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Aline Masiero Fernandes - 20072130524 SEMIOLOGIA DO APARELHO RESPIRATÓRIO Anamnese Identificação: - Idade da criança; - Residência atual e anterior; - Ocupação da criança: escola, creche, etc; - Escolaridade de pais e responsáveis; - Nascimento: Índice de Apgar. Vamos entender um pouco mais desse Índice de Apgar... Avaliar nos 5 primeiros minutos. Classificação: sem asfixia: Apgar 8 a 10 asfixia leve: Apgar 5 a 7 asfixia moderada: Apgar 3 a 4 asfixia grave: Apgar 0 a 2 Queixa principal: Os principais sinais e sintomas relacionados ao aparelho respiratório são: - Tosse; - Chiados; - Dor; - Dispnéia; - Febre; - Rinorréia; - Expectoração. Tosse: Avaliar timbre, freqüência, se é produtiva ou não, tipo de secreção e tosses típicas. Timbre: - Tosse rouca: Laringites e difteria - Tosse afônica: Paralisia da musculatura da glote, destruição das cordas vocais e edema de laringe - Tosse bitonal: Compressão do nervo laríngeo recorrente - Tosse “latida”: Compressão traqueobrônquica B) Se é produtiva ou não: - Seca: Virose, alergia, irritação dos órgãos situados fora do aparelho respiratório - Produtiva: de curta duração (pneumonia), de longa duração (tuberculose, bronquiectasia). C) Tipo de secreção: mucosa (não purulenta; asma, aspergilose) ,purulenta ou mucopurulenta (pneumonia bacteriana) e com sangue D) Tosse típica: Quintosa (coqueluche) Dispnéia: Característica de asma e pneumonia. Avaliar a presença de estridores (sons inspiratórios, causados pela obstrução parcial da garganta). Chiados/Sibilos: (parecem som de bexiga esvaziando lentamente) Inspiratórios (secreção) Expiratórios (broncoespasmo): Asma Inspiratórios e expiratórios HPP: - DCIs; - Alergias (alimentos, medicamentos, objetos de casa); - Asma; - Bronquite; - Rinite; - Pneumonia; - Tuberculose; - Resfriados freqüentes; - Amigdalite de repetição; - Cirurgias; - Internações em CTI (foi intubado?); - Fratura de costela (risco de pneumotórax) H. Familiar: avaliar possíveis acometimentos de parentes e/ou vizinhos. H. Gestação, Parto e Pré-natal: - Drogas e tabagismo; - Cianose (pós-parto); - Taquipnéia; - Asfixia; - Infecções. H. Imunológica: - BCG; - Tetravalente (DTP+Hib), etc. H. Alimentar: - Aleitamento materno; - Condições nutricionais; - Sistema imunológico. H. Social: - Habitação; - Co-habitantes (tabagistas, com tuberculose...) - Frequência em creche ou escola; - Poluição ambiental; - Hábitos caseiros; - Práticas de esporte; - Drogas/ álcool/ tabagismo; - Animais Exame Físico: Inspeção: - Estática: Avaliar pele, pêlos, cicatrizes, sistema venoso, formato do tórax, assimetria (abaulamentos, retrações, etc). Formato do tórax: Pectus excavatum (geralmente congênito) Pectus carinatum (raquitismo) Tórax de pombo ou em quilha (raquitismo e asma grave) - Dinâmica: Simetria dos movimentos respiratórios, padrão, ritmo e frequência respiratórios, dispnéia, crises de apnéia, tiragem. A) Simetria dos movimentos respiratórios: O padrão normal da respiração é simétrico. Pode ocorrer assimetrias em derrames pleurais de grande volume e neoplasias. B) Padrão respiratório: Torácico ou abdominal C) FR: < 2 meses: até 60 (30-50) 2-12 meses: < 50 (20-35) 1-5 anos: < 40 >6 anos: em torno de 20 Diminuição da freqüência= Bradipnéia Aumento da freqüência= Taquipnéia D) Ritmos respiratórios: - Cheyne-Stokes: Apnéia- Hiperpnéia crescente- Hiperpnéia decrescente- apnéia. AVC, hipertensão intracraniana. - Cantani: Aumento da amplitude dos movimentos respiratórios, de modo regular, secundariamente a uma acidose metabólica, como cetoacidose diabética. - Kussmaul: Inspiração profunda- pausa- expiração rápida- pausa. Cetoacidose diabética. - Biot: Respiração irregular. Lesão bulbar. Cheyne-Stokes Cantani Kussmaul Biot E) Crises de apnéia: 20 ou mais segundos sem respirar. F) Tiragem: Retração inspiratória dos últimos espaços intercostais -sinal de obstrução parcial de vias aéreas superiores (laringites, corpo estranho). Palpação: Avaliar elasticidade (a de crianças é maior que a de adultos; uma redução pode ser devido à dor ou até mesmo um derrame), expansibilidade (aumento da expansibilidade: raquitismo e pneumotórax não-hipertensivo; redução: DPOC e derrame pleural), entrada e saída de ar pelas narinas (pôr a mão próximo das narinas), pontos dolorosos à palpação(sensibilidade), frêmito tóraco-vocal (aumento do FTV: aumento da massa pulmonar; redução do FTV: obesidade, anasarca) e linfonodomegalias. Percussão: Macicez, submacicez e hipersonoridade. Ausculta: (antes de auscultar uma criança, ter o cuidado de aquecer o esteto!) Ruídos normais: Murmúrio vesicular (é mais forte que no adulto, é a respiração pueril) Ruídos anormais: - Sopro tubário: É o sopro glótico transmitido pelas condensações pulmonares, de intensidade e tonalidade mais elevada na expiração (Parece alguém soprando um tubo). - Sons anormais descontínuos: - Estertores crepitantes: Sons agudos, do final da inspiração, de curta duração, devido a líquido ou a exsudato nos alvéolos. Não modificam com a tosse. Ocorre na pneumonia e na congestão pulmonar. (é o som dos fios de cabelo se arrastando) - Estertores subcrepitantes: Sons graves, durante a inspiração e a expiração, devido à abertura e fechamento das vias aéreas com secreção. Modificam com a tosse. Ocorre na bronquite crônica e na bronquiectasia. - Sons anormais contínuos: -Roncos: Sons graves, sugerem secreção em grandes vias aéreas. Ocorre na inspiração e na expiração e modifica com a tosse. Ocorre em asma, bronquite e bronquiectasia. - Sibilos: Sons agudos (parece assobio ou chiado), causado pela passagem de ar em brônquios e bronquíolos estreitados. Predominam na inspiração. Ocorrem na asma, bronquite e no DPOC. - Estridores: sons inspiratórios, causados pela obstrução parcial da garganta. - Atrito pleural: ruído irregular, descontínuo mas intenso na inspiração, comparado ao ranger de couro atritado. Representa um som de duração maior e tonalidade grave, sendo de fácil distinção dos estertores. Devido à sua proximidade com a pele, o atrito pleural pode ser percebido pelo tato, fenômeno ao qual se denomina de frêmito pleural. Ocorre nas pleurites. Ausculta da voz: (se a criança falar, é claro!!) Pede-se que a criança fale “trinta e três”. - Broncofonia: Identificação de algumas sílabas da fala do paciente. Ocorre nas hepatizações pulmonares. - Pectorilóquia: Consegue-se distinguir bem todas as sílabas do paciente,ou seja, compreende-se perfeitamente a fala do paciente. Pode ser uma pectorilóquia fônica (quando se entende o que o paciente fala com o volume de voz normal) ou afônica (quando se entende a fala do paciente, quando este fala de forma sussurrada). - Egofonia: Quando a ausculta da voz do paciente é anasalada, caprina. Ocorre no derrame pleural (A egofonia é a broncofonia com interposição de líquido).
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