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Câncer colorretal – 21/11/16 – João Batista Vigilância x rastreamento * Objetivos: Definir Ca colorretal precoce e avançado Citar os principais fatores de risco Descrever os tipos de Ca colorretal segundo a hereditariedade Descrever os critérios de Amsterdam Reconhecer a importância da seqüência adenoma → adenocarcinoma Reconhecer a importância da prevenção e do diagnóstico precoce. Citar os principais exames para rastreamento, vigilância, diagnóstico, estadiamento. Reconhecer a importância do preparo para tratamento. Citar as principais modalidades de terapêutica. Sobrevida: 95% de cura nos precoces 10% de cura nos avançados Epidemiologia: 2º tipo de câncer mais comum nos países ocidentais 32 mil novos casos no Brasil 6% de risco acumulado ao longo da vida Distribuição Populacional: Regiões com elevado grau de industrialização(América do Norte, Austrália e Europa) Baixa incidência na África Equatorial e sul da Ásia. 55% dos casos nas regiões desenvolvidas: fatores ambientais e hábitos de vida Idade 7ª década de vida 20 a 40 anos de idade 5% Jovem para Ca colorretal é ter menos do que 50 anos Sexo Terceira causa de óbito nas mulheres Segunda causa de óbito nos homens Fator de risco: Idade (mais importante) Dieta: Ingestão excessiva de gordura Baixa ingestão de fibras Deficiência de cálcio Fumo Álcool Estresse Sedentarismo História familiar de câncer intestinal e de qualquer Ca Pólipos Doença Inflamatória Intestinal Colecistectomia prévia Obs: Doença diverticular não tem associação, o que ocorre que DV está em muitos casos presente no paciente com Ca Receita para ter Ca Coloretal Comer muita gordura Comer muita carne processada Comer pouca fibra Fumar Beber Sedentarismo Estresse Cereja do bolo, morar em país desenvolvido e ter mais de 70 anos Localização Reto 30% Sigmoide 20% Descendente 15% Transverso 10% Ascendente 25% Diferenciação entre esquerdo (reto, sigmoide, descendente) e direito (transverso, ascendente) é a flexura esplênica Relação com a distribuição de pólipos 95% adenocarcinoma Classificação: Esporádico 60% - mais frequente Mutações da célula somática em relação com o ambiente Familiar 30% Hereditário 10% Relacionado a síndromes (HNPCC 5% - Câncer Colorretal Hereditário sem Polipose; FAP 1% – polipose adenomatosa familiar; síndromes raras 4%) Pólipos Adenomatosos: lesão pré maligna mais importante do câncer colorretal Hamartomatosos Inflamatórios Hiperplásicos Etiopatogênese Sequência adenoma – carcinoma (via de carcinogênese) Média de 10 anos após os pólipos Adenomas são lesões glandulares benignas com alterações displásicas ou neoplásicas do epitélio Via da instabilidade cromossomal: mutação do APC, hipermetilação do DNA, mutação do K-RAS, DCC, p53 P53 e DCC são supressores Epitélio normal – hiperproliferação – adenoma precoce (sem displasia) – adenoma intermediário (displasia de baixo grau) – adenoma tardio (displasia de alto grau) – adenocarcinoma – metástase Genética e hereditariedade 1º grau: 2 a 4 vezes mais chance de desenvolver ca Doenças: Câncer Colorretal Hereditário sem Polipose (HNPCC) ou síndrome de Lynch Polipose Adenomatosa Familiar (FAP) Sindrome de Gardner Sindrome de Turcot Síndrome de Peutz-Jeghers Polipose adenomatosa familiar Mutação do APC Autossômica dominantes (50% de chance do filho ter formação de pólipo) Clínica: múltiplos pólipos por todo TGI, cistos epidermoides, osteomas e tumores cerebrais Tratamento: é a colectomia profilática. Tipos: Clássica e atenuada – autossômica dominante Associada a mutação do Myh – recessiva Apenas com sequenciamento é possível saber o tipo Síndrome de Gardner: PAF, Osteomas na mandíbula, axilas, crânio e tumores de partes moles Sindrome de Turcot: PAF e tumores cerebrais (meduloblastoma) Polipose clássica: sempre vai desenvolver ca, se chegar aos 40 anos Polipose atenuada: geralmente mais tardiamente Síndrome de Peutz-Jeghers Pólipos hamartomatosos e pigmentação cutâneo mucosa Autossômico Dominante Pólipos principalmente no intestino delgado Tumores genitais HNPCC (câncer colorretal hereditário sem polipose) ou síndrome de Lynch Autossômica dominante Mutação dos genes de reparo do DNA (hMLH1, hMSH2) Instabilidade de microssatélites (90% de chance de Lynch) – via de carcinogênese Síndrome de Lynch (diagnóstico molecular) Exames para diagnóstico Instabilidade de microssatélites Imunohistoquímica Diagnostico epidemiológico Sequenciamento genético É o único que fecha diagnostico, mas por ser caro nem sempre é usado Vias de carcinogênese: Via do carcinoma serrilhado, ou polipose hiperplásica Instabilidade de microssatélites Adenoma - carcinoma Síndrome de Lynch I: Ca do cólon proximal ocorrendo em uma idade relativamente jovem. Síndrome de Lynch II: risco de Ca colorretal e Ca extracolônicos, como os Ca endometriais, ovarianos, gástricos, do intestino delgado, pancreáticos, ureterais e renal Critérios de Amsterdam (síndrome de Lynch I) Critérios de Amsterdam II (síndrome de Lynch II) Três ou mais parentes com tumores relacionados com HNPCC (câncer colorretal, endométrio, ovário, estômago, intestino delgado, ureter ou pelve renal), com pelo menos um deles de primeiro grau dos outros dois Duas ou mais gerações afetadas Um dos diagnósticos antes dos 50 anos Afastar doença adenomatosa familiar Lembrar: tem pacientes que preenchem os critérios mas não tem a doença, e vice-versa. O diagnóstico é molecular. Critérios de Bethesda: Adenoma de componente viloso, abaixo dos 50 anos Doença inflamatória intestinal São consideradas pré malignas Se é uma pancolite, a chance de ca é maior Disseminação/ metástase Continuidade Transperitoneal Linfática Hematogênica Implantação Estadiamento: Classificação de Dukes (insuficiente) Classificação TNM Tumores sincrônicos: Tumores – 2- 8% Pólipos adenomatosos – 30% O paciente já possuía o outro Ca, só ainda não havia evoluído Novo Diagnóstico dentro de 6 meses 30% dos pacientes que tem adenoma possuem outro associado Quadro clínico Cólon direito: diarreia, anemia, tumor palpável (crescem bastante antes de dar manifestações intestinais) Cólon esquerdo (mais estreito): mudança do hábito intestinal - constipação, cólicas, distensão abdominal, sangramento (enterorragia) Complicações: obstrução (pode ser a primeira manifestação – 30%), perfuração, hemorragia (sangramento maciço, ou seja, com alteração hemodinâmica: lipotímia, taquicardia, hipotensão) Sangramento é a principal manifestação do Ca colorretal Diagnóstico: Exame proctológico -> toque retal, (+ inspeção, palpação, anoscopia, retossigmoidoscopia) Colonoscopia (+biópsia) Enema opaco: permite visualizar falhas de enchimento RX de tórax: visualização de metástases US/TC/RMN -> metástases Colonoscopia virtual: Desconfortável: injeta ar no cólon e não retira Deixa passar até 50% das lesões abaixo de 1cm Exames laboratoriais: CEA (não serve para diagnóstico – inespecífico e insensível) Bom marcador para prognóstico Nem sempre está aumentado, mesmo em casos metastáticos Sangue oculto nas fezes: rastreamento Tratamento: Cirurgia: 70% com finalidade curativa Sobrevida global 55% Mortalidade operatória 2-6% Ressecções: cirurgias curativas Ligamento de vasos Cirurgia: Preparo do cólon (enema, lavagem) Antibioticoprofilaxia (cirurgia contaminada) Prevenção de TVP Ressecção cirúrgica em bloco (retirar o que está aderido ao tumor) Cirurgia laparoscópica ou aberta Ressecção local: Critérios rígidos de indicação Casos selecionados por US endorretal Tratamento de metástases: Ostomias Com utilização de bolsa (reto baixo – ileostomia de proteção temporária; Terapia adjuvante/neoadjuvante Radio Quimio Seguimento: CEA a cada 3 meses nos 2 primeiros anos, depois a cada 6 meses Colonoscopia a cada 1 ano após a operação, depois a cada 2 anos A recidiva ocorre em 85% nos 2 primeiros anos do pós-operatório Serve para analisar a anastomose e possíveis póliposTC esporadicamente (1 vez ao ano) RX tórax Baixo risco: A partir de 50 anos: Sangue oculto anual Retossigmoidoscopia flexível a cada 5 anos Enema opaco a cada 5 anos Colonoscopia a cada 10 anos Alto risco: História familiar: Colono aos 40 ou 10 anos antes da idade do parente afetado mais precocemente, a cada 5 anos FAP: Sigmoidoscopia anual (início de 10-12) HNPCC: Colono a cada 1-2 anos a partir dos 20-30 anos e anualmente, após os 40 anos História de pólipos adenomatosos Colonoscopia a cada 3 anos (recomendações individualizadas) História de ca colorretal Colonoscopia a cada 3 anos DII Colonoscopia a cada 1-2 anos a partir de 8 anos de pancolite ou após 15 anos com doença no cólon esquerdo Diagnóstico diferencial Tipo de sangramento Enterorragia maciça Comum em doenças diverticulares e mal formações em idosos Melena Investigar HDA Hematoquesia Hemorroida Complicações Obstrução Perfuração Hemorragia
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