍSTICO a) Definição do Problema Consiste na: - Formulação correta do problema; - Examinar outros levantamentos realizados no mesmo campo (revisão da literatura); - Saber exatamente o que se pretende pesquisar definindo o problema corretamente (variáveis, população, hipóteses, etc.) b) Planejamentob) Planejamento Determinar o procedimento necessário para resolver o problema: - Como levantar informações; - Tipos de levantamentos: Por Censo (completo); Por Amostragem (parcial). - Cronograma , Custos, etc. c) Coleta ou levantamento dos dados Consiste na obtenção dos dados referentes ao trabalho que desejamos fazer. A coleta pode ser: - Direta - diretamente da fonte; - Indireta - feita através de outras fontes. d) Apuração dos Dados ou sumarização Consiste em resumir os dados, através de uma contagem e agrupamento. É um trabalho de coordenação e de tabulação. e) Apresentação dos dados É a fase em que vamos mostrar os resultados obtidos na coleta e na organização. Esta apresentação pode ser:apresentação pode ser: - Tabular (apresentação numérica) - Gráfica (apresentação geométrica) f) Análise e interpretação dos dados É a fase mais importante e também a mais delicada. Tira conclusões que auxiliam o pesquisador a resolver seu problema VARIÁVEIS �É toda característica que, observada em uma unidade experimental. É importante identificar que tipo de variável está sendo estudado, uma vez, que são recomendados procedimentos estatísticos diferentes em cada situação. A principal divisão ocorre entre as variáveis quantitativas e qualitativas. VARIÁVEIS QUANTITATIVAS �São aquelas cujos dados são valores numéricos que expressam quantidade, como a estatura das pessoas, números de acidentesa estatura das pessoas, números de acidentes em um cruzamento de uma rua de uma cidade. Elas podem ainda ser classificada em: VARIÁVEIS QUANTITATIVAS DISCRETAS �São aquelas em que os dados somente podem apresentar determinados valores, em geral, números inteiros.números inteiros. Exemplos: Números de filhos nascidos vivos, número de baixas hospitalares por paciente, etc. VARIÁVEIS QUANTITATIVAS CONTÍNUAS �São aquelas cujos os dados podem apresentar qualquer valor dentro de umapresentar qualquer valor dentro de um intervalo de variação possível. Exemplos: Peso, estatura, etc. VARIÁVEIS QUALITATIVAS �São as que fornecem dados de natureza não numérica. Neste tipo de variável, as diferentes categorias que a compõem podem ser obtidascategorias que a compõem podem ser obtidas segundo dois níveis de mensuração. NÍVEL NOMINAL �Como o nome implica, nesse nível diferencia-se uma categoria da outra somente por meio denominação da categoria.por meio denominação da categoria. Exemplos: Sexo, cor dos olhos, raça, etc. NÍVEL ORDINAL �Categorias, sendo que cada categoria mantém uma relação de ordem com as outras que pode ser ou não regular. Exemplos: Grau de instrução, sensaçãoExemplos: Grau de instrução, sensação dolorosa, que pode apresentar 10 gradações desde “nenhuma dor” até “insuportável”, Classe social (A, B, C..), etc. ORGANIZAÇÃO DE DADOS �Após a coleta de informações, é de fundamental importância que busque a massa de dados apurada, de modo que se possa analisá-la de forma global, visandopossa analisá-la de forma global, visando identificar característica sobre o comportamento das variáveis estudadas. As principais formas de apresentação dos dados são através de tabelas e de gráficos. TABELAS A tabela pode ser definida como o quadro que resume um conjunto de observações. TABELA 1: Número de óbitos por sexo no Estado de Mato Grosso, 2000 a 2004. Ano do Óbito Masculino Feminino Ignorado Total 2000 7.741 4.181 29 11.951 2001 7.768 4.302 36 12.106 2002 8.229 4.451 6 12.686 2003 8.280 4.436 12 12.728 2004 8.652 4.776 7 13.435 Total 40.670 22.146 90 62.906 Fonte: SIM/CVE/SUSAC REGRAS GERAIS PARA APRESENTAÇÃO DE TABELAS 1. Cada tabela deve ter significação própria de modo a favorecer a interpretação. 2. Nenhuma casa deve ficar em branco.2. Nenhuma casa deve ficar em branco. 3. Evitar a apresentação de tabelas com poucas informações. 4. Nenhuma tabela deverá ser disposta de maneira que a leitura exija a mudança de posição do papel. 5. As tabelas não são fechadas lateralmente CONVENÇÕES AO SE PREENCHER AS CASAS OU CÉLULA �() Quando o valor observado for zero; �(...) Quando não dispomos dos dados; �(?) Quando há dúvida quanto a confiabilidade dos dados e ANÁLISE DE UMA TABELA Exemplo: Tabela 20: Grau de Escolaridade das Gestantes Assistidas pelo Programa de Atenção à Saúde Materno Infantil junto ao Posto Alfa, em XXXXXX (WW), no período de março a setembro de 2050 Escolaridade N° de Gestantes % Analfabeto 12 14,63 Ensino Fundamental 26 31,71 Fonte: Cadastro dos Usuários dos Serviços de Atendimento Médico do Posto Alfa, prefeitura Municipal de XXXXXX (WW) Ensino Fundamental 26 31,71 Ensino Médio 38 46,34 Superior 06 7,32 Total 82 100,00 Análise de uma Forma Errônea Na tabela 20, pode-se observar que, o total de gestantes assistidas, 12 (14,63%) eram analfabetas, 26 (31,71%) tinham o Ensino Fundamental completo ou incompleto, 38 (46,34%) haviam cursado o Ensino Médio (completo ou incompleto) e 6 (7,32%) tinham o Nível Superior (completo ou incompleto).Observação: Esta forma de apresentação é uma repetição dos dados constatados na tabela, portanto desnecessária. Uma alternativa mais adequada seria a apresentação do texto abaixo. FormaAdequada (Sugestão) Com relação ao grau de escolaridade das 82 gestantes que participaram do programa de atendimento materno infantil, no período de março a setembro de 2050, o que se constatou é que a maioria (46,34%) cursou o Ensino Médio de forma completa ou incompleta e apenas 7,32% (6) das gestantes tinham nível superior completo ou incompleto. Os demais achados em relação à escolaridade destas gestantes podem ser identificados na tabela 20. GRÁFICOS Os Gráficos têm por principal objetivo proporcionar uma investigação rápida e global do fenômeno estudado, além de permitir um aspecto visual melhor que das tabelas. Ao confeccionar umvisual melhor que das tabelas. Ao confeccionar um gráfico, deve-se obedecer aos seguintes princípios básicos: simplicidade, clareza e veracidade. Existe uma variedade grande de gráficos. Entre os principais gráficos utilizados para representar as séries estatísticas, destacamos: GRÁFICO EM LINHA 15 12 15 19 18 14 16 12 18 17 12 13 10 12 14 16 18 20 V e n d a s ( R $ 1 0 . 0 0 0 ) 0 2 4 6 8 jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez Mês V e n d a s ( R $ 1 0 . 0 0 0 ) Figura1: Vendas da Companhia Beta – janeiro/ dezembro - 2003 Fonte: Departamento de Marketing da Companhia GRÁFICO EM COLUNAS 166.158 58.556 86.776 66.06580.000 100.000 120.000 140.000 160.000 180.000 U n i d a d e s 58.556 22.006 66.065 0 20.000 40.000 60.000 80.000 Gol Uno Pálio Astra Corsa Veículos U n i d a d e s Figura 2: Automóveis Nacionais mais vendidos no Brasil – Janeiro a agosto de 2000. Fonte: Jornauto, São Paulo, agosto de 2000. GRÁFICO EM BARRAS 86.776 22.006 66.065 Pálio Astra Corsa V e í c u l o s Figura 2: Automóveis Nacionais mais vendidos no Brasil – Janeiro a agosto de 2000. Fonte: Jornauto, São Paulo, agosto de 2000. 166.158 58.556 0 50.000 100.000 150.000 200.000 Gol Uno V e í c u l o s Unidades GRÁFICO EM SETORES Uva 5% Laranja 10% Outros 1% Cereja 4% Limão 20% Cola 60% Figura 4: Vendas de bebidas leves em um dia (05.10.2003) do Supermercado Alfa. Fonte: Setor de Produtividade do Supermercado Alfa GRÁFICO EM COLUNAS MÚLTIPLAS 308 476 432 300 400 500 600 N ° d e N o t i f i c a ç õ e s Fonte: SINAN/CVE/SES-MT 7444 65 0 100 200 300 Nortelândia Sinop V.Grande Municípios N ° d e N o t i f i c a ç õ e s 2001 2002 Figura 5: Número de Notificações de Dengue Clássica nos Municípios de Nortelândia, Sinop e V. Grande de MT. 2001 - 2002 CARTOGRAMA Fonte: IBGE Figura 6: Densidade Populacional da Região Sul do Brasil 1990 PICTOGRAMA Fonte: Revista da Educação, março 1994 Figura 7: Evolução da Matricula no Ensino Superior No Brasil – 1968 – 1994 (x 1.000)
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