15. DVA

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15 – Demonstração do Valor Adicionado - DVA
Sua publicação tornou-se obrigatória pela Lei 11.368/07.
Com base nas informações contábeis procura demonstrar a geração de riqueza ou valor adicionado.
Evidencia a riqueza criada pela entidade e sua distribuição, durante determinado período. 
Sua elaboração deve ser com base no Pronunciamento Conceitual Básico do CPC Comitê de Pronunciamentos Contábeis.
É a riqueza criada pela própria entidade.
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15 – Demonstração do Valor Adicionado - DVA
A Lei 11.638/07, tornou obrigatória a publicação, se companhia aberta, da DVA – Demonstração do Valor Adicionado. Não é obrigatória pelas normas internacionais de contabilidade.
A DVA é um componente do balanço social de uma entidade (Assaf, 99). Demonstra quanto a empresa agregou de valor no período relacionado e informado. 
A DRE, demonstração que mais se aproxima da DVA, na verdade, é a base para a elaboração da DVA. A DRE produz informações voltadas basicamente para os acionistas. 
A DVA completa essas informações de forma positiva e produz informações voltadas para a geração da riqueza e sua respectiva distribuição pelos fatores de produção (capital e trabalho) e ao governo. Essa demonstração é complementar a DRE.
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Na elaboração são utilizadas as informações fornecidas pela contabilidade. A DVA surgiu para informar o valor agregado à sociedade.
Demonstra a receita deduzida dos custos dos recursos adquiridos de terceiros.
Representa quanto a empresa contribuiu para a formação do Produto Interno Bruto – PIB do país. Seu maior objetivo é demonstrar ao usuário quanto a empresa gerou de riqueza e como ela distribuiu esses recursos aos agentes que contribuíram para essa geração. Mostra para quem a empresa está distribuindo a renda obtida.
Essa demonstração pode ser utilizada para avaliar o valor que a empresa agregou para a sociedade. É um instrumento macroeconômico e mensura a riqueza gerada pelas atividades das empresas.
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Subtraindo das vendas as compras de bens e serviços, provisões e depreciações obtém-se o valor dos recursos que a empresa gera para remunerar: empregados (salários), governo (impostos), empréstimos/financiamentos (juros); sócios (dividendos); e, própria empresa (lucros retidos).
Iudícibus (245) sugere informações adicionais que podem ser calculadas com o valor adicionado.
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Mostra quanto cada unidade monetária gerou de riqueza.
Mostra o percentual da receita retida em benefício dos agentes. 
Mostra o valor que cada empregado contribui para a geração da riqueza.
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Visão Econômica: entende-se por valor adicionado a diferença entre o valor bruto da produção e os consumos intermediários nessa etapa, para identificar a parcela de contribuição da entidade. Valor adicionado na economia é utilizado para mensurar as atividades econômicas de uma nação através da definição do seu produto nacional.
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Tabela 1: Valor Adicionado.
Unidade produtora 1: Agricultura; Transação: vende algodão
Unidade produtora 2: Indústria; Transação: vende tecido
Unidade produtora 3: Indústria; Transação: vende roupa
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O CPC 09 apresenta as seguintes definições:
Valor Adicionado: representa a riqueza criada pela empresa, medida pela diferença entre o valor das vendas e os insumos adquiridos de terceiros. Inclui o valor produzido por terceiros e transferido para a entidade.
Receita de Venda de Mercadorias, Produtos e Serviços: são os valores reconhecidos na contabilidade pelo regime de competência e incluídos na demonstração de resultado do período.
Outras Receitas: valores oriundos de baixas por alienação de ativos não circulantes, tais como venda de imobilizado, de investimentos.
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 Definições CPC 09
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Insumo Adquirido de Terceiros: valores referentes às aquisições de matérias-primas, mercadorias, materiais, energia, serviços, que tenham sido transformados em despesas do período. Enquanto estoques não compõem riqueza criada e distribuída.
Depreciação, Amortização e Exaustão: valores reconhecidos no período e normalmente utilizados na conciliação entre fluxo de caixa das atividades operacionais e o resultado líquido do exercício.
Valor Adicionado Recebido em Transferência: riqueza que não tenha sido criada pela própria entidade, mas sim por terceiros, e a ela transferida, como receitas financeiras, equivalência patrimonial, dividendos, aluguel, royalties. 
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Distribuição da Riqueza: a DVA deve mostrar como a riqueza criada pela entidade foi distribuída. Os principais componentes dessa distribuição são, conforme CPC 09:
 
Pessoal: 	Remuneração direta: salários, 13º, honorários, férias, comissões, horas extras, participação nos lucros.
		Benefícios: assistência médica, alimentação, transporte, planos de aposentadoria.
		FGTS: valores depositados em conta vinculados dos empregados.
Impostos, Taxas e Contribuições: valores referentes ao imposto de renda, contribuição social sobre o lucro, INSS, seguro de acidentes de trabalho, demais impostos e contribuições que a entidade esteja sujeita. Para impostos compensáveis, como ICMS, IPI, PIS e COFINS, apenas os valores devidos ou já recolhidos. Incluem-se os impostos Federais (IR, CSLL), Estaduais (ICMS, IPVA) e Municipais (ISS e IPTU).
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 Distribuição do DVA
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Remuneração de Capitais de Terceiros: valores pagos aos financiadores de capital.
 - Juros: despesas financeiras, variações cambiais.
 - Aluguéis: aluguéis pagos a terceiros, inclusive despesas com arrendamento operacional.
 - Outras: transferência de riquezas a terceiros: royalties, franquias, direitos autorais.
Remuneração de Capitais Próprios: remuneração atribuída aos acionistas. 
 - JCP – Juros sobre o capital próprio e Dividendos: valores pagos aos sócios por conta do resultado do período. Apenas valores distribuídos. Não considerar JCP transferidos para conta de reserva. Não inclui dividendos distribuídos com base em lucros acumulados. 
 - Lucros retidos: valores retidos como reservas.
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Casos Especiais: 
Reavaliação: quando um ativo é reavaliado a valor justo, esse valor deve ser incluído em outras receitas.
Ajustes de exercícios anteriores: efeitos provocados por erro de exercícios anteriores ou mudança nos critérios contábeis devem ser adaptados na DVA.
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Fonte: CPC 09
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Modelo 1- Demonstração do Valor Adicionado – Empresas em Geral 
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Exemplo 1: Calcule o valor adicionado com as informações a seguir:
 
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O valor adicionado pela empresa é de R$ 40.000,00.
Eliminamos da receita o CMV: 100.000 – 60.000 = 40.000,00
Ou
Somamos os valores distribuídos: 	Pessoal: 	 10.000,00
				Lucros retidos: 30.000,00
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Exemplo 2: Calcule o valor adicionado com as informações a seguir e faça a sua distribuição (dividendos: R$ 350.000,00):
 
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Valor adicionado: R$ 1.580.000,00 (2.180.000 – 600.000)
Distribuição do valor adicionado: 
Pessoal: 		260.000,00
Impostos: 	419.000,00 (130.000 + 289.000)
Juros:		340.000,00
Dividendos:	350.000,00
Lucros retidos:	211.000,00
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1) Calcular o valor adicionado com as informações a seguir e faça as sua distribuição (dividendos: R$ 4.000,00): 
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 Exercícios
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2) Calcular o valor adicionado com as informações a seguire faça as sua distribuição: 
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 Exercícios
1) Aquisição à vista de mercadorias de 2.000,00 com incidência de 18% de ICMS. O Valor das compras líquidas foi de R$ 1.640,00 e o 
ICMS incluso no valor bruto das compras foi de R$ 360,00
Durante o exercício a empresa realizou as seguintes operações:
2) Venda total de mercadorias à vista, de R$ 6.000,00, com ICMS de R$ 1.080,00
3) Dez por cento da mercadorias vendidas foram devolvidas (R$ 600,00), nesse valor estão inclusos R$ 108,00 de ICMS. O CMV da devolução é de R$ 200,00, com ICMS de R$ 36,00
4) Pagamento de pessoal: R$ 290,00
5) Consumo de materiais de escritório: R$ 112,00
6) Venda à vista de imobilizado: R$ 600,00, com custo de aquisição R$ 500,00 e já estava depreciado: R$ 150,00. Lucro da transação R$ 250,00
7) IR e CSLL são calculados a alíquota de 24%.
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 Fontes
Assaf Neto, p. 99
Manual de Contabilidade, p. 501
Iudícibus, p. 243
CPC 09
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