Artigo TI Verde finalizado

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TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO VERDE: CONCEITOS, TÉCNICAS E APLICAÇÕES.
Bruno Mascarenhas¹; Rafaela Reis¹; Thainá Nery¹; Ulisses Dias¹; Vagner Maciel¹
¹Unifacs – Universidade Salvador, Escola de Engenharia e Tecnologia da Informação
Rua Rio Tinto, 152 – Santa Mônica
40050-250 - Feira de Santana – Bahia
campusfeira@unifacs.br
Resumo: O rush do mundo atual exige cada vez mais eficiência e agilidade, a Tecnologia da Informação (T.I.) vem para integrar essas características no cotidiano das organizações. Todavia, recursos utilizados na T.I. causam danos ao meu ambiente e ao homem, a partir desses problemas que surge a TI Verde. O trabalho revisa a literatura de TI e TI Verde afim de identificar esses empecilhos sinalizando possíveis soluções, técnicas e tecnologias da área que visam minimizar os malefícios trazidos e manter as vantagens da TI. O objetivo do artigo é definir a TI Verde, destacar seus benefícios e expor formas de aderir ao movimento. A conclusão aponta na direção de que a TI Verde pode ser considerado como uma estratégia desenvolvimento. 
Palavras-chave: TI Verde, Sustentabilidade, 
Abstract: The rush of today's world increasingly demands efficiency and agility, Information Technology (IT) is to integrate these features in the daily life of organizations. However, resources used in IT cause damage to my environment and man, from these problems that arises Green IT. The paper reviews the IT literature and Green IT in order to identify these obstacles signaling possible solutions, techniques and technologies in the area aimed at minimizing the harm brought and maintain the IT advantages. The aim of this paper is to define the Green IT, highlighting its benefits and expose ways to join the bandwagon. The conclusion points towards the green IT can be considered as a development strategy.
Keywords: Green IT, Sustainability,
INTRODUÇÃO
Com o surgimento de tecnologias computacionais para facilitar na integração com o mundo globalizado, não só as empresas, mas as instituições públicas de ensino e de pesquisa, sejam para otimizar processos e serviços administrativos, possibilitar avanço científico e auxiliar no desenvolvimento econômico optaram pelo uso da Tecnologia da Informação (TI). Considerada hoje como uma estratégia de progresso, graças a TI, o que antes exigia horas de trabalho muitas pessoas e papéis, hoje pode ser executado por poucas pessoas, recursos e tempo.
Entretanto as utilizações desses recursos agridem o homem e o meio ambiente trazendo exigências que devemos ficar em alerta. Um impasse que se destaca é o aumento do gasto de energia, outro fator importante é que em grande maioria a produção dessas tecnologias não são saudáveis ao ser humano e a natureza, além disso, é necessário manutenção, gerenciamento e o descarte, aspectos que causam danos ao meio.
Apesar dos benefícios da TI, ela gera desvantagens e levando em conta essa realidade surge a TI Verde, ou Green IT, que tem como propósito sanar ou minimizar as lesões causadas pela Tecnologia da Informação preservando suas vantagens. A TI Verde alcança aplicações em todo o ciclo de produção de uma tecnologia até o seu descarte, podendo ser aderida por organizações para auxiliar no gerenciamento.
O presente artigo tem o objetivo de apontar os malefícios da Tecnologia da Informação e como a TI Verde pode minimizar e/ou solucionar esses danos trazendo o conceito, técnicas e aplicações do mesmo. Para tanto, se divide em 7 seções, incluindo introdução e conclusão. As seções 2 e 3 trazem, respectivamente, o conceito de Tecnologia da Informação e Desenvolvimento Sustentável de forma breve, afim de deixar mais didático a definição de TI Verde. A seção 4 une os dois conceitos, anteriormente mencionados, e revela o que é a Tecnologia da Informação Verde. As seções 5 e 6 aborda os benefícios de aderir à TI Verde, e a TI Verde nas empresas, nessa ordem. A metodologia usada foi pesquisa em web sites e artigos já publicados, no intuito de reafirmar o que tem escrito.
TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
A Tecnologia da Informação, ou TI, pode abranger e ser usada em vários contextos, a sua definição pode ser ampla e um tanto complexa. A TI é usada afim de fazer o tratamento da informação, auxiliando o usuário a alcançar determinado objetivo.
Nos dias hodiernos, a necessidade das empresas de manterem grandes volumes de informação com o uso de banco de dados, que fornecem os materiais necessários para as atividades de diversos, faz com que a área da Tecnologia da Informação seja uma ferramenta fundamental para o funcionamento da organização no geral. 
O rápido desenvolvimento da tecnologia fez com que as TI’s evoluíssem tanto quanto. Com esse desenvolvimento surgem cada vez mais soluções abraçadas pela informática. A tendência é que a Tecnologia da Informação seja cada vez mais importante na nossa sociedade, onde a informatização de vários conteúdos é normatizada. 
Vivenciamos a Era da Tecnologia e seu potencial inegável. No entanto, esse potencial pode ser atribuído de forma positiva ou negativa, o que levanta questões a respeito de sua aplicação. A TI tem trazido vantagens e desvantagens em sua utilização. Embora suas desvantagens não tenham ultrapassado a linha das vantagens, atentou, preocupantemente, outro lado para essa tecnologia: o meio ambiente. 
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Acompanhamos diuturnamente o quanto o ser humano tem destruído o meio em que vive. O crescimento das cidades, a evolução das indústrias e os veículos têm causado transtornos ao ar, solo e água. O desenvolvimento se faz necessário, porém, precisa haver respeito ao meio ambiente, pois há uma dependência para nossa sobrevivência no planeta.
Desenvolvimento sustentável significa obter crescimento econômico necessário e garantir a preservação do ambiente e o desenvolvimento social para o presente e as futuras gerações. Para que ocorra o desenvolvimento sustentável é necessário que haja uma harmonização entre desenvolvimento econômico, preservação do meio ambiente, qualidade de vida e o uso racional dos recursos da natureza, principalmente da água.
Desenvolvimento sustentável está diretamente ligado à qualidade, ao invés de quantidade, reduzindo matéria prima e produtos. Implica na mudança dos padrões de consumo e no nível de conscientização, conscientização essa concebida através de conhecimento disseminado, principalmente, por instituições de ensino. No mesmo âmbito encontra-se o consumo sustentável, ou seja, consumir produtos que são produzidos com tecnologia e materiais menos nocivos ao meio ambiente, utilização racional dos bens de consumo, evitando o excesso e o desperdício, e mais ainda, preocupar-se que os resíduos consumidos não tragam eventuais degradações ao meio. Reduzir, reutilizar e reciclar são palavras de ordem.
CONCEITO GERAL DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO VERDE
Atualmente temas voltados a sustentabilidade – utilização de recursos naturais, emissão de poluentes, geração de resíduos – tem entrado na consciência e casa da população. A Marcha Popular do Clima, reuniu 700 mil pessoas em 2014 nas ruas do mundo, afim de pressionar os políticos para tomar uma atitude, resultou que em 2015 a cúpula do G7 se comprometeu a retirar os combustíveis fósseis da economia global. Uma maior demanda de consumidores incide em questões voltadas à desenvolvimento sustentável, gerando visibilidade ao tópico e preocupação governamental.
Segundo o relatório de Brundtland, também conhecido como “Nosso Futuro Comum” emitido pela ONU o “desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento que satisfaz as necessidades do presente sem comprometer a capacidade das futuras gerações satisfazerem suas próprias necessidades” (WCED,1987).
A expressão TI Verde é utilizada no ramo da tecnologia para incorporar a preocupação com o meio ambiente (Itautec). Para defini-la usaremos a compressão de desenvolvimento sustentável já obtida com o conceito de TI.
Segundo Rafael Jullian (2012) é fácil encontrar na literatura vasto material sobre TI. Rezende e Abreu (2003) conceituamTI como recursos tecnológicos e computacionais para geração de informação. Para Cruz (1998), TI pode ser todo e qualquer dispositivo que tenha a capacidade para tratar dados e ou informações de forma sistematizada, esporádica, aplicada a produto ou processo. 
Em suma, TI Verde corresponde ao uso de recursos tecnológicos e computacionais com aplicabilidade do conceito sustentável.
Figura 1: Tripé Sustentável (Itautec, 2011)
BENEFÍCIOS DE ADESÃO À TI VERDE
Na pós modernidade o termo sustentabilidade ganha destaque no intuito de equilibrar os danos causados pelo avanço tecnológico. O desenvolvimento crescente da Tecnologia da Informação é responsável por uma parcela na emissão de CO² na atmosfera, além do uso e descarte de materiais nocivos. Computadores e outras infraestruturas de TI tendem a consumir significativa quantidade de eletricidade colocando um fardo pesado para a nossa rede elétrica e contribuindo às emissões de gases do efeito de estufa.
Não há dúvida que os gases que afetam o efeito estufa causam malefícios que já podem ser notados, como exemplo: as mudanças climáticas. No Brasil, só o consumo de energia é responsável por 29% desses gases, o que equivale a aproximadamente 430 mil toneladas, segundo uma estimativa do Seeg – Sistema de Estimativa de Emissão de Gases de Efeito estufa, 2012. A Virtualização - basicamente é uma infraestrutura virtual de uma estrutura física - seria uma saída para minimizar esses danos, pois economizaria a energia gasta com computadores, servidores, banco de dados e etc.. Tanto a virtualização quanto a computação em nuvem aumentam a eficiência energética, diminuindo custos com energia e emissão de gases, além de agilizar processos. A Cloud Computing, ou Computação em Nuvem - que segundo Mell e Grance, 2011 “é um modelo para acesso conveniente, sob demanda, e de qualquer localização, a uma rede compartilhada de recursos de computação (isto é, redes, servidores, armazenamento, aplicativos e serviços) que possam ser prontamente disponibilizados e liberados com um esforço mínimo de gestão ou de interação com o provedor de serviços. ”
Figura 2: Cloud Computing, Computação em Nuvem
A TI Verde se atenta desde o ciclo de produção até o descarte do produto. Existem tecnologias que possuem componentes nocivos à saúde como: chumbo, mercúrio e berílio, que causam danos ao sistema nervoso e sanguíneo; Danos cerebrais e ao fígado e câncer no pulmão, respectivamente, e todos podem ser encontrados em computadores, televisores e celulares. “Tudo que tem bateria, placa eletrônica e fio, possui algum material contaminante”, afirma a especialista em gestão ambiental do Cedir (Centro de Descarte e Reuso de Resíduos de Informática), pertencente ao CCE (Centro de Computação Eletrônica) da Universidade de São Paulo (USP), Neuci Bicov, lembrando que esses tipos de materiais são acumulativos – quanto mais contato se tem com eles, pior para a saúde.
Algumas instituições que adquirem esses produtos incentivam a retirada desses materiais, a exemplo da Universidade de São Paulo (USP), que criou um selo verde para compra de computadores, exigindo sistemas verdes com a inexistência de chumbo, economia de energia elétrica, alinhamento com as normas da ISO 14001 e aderência a ROHS e todos componentes sustentáveis, inclusive as embalagens.[1: Certificação que trataremos adiante.][2: Restriction of Certain Hozardous Substances]
A TI Verde incentiva a reutilização e a reciclagem, segundo Alberto Cerri:
“Em um computador, 68% do produto é feito com ferro, enquanto 31% da composição de um notebook é plástico. No geral, 98% de um PC é reciclável. ‘Mas na prática esse número se reduz para cerca de 80%. A mistura de componentes plásticos e metálicos com os metais pesados torna difícil a separação’, diz Neuci. ”
A substituição de materiais nocivos dos produtos está em andamento, outrora, os consumidores estão cada vez mais atentos a adquirir produtos que derivam de materiais que não agridam o meio ambiente ou que provenham de reciclagem. 
Outra preocupação da TI Verde é o descarte dos produtos. A lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010, exige que os fabricantes façam um controle social, onde garantam a sociedade informações sobre o processo relacionados aos resíduos sólidos e dar uma disposição final ambientalmente adequada ao produto.
Contudo, a TI Verde tende a unir custo e benefício prezando pelo meio sustentável e preocupando-se com a produção, manuseio e destino dos materiais sem utilização, afim de recicla-los trazendo uma nova roupagem para um produto anteriormente descartado.
TI VERDE E AS EMPRESAS
É notável que a tecnologia em parceria com a sustentabilidade tem ganhado mercado. As empresas estão apostando nos benefícios da TI Verde.
Um estudo conduzido pela IBM (2009) ressalta que as empresas estão tomando iniciativas para reduzir o impacto ambiental do uso da tecnologia. Mais de 70% das companhias médias brasileiras realizam ou planejam ter projetos de sustentabilidade ambiental, afirma a pesquisa. Rafael Ramos disse a Paulo Alves em entrevista (2010):
“Um estudo realizado pela Symantec com 1052 participantes de 15 países, incluindo o Brasil, indica que 97% das empresas acreditam que o setor de tecnologia pode ser um dos responsáveis pela popularização de iniciativas ecológicas. O estudo também indica que 51% das empresas já implantaram ou estão implantando projetos de TI verde. O dado mais importante na pesquisa indica uma previsão de crescimento no próximo ano, segundo 73% dos pesquisados. ”
Existem três níveis de implementação da TI Verde: 
Incrementação tática: Não altera as políticas da empresa e pode ser realizado com simples ações, como: colocar o computador em stand by - segundo a organização Climate Savers Computing Initiative, pode economizar cerca de 600kW/h de energia por máquina -, utilizar lâmpadas fluorescentes ou de LED, ao invés de incandescentes, e até mesmo limitar o uso de papel;
Estratégico: Após uma análise da organização, criam-se metas de economia de energia elétrica e água, a partir daí são definidas políticas internas no intuito de reduzir os riscos ao meio ambiente e o impacto do que se é produzido.
Deep IT ou “TI a fundo”: O nível mais abrangente e complexo, envolve uma nova estrutura das áreas da empresa, envolvendo desde a refrigeração, iluminação até ações de seus colaboradores referente ao uso de energia renovável, utilização de transporte público ou aquisição de veículos híbridos. São abordados todos os pontos que impactam direta ou indiretamente o meio ambiente contribuindo com a diminuição da ação do homem.
Segue abaixo algumas medidas mencionadas pelo Site Sustentável sobre o que é, e como pode ser adotada a TI Verde nas organizações e os benefícios que são proporcionados por esses métodos:
“Reduzir energia é prioridade: A redução dos gastos com energia pode ser considerada o primeiro passo para ser implementado o TI Verde. Ter a consciência de que é preciso preservar a energia, já que a grande maioria da energia que utilizamos é oriunda da natureza, é preciso preservar. A produção de equipamentos que consumam menos energia também é uma importante medida. Também existem outras que podem ser tomadas para a redução de energia, dentre elas está a substituição da iluminação comum por lâmpadas fluorescentes, programar os monitores para desligarem quando se encontram ociosos, desligar as luzes quando não ninguém no ambiente. Além disso, a colocação de janelas para utilizar a luz do dia também pode ser uma saída, e em alguns dias também pode substituir o ar condicionado;
Virtualização de servidores: “Essa medida proporciona redução com a compra de equipamentos, energia e espaço. Ele funciona da seguinte forma: Um único servidor armazena diversos softwares e sistemas operacionais e os usuários tem acesso direto a ele. O conceito é basicamente a existência de vários computadores em um só. Esses computadores são virtuais e não diferem em nada aos computadores comuns no que diz respeito a performance,a única situação é o fato de não existirem de forma física. Os aplicativos e programas podem ser instalados direto no servidor;
Servidores consomem muita energia: Os servidores são muito poluentes e é preciso pesquisar aqueles que menos vão trazer estragos ao planeta. Empresas realmente interessadas em desenvolver ações sustentáveis desenvolvem servidores que diminuam o seu impacto na natureza. Se fosse um país, os servidores seriam o 5º maior poluidor do mundo. E em 2020 seriam o 2º maior poluidor do mundo;
Redução da utilização de papel: Utilização de softwares como CRM que substituam papéis ou outros arquivos físicos. Isso com certeza implicará a redução de custos na compra de materiais de escritório. Essa é uma prática simples de ser aplicada na implementação do TI Verde;
Lixo eletrônico (e-waste): Tudo aquilo que é relacionado à tecnologia, como computadores, celulares e afins e que se tornaram obsoleto e não será mais útil para a empresa terão que ser descartados, mas é preciso saber como fazer. Estima-se que cerca de 40 milhões de toneladas de lixo eletrônico são descartados por ano em todo o mundo. O ideal é que se procure por empresas que realizam a reciclagem desses equipamentos. A maioria das empresas que produzem equipamento eletrônicos oferecem o resgate de seus produtos para que seja reciclado de forma correta e em alguns casos fornece até mesmo desconto para a aquisição de novos produtos;
Descarte inteligente: Saber onde depositar os produtos tecnológicos que se tornam inúteis para a empresa deve ser uma tarefa bem executada. Não basta economizar energia, escolher servidores inteligentes e que poluem menos, é necessário também saber onde descartar determinados aspectos que não serão utilizados pela sua empresa. Existem órgãos que recolhem esses equipamentos para reciclagem ou doação. Vale salientar que os produtos eletrônicos têm em sua composição produtos químicos como chumbo, cádmio, mercúrio, berílio e geralmente são produzidos em plástico, metais e vidro. Esses produtos químicos podem prejudicar o solo, contaminando provenientes de água potável. Além disso, esses materiais demoram muito tempo para serem deteriorados pela natureza. ”
No Brasil temos exemplos de algumas empresas, dentre elas estão a Cemig geradora e distribuidora de energia elétrica que em 2006 instalou 1280 placas que convertem energia solar em eletricidade na zona rural de Minha Gerais, dessa maneira levou a energia elétrica para os vilarejos mais distantes sem custos para o consumidor. Ela também substituiu a iluminação de mercúrio por lâmpadas de sódio que além de menos nocivo é mais eficiente.
Outro projeto em empresa no Brasil foi o do Banco Real que substituiu os computadores por thin client, que gerou uma economia de 62% do consumo de energia elétrica, e 75% de ar condicionado.[3: Um thin client é um computador de rede diskless, projetado para ser pequeno e de custo reduzido. Ele executa aplicativos cliente/servidor, onde o processamento em massa dos dados ocorre no servidor, gerando assim uma economia de energia.]
TI Verde e Certificações
Governos tem procurado investir em normas e regulamentações para encorajar a Tecnologia da Informação Verde. No Brasil, a certificação ISO 14001, voltada as empresas de tecnologia, detalha requisitos para que as mesmas identifiquem, controlem e monitorem suas perspectivas ambientais por meio de uma Gestão Ambiental. Nela consta cláusulas que envolvem o lixo eletrônico, compromisso em ampliar as políticas envolvendo sustentabilidade, economia de energia e estrutura física segundo as normas nacionais e internacionais de construção responsável.
O ROHS (Restriction of Certain Hazardous Substances), certificado da União Européia que proíbe certas substâncias tóxicas, ao ser humano e ao ambiente, apesar de ser conhecida como "lei do sem chumbo" essa legislação também restringe o uso de outras cinco substâncias: mercúrio (Hg), cádmio (Cd), cromo hexavalente (Cr(VI)), bifenilos polibromados (PBDs) e éteres difenilpolibromados (PBDEs). Outra diretiva que também entra em vigor na União Europeia é a WEEE (Waste from Electrical and Eletronic Equipment) referente à reciclagem de lixo eletro-eletronico.
CONCLUSÃO
O presente artigo trouxe o conceito de Tecnologia da Informação, de forma sucinta, e Tecnologia da Informação Verde, apontado os malefícios da Tecnologia da Informação no meio ambiente, e como que a TI Verde pode ajudar a acabar ou diminuir tais males.
A TI Verde é uma tendência que não se restringe apenas a empresas, deve ser seguida por diferentes tipos de companhias - já é aderida por instituições de ensino (a USP, mencionada anteriormente), repartições públicas temos como exemplo no Brasil o certificado digital que diminui papéis e agiliza processos, diminuindo burocracia - tendo como foco: diminuir a emissão de gás carbônico, consumo de energia elétrica, descarte e gerenciamento de sistemas. Para que isso seja possível, é necessário que as empresas adotem medidas sustentáveis, como práticas efetivas para que o meio ambiente não seja mais tão prejudicado. Sendo assim, deve-se considerar a utilização de tecnologias que não causem danos à natureza.
Percebeu-se com a pesquisa que os danos causados pela tecnologia e seus materiais, podem sim ser sanados de modo que nós, seres humanos, façamos o bom uso e reuso de suas ferramentas com consciência e civilidade.
Conclui-se, com o trabalho concretizado, que TI Verde é uma técnica que possibilita assegurar um contraponto entre tecnologia e meio ambiente, o uso adequado das Tecnologias da Informação, bem como a confiabilidade de suas informações atentando ao meio que vivemos sem que danemos o mesmo.
REFERÊNCIAS
TI Verde será diferencial das empresas de tecnologia. Disponível em: <http://www.algartech.com/portugues/noticias/em-noticia/solucoes/ti-verde-sera-diferencial-das-empresas-de-tecnologia> Acesso em: 25 de junho de 2015.
YURI, Flávia. TI Verde no Brasil: A tendência chegou ou não? (2008). Disponível em: <http://computerworld.com.br/gestao/2008/04/16/ti-verde-no-brasil-a-tendencia-chegou-ou-nao> Acesso em: 23 de junho de 2015.
BARROS, Fábio. TI Verde no Brasil: experiências em 5 passos. (2008) Disponível em <http://computerworld.com.br/gestao/2008/11/27/ti-verde-no-brasil-experiencias-em-5-passos> Acesso em: 30 de junho de 2015.
YURI, Flávia. Quatro exemplos reais de TI verde em grandes empresas brasileiras (2008) Disponível em: <http://computerworld.com.br/gestao/2008/04/16/quatro-exemplos-reais-de-ti-verde-em-grandes-empresas-brasileiras> Acesso em: 23 de junho de 2015.
CERRI, Alberto. Mercúrio, cádmio e chumbo: os inimigos íntimos presentes nos eletrônicos. (2012). Disponível em: <http://www.ecycle.com.br/component/content/article/35/428-mercurio-cadmio-e-chumbo-os-inimigos-intimos-presentes-nos-eletronicos.html> Acesso em: 20 de junho de 2015. 
MACEDO, Eduardo. O que é TI Verde. (2015). Disponível em <http://inst.sitesustentavel.com.br/o-que-e-ti-verde/> Acesso em: 21 de junho de 2015.
Normas e regulamentações encorajam a TI Verde. Disponível em: <http://softwarelivre.org/ti-verde/normas-e-regulamentacoes-encorajam-a-ti-verde?view=true> Acesso em: 18 de junho de 2015.
Alternativas para lixo tecnológico. Disponível em: <http://www-usr.inf.ufsm.br/~pablo/e-lixo/definicao.html> Acesso em: 18 de junho de 2015.