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Aula 01 – Introdução Prof. Diogo Vasconcelos 1 2 Há milhares de anos os homens têm contato com o fogo e suas consequências. A queda de um raio em uma árvore ou floresta, seguido de incêndio, ou a erupção de um vulcão, seguida da eliminação de lava incandescente que, ao entrar em contato com os mais variados materiais ou seres vivos causavam fogo e destruição ou ainda o aquecimento de vegetação seca pelo sol, a ponto de iniciarem-se as chamas fizeram parte das vidas dos ancestrais humanos. 3 O fogo era utilizado (faziam-se fogueiras) a partir dos fogos naturalmente obtidos descritos anteriormente. Como não se sabia como produzir fogo, as fogueiras precisavam ser mantidas acesas, razão pela qual eram continuamente abastecidas com madeira. A utilidade do fogo era enorme: afastava à noite animais predadores das imediações; produzia calor, o que facilitava sobre maneira o conforto e a sobrevivência; gerava luz, o que permitia atividades noturnas (caça e rituais); Posteriormente passou-se a utilizar o fogo para cozinhar (até então todos os alimentos, incluindo carnes, eram ingeridos crus). 4 Por volta de 7000 a.C., talvez pela fricção de dois galhos secos ou pela produção de faíscas devido ao choque entre duas pedras lascadas, iniciou-se a produção intencional e premeditada de fogo pelo homem. O domínio do processo de produção de fogo possibilitou o desenvolvimento por sua vez de uma série de outras técnicas produtivas, como a fusão de metais e fabricação de vidros, cerca de 1 a 3 séculos a.C., que possibilitaram a produção de uma infinidade de utensílios, ferramentas e armas. 5 O fogo e sua imagem foram associados ao longo dos tempos à mitologia, às religiões, culturas e diferentes manifestações artísticas, como figuras de linguagem, poesias, pinturas e, mais recentemente, a fotografias e filmes. O fogo pode estar paradoxalmente associado a imagens e mensagens antagônicas como “fogo da purificação” ou “fogo dos infernos” ou ainda “chama eterna” ou “fogo da paixão”. 6 7 O fogo sempre fascinou e fascina os seres humanos. O conforto e a segurança estão presentes nos lares de milhões e pessoas, nos últimos séculos do milênio anterior na iluminação pública, no desenvolvimento dos meios de transporte e equipamentos produtivos. 8 A transformação de materiais se torna visível em um fogão. A destruição pode se referir desde a própria modificação dos materiais combustíveis até a utilização das modernas técnicas de incineração. Conforto, segurança, transformação e destruição de materiais sempre estiveram presentes com o fogo sob controle. 9 Incêndios e explosões sempre estão presentes quando o fogo está fora de controle. Fora de controle, o fogo inicialmente irá aquecer o ambiente e seus materiais, chegando a um ponto nos quais os materiais poderão ser deformados e transformados, podendo vir a se transformar em um incêndio. Independentemente do grau de desenvolvimento que o fogo sem controle venha a atingir, perdas (na maioria das vezes) ocorrerão. 10 As perdas podem ser: Materiais pelos produtos consumidos pelo fogo; Ambientais pelas consequências causadas ao meio ambiente como um todo; Pessoais pelos ferimentos e vidas dos que se encontram no local em que o fogo está fora de controle e daqueles que lá estão para combatê-lo; Sociais pelas consequências que um fogo fora de controle pode produzir quando são destruídas residências, estabelecimentos comerciais e industriais e até partes significativas de cidades inteiras. 11 12 Roma, 64 d.C. Londres, 1666.Biblioteca Alexandria, 48 a.C. Dafra Motors (Manaus), 2014. Santa Maria/RS, 2013. Colorado/EUA, 2012. São Paulo, 2014. Atividade em sala de aula. 13 14 O fogo, ou melhor, a combustão, é uma reação química de oxidação-redução, com grande liberação de energia (calorífica e luminosa. A combustão é uma reação de oxi-redução, em que o composto é o redutor e se denomina combustível, e o oxigênio é o oxidante e se denomina comburente. Exemplo: Combustão do Gás Butano (isqueiro): 15 Oxi-reduções são reações que transferem elétrons entre substâncias fazendo com que o número de oxidação (nox) de uma substância aumente (oxidação) enquanto o nox de outra substância diminui (redução). O calor é uma forma de energia produzida pela combustão. Calor é uma forma de energia que eleva a temperatura, gerada da transformação de outra energia, através de processo físico ou químico. Pode ser descrito como uma condição da matéria em movimento, Isto é, movimentação ou vibração das moléculas que compõem a matéria. Calor é a energia em trânsito provocado pela diferença de temperatura entre duas regiões de um mesmo corpo ou entre corpos diferentes, saindo dos lugares de temperatura mais alta para os de temperatura mais baixa. 16 O calor se propaga por três processos de transmissão: CONDUÇÃO: é a forma pela qual se transmite o calor através do próprio material, de molécula a molécula ou de corpo a corpo. CONVECÇÃO: o calor se transmite através de uma massa de ar aquecida, que se desloca do local em chamas, levando para outros locais quantidade de calor suficiente para que os materiais combustíveis ali existentes atinjam seu ponto de combustão, originando outro foco de fogo. 17 O calor se propaga por três processos de transmissão: IRRADIAÇÃO: é quando o calor se transmite por ondas caloríficas através do espaço, sem utilizar qualquer meio material.. 18 O incêndio é uma reação química de combustão (reação exotérmica) que necessita de três componentes (triângulo do Fogo) para seu início: Combustível (madeira, gasolina, propano, magnésio, etc). Comburente (normalmente o oxigênio do ar). Fonte de ignição ou de calor (cigarros, instalações elétricas, faíscas, maçarico, eletricidade estática, reações exotérmicas, etc). 19 Tal reação é o que mantém o fogo, até que um dos reagentes (combustível, comburente ou calor) seja retirado da reação, extinguindo-se assim o fogo. COMBUSTÍVEL É toda substancia/material que é suscetível de entrar em combustão (queimar). COMBURENTE É o elemento que, ao se juntar com o combustível, irá produzir o fogo. É o comburente que vai fazer com que o combustível entre em combustão, quebrando suas moléculas e o transformando em outras substâncias. É o elemento que possibilita vida as chamas (alimenta) e a intensidade da combustão. FONTE DE IGNIÇÃO (OU DE CALOR) Trata-se do provocador da reação entre combustível e comburente. É o elemento que vai dar a energia, ou calor, necessário para dar início ao processo de combustão, à combinação combustível + comburente. 20 OBSERVAÇÃO: FONTE DE IGNIÇÃO OU DE CALOR A fonte de ignição necessária para dar início ao processo varia muito, e vai depender do combustível e comburente. Um simples palito de fósforo, isqueiro ou um leve atrito podem ser suficientes para dar a energia inicial necessária para o álcool, gasolina ou pólvora pegarem fogo. Já algumas reações químicas necessitam de energia elétrica para ocorrer combustão. Certos tipos de sólidos, como os metais, necessitam de um maçarico, com uma chama fortíssima, fornecendo altas quantidades de calor, para entrarem em combustão. Até mesmo a temperatura ambiente pode ser suficiente para dar início ao processo de combustão em algumas substâncias. 21 Cada produto tem características próprias de inflamabilidade, de teor combustível (poder calorífico) e de liberação de produtos ao queimar (fumaças e gases). A classificação dos combustíveis visa agrupar aqueles que apresentam comportamento similar durante a combustão, de forma a facilitar a aplicação de técnicas e agentes extintorespara obter uma extinção eficiente e rápida do fogo. Os combustíveis dividem-se em três grupos, de acordo com o estado físico em que se apresentam (sólido, líquido ou gasoso). 22 23 Combustíveis Sólidos: a maioria dos combustíveis sólidos transforma- se em vapores e, então, reagem com o oxigênio, exemplos: madeira, papel, plástico, ferro etc. Combustíveis Gasosos: Os gases não tem volume definido, tendendo, rapidamente, a ocupar todo o recipientes que estão envolvidos. 24 Combustíveis Líquidos: Tem algumas propriedades físicas que dificultam a extinção do calor, aumentando o perigo. Os líquidos assumem a forma de recipientes que os contem, é importante notar também que a maioria dos líquidos inflamáveis são mais leves que a água, e portanto, flutuam sobre esta. EX.: Gasolina, querosene, tinta, etc. Outra propriedade a ser considerada é a sua volatividade, que é a facilidade com que os líquidos liberam vapores, também é de grande importância, porque quanto mais volátil for o líquido, maior a possibilidade de haver fogo ou mesmo explosão. 25 PONTOS CRÍTICOS DE TEMPERATURA: Ponto de Fulgor: É a temperatura mínima na qual um corpo combustível emite quantidade suficiente de vapores para provocar combustão na presença de uma fonte ígnea externa. Porém, ao ser afastada a fonte externa, a combustão não se mantém. Ponto de Combustão: é a temperatura mínima, na qual os vapores emitidos por um corpo combustível provoca combustão na presença de uma fonte ígnea externa. Porém ao ser retirada a fonte externa a chama se mantém acesa. Ponto de Ignição: É a temperatura mínima na qual os vapores desprendidos por um corpo combustível provocam combustão ao entrar em contato com o ar, independente ou não da presença de qualquer fonte ígnea externa. 26 27 28 QAV = combustível (querosene) para aviação CURVA DE TEMPERATURA: A evolução do incêndio em um local pode ser representada por um ciclo com 3 fases características: a) fase inicial de elevação progressiva da temperatura (ignição); b) fase de aquecimento; c) fase de resfriamento e extinção. 29 FLASHOVER = Envolvimento total do ambiente pelo fogo e pela emissão de gases inflamáveis através de portas e janelas, que se queimam no exterior do edifício. Nesse momento torna-se impossível à sobrevivência no interior do ambiente. CURVA DE TEMPERATURA: Uma das maiores dificuldades dos projetistas de sistemas de proteção e combate a incêndio ao longo dos tempos foi identificar um modelo matemático que permitisse simular a evolução do aumento de temperatura ao longo do tempo em um incêndio real. O modelo desenvolvido possibilita não só determinar as temperaturas, mas também expor de maneira controlada materiais e a partir daí observar o comportamento destes em caso de incêndios. A fórmula é: 30 Sendo: t é o tempo, expresso em minutos; θo é a temperatura do ambiente antes do início do aquecimento em graus Celsius, geralmente tomada igual a 20º C; θg é a temperatura dos gases, em graus Celsius no instante t. Adota-se no Brasil as seguintes classes de incêndio: 31 Materiais denominados de líquidos “inflamáveis” e/ou “combustíveis”, queimam somente na superfície, sem deixar resíduos. Exemplos: graxas, tintas, vernizes, gasolina, álcool, parafina e óleos não comestíveis. São incluídos nesta classe de fogo os gases inflamáveis, dado a similaridade do processo de combustão, tais como, acetileno, butano, GLP, GNP (gás natural de petróleo), propano e etc. Materiais sólidos que queimam em superfície e em profundidade, deixando como resíduos, brasas e/ou cinzas. Exemplos: madeira, tecido, papel, fibras, borracha, plásticos. 32 Fogo em metais, também denominados de materiais pirofóricos, tais como: Magnésio, Zircônio, Titânio, Alumínio, Sódio, Potássio, Zinco, Bário, Cálcio e Lítio. Fogo proveniente de equipamentos ou instalações energizadas, que ofereçam risco adicional de choque elétrico durante o seu combate. Exemplos: quadro de distribuição, tomadas, interruptores, transformadores, computadores, televisores e etc.. 33 Fogo envolvendo gordura animal e óleo vegetal, no estado líquido ou sólido, tendo como exemplo de ambiente as cozinhas comerciais e industriais. OBSERVAÇÃO: CLASSE E Incêndio que envolve material radioativo e químico, oferecendo riscos adicionais a saúde do homem e a integridade do meio ambiente, exigindo para o seu controle, equipamentos especiais e pessoal altamente treinado. Não há norma brasileira especifica sobre o assunto. 34 Os tipos dos incêndios podem ser classificados de acordo com suas origens como natural, acidental ou criminoso. Como naturais podem ser citados os resultantes do aquecimento solar de áreas excessivamente secas, ou decorrentes da queda de um raio, ou ainda os decorrentes de erupção vulcânica. Como incêndios acidentais, aqueles nos quais há componentes fortuitos, não intencionais e não premeditados, podem ser citados os que ocorrem em empresas (indústria, comércio ou serviços), os que acontecem em residências e aqueles que acontecem com ou em decorrência de meios de transporte (veículos rodoviários, ferroviários, embarcações e aeronaves). 35 Um incêndio acidental pode ter sua origem em um evento natural (um raio que atinja uma instalação não apropriadamente protegida por um sistema de proteção contra descargas atmosféricas) ou em eventos estranhos às suas próprias naturezas (a queda de um balão sobre o telhado de uma fábrica ou residência, por exemplo). Há uma terceira categoria, a dos incêndios criminosos, aqueles que ocorreram de maneira premeditada. A categoria é infelizmente enorme e inclui as mais variadas motivações. Tratam-se desde incêndios provocados para recebimento fraudulento de seguros, vinganças, tentativas de assassinato, tentativas de eliminação de provas (de outros crimes), a combinação de todas anteriores e atentados terroristas. 36 37 Uma explosão química também é uma reação de combustão, porém ela ocorre a uma velocidade muito grande, gerando uma grande quantidade de energia em pouco tempo. Nem todas as explosões possuem fogo. Fatores externos (choques e colisões) ou internos (enfraquecimento estrutural) podem ocasionar um aumento descontrolado da pressão, aumentando o volume do gás no interior do cilindro, ocasionando assim a explosão 38 A explosão inicia-se quando um estímulo exterior provoca um aumento de energia cinética no explosivo, levando à quebra das ligações das moléculas afetadas, provocando a sua decomposição e consequente libertação de energia, propagando o efeito às moléculas adjacentes, provocando o efeito de ‘'Reação em Cadeia’’. 39 Explosões são classificadas em: Deflagração é um processo de combustão subsônica que normalmente se propaga através de condutividade térmica (a camada de matéria que está em combustão aquece a camada de matéria vizinha, mais fria, que então sofre ignição) . Detonação é um processo de combustão supersônico que se propaga através de uma onda de choque. 40 É a faixa de concentração em um combustível na atmosfera, na qual ocorrerá a combustão ou explosão. A faixa de explosividade é definida, para cada combustível, por 2 valores: 1°) o limite inferior de inflamabilidade/explosividade (LII ou LIE), abaixo do qual a combustão/explosão não ocorre pelo fato da mistura se pobre (há oxigênio de mais para pouco combustível). 2°) o limite superior de inflamabilidade/explosividade (LSI ou LSE), acima do qual a combustão/explosão não ocorre pelo fato a mistura ser excessivamente rica (há combustível de mais para pouco oxigênio). 41 Uma mistura abaixo do limite inferior é dita "pobre" e uma mistura acima do limite superior é dita "rica". Tanto a mistura "rica" comoa "pobre" estão fora dos limites para poderem queimar ou explodir. 42 PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DE ALGUMAS SUBSTÂNCIAS INFLAMÁVEIS COMUNS 44 A reação em cadeia é o que mantém o fogo, até que um dos reagentes (combustível, comburente ou fonte de ignição) seja retirado da reação, extinguindo-se assim o fogo. Tal entendimento é a base dos métodos de extinção de incêndios. São quatro os métodos de extinção conhecidos: 1. Isolamento, quando se retira o combustível; 2. Abafamento, quando se retira o comburente; 3. Resfriamento, quando se retira a fonte de ignição; e, 4. Extinção química, quanto se interfere na Reação em Cadeia do fogo através do lançamento dos agentes extintores de hallon (hidrocarboneto halogenado) e de Pó Químico Seco. 45 ISOLAMENTO: A maneira mais comum de se extinguir um incêndio, é a mais óbvia e simples É uma maneira bem direta: simplesmente se afasta o que está pegando fogo. Por exemplo, se um cesto de lixo está pegando fogo, deve-se afastar o cesto do local de trabalho e, principalmente, deixá-lo longe de objetos e locais que facilmente pegariam fogo. 46 ABAFAMENTO: Este método tem por fim cessar o contato do fogo com o comburente (geralmente o oxigênio). É uma maneira simples e usada por todos, no dia-a-dia. Geralmente fazemos o abafamento quando lançamos algum objeto sobre o fogo. Embora extinguir um pequeno fogo seja possível com algum pano ou tecido de blusa, se o fogo for maior, facilmente este tipo de material irá pegar fogo também. 47 RESFRIAMENTO: O calor é um elemento necessário para a existência do fogo. A técnica do resfriamento tem por objetivo reduzir a temperatura sob qual a reação química da combustão está ocorrendo, e ao fazer isso o calor necessário para a existência do fogo cessará, fazendo com que o fogo também acabe. 48 REAÇÃO EM CADEIA: Modernamente, foi acrescentado ao triangulo do fogo mais um elemento: a Reação em Cadeia, formando assim o tetraedro do fogo. A reação em cadeia torna a queima auto sustentável. O calor irradiado da chama atinge o combustível e este é decomposto em partículas menores que se combinam, irradiando outra vez calor para o combustível, formando um circulo constante. 49 EXTINÇÃO QUÍMICA: Este método, conhecido como extinção química, é um pouco mais complexo, e é usado em certos tipos de incêndios. Ele extingue o fogo através de uma reação química que interrompe a reação em cadeia. Ocorre através da injeção de substâncias que irão se combinar com os gases e vapores inflamáveis (gerados na combustão), tornando- os em outra substância não-inflamável. 50 EXTINÇÃO QUÍMICA: 51 O2 O2 O2 C H CH COMBUSTÍVEL CALOR OXIGÊNIO A A A A A AGENTE EXTINTOR O2 O2 O2 C H CH COMBUSTÍVEL CALOR OXIGÊNIO1 2 EXTINÇÃO QUÍMICA: 52 O2 O2 O2 C H CH COMBUSTÍVEL OXIGÊNIO A A A 3 REAÇÃO EM CADEIA QUEBRADA 53 Trata-se de certas substâncias químicas, sólidas, líquidas ou gasosas, que são utilizadas na extinção de um incêndio, dispostas em aparelhos portáteis de utilização imediata (extintores), conjunto hidráulicos (hidrantes) e dispositivos especiais (sprinkler e sistemas fixos de CO2). Sabendo-se que agentes extintores são todas as substâncias capazes de interromper uma combustão, quer por resfriamento, abafamento ou extinção química, quer pela utilização simultânea desses processos, pode-se dizer que o principais agentes extintores são: a) Água; b) Espuma; c) Gases Inertes (não reativos); d) Pós químicos; e) Outros agentes (terra, areia, cal, talco, etc.) 54 ÁGUA: Sua ação de extinção é o resfriamento. É o agente extintor de uso mais comum, sendo utilizado sob duas formas básicas: Jato Sólido e Neblina. Jato Sólido: consiste de um jato de água, produzido à alta pressão, por meio de um esguicho com orifício circular de descarga. Neblina: consiste no borrifamento da água por meio de pulverizadores especiais. A água é condutora de corrente elétrica. É o meio indicado para extinção de incêndios da classe "A“ (madeira, tecido, papel, fibras, borracha, plásticos). 55 ÁGUA: 56 Jato sólido Neblina ESPUMA: Agente extintor cuja principal ação de extinção é de abafamento e, secundariamente, de resfriamento; por utilizar razoável quantidade de água na sua formação, conduz corrente elétrica. É um agente extintor específico para incêndios classe "B“ (líquidos “inflamáveis” e/ou “combustíveis”). Ela é formada por dois métodos básicos, que caracterizam os dois tipos de espuma que existem: Química e Mecânica. Espuma Química é mais comumente encontrada em extintores portáteis. Obtida através de uma reação química de sulfato de alumínio com bicarbonato de sódio e mais uma agente estabilizador da espuma. Espuma Mecânica é produzida por um processo de batimento de uma mistura de água com um agente espumante e a aspiração simultânea de ar atmosférico em esguicho próprio. 57 ESPUMA: 58 GASES INERTES: (CO2): Por ser o CO2 um gás inerte, isto é, um gás que não alimenta a combustão, ele é empregado com agente extintor por abafamento, criando ao redor do corpo em chamas, uma atmosfera rica em CO2 e, por conseguinte, pobre em oxigênio. O CO2 é um gás mau condutor de eletricidade e, por isso, é especialmente indicado para incêndios classe "C“ (equipamentos elétricos). O CO2 é também muito usado em extintores portáteis, sendo empregado em incêndios das classes "B" e "C". Outros gases inertes: nitrogênio e hidrocarbonetos halogenados (halon) 59 GASES INERTES: (CO2): 60 PÓS QUÍMICOS: O pó químico comum é fabricado com 95% de bicarbonato de sódio, micropulverizado e 5% de estearato de potássio, de magnésio e outros, para melhorar sua fluidez e torná-lo repelente à umidade e ao empedramento. O bicarbonato de sódio, o sulfato de alumínio, a grafite, e outros pós especiais, são próprios para fogo em magnésio, sódio e potássio (Classe D) Esse pós químico geralmente atuam por abafamento e não são condutores de eletricidade. Apresenta bons resultados se utilizados em incêndios Classe B e C, pois são maus condutores de eletricidade. Contudo, deve-se evitá-lo em equipamentos eletrônicos onde, aliás, o CO2 é mais indicado. Não dá bons resultados nos incêndios de Classe A. 61 PÓS QUÍMICOS: 62 63 Classe de Incêndio ÁGUA ESPUMA PQS CO2 HALON A SIM Excelente SIM Regular Somente na superfície Somente na superfície Somente na superfície B NÃO SIM Excelente SIM Excelente SIM Bom SIM Excelente C NÃO NÃO SIM Bom SIM Excelente SIM Excelente D NÃO NÃO PQS Especial NÃO NÃO
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