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Relatório do filme Elsa e Fred um amor de Paixão visão crítica do filme relacionando os acontecimentos com conteúdo ministrado em sala

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UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI
FACULDADE DAS CIÊNCIAS BÁSICAS E DA SAÚDE - FCBS
DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM
DISCIPLINA: ENFERMAGEM NA SAÚDE DO IDOSO
Relatório do filme: Elsa e Fred, um amor de Paixão; visão crítica do filme relacionando os acontecimentos com conteúdo ministrado em sala.
Docente: Prof. Dr. Izabela Rocha Dutra
Discentes: Diego Alcântara Alves, Rayssa Lages Silva e Yara Ferrarezi
Disciplina: Enfermagem na Saúde do Idoso
Diamantina/MG
Março/2018
Envelhecer é um processo natural do ser humano, e se da por meio de mudanças físicas, psicológicas e sociais que chega para cada um de forma individual, o envelhecimento é um processo fisiológico que se dá de forma progressiva desde o início da vida até a morte. No Brasil, o indivíduo é considerado idoso quando este possui idade igual ou superior a 60 anos.
O filme “Elsa e Fred, um amor de paixão”, retrata a história da vida de dois idosos, e focaliza o tema do envelhecimento em suas diversas vertentes, contribuindo muito com a assimilação do conteúdo proposto na disciplina de Enfermagem na Saúde do Idoso. A história se inicia quando o Fred se muda para um novo prédio, logo após ficar viúvo, e tem Elsa como sua vizinha.
Fred é um idoso rabugento que não gosta de sair de casa e se isola socialmente, é hipocondríaco, polifarmácia, muito negativo com relação a sua vida e vive na sua imensa solidão, para ele a velhice é um processo patológico, e ele como um idoso de aproximadamente 80 anos deve somente esperar pela morte. 
Esse tipo de pensamento e vida que ele possui não contribui muito para um envelhecimento saudável, visto que, cada dia que passa a sua funcionalidade segue decaindo, apesar disso, ele acha desnecessário fazerem tudo para ele, mas não toma as redias da própria vida, como se não bastasse somente ele possuir todos esses pensamentos e sentimentos problemáticos, a sua filha, que já é casada e tem um filho, têm pensamentos bem parecidos, além da superproteção, ela não o deixa ter independência, ou seja, ela pensa que ele não é capaz de resolver seus próprios problemas, exercer as atividades de vida diária (AVD), sendo elas instrumentais, básicas e avançadas, a filha contrata uma cuidadora para ele, e instrui que ela cuide de tudo na casa ou que diz respeito ao próprio Fred executar, como fazer a própria comida, ir às compras e até mesmo as cuecas que ele vá usar. 
Elsa, vizinha de Fred, é uma idosa doente, de aproximadamente 75 anos, porém é totalmente ativa e funcional, ela tenta viver cada dia da sua vida intensamente, ela mora sozinha, sai para resolver suas coisas, vai passear, ela exerce as AVD tanto básicas, como instrumentais e avançadas, arruma a casa, toma banho sozinha, faz a própria comida, dirige, usa o telefone e cuida da parte financeira da sua casa, Elsa não é mais casada e tem dois filhos que já não moram mais com ela, o filho mais velho de Elsa, passa a maior parte do filme achando que a mãe é frágil, no real sentido da palavra, é muito sensível, e acha que ela deve se restringir a algumas coisas pelo simples fato dela estar velha, ele vive pensando também que ela já não tem condições de resolver os seus próprios problemas, mas como a própria Elsa diz: “A minha idade não tem nada haver com os meus problemas...”, 
Elsa sempre tem alguns lapsos de memória, mas pelo fato de ser com coisas simples, é considerado um processo senescente, ou seja, natural. Seria um problema se esses lapsos de memória influenciassem negativamente na sua vida, como esquecer o próprio nome, ou ficar perdida na rua por não lembrar o caminho de casa, ai sim seria um processo senil, mas mesmo sendo um processo normal Elsa não admite que tenha esses lapsos de memória, na maioria das vezes situação comum para pessoas como ela.
Quando Elsa conhece Fred que é seu novo vizinho, ela fica muito incomodada com a forma que ele vive, ela fica assustada por ele passar a maior parte do tempo dormindo e assistindo TV, além de nunca sair e ficar se isolando das pessoas, por não querer conversar e nem vê outras pessoas. Fred tem sinais clássicos de depressão, como, humor deprimido, ideias de desvalia e desesperança, esforço e disposição diminuída, diminuição da energia e perda de interesse. É notório durante o filme que, a Elsa apresenta alguns sinais de demência, mas isso não quer dizer que ela tenha, talvez é mesmo a forma que ela escolheu e gosta de viver, ela não vê dificuldade em nada, os sentimentos de desvalia e desesperança passam longe dela, e ela engaja-se em todas as tarefas propostas, por mais que ela tenha um doença, acredito que no sistema renal, devido a Diálise que ela faz, ela não apresenta nenhuma queixa e tem esforço e disposição para executar todas as suas atividades.
Fred tem mudanças radicais na sua vida quando Elsa força certo vinculo com ele, que acaba aceitando suas propostas, ela começa a trabalhar com Fred a sua reinserção na sociedade, alem da funcionalidade (autonomia e independência). E da certo, pois o Fred dispensa a sua moça que trabalhava com ele, passa a sair de casa, vai passear no parque, vai ao mercado e tem uma melhora significativa no seu quadro de depressão, ele passa a executar as AVD e volta até a tocar violão clássico, atividade que ele gosta muito, mas havia parado há vários anos por ter sofrido um acidente que ele julgava ter o incapacitado para tal atividade. 
O filme deixa muito claro como o preconceito com a pessoa idosa ainda está enrraigado na sociedade, no filme isso é mostrando quando Elsa vai até uma academia onde tem aulas de danças e eles colocam vários empecilhos para que ela possa participar das aulas, outro coisa clara também no filme e que acontece na vida real, é o tabu imposto sobre a sexualidade na velhice, muitos idosos tem esse preconceito consigo mesmo, acha que já esta velho e insuficiente para a prática sexual. Tanto a família de Elsa como a de Fred, ficam meio assustados e pensam ser desnecessário tal amor. Com o envelhecimento a prática sexual pode ser sim dificultada, pois vários fatores vão influenciar, como, as mudanças fisiológicas que ocorrem no homem e na mulher, por exemplo, no homem, a diminuição dos hormônios, a tempo de ereção pode ser menor, retardo na ejaculação, já na mulher, diminuição da libido, orgasmo diminuído, logo o prazer também, ressecamento vaginal, diminuição da irrigação sanguínea para o clitóris, além dos fatores fisiológicos tem também os psicológicos, como, temer o desempenho sexual, o homem acha que é responsável pelo orgasmo feminino, não saber viver a sexualidade sem os genitais, a falta de comunicação influência muito também, na mulher os sentimentos que a rodeiam, geralmente são, se expor ao ridículo, medo da dor pela diminuição da lubrificação natural, vergonha do corpo envelhecido e muitas vezes também pelo fato do aumento do tecido adiposo e a dificuldade em expor os sentimentos.
Fred e Elsa começam aproveitar a vida juntos, saem pra jantar, pra passear e vão até viajar para a Grécia, o Fred ajuda a Elsa a realizar um sonho que tem a muito tempo, de refazer a cena de um filme que ela gosta muito, ambos vivem intensamente esse momento e sentem-se muito realizados e satisfeitos com tal, mas infelizmente a doença da Elsa se agrava e ela evolui para o óbito. Tem um momento do filme que a Elsa vai até o centro hospitalar onde faz a Diálise, e diz que não tem tomado os medicamentos da forma correta, isso caracteriza de certa forma a autonegligência. 
Assim, os familiares ou cuidadores que começam a ver o idoso como uma criança ou um inválido devem parar para refletir, como é importante o idoso continuar com o controle da sua própria vida, preservando assim sua funcionalidade, que é dividida em duas vertentes, a independência e a autonomia, quando isso não acontece o idoso se acomoda e perde aos poucos sua capacidade de escolha por exemplo.
Velhice não é sinônino de doença ou incapacidade, quem dirá deposito de coisas ruins, ser idoso é uma condição da vida, que deve seraproveitada intensamente. Chega de preconceito, chega de tabus na velhice, sexo, música, bebida e rock in roll, não são coisas absurdas para um idoso, e não, idoso não tem que ser doente, não tem que ser viciado em igreja ou xadrez! A população tem passado por uma mudança no seu perfil epidemiológico, a pessoa idosa tem vivido mais, mesmo que com afecções, assim se deu a necessidade da criação de novas políticas, os direitos da pessoa idosa estão reunidos no estatuto do idoso, aprovado em 2003, este estatuto regula os direitos da pessoa idosa, no Brasil, pessoas com idade igual ou superior a 60 anos. Em linhas gerais ele estabelece a obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do poder público em assegurar a vida, a saúde, a alimentação, a educação, a cultura e muitas outras coisas.
Então vamos respeitar, velhice não é doença! 
“Idoso dependente? Tô fora, pego a minha funcionalidade e vou embora” (Alcântara D, 2018)

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