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Agravantes e Atenuantes no Código Penal

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AGRAVANTES E ATENUANTES
ARTS. 61 A 67 DO CÓDIGO PENAL
AGRAVANTES E ATENUANTES
São circunstâncias legais genéricas, previstas na parte geral do Código Penal, recomendando ao juiz que eleve a pena (agravantes) ou aplique-a moderadamente (atenuantes), embora fique circunscrito aos limites mínimo e máximo previstos no tipo penal incriminador (Nucci)
Rol restrito
AGRAVANTES – ART. 61 do CP
1) REINCIDÊNCIA: é aplicável aos delitos dolosos e culposos indistintamente;
Art. 63 - Verifica-se a reincidência quando o agente comete novo crime, depois de transitar em julgado a sentença que, no País ou no estrangeiro, o tenha condenado por crime anterior. 
AGRAVANTES 
Art. 64 - Para efeito de reincidência: 
        I - não prevalece a condenação anterior, se entre a data do cumprimento ou extinção da pena e a infração posterior tiver decorrido período de tempo superior a 5 (cinco) anos, computado o período de prova da suspensão ou do livramento condicional, se não ocorrer revogação; 
        II - não se consideram os crimes militares próprios e políticos
AGRAVANTES 
2) MOTIVO FÚTIL: é insignificante, é o motivo de mínima importância, manifestamente desproporcional a gravidade do fato.
Ex.: matar alguém porque perdeu uma partida de dominó ou praticar um furto simplesmente para adquirir uma roupa elegante de marca.
O fato da vítima ter rido do homicida, matar a mulher porque o almoço na estava pronto. 
AGRAVANTES 
3) MOTIVO TORPE: é repugnante, abjeto, vil, que demonstra sinal de depravação do espírito do agente. 
Ex.: Cometer crime impulsionado pela ganância.
Ex. matar a esposa pelo fato de negar-se a reconciliação, matar a namorada ao saber que ela não era mais virgem, para receber herança. 
AGRAVANTES 
4) Para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime: 
Conexão teleológica: Ocorre quando o crime é cometido a fim de assegurar a execução. Ex. matar o marido para estuprar a mulher. Não há necessidade da concretização do fim visado.
Conexão conseqüencial – 1) quando o crime é praticado com a finalidade de assegurar a ocultação do crime (procura-se evitar o crime praticado) Ex. incendiário que mata a testemunha para que esta não veja o delito) 
2) assegurar a impunidade (nessa hipótese já se sabe que um crime foi cometido, porém não se sabe quem o praticou. Ex. incendiário que mata a testemunha para que esta não o denuncie como autor do delito).
AGRAVANTES 
5) Mediante traição, emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido: trata-se da consagração da deslealdade no cometimento do crime. São modos específicos de agir, que merecem maior censura no momento de aplicar a pena.
AGRAVANTES 
Traição: quebra de fidelidade e lealdade entre a vítima e o agente. Ex. a vítima é alvejada dormindo, é esganada durante o amplexo sexual; é eliminada pelas costas quando conversava despreocupadamente. 
Emboscada: tocaia.
Dissimulação: disfarce que esconde o propósito delituoso; a fraude precede, então, à violência. Ex. O agente se disfarça de encanador e logra adentrar na casa da vítima e a mata. 
AGRAVANTES 
6) Mediante emprego de veneno, fogo, explosivo, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum. 
-Venefício – é o homicídio praticado com o emprego de veneno.
AGRAVANTES 
Tortura: faz a vitima sofrer desnecessariamente antes da morte. É o meio cruel por excelência. Ex. mutilar a vítima, vazar-lhe o olho, queimá-la aos poucos. 
Meio insidioso: é aquele dissimulado na sua eficiência maléfica. 
Ex. armadilha, sabotagem de freio....
Meio cruel: é que causa sofrimento desnecessário à vítima ou revela uma brutalidade incomum, em contraste com o mais elementar sentimento de piedade humana. 
Meio que possa resultar perigo comum: Ex. explosão, incêndio, desabamento, desastres em meios de transporte coletivo. 
AGRAVANTES 
e) contra ascendente, descendente, irmão ou cônjuge: trata-se de parentesco natural ou civil. 
F) ter o agente cometido o crime com abuso de autoridade ou prevalecendo-se de relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade, ou com violência contra a mulher na forma da lei específica: o abuso de autoridade refere-se a relações privadas; relações domésticas são as existentes entre os membros de uma família; e coabitação significa que tanto autor quanto vítima residem sob o mesmo teto.
AGRAVANTES 
h) ter o agente cometido o crime com abuso de poder ou violação de dever inerente a cargo, ofício, ministério ou profissão: o abuso de poder se dá quando o crime é praticado por agente público, não se aplicando se o delito constituir em crime de abuso de autoridade; as demais hipóteses referem-se quando o agente utilizar-se de sua profissão para praticar o crime (atividade exercida por alguém como meio de vida);
AGRAVANTES 
i) ter o agente cometido o crime contra criança, contra maior de 60 (sessenta) anos,  ou contra enfermo ou mulher grávida: são pessoas mais vulneráveis, por isso ganham maior proteção da lei; criança é o que possui idade inferior a 12 (doze) anos da idade; 
AGRAVANTES 
j) ter o agente cometido o crime quando o ofendido estava sob imediata proteção da autoridade: aumenta-se a pena pela audácia do agente em não respeitar à autoridade;
AGRAVANTES 
k) ter o agente cometido o crime em ocasião de incêndio, naufrágio, inundação ou qualquer calamidade pública, ou de desgraça particular do ofendido: se dá pela insensibilidade do agente que se aproveita de uma situação de desgraça, pública ou particular, para praticar o delito;
l) ter o agente cometido o crime em estado de embriaguez preordenada: ocorre quando o agente se embriaga para ter coragem para praticar o delito.
AGRAVANTES NO CASO DE 
CONCURSO DE AGENTES
Art. 62 - A pena será ainda agravada em relação ao agente que: 
I - promove, ou organiza a cooperação no crime ou dirige a atividade dos demais agentes (Naturalmente o “cabeça” de um grupo criminoso é mais perigoso); 
II - coage (obriga) ou induz (dar idéia) outrem à execução material do crime; 
 
AGRAVANTES NO CASO DE 
CONCURSO DE AGENTES
Art. 62 - A pena será ainda agravada em relação ao agente que: 
 III - instiga (dar idéia) ou determina (dar ordem) a cometer o crime alguém sujeito à sua autoridade (superior para subordinado) ou não-punível em virtude de condição ou qualidade pessoal; 
        IV - executa o crime, ou nele participa, mediante paga ou promessa de recompensa (criminoso mercenário).
ATENUANTES GENÉRICAS
A) MENORIDADE RELATIVA E VELHICE: ser o agente menor de 21 (vinte e um), na data do fato, ou maior de 70 (setenta) anos, na data da sentença; 
Súmula 74 do STJ: “Para efeitos penais, o reconhecimento da menoridade do réu requer prova por documento hábil.”
ATENUANTES GENÉRICAS
A) O desconhecimento da lei: embora o desconhecimento da lei seja inescusável (art. 21 do CP) e não afasta o caráter ilícito do fato, funciona como atenuante genérica.
Justifica-se pelo emaranho complexo de leis.
ATENUANTES GENÉRICAS
C) ter cometo o crime por motivo de relevante valor social ou moral:
O motivo deve ser importante, considerável.
Valor social: é o que atende os anseios da coletividade (ex. matar um estuprador que amedrontava uma pacata cidade).
Valor moral: é aquele nobre, aprovado pela moralidade média. ex. eutanásia, em que o agente, por compaixão ante o irremediável sofrimento da vítima, antecipa sua morte).
ATENUANTES GENÉRICAS
D) Arrependimento: Deve o agente reparar o dano antes do julgamento ou agir para minorar os efeitos da infração penal logo depois de sua prática. 
Exemplos: o agente repara o dano causado pelo furto antes do julgamento ou busca sustentar a família desamparada da pessoa que matou
Para memorizar: Se a reparação se deu em razão de condenação no juízo cível?
ATENUANTES GENÉRICAS
E) Coação resistível: Fundamenta-se pelo fato de ser atacado o juízo de culpabilidade do réu, passando sua conduta a apresentar menor reprovabilidade social.
Se for coação irresistívelafasta a culpabilidade (art. 22, 1ª parte do CP);
Analisa-se, neste caso, o perfil do agente e não o homem médio.
ATENUANTES GENÉRICAS
É possível que alguém sofra uma coação a que podia refutar, mas não o tenha feito por alguma fraqueza ou infelicidade momentânea.
Ex. Alguém furta um estabelecimento por receio de que o coator narre à sua esposa um caso extraconjungal.
ATENUANTES GENÉRICAS
F) Cumprimento de ordem superior: Se a ordem for manifestamente ilegal, tanto o superior hierárquico como o funcionário público subalterno responderão pelo crime, pois este, é colocado em difícil posição quando o superior lhe determina a execução do ato ilegal.
ATENUANTES GENÉRICAS
G) violenta emoção: basta a “influência” de violenta emoção, uma estágio mais ameno, mais brando, capaz de conduzir à perturbação do ânimo, bem como não se exige seja cometido o delito logo em seguida à provocação, cabendo um maior lapso de tempo entre a ação e a reação.
ATENUANTES GENÉRICAS
I) Influência de multidão, em meio a tumulto: Pode ser definido como crime cometido pela multidão em tumulto, espontaneamente organizada no sentido de uma conduta comum contra coisas e pessoas.
Requisito: que o agente não tenha provocado.
Ex. Invasões em propriedades rurais, as brigas em estádios de futebol, brigas de rua, etc.
ATENUANTES INOMINADAS
 Art. 66 - A pena poderá ser ainda atenuada em razão de circunstância relevante, anterior ou posterior ao crime, embora não prevista expressamente em lei.
Atenuantes de clemência, sem qualquer apego a forma.
Ex. Um réu que tenha sido violentado na infância e pratique, quando adulto, um crime sexual. Um delinquente que se converta à caridade. 
Concurso se circunstâncias 
agravantes e atenuantes
Para memorizar: Concurso entre reincidência e confissão espontânea, deve haver a compensação?
CAUSAS DE AUMENTO E 
DIMINUIÇÃO DE PENA
O Código Penal apresenta causas de aumento e de diminuição genéricas e causas de aumento e de diminuição especificas. 
As causas de aumento e de diminuição serão sopesadas pelo juiz na terceira fase da dosimetria da pena. 
CAUSAS DE AUMENTO E 
DIMINUIÇÃO GENÉRICAS
- Encontram na parte geral do Código Penal. 
- Aumentam ou diminuem a pena conforme as proporções apresentadas pelo texto da lei.
Somente na última fase, com as causas de aumento e de diminuição, é que a pena poderá sair dos limites legais.
Temos como exemplo de causas de diminuição genéricas: a tentativa, artigo 14, parágrafo único; arrependimento posterior, artigo 16; menor participação, artigo 29, parágrafo 1º.
Temos como exemplo de causas de aumento genéricas: concurso formal, artigo 70; crime continuado, artigo 71.
CAUSAS DE AUMENTO E 
DIMINUIÇÃO ESPECIAIS
Em relação às causas de aumento e de diminuição situadas na parte especial do Código Penal, reitera-se tudo o que foi comentado em relação às causas de aumento e diminuição genéricas, com ressalvas de que se encontram na parte especial do Código Penal.
CONCURSO ENTRE CAUSAS DE AUMENTO E DIMINUIÇÃO DA PENA DA PARTE GERAL E DA PARTE ESPECIAL
Nesse caso deve incidir na pena os dois aumentos.
Primeiro incide a causa especial e depois incide da Parte Geral, com observação de que no segundo aumento deverá incidir sobre a pena total resultante da primeira operação e não sobre a pena base.
CONCURSO ENTRE DUAS CAUSAS DE AUMENTO SITUADAS NA PARTE ESPECIAL (OU DUAS DE DIMINUIÇÃO)
Tanto no primeiro como no segundo caso, o juiz deverá se limitar a aplicação de causa que mais aumente a pena ou a causa que mais diminui a pena (é faculdade do juiz)

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