Buscar

Dosimetria da Pena: Entendendo as Circunstâncias Judiciais

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

PENA-BASE – ART. 59 DO CP
Na pena base o juiz deve navegar dentro dos limites legais cominados à infração penal.
Nesta etapa ainda que todas as circunstâncias sejam favoráveis ao réu a pena-base não pode ser inferior ao mínimo legal e se forem todas desfavoráveis não pode ultrapassar o máximo da pena prevista.
PENA-BASE – ART. 59 DO CP
Têm caráter residual ou subsidiário, pois apenas podem ser utilizadas caso não configurem elementos do tipo penal, qualificadoras ou privilégios, agravantes ou atenuantes genéricas ou ainda causas de aumento ou diminuição de pena.
PENA-BASE – ART. 59 DO CP
[...] na primeira fase, analisando o art. 59 do Código Penal, observa-se que a culpabilidade do agente é normal à espécie; registra maus antecedentes (fl. 142), porém aptos a gerar reincidência, motivo pelo qual serão levados em consideração na segunda fase da dosimetria; personalidade e conduta social não foram aferidas; a motivação do crime foi repugnante (torpe), sendo que os fatos falam por si só; as circunstâncias, igualmente, foram graves, tendo em vista o modo através do qual o réu utilizou para tirar a vida da sua companheira, qual seja, através da asfixia; as consequências foram graves; a vítima em nada influenciou para a ocorrência do crime. Nestes termos, fixo a pena-base em 16 (dezesseis) anos de reclusão.
PENA-BASE – ART. 59 DO CP
REVISÃO CRIMINAL. HOMICÍDIO TRIPLAMENTE QUALIFICADO (ART. 121, § 2º, INCISOS I, III, IV, DO CP) E OCULTAÇÃO DE CADÁVER (ART. 211, DO CP). INSURGÊNCIA QUANTO À PRIMEIRA E SEGUNDA FASES DA DOSIMETRIA DA PENA. TOGADO QUE EXASPEROU A PENA-BASE UTILIZANDO AS QUALIFICADORAS DO MOTIVO TORPE E ASFIXIA. POSSIBILIDADE DE UTILIZAÇÃO DE APENAS UMA DAS QUALIFICADORAS PARA INCREMENTAR A REPRIMENDA BASILAR, INCIDINDO A OUTRA COMO AGRAVANTE OU CIRCUNSTÂNCIA JUDICIAL DESFAVORÁVEL DO HOMICÍDIO, SOB PENA DE BIS IN IDEM. READEQUAÇÃO DA PENA QUE SE IMPÕE. MANUTENÇÃO DA MIGRAÇÃO DA QUALIFICADORA DO RECURSO QUE IMPOSSIBILITOU A DEFESA DA VÍTIMA PARA A SEGUNDA FASE DA DOSIMETRIA DA PENA. PREVISÃO EXPRESSA NO ART. 61, INCISO II, ALÍNEA "C", DO CÓDIGO PENAL. PRECEDENTES DESTA CORTE E DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. REVISÃO CRIMINAL PARCIALMENTE DEFERIDA PARA READEQUAR A PENA-BASE. (TJSC – revisão criminal n 2015.016744-7, de Blumenau Relator: Des. Ernani Guetten de Almeida)
PENA-BASE – ART. 59 DO CP
Outro exemplo: em crime de lesão corporal cometido contra uma senhora de 80 anos de idade, o magistrado fundamenta a exasperação da pena-base em decorrência da covardia e da superioridade de forças do agente. Depois, impõe na segunda-fase a agravante genérica contida no art. 61, II, “h” do Código Penal (crime contra pessoa maior de 60 anos).
PENA-BASE – ART. 59 DO CP
CULTURA DA PENA MÍNIMA: A jurisprudência se firmou no sentido de que, quando imposta a reprimenda em seu patamar mínimo, prescindi-se de fundamentação judicial.
HOMICÍDIO – ART. 121 DO CP
PENA DE 6 A 20 ANOS 
CULPABILIDADE
CULPABILIDADE: deve ser compreendida como o juízo de reprovabilidade, como juízo de censura que recai sobre o responsável por um crime. Equivoca-se o legislador, pois a culpabilidade se relaciona com a possibilidade de aplicação da pena e não com sua dosimetria.
Entende-se que a culpabilidade é um conjunto de todas as demais circunstâncias judiciais.
ANTECEDENTES
ANTECEDENTES: São dados atinentes a vida pregressa do réu na seara criminal .
Todos os demais fatores relacionados à sua vida pretérita, que não indicado na folha de antecedentes, podem ser analisados como CONDUTA SOCIAL.
ANTECEDENTES 
E o que são maus antecedentes?
STF no plano histórico, sempre entendeu que inquéritos policiais e ações penais em andamento poderiam caracterizar maus antecedentes.
Na atualidade tanto STF e STJ têm entendido que maus antecedentes são unicamente condenações definitivas que não caracterizam reincidência;
Súmula 444 do STJ: “É vedada a utilização de inquéritos policiais e ações penais em curso para agravar a pena-base.”
Código Penal filiou-se ao sistema da perpetuidade: o decurso do tempo após o cumprimento ou extinção da pena não elimina esta circunstância judicial desfavorável.
“Não há flagrante ilegalidade se o juízo sentenciante considera, na fixação da pena, condenações pretéritas, ainda que tenha transcorrido lapso temporal superior a cinco anos entre o efetivo cumprimento das penas e a infração posterior; pois, embora não sejam aptas a gerar a reincidência, nos termos do art. 64, I, do CP, são passíveis de serem consideradas como maus antecedentes no sopesamento negativo das circunstâncias judiciais.” 
(STJ, HC 198.557/MG, relator Ministro Marco Aurélio Bellizze, 5ª turma.)
CONDUTA SOCIAL 
É o estilo de vida do réu, correto ou inadequado, perante a sociedade, sua família, ambiente de trabalho, círculo de amizades e vizinhança, etc.
Deve ser questionamento do magistrado tanto no interrogatório como na prova testemunhal.
REVISÃO CRIMINAL. FURTOS EM REPOUSO NOTURNO. INJUSTIÇA OU ERRO TÉCNICO NA APLICAÇÃO DA REPRIMENDA. CIRCUNSTÂNCIA JUDICIAL DESFAVORÁVEL. PROCESSO EM ANDAMENTO CONSIDERADO COMO MÁ CONDUTA SOCIAL. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 444 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. ADEQUAÇÃO DEVIDA. COMPENSAÇÃO DA REINCIDÊNCIA COM A CONFISSÃO ESPONTÂNEA. IMPOSSIBILIDADE. EXEGESE DO ART. 67 DO CÓDIGO PENAL. PEDIDO PARCIALMENTE DEFERIDO. 
(TJSC, Revisão Criminal n. 2014.014898-7, da Capital, rel. Des. Moacyr de Moraes Lima Filho, j. 25-06-2014).
PERSONALIDADE
É o perfil subjetivo do réu, nos aspectos moral e psicológicos, pelo qual se analisa se tem ou não caráter voltado á pratica de infrações penais. 
“Havendo registros criminais já considerados na primeira e na segunda fases de fixação de pena (maus antecedentes e reincidência), essas mesmas condenações condenações não podem ser valoradas para concluir que o agente possui personalidade voltada à criminalidade. A adoção de entendimento contrário caracteriza o indevido bis in idem.”
(STJ, HC 165.089/DF, Rel. Min. Laurita Vaz, 5ª Turma)
MOTIVOS DO CRIME
são os fatores psíquicos que levam a pessoa a praticar o crime.
Só tem cabimento essa circunstância judicial quando a motivação do crime não caracteriza qualificadora, causa de aumento ou diminuição de pena, ou atenuante ou agravantes genéricas.
 Levando em consideração as circunstâncias judiciais previstas no art. 59 do Código Penal, quanto à culpabilidade, verifica-se que a intensidade do dolo do agente não está acima do normal. Registra antecedentes, entretanto, em virtude do trânsito em julgado será analisado na segunda fase da dosimetria. Sua personalidade, ao que tudo indica, é voltada a prática delitiva. Acerca da sua conduta social, não completou nem o ensino primário, muito menos se aprimorou para o mercado de trabalho. Os motivos do crime de roubo são conhecidos, ou seja, lucro fácil em prejuízo do trabalho e esforço alheios. As circunstâncias dos crimes perpetrados, vale dizer, o modo como o acusado desenvolveu a conduta delitiva, são normais ao delito praticado. As conseqüências no crime de roubo são medianas, uma vez que as vítimas não recuperaram a integralidade da res, estas que em nada contribuíram para o comportamento do acusado.
Circunstâncias do crime
São os dados acidentais, secundários, relativas a infração penal, mas que não integram sua estrutura, tais como o modo de execução do crime, os instrumentos empregados em sua prática, as condições de tempo e local em que ocorreu o ilícito penal, o relacionamento entre o agente e o ofendido, etc.
CONSEQUENCIAS do crime
Envolvem o conjunto de efeitos danosos provocados pelo crime, em desfavor de vítima, de seus familiares ou da coletividade. Constitui, em verdade, o exaurimento do delito.
Ex. Crime de estupro: trauma causado aos filhos da mulher estuprada, quando o crime é por eles presenciado.
COMPORTAMENTO DA VÍTIMA
É a atitude da vítima, que tem o condão de provocar ou facilitar a prática do crime. 
Ex. Sujeito que manuseia grande quantidade de dinheiro abertamente no interior de um ônibus, por exemplo,incentiva a prática de furtos ou roubos. 
Circunstâncias judicial favorável ao réu.

Outros materiais

Outros materiais