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Alex Psicopatologia cap 14 a 19

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28/07/14
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Atenção e Sensopercepção
Psicopatologia
Universidade Estácio de Sá
Alex Simon Lodetti
28/07/14
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A ATENÇÃO E SUAS ALTERAÇÕES
 Direção da consciência, o estado de concentração da atividade mental sobre determinado objeto. 
Tipos:
atenção voluntária, concentração ativa e intencional da consciência sobre um objeto.
atenção espontânea, suscitada pelo interesse momentâneo, incidental, que desperta este ou aquele objeto e é geralmente aumentada nos estados mentais nos quais o indivíduo tem pouco controle voluntário sobre a sua atividade mental.
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ANOMALIDADES DA ATENÇÃO
Hipoprosexia: diminuição global da atenção (a mais comum), com perda básica da capacidade de concentração e fadigabilidade aumentada, dificultando a percepção, concentração, o pensar, o raciocinar, etc.
Aprosexia: total abolição da capacidade de atenção, por mais fortes e variadas que sejam os estímulos ambientais que se utilizem; 
Hiperprossexia: atenção exagerada, tendência a se manter indefinidamente sobre certos objetos com surpreendente infatigabilidade;
Distração: superconcentração ativa da atenção sobre determinados conteúdos ou objetos, com a inibição de tudo o mais; 
Distrabilidade: estado patológico, dificuldade ou incapacidade para se fixar ou manter a atenção em qualquer coisa que implique esforço produtivo, a atenção é facilmente desviada para outro objeto.
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Direção:
atenção externa, projetada para fora do mundo subjetivo do sujeito, voltada para o mundo exterior, utilizando-se sempre dos órgãos do sentido
atenção interna, voltada para os processos mentais do indivíduo, é uma atenção mais reflexiva, introspectiva e meditativa.
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Amplitude:
Atenção focal: mantém-se concentrada em um determinado campo restrito da consciência;
 Atenção dispersa: não se concentra sobre um campo determinado, espalha-se por um campo menos delimitado;
 Atenção seletiva: capacidade de seleção de estímulos e objetos específicos, com estabelecimento de prioridade diante de um conjunto amplo de estímulos ambientais; 
Atenção flutuante: conceito desenvolvido por Freud, estado artificial da atenção. “Modo como o analista deve escutar o analisando: não deve privilegiar a priori qualquer elemento do discurso dele, o que implica em deixar funcionar o mais livremente possível a sua própria atividade inconsciente e suspender as motivações que dirigem habitualmente a atenção”.
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A ORIENTAÇÃO 
A avaliação da orientação é um instrumento valioso para a verificação das perturbações do nível de consciência. 
Orientação Autopsíquica (subjetiva): o indivíduo com relação a si mesmo. Ex: como se chama, que idade tem, qual sua nacionalidade, profissão, etc. 
Orientação Alopsíquica (lugar): o sujeito em relação ao mundo, tempo e espaço (quem são os outros, onde está, em qual mês, etc);
Orientação Temporal (tempo): indica o momento cronológico, a hora do dia, se é manhã, tarde ou noite, o dia da semana, mês ou ano e a estação do ano. Na nossa evolução psicológica, é adquirida mais tardiamente.
Orientação Espacial (espaço): localização do sujeito, onde ele se encontra, em qual instituição está, o andar do prédio, a cidade, estado e o país onde se encontra. Também se refere à distância que o mesmo percorreu, por exemplo, do hospital até a sua residência, em quilômetros e horas de viagem.
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ALTERAÇÕES DA ORIENTAÇÃO
Desorientação por redução do Nível de Consciência ou desorientação torposa ou confusa: Forma mais comum, decorrente de uma turvação da consciência, também produz alteração da atenção, da concentração e da capacidade de integração dos estímulos ambientais, impedindo a apreensão clara e precisa da realidade.
Desorientação por Déficit de Memória de fixação ou Desorientação Amnéstica: É quando o indivíduo não consegue fixar em sua memória as informações ambientais básicas, perdendo a noção do fluir do tempo, passando a ficar desorientado temporo-espacialmente.
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Desorientação por Apatia ou Apática e/ou Desinteresse Profundo ou Abulia: desorientação decorrente de marcante alteração de humor. Por falta de motivação e interesse, não investe mais sua energia no mundo e não se atém mais aos estímulos ambientais, tornando-se desorientado;
Desorientação Delirante: quando há imersão em um profundo estado delirante com vivência de ideias delirantes muito intensas, nas quais creem com convicção. Por exemplo, o paciente pode afirmar que está no inferno ou em outro planeta;
Desorientação Oligofrênica: Ocorre em indivíduos com graves déficits intelectuais, por incapacidade ou dificuldade em compreender o ambiente.
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A VIVÊNCIA DO TEMPO E DO ESPAÇO E SUAS ALTERAÇÕES
O ser só é possível nas dimensões reais e objetivas do tempo e do espaço, fazendo dos mesmos, condicionantes fundamentais do universo e estruturantes básicos da experiência partilhada humana. 
Esse espaço e tempo se produzem fora do homem e tem uma realidade objetiva e plena independentes do ser humano.
Na vida psíquica, o tempo se distingue em: tempo subjetivo (interior, pessoal) e tempo objetivo (exterior, cronológico e mensurável).
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ANOMALIDADES DA VIVÊNCIA DO TEMPO
Em geral, a passagem do tempo é percebida como lenta e vagarosa nos estados depressivos, e rápida e acelerada nos estados maníacos. O ritmo psíquico também é oposto, na mania há um Taquipsiquismo (aceleração de todas as funções psíquicas) e Bradipsiquismo na depressão (lentificação das atividades mentais). 
Ilusão sobre a duração do tempo: o tempo pode parecer transcorrer de modo extremamente veloz ou lenta - alucinógenos e psicoestimulantes, nas fases agudas e iniciais da psicose ou em situações emocionais especiais e intensas;
Atomização do tempo: o tempo parece uma sucessão de pontos presentes que não se articulam entre si, há descontinuidade do fluir do tempo (quebra da relação passado- futuro, fazendo o indivíduo se fixar somente no presente corrente;
Inibição da Sensação do Fluir do Tempo: falta de sensação do avançar do tempo subjetivo, perda do sincronismo com a impressão de que o tempo não passa. Essa anomalia se dá geralmente nos casos depressivos graves.
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ANOMALIDADES DA VIVÊNCIA DO ESPAÇO
Estado de Êxtase: perda das fronteiras entre o eu e o mundo externo; o sujeito se sente fundido ao mundo exterior.
No estado maníaco o espaço é percebido como extremamente dilatado e amplo, onde o mesmo desconhece as fronteiras espaciais e vive como se todo espaço externo fosse seu;
No quadro depressivo, o espaço externo é vivenciado como muito encolhido, contraído, escuro e pouco penetrável pelo indivíduo e pelos outros;
No quadro paranóide, percepção de ameaça ao espaço interno;
Na agorafobia, o espaço externo é tido como
sufocante, pesado, perigoso e potencialmente aniquilador.
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A SENSOPERCEPÇÃO E SUAS ALTERAÇÕES
Todas as informações do ambiente, necessárias à sobrevivência do indivíduo, chegam até o organismo por meio das sensações. Defini-se sensação como o fenômeno elementar gerado por estímulos físicos, químicos ou biológicos variados, originados de fora para dentro do organismo, que produzem alterações nos órgãos receptores, estimulando-os.
Já por percepção entende-se a tomada de consciência de um estímulo sensorial. Só que a maioria dos psicopatólogos preferem não separar a sensação da percepção, denominando o fenômeno simplesmente de sensopercepção. 
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Delimitação dos Conceitos de Imagem e de Representação
O elemento básico do processo de sensopercepção é a imagem perceptiva real, ou simplesmente uma imagem. 
A imagem se caracteriza pelas seguintes qualidades: 
 Nitidez – a imagem deve ser nítida e com contornos precisos; 
Corporeidade – a imagem deve ser viva, corpórea, ter luz, brilho e cores vivas;
 Estabilidade – deve ser estável, não podendo mudar de um momento para o outro;
 Extrojeção – a imagem que vem doespaço externo também é percebida nesse mesmo espaço externo;
 Ininfluenciabilidade voluntária – o indivíduo não consegue alterar voluntariamente essa imagem percebida;
 Completitude – a imagem tem um desenho completo e determinado, com todos os detalhes reais diante do observador.
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IMAGEM versus REPRESENTAÇÃO
Ao contrário da imagem perceptiva real, a representação é uma revivência de uma imagem sensorial, sem que esse objeto esteja presente. É a re-apresentação de uma imagem na consciência, sem a presença do objeto estimulante real, e a representação se caracteriza por:
 Pouca nitidez (com os contornos esfumados); 
 Pouca corporeidade (não tem a “vida” de uma imagem real); 
 Instabilidade (aparece e desaparece facilmente);
 Introjeção (é percebida somente no espaço interno);
 Incompletitude (apresenta-se a nós geralmente incompleta e apenas com alguns detalhes).
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IMAGINAÇÃO
É uma atividade psíquica geralmente voluntária que pode ser uma lembrança de imagens percebidas no passado ou criação de novas imagens e ocorre, via de regra, na ausência de estímulos sensoriais;
FANTASIA OU FANTASMA É um produto minimamente organizado da imaginação, e pode ser consciente ou inconsciente e se origina de desejo, temores e conflitos, sendo muito freqüente em crianças e muitas vezes dominante em personalidades neuróticas ou histéricas e fonte de inspiração para muitas pessoas como artistas, inventores e poetas, que dependem da sua capacidade de produzir e desenvolver quadros, peças e livros, da elaboração das suas fantasias.
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Alterações Quantitativas da Sensopercepção
Hiperestesia: é onde as percepções estão anormalmente aumentadas, no qual os sons são ouvidos de forma muito amplificado, as cores tornam-se mais vivas e intensas e ocorre nas intoxicações por alucinógenos, em algumas formas de epilepsia, enxaqueca, esquizofrenia e em alguns quadros maníacos;
Hipoestesia: é o inverso da hiperestesia, onde as percepções estão anormalmente diminuídas. É observada em alguns pacientes depressivos, no qual o mundo é percebido como mais escuro, sem brilho, os alimentos não têm mais sabor e os odores perdem a sua intensidade.
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Alterações Qualitativas da Sensopercepção
Compreendem as ilusões, as alucinações, a alucinose e a pseudoalucinação.
Ilusão: é a percepção deformada de um objeto real e presente. As ilusões mais comuns são as visuais, onde o paciente, em geral, vê pessoas, monstros e animais a partir de estímulos visuais como móveis, roupas ou objetos pendurados na parede.
Outro tipo de ilusão muito freqüente, principalmente em esquizofrênicos, é a ilusão auditiva, na qual a partir de estímulos sonoros inespecíficos, o paciente ouve o seu nome, palavras significativas e principalmente chamamentos depreciativos;
Alucinações: é a vivência de percepção de um objeto, sem que o mesmo esteja presente, ou seja, é a percepção clara e definida de um objeto (voz, ruído, imagem) sem a presença do objeto estimulante real.
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Tipos de Alucinações:
Alucinações Auditivas: é o tipo de alucinação mais freqüente, principalmente em esquizofrênicos, denominada também de audioverbal, na qual o paciente escuta vozes sem qualquer estímulo (som) externo real. Geralmente essas vozes são perseguidoras, xingativas e de conteúdo depreciativo. Em alguns casos, as vozes ordenam que o paciente mate ou se suicide (vozes de comando), ou comentam as suas atividades corriqueiras (vozes que comentam a ação).
Pode ocorrer também, muito próximo das alucinações auditivas, o fenômeno denominada sonorização do pensamento, eco do pensamento e a publicação do pensamento.
A sonorização do pensamento é muito próxima ao eco do pensamento e pode ser de duas maneiras:
A sonorização do próprio pensamento, onde o paciente ouve o próprio pensamento no mesmo momento em que o pensa;
A sonorização do pensamento como vivência alucinatório-delirante, que são pensamentos no qual o paciente ouviu, ou seja, depois de pensados, ele tem a nítida sensação de que os mesmos foram introduzidos em sua cabeça por uma outra pessoa, mas que não é real, e agora são ouvidos por ele;
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No eco do pensamento, o paciente ouve o seu pensamento pouco depois de tê-lo pensado;
Na publicação do pensamento, o indivíduo tem a nítida sensação de que as pessoas ouvem o que ele pensa no mesmo momento em que ele está pensando.
Alucinações Musicais: é uma alucinação relativamente rara, curiosa e intrigante, pois é descrita como a audição de tons musicais e melodias sem o correspondente estímulo interno.
Alucinações Visuais: são visões nítidas que o paciente experimenta, sem a presença de estímulos visuais reais. Podem ser simples, onde o paciente vê cores, bolas, pontos brilhantes, denominados de FOTOPSIAS, ou complexas onde o indivíduo vê figuras, imagens de pessoas (vivas ou mortas), demônios, santos, etc. Podem ser cenas completas ( como um paciente que vê seu quarto pegando fogo), chamadas de ALUCINAÇÕES CENOGRÁFICAS, ou podem ser a ALUCINAÇÃO LILIPUTIANA, onde o indivíduo vê inúmeros personagens diminuídos e minúsculos entre os objetos e pessoas reais de sua casa.
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Alucinações Táteis: o paciente sente espetadas, choques, insetos ou pequenos animais correndo sobre sua pele. Em alguns esquizofrênicos, as alucinações táteis podem ser sentidas nos genitais, que sentem cutucadas e penetrações nos mesmos.
Alucinações Olfativas e Gustativas: assim como as alucinações musicais são relativamente raras, onde o indivíduo sente o cheiro ou gosto de determinadas coisas sem qualquer estímulo olfativo ou gustativo presente.
No caso das alucinações olfativas, o paciente sente o cheiro de coisas podres, cadáver e fezes. Já nas gustativas, sente-se na boca o sabor de ácido, sangue, urina, etc., onde essas duas alucinações muitas vezes ocorrem em conjunto.
Alucinações Cenestésicas ou Cinestésicas:
 Cenestésicas – são sensações alucinatórias em várias partes do corpo como sentir que o cérebro está encolhendo, o fígado se despedaçando ou a percepção de alguma víbora no abdômen;
 Cinestésicas – são sensações alteradas dos movimentos do corpo, como sentir o corpo afundando, os braços se elevando e as pernas encolhendo.
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Alucinações Funcionais: 
São desencadeadas por estímulos sensoriais “reais”, só que é distinta da ilusão, pois enquanto que a ilusão é a deformação de uma percepção de um objeto real e presente, a alucinação funcional é uma alucinação (ausência do objeto), desencadeada por estímulo real. Para entender melhor esse tipo de alucinação, imagine um indivíduo que quando abre um chuveiro ou uma torneira, começa a ouvir vozes e gritos. Percebe-se que essa alucinação foi desencadeada por um estímulo real (a água do chuveiro), mas que não explica a audição de vozes e gritos. 
Abaixo se seguem alguns tipos de alucinações funcionais:
Alucinações Combinadas (ou Sinestesias) – ocorrem várias alucinações ao mesmo tempo. Ex: o paciente vê uma pessoa que fala com ele, o toca, etc.
Alucinações Extracampinas – é quando o paciente uma imagem nas suas costas ou através de uma parede;
Alucinação Autoscópica – é uma alucinação visual associada a componentes táteis e cenestésicos, onde o indivíduo se vê fora do seu próprio corpo;
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Alucinações Hipnagógicas e Hipnopômpicas – são alucinações auditivas, visuais ou táteis relacionadas à transição sono/vigília. 
Hipnagógicas: fase em que o indivíduo está adormecendo;
Hipnopômpicas: fase em que o indivíduo está despertando.
Alucinose: a alucinose é um fenômeno pelo qual o paciente percebe tal alucinação como estranha a sua pessoa e ocorre com um nível de consciência preservada e apesar do indivíduo ter alucinações, percebe consciente que aquilo é um fenômeno estranho, patológico e não tem nada a ver com a sua pessoa.
A alucinose é um fenômeno periférico ao eu, enquanto a alucinação é um fenômeno central ao eu.
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Afetividade e suasalterações
Vida afetiva: colorido, brilho ou calor da vivência humana.
Mira y Lopez (1964) define como “a fronteira entre a percepção e a afeição, entre a sensaçao e o sentimento, entre o saber e o sentir é a mesma fronteira entre o eu e o não-eu.”
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5 tipos básicos de vivências afetivas:
Humor ou estado de ânimo
Emoções
Sentimentos
Afetos
Paixões
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1. Humor ou estado de ânimo: definido como o tônus afetivo do indivíduo, o estado emocional basal.
Em boa parte do tempo o humor é vivido corporalmente e se relaciona consideravelmente às condições vegertativas do organismo.
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2. Emoções: podem ser definidoas como reações afetivas agudas, momentâneas, desencadeadas por estímulos significativos.
Revelam sempre a unidade psicossomática básica do ser humano.
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3. Sentimentos: são estados e configurações afetivas estáveis, em relação às emoções, sao mais atenuados em sua intensidade e menos reativos a estímulos passageiros. Mais mental do que somático.
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4. Afetos: qualidade e tônus emocional que acompanham uma idéia ou representação mental. Idéias que tem acoplada um colorido afetivo.
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5. Paixões: estado afetivo extremamente intenso, que domina a atividade psíquica como um todo, captando e dirigndo a atenção e interesse do indivíduo em uma só direção, inibindo outros interesses.
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Emoção versus razão: típica dicotomia ocidental.
Concebe a vida afetiva como geralmente inferior à razão.
Catatimia: a importante influência que a vida afetiva, o estado de humor, as emoções, sentimentos e paixões exercem sobre as demais funções psíquicas.
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Reação afetiva: a vida sempre acontece em um contexto de relações eu mundo, e a afetividade se caracteriza pela reatividade ao que acontece.
Alguns tipos de reação afetiva:
Sintonização afetiva: capacidade de o indivíduo ser influenciado afetivamente por estímulos externos. 
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Irradiação afetiva: capacidade de o indivíduo de transmitir, irradiar ou contaminar os outros com seu estado afetivo momentâneo.
Rigidez afetiva: o indivíduo não deseja, tem dificuldade ou impossibilidade tanto de sintonização quanto de irradiação.
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Alterações patológicas da afetividade
Distimia: designa a alteração básica de humor, tanto no sentido da inibição quanto da exaltação.
Ideação suicida: relacionada com o humor depressivo, pensamentos recorrentes de morte, tentativas de suicídio, planejamento de suicídio. SEMPRE DEVE SER INVESTIGADA CUIDADOSAMENTE EM PACIENTES COM HUMOR TRISTE.
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Disforia: uma distimia que acompanha uma tonalidade afetiva desagradável, mal-humorada.
Euforia: humor morbidamente exagerado, no qual predomina um estado de alegria intensa e desproporcional às circunstâncias.
Elação: alegria patológica e expansão do eu, sensação subjetiva de grandeza e de poder.
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Puerilidade: humokr caracterizado por ser infantil e simplório, regredido. O indivíduo ri ou chora por motivos banais, vida afetiva superficial, ausente de afetos profundos, consistentes e duradouros.
Moria: é uma forma de alegria muito pueril, ingênua, boba , que ocorre principalmente em pacientes com lesões extensas dos lobos frontais, deficiência ou demência.
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Estado de êxtase: experiência de beatitude, de dissolução do eu no todo, de compartilhamento íntimo do estado afetivo interior com o mundo exterior, muitas vezes com colorido hipertímico e expansivo.
Irritabilidade patológica: hiperreatividade desagradável, hostil, e eventualmente, agressiva a estímulos do meio exterior.
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Ansiedade, Angústia e Medo
Ansiedade: estado de humor desconfortável, apreensão negativa em relação ao futuro, inquietãção interna desagradável, inclui somático e fisiológico.
Angústia: sensação de aperto no peito e na garganta, de compressão, de sufocamento. Conotação mais corporal e relacionada ao passado.
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Medo: objeto mais preciso, medo de algo.
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Alterações das emoções e dos sentimentos
1. Apatia: diminuição da excitabilidade emotiva e afetiva. O paciente se queixa de não sentir a expressão normal de suas emoçoes.
2. Hipomodulação do afeto: incapacidade de modular a resposta afetiva de acordo com a situação existencial, indicando rigidez na relação com o mundo.
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3. Inadequação do afeto ou paratimia: reação incongruente a situações existenciais, contradição profunda entre a esfera ideativa e a afetiva.
4. Pobreza de sentimentos e distanciamento afetivo: perda progressiva e patológica das vivências afetivas. Dificuldade de viver alternâncias nos afetos.
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5. Embotamento afetivo e devastação afetiva: perda profunda de todo tipo de vivência afetiva.
6. Sentimento de falta de sentimento: incapacidade para serntir emoções, geralmente vivenciada como torturante ou negativa pelo sujeito.
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Anedonia: incapacidade total ou parcial de obter ou sentir prazer com determinadas atividades e expriências da vida.
Labilidade afetiva e incontinência afetiva: ocorrem mudanças súbitas e imotivadas do humor, sentimentos ou emoções.
Ambivalência afetiva: Bleuler, sentimentos opostos em relação à um mesmo objeto, simultaneamente.
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Neotimia: experiências afetivas completamente novas, em geral se apresentam apenas em pacientes em estados psicóticos.
Medo: progressiva insegurança e angústia, sensaçao de impotência e invalidez crescentes, impressão iminente que acontecerá algo que queríamos evitar e que progressivamente nos consideramos menos capazes de fazer.
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Fobias: medos determinados psicopatologicamente, desproporcionais e incompatíveis com as possibilidades de perigo real oferecidas pelos desencadeantes.
Pânico: é uma reação de medo intenso, de pavor, relacionada geralmente ao perigo imaginário de morte iminente, descontrole ou desintegração.
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Pensamento e suas alterações
Conceitos: não tem elemento de sensorialidade, elemento puramente cognitivo. Exprimem-se apenas os caracteres mais gerias dos objetos e fenômenos.n
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Nos conceitos, temos dois passos para sua formação:
Eliminaçãodos caracteres de sensorialidade: quando conceitualizo cadeira como tendo quatro pés, um assento e um encosto estou suprimindo a sensação.
Generalização : síntese por abstração e genralização, de um número considerável de fenômenos singulares.
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Juízos: estabelecimento de relações significativas entre os conceitos básicos.
Raciocínio: relaciona os juízos. Faz ligação entre conceitos, sequência de juízos, encadeamento de conhecimentos, derivando sempre uns dos outros.
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Processo de Pensar
Curso do pensamento: como o pens flui.
Forma do pensamento: sua estrutura básica, sua arquitetura, preenchida pelos conteúdos do sujeito.
Conteúdo do pensamento: temas predominantes, o assunto em si.
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Alterações dos elementos constitutivos do pensamento
Alterações dos conceitos:
Desintegração dos conceitos: os conceitos sofrem um processo de perda de seu significado original. Ex: ateu significa “a teu comando”. Característica da esquizofrenia e síndromes demenciais.
Condensação de conceitos: dois ou mais conceitos fundidos. Neologismos, coisas que só o paciente entende.
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Alteração dos Juízos
Juízo deficiente ou prejudicado: deficiência intelectual, pela poobreza cognitiva do indivíduo, conceitos inconsistentes e o raciocínio pobre e defeituoso.
Juízo de realidade ou Delírio: tratado posteriormente.
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Alterações do Raciocínio ou do Estilo de pensar.
O pensamento normal é regido pela lógica forma, orientando segundo a realidade e os princípios de racionalidade da cultura onde o sujeito se localiza.
Os princípios do pensamento lógico-formal, segundo a lógica aristotélica, são:
Princípio da identidade: se A é A; e B é B; logo, A não pode ser B. Se as condiçõesforem mantidas, as mesmas causas devem produzir os mesmos eefitos.
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Princípio da causalidade: se A é causa de B, então B não pode ser ao mesmo tempo causa de A.
Lei da parte e do todo: Se A é parte de B, então B não pode ser parte de A. Se o Brasil é parte da América do Sul a Am do Sul não pode ser uma parte do Brasil.
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Leis da dialética em Hegel
1. Lei da transformação da quantidade em qualidade;
2. Toda afirmação encerra em si mesma o princípio da sua negação.
3. Tudo é, a um só tempo, causa e efeito de si mesmo.
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Tipos básicos de pensamento científico
Indutivo: observação de fatos elementares, experimentação, comparação entre fenômenos, para chegar a conclusões e concepções mais gerais, hipóteses explicativas e classificações mais amplas.
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Dedutivo: parte de esquemas, axiomas, definições e teoremas já bem arquitetados, para, por meio de demonstrações lógicas, deduzir a sua verdade.
A intuição: entendida como apreensão da realidade de forma direta e imediata.
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Tipos alterados de pensamento
O tipo e estilo de pensamento comum, do indivíduo não acometido por doença mental, é apenas precariamente lógico.
Pensamento mágico: fere frontalmente os princípios da lógica formal e os imperativos da reliadade:
Lei da contiguidade: magia de contágio, coisas que estiveram em contato se mantém unidas. Ex: objeto de um sujeito utilizado como representante do próprio sujeito.
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Lei da similaridade: magia imitativa, um objeto representa o sujeito por ter sua forma, ex: boneco de vodu.
O pensamento mágico pressupõe que uma relação puramente subjetiva produza associações obetivas.
Comum em crianças, personalidades “imaturas” como esquizotípica, histriônica, borderline e narcísica. Obsessivos-compulsivos tb apresentam.
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Pensamento derreísta: o pensamento obedece lógica e realidade apenas naquilo que interesse ao desejo do indivíduo, distorcendo a realidade para que ela se adapte aos seus anseios. Identificação errônea dos próprios desejos com a realidade. Wishful thinking.
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Aqui 21 o3
Pensamento concreto ou concretismo: não ocorre distinção entre uma dimensão abstrata e simbólica e uma dimensão concreta e imediata dos fatos. Perda das metáforas, sujeito aderido ao sensorial, sem capacidade de ler entrelinhas.
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Pensamento inibido: inibição do raciocínio, com diminuição da velocidade e número de conceitos, juízos e representações que são utilizados no processo de pensar.
Pensamento vago: impreciso, ambíguo, obscuro, falta de clareza e precisão do raciocínio.
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Pensamento prolixo: o paciente não consegue chegar a qualquer conclusão sobre o tema que está tratando, a não ser após muito tempo e esforço.
Tangencialidade: responde a perguntas de forma oblíqua e irrelevante.
Circunstancialidade: digressão, roda em volta do tema, sem entrar nas questões essenciais ou decisivas. Eventualmente chega ao seu objetivo, diferente da tangencialidade.
Presente em T de Personalidade (associado a epilepsia, deficientes mentais limítrofes, início da esquizofrenia e neuróticos graves como obsessivo-compulsivo).
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Pensamento deficitário: apresenta uma estrutura pobre e rudimentar, em geral o paciente é mais literal do que abstrato. Pode fazer memorização de determinados materiais ou temas de maneira extensa e numerosa, porém mecânica e rígida (idiot- savant).
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Pensamento demencial: pensamento pobre, porém empobrecimento desigual, ao contrário do que ocorre no pens. Deficitário, que é mais homogêneo. Em geral imperfeito, irregular, sem unidade ou congruência. No começo a pessoa pode dissimular fingindo atos falhos.
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Pensamento confusional: junto com turvação da consciência apresenta pens incoerente, tortuoso que impede que o indivíduo aprenda de forma clara e precisa estímulos ambientais, ficando impedido de processar seu raciocínio adequadamente.
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Pensamento desagregado: forma típica de pensamento radicalmente incoerente, no qual os conceitos e juízos não se articulam minimamente de forma lógica, a linguagem se apresenta como “salada de palavras”. Ocorre nas formas graves e avançadas da esquizofrenia.
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Pensamento obsessivo: predominam idéias ou representações que apesar de terem conteúdo absurdo ou repulsivo para o sujeito, impõem-se à consciência de modo persistente e incontrolável.
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Alterações do processo de pensar
Curso do Pensamento:
Principais são aceleração, lentificação, bloqueio e o roubo do pensamento.
Aceleração: pens muito rápido, idéias se sucedem rapidamente. Mania, esquizofrenia, ansiedade intensa, psicoses tóxicas (anfetaminas e cocaína), e depressão ansiosa.
Lentificação: pens lento e dificultoso.. Latência entre perguntas e respostas. Depressões graves, rebaixamento do nível de cs, intoxicaçoes por sedativos, quadros psicorgânicos.
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Bloqueio ou interceptação: brusca e repentinamente interrompe o pens sem motivo aparente, quase exclusiva da esquizofrenia.
Roubo do pensamento: nítida sensação de que o pensamento foi roubado por algo ou alguém. Típica da Esquizofrenia.
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Forma do Pensamento
Fuga de idéias: secundária a uma aceleraçao do pensamento, perturbam-se as associações lógicas entre idéias. Deixa de seguir a lógica, pensamentos se produzem por assonância (amor, flor, cor / cidade, idade, realidade...). Característica da mania.
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Dissociação do pensamento: passam progressivamente a não seguir uma sequência lógica, com o agravamento o paciente se torna incoerente e incompreensível.
Afrouxamento das associações: associacoes mais livres, não tão bem articuladas, se apresenta nas fases iniciais da esquizofrenia e em TP esquizotípica.
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Descarrilhamento do pens: pens se extravia do curso normal, vários desvios. Observado na esquizofrenia, e eventualmente, em manias.
Desagregação do pens: profunda e radical perda dos enlaces associativos, total perda de coerência. Formas avançadas de esquizofrenia e quadros demenciais. 
De modo geral: 1. afrouxamento; 2. descarrilhamento; 3. desagregação.
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Conteúdo do pensamento
Principais por amostragem clínica:
1. perseguição.
2. depreciativos.
3. religiosos.
4. sexuais.
5. poder, riqueza ou grandeza.
6. ruína ou culpa.
7. hipocondríacos.
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Juízo de realidade e suas alterações. O delírio.
O juízo é uma atividade humana por excelência.
As alterações de juízo são alterações de pensamento.
Distinção entre erro nao determinado por processo mórbido e as diversas formas de juízos falsos determinados por transtorno mental, a principal sendo o delírio.
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Erro simples vs. delírio
1. coisas parecidas por iguais ou idênticas.
2. atribuirt coincidências ocasionais a força de relações consistentes de causa e efeito.
3. aceitar impressões dos sentidos como verdades indiscutíveis.
Erros são compreensíveis em virtude de ignorância, fanatismo religioso ou político, enquanto o delírio é caracteristicamente incompreensível.
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Preconceito: juízo a priori, sem reflexão, baseado em premissas falsas:
Racismo, sexismo, etnocentrismo, classismo, preconceito religioso.
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Crenças culturais e superstições
Compartilhada ou não compartilhada pelo grupo socio-cultural.
Idéias prevalentes:
Idéias que tem importância afetiva e adquirem predominância na vida afetiva sobre os demais pensamentos.
Não sao obsessivos por serem egossintônicos.
Idéias errôneas por superestimação afetiva.
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Alterações patológicas do juízo.
O Delírio:
Jaspers: delírios são juízos patologicamente falseados.
O delírio tem origem na doença mental.
Características:
1. convicção extraordinária , certeza subjetiva praticamente absoluta.
2. impossível a modificação do delírio pela experiência objetiva. Irremovívelpela lógica ou empirismo.
3. O seu conteúdo é impossível. Aspecto mais frágil, pois pode vir a ácontecer. Mesmo assim ainda é patológico pela forma como se erige como sintoma.
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É uma produção associal, a convicção de um só homem.
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1. Delírios simples: um só conteúdo, tema único.
2. delírios complexos: vários temas ao mesmo tempo.
3. delírio não-sistematizados: variam de momento para momento. Em geral se apresentam em sjs com baixo nível intelectual, deficientes mentais ou quadros demenciais.
4. delírios sistematizados: são delírios bem organizados, com histórias ricas e consistentes, que mantêm ao longo do tempo os seus conteúdos e detalhes. Mais comuns em pacientes intelectualmente mais desenvolvidos e nos chamados transtornos delirantes (antiga paranóia).
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Surgimento e evolução do delírio: estados pré-delirantes.
Delírios surgem , via de regra, após um período pré-delirante, denominado humor delirante (jaspers) ou trema (konrad).
Caracterizado por aflição e ansiedade intensas, sente como se algo terrível fosse acontecer, mas não sabe exatamente o que. Perplexidade, sensação de fim do mundo, estranheza radical. Pode durar horas ou dias.
Após a revelação do delírio o pcte muitas vezes se acalma.
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Delírios agudos: surgem de forma rápida e podem desaparecer em pouco tempo. Associados a transt de consciência, psicoses tóxicas ou infecciosas.
Delírios crônicos tendem a ser persistentes e contínuos, de longa duração, pouco modificáveis ao longo do tempo.
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Mecanismos constitutivos do delírio.
Entendido muitas vezes como o lidar com a desorganização que o transtorno de fundo produz.
Delírio interpretativo: distorção radical na interpretação de fatos e vivências.
Delírio intuitivo: intui o delírio repentinamente.
Delírio imaginativo: imagina determinado episódio ou acontecimento, e a partir disto, pela interpretação constrói seu delírio.
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Delírio Catatímico: o indivíduo passa a viver em um mundo fortemente marcado pelo estadio afetivo prevalente no delírio.
Delírio mnêmico: o delírio é construído por meio de recondações e elementos da memória (verdadeiros ou falsos). Ex: afirma que foi criado por milionários.
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Delírio Onírico: delírio associado a quadros de turvação de consciência, ricos em vivências oníricas com alucinações cênicas, ansiedade intensa e certa confusão de pensamento.
Delírio alucinatório: construído a partir de vivências alucinatórias ou pseudo-alucinatórias intensas. A exp alucinatória é tão impactante que integra-se a experiência de vida do sujeito.
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Percepção delirante: o delírio surge a partir de uma percepção normal que recebe imediatamente ao ato perceptivo uma significação delirante.
Ex: o sujeito entra em um ambiente e vê uma flor, e entende que imediatamente que essa flor está lá por significar seu funeral, que acontecerá após seus vizinhos o assassinarem.
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Mecanismos de manutenção do delírio
Por que o delírio se estabiliza?
1. inércia em mudar suas próprias idéias.
2. pobreza na comunicação pessoal.
3. Comportamento agressivo por parte do sujeito, produzindo rejeição pelo meio social. Criando um círculo vicioso.
4. O delírio pode diminuir o respeito e consideração das pessoas ao redor do sujeito afetado. O suj pode então criar novos delírios para compensar de modo patológico o efeito negativo sobre sua auto-estima.
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Conteúdos e tipos mais frequentes de delírio
Delírio de perseguição: se sente perseguido, alvo de complôs.
Delírio de referência (de alusão ou auto-referência): fatos cotidianos fortuitos, objetivamente sem maiores implicações, como referentes à sua pessoa. Tudo refere-se a ele. Apresenta-se na esqquizofrenia paranóide e nos transtornos delirantes.
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Delírio de Relação: constrói conexões significativas entre os fatos normalmente percebidos. Via de regra tem conteúdo persecutório. Ex: o paciente sabe que o significado das chuvas da última semana é a iminente invasão dos alienígenas.
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Delírio de Influência: vivência intensa de estar sendo controlasdo, comandado ou influenciado por uma força, pessoa ou entidade externa. Ex: paciente que acha que está sendo controlado pelas ondas emanadas da antena de operadora celular perto de sua casa.
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Delírio de Grandeza: pcte acredita ser extremamente especial, dotado de poderes, de origem superior ou destine espetacular. Quadros maníacos e neurossífilis.
Delírio de reivindicação (ou querelância): afirma ser vítima de incríveis injustiças e discriminações. Envolve-se em constantes disputas legais, processos trabalhistas ou querelas familiares. Frequente em Transtornos Delirantes com componente paranóico.
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Delírio de invenção ou descoberta: um indivíduo mesmo completamente leigo na ciência ou área tecnológica em questão revela ter descoberto a cura de uma grave doença ou a salvação do mundo por uma tecnologia. Presente em Transt Delirante, Esquizofrenia e Mania.
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Delírio de Reforma: o cpte se sente destinado a salvar, reformar, revolucionar ou redimir o mundo ou sua sociedade. Mutias vezes baseado em ideologia ou dogma religioso produzido pelo próprio delírio.
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Delírio Místico ou Religioso: pcte afirma ser um novo messias, deus, ou um santo poderoso. Ocorrem em quase todas as formas de psicose.
Delírio de ciúmes e delírio de infidelidade: o indivíduo percebe-se traído pelx companheirx. Geralmente o pcte é fortemente ligado emocionalmente ou dependente emocionalmente dx companheirx.
Pode ocorrer em todas as psicoses, comum em alcoolismo crônico e transtorno delirante crônico.
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Delírio Erótico (Erotomania): uma pessoa está apaixonada pelx paciente. Quando ocorre, x paciente acha que uma pessoa geralmente de maior status social, maior poder ou mais fama que ela está apaixonada pelx pcte.
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Delírio de Ruína (ou niilista): o indivíduo vive em um mundo repleto de desgraças, está condenado à miséria, elx e sua família irão morrer de fome. Por vezes acha que o mundo está morto ou que x próprix pcte está mortx.
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Delírio de Negação de Orgãos: Relata que seu corpo está destruído ou morto.
Síndrome de Cottard: quando o delírio de negação de órgãos vem acompanhado de delírio de imortalidade (não vou morrer nunca mais, vou sofrer pelo resto da eternidade).
Se apresenta em Depressoes graves com marcante componente ansioso, quadros psicorgânicos crônicos e esquizofrenia.
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Delírio Hipocondríaco: x pcte crê com convicção extrema que tem uma doença grave, indurável e que irá falecer. Difícil de discernir de hipocondria não delirante.
Ocorre em depressoes graves, transt delirante e esquizofrenia.
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Delírio de Infestação (síndrome de Ekbom): acredita que seu corpo está infestado por pequenos organismos (em geral macroscópicos).
Ocorre na esquizofrenia, depressão, delirium tremens, intoxicaçoes por cocaína ou alucinógenos, em pctes obcecados por limpeza corporal.
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Delírio Fantástico ou Mitomaníaco: descreve histórias fantásticas com convicção plena, sem qualquer crítica.
Mitomania: tendência patológica de mentir, ocorre frequentemente em transts de personalidade (anti-social, esquizotípica...), histeria grave e quadros maníacos.
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Idéias obsessivas vs. Idéias delirantes
Obsessivxs reconhecem os pensamentos como absurdos, mas não consegue se livrar deles. O delirante acredita plenamente no pensamento delirante.

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