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Sistema de Ensino Presencial Conectado
serviço social
irlene maria da silva nascimento
RESGATE DA CIDADANIA A ACEITAÇÃO E A INCLUSÃO DO DEFICIENTE FÍSICO E MENTAL
Juazeiro
2013.2
irlene maria da silva nascimento
A inclusão do deficiente físico
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Serviço Social.
Orientador: Prof. Rodrigo Eduardo Zambom
Juazeiro
2013.2
Londrina, _____de ___________de 20___.
irlene maria da silva nascimento
A inclusão do deficiente físico
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado a professora 
Rodrigo Eduardo Zambom 
da disciplina de orientação de monografia do curso de Bacharel em Serviço Social modalidade à distância, ministrado pela Universidade Norte do Paraná, em cumprimento às exigências para a conclusão da disciplina.
Aprovada em:
___
___________________________________________
Coordenador do Curso de 
Bacharel em Serviço Social
BANCA EXAMINADORA
_____________________________________________________________
Professor (a) Especialista 
_____________________________________________________________
Banca Examinadora 1
_____________________________________________________________
Banca Examinadora 2
Juazeiro-BA
2013.2
Dedico este trabalho...
 
Dedico este trabalho a todos que me ajudam durante minha jornada de estudante.
agradecimentos
Antes de qualquer coisa agradeço a Deus pelo dom da vida, na qual, me concede saúde, família, amigos e principalmente pela oportunidade de cumprir mais uma importante missão, dedico.
Aos meus pais pelo incentivo e apoio durante todos os caminhos nos momentos mais necessitados, ofereço.
Aos professores pela sua paciência e dedicação, demonstrados por todo o período do curso, pelos sábios conhecimentos repassados para nossa aprendizagem pessoal e profissional, em especial ao professor Rodrigo Eduardo pela orientação para meu aperfeiçoamento profissional, agradeço.
Aos colegas de sala por compartilharmos bons momentos e também as dificuldades ao longo de nossa caminhada.
 
“A verdadeira deficiência é aquela que prende o ser humano por dentro e não por fora, pois até os incapazes de andar, podem ser livres para voar”
 
NASCIMENTO, Irlene Maria da Silva. A inclusão do deficiente físico. 2013. 56 pag. Trabalho de Conclusão de Curso Serviço Social – Centro de Ciências Empresariais e Sociais Aplicadas, Universidade Norte do Paraná, Juazeiro, 2013.
RESUMO
O presente trabalho trata da pessoa com deficiência física é aquela que possui uma alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo humano, acarretando o comprometimento da função física. Ter uma deficiência física não se restringe à apresentação de uma dificuldade motora, sendo assim, a saúde não será somente o restabelecimento do movimento alterado ou perdido, mas a possibilidade de realizar atividades, a partir de uma determinação interna e pessoal, podendo estes fazerem todas as demais atividades cotidianas, como qualquer outra pessoa, estando somente debilitado pela situação física, tendo condições de estar incluído na escola, relações familiares, comunidade, lazer, trabalho. Este trabalho de pesquisa teve como objetivo principal identificar os pontos da inclusão do deficiente físico no mercado de trabalho, na escola, enfim, oferecendo recursos para as empresas e deficientes de como poderiam lidar com a questão da inclusão.
Palavras-chave: Deficiência, dificuldade, escola, mercado de trabalho, familiares.
NASCIMENTO, Irlene Maria da Silva. The inclusion of the handicapped. 2013. 56 pag. Trabalho de Conclusão de Curso Serviço Social – Centro de Ciências Empresariais e Sociais Aplicadas, Universidade Norte do Paraná, Juazeiro, 2013.
ABSTRACT
This paper deals with the physically disabled person is one that has a complete or partial change of one or more segments of the human body, leading to impairment of physical function. Having a disability is not restricted to the presentation of a motor problem, so health is not only the restoration of motion altered or lost, but the ability to perform activities, from an inner determination and personal, can make all these other daily activities, like everyone else, only being weakened by the physical situation, and conditions to be included in school, family relationships, community, leisure, work. This research aimed to identify the main points of the inclusion of the handicapped in the job market, at school, at last, providing resources for businesses and disabled how could handle the issue of inclusion.
Keywords: Disability, difficulty, school, labor market, family
SUMÁRIO
1	INTRODUÇÃO	9
2	CAPITULO I – INCLUSÃO DO DEFICIENTE FÍSICO NA ESCOLA	15
3	CAPÍTULO II- A SEXUALIDADE DO DEFICIENTE FÍSICO	19
3.1	O Aluno e a Deficiência Física:	23
3.2	Deficiência Física e a Educação Física Escolar	25
4	DIFERENTES OU DEFICIENTES	27
5	CAPÍTULO III- PROCESSO DE ACEITAÇÃO DA DEFICIÊNCIA MENTAL PELA FAMÍLIA	30
5.1	Deficiência x violência x frustração	31
6	CAPÍTULO IV- HISTORICIDADE DA DEFICIÊNCIA	34
6.1	História dos deficientes	38
7	CAPÍTULO V - A INCLUSÃO DO PORTADOR DE DEFICIÊNCIA ATRAVÉS DA ACESSIBILIDADE	42
7.1	Acessibilidade	42
7.2	Inclusão	43
7.3	Deficiência	44
7.4	Principais causas da deficiência física	45
8	CONCLUSÃO	46
9	REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	50
INTRODUÇÃO
Este trabalho aborda a questão das pessoas com deficiência física na inclusão no mercado de trabalho, conforme o ideal democrático ao longo da constituição federal de 1988, assegurando os direitos das pessoas portadoras de deficiências. Objetiva-se nessa pesquisa como foco central, identificar se de fato ocorre a inclusão dos portadores de necessidades especiais em escolas e no mercado de trabalho. Os objetivos específicos são: Apresentar a questão da inclusão de pessoas com deficiência física na organização; Verificar se a inserção dos portadores de deficiência acontece somente por força da lei de cotas ou por responsabilidade social; Identificar quais são as dificuldades ou facilidades que os portadores de necessidades especiais encontram no ambiente de trabalho; Verificar se portadores de necessidades especiais exerce a cidadania e de que forma isso ocorre. 
A principal justificativa para a escolha desse tema é apresentar os obstáculos enfrentados pelos profissionais com deficiência física em questão da acessibilidade e a dificuldade de interação com colegas e mostrar que são capazes de exercer qualquer função como de outros colegas, dentro de sua capacidade física. Contratar deficientes físicos é um sinal de responsabilidade social, já que muitas dessas pessoas enfrentam problemas sérios de inclusão no nosso país, que, além de ainda muito preconceituoso, ainda não se adaptou estruturalmente para receber pessoas com necessidades especiais em seus espaços físicos. 
A finalidade desse trabalho é alertar a população em si, e os que de forma direta ou indireta participam da vida do deficiente físico, mostrando suas dificuldades, desafios e preconceitos sofridos pela sociedade e até mesmo pela família.
 Apresentaremos também soluções sutis de encarar o deficiente físico e todas as pessoas que tem necessidades especiais.
Portanto, este TCC gera em torno da melhoria de vida dos deficientes incluindo o mesmo cada vez mais no convívio social, exigindo seus direitos para sua melhoria de vida.
Baseado no que foi lido em revistas e visto na TV, percebe-se que ainda há preconceitos em relação aos portadores de deficiência tanto em sala de aula quanto fora da mesma e que, é raro uma escola que já tenha se adaptado aos novos conceitos da inclusão, e para reduzir a menos ou até mesmo acabar com essas dificuldades é necessário que o professor perceba primeiramente seus próprios preconceitos, para poder então analisar econhecer a “diferença” de cada um, para depois lidar adequadamente, usando os recursos necessários e com isso achar meios de se preparar mais e descobrir outros métodos e técnicas pedagógicas.
Diante dessa situação questiona-se: como receber alunos com necessidades especiais ou como tornar uma escola inclusiva?
Nossa proposta será desenvolvida através de metodologias que conscientizem a população em geral e sensibilizem o nosso sistema teórico e prático da inclusão de deficientes que necessitam de uma atenção e preparação especial.
Através de trocas de experiências, de debater com alunos e professores e inclusive métodos apresentados para os demais.
Aprofundamento teórico sobre conteúdos já vistos antes, com base em aulas simuladas.
Diante das dificuldades encontradas pelas escolas de lidar e de se adaptar aos portadores de deficiências, sejam elas; física, visual, auditiva ou mental, por tal motivo apresentaremos propostas para uma inclusão ampla nas escolas, com isso os professores também necessitam de orientações, portanto será possível encontrar métodos e dicas para que os mesmos sejam portadores da inclusão.
Apresentação de propostas para que os professores não fiquem restritos somente à escola, mas que também possam apoiar-se mutuamente buscando discussões sobre a vida do seu aluno.
Conscientizar os familiares sobre a questão da inclusão educacional, que por sua vez começa no lar através de apoio e cuidados especiais, portanto marcar reuniões com os pais das crianças que necessitam de atenção especial, e estar sempre mostrando aos mesmos o desenvolvimento de seus respectivos filhos.
A sociedade brasileira se constitui na diversidade de culturas, povos e raças. Existe, atualmente, uma grande preocupação em respeitar essa diversidade, garantir os direitos, buscar os recursos para que todas as pessoas possam viver com dignidade em nosso país. 
Vivemos um momento em que se procura construir uma sociedade aberta a todos, que respeite a diversidade humana e atenda aos interesses de todos os cidadãos. Na busca por uma sociedade mais interativa e igualitária nos deparamos com a deficiência física constituindo um desafio a ser superado na construção de uma sociedade mais justa. O presente trabalho fará uma análise contextual e histórica sobre a deficiência e demonstrará a importância da educação física no processo de inclusão do deficiente físico em suas aulas regulares. 
Neste trabalho serão relatados aspectos históricos da deficiência física, a acessibilidade do deficiente na escola, os tipos de deficiências físicas e a inclusão do deficiente nas aulas regulares de educação física. Logo a educação física adaptada permite uma participação segura, pessoalmente satisfatória e bem sucedida ao longo do prazo. 
Refletir sobre o processo inclusivo leva à necessidade de rever conceitos e práticas, na construção de uma sociedade que respeite as diferenças, que saiba como agir diante dos problemas da vida. Pois não basta apenas renegar a diversidade, é preciso refletir mais sobre a deficiência física, buscar sua origem e as dificuldades enfrentadas pelos mesmos, para que se possa tornar público os benefícios da educação física no processo de inclusão do deficiente. 
A educação inclusiva é o caminho para esse desenvolvimento social, tendo a escola como meio para alcançar a inclusão social, pois através da educação inclusiva a sociedade em geral se beneficia das relações entre os envolvidos com a escola. 
A inclusão dos alunos com deficiências físicas nas aulas regulares de Educação Física tem como temática central o processo de inclusão educacional,legitimado na LDB 9394/96 Lei de diretrizes e Base Nacional(1996). A educação física é uma disciplina que trabalha a coordenação motora, interação, desempenho cognitivo e problemas sociais dos alunos. Dessa forma, o ensino da Educação Física deve possibilitar a aprendizagem de diferentes conhecimentos sobre o movimento, contemplando as três dimensões: procedimental (saber fazer), conceitual (saber sobre) e atitudinal (saber ser). Através desta aprendizagem os alunos estarão capacitados a utilizar, de forma autônoma, seu potencial para mover-se, sabendo como, quando e porque realizar atividades ou habilidades motoras.
As condições de acessibilidade em ambientes físicos tais como escolas, teatros, universidades e demais logradouros públicos podem facilitar em muito para que a inclusão social ocorra. No meio escolar, deparamos com muitas escolas que ainda não estão adaptadas para receberem alunos com necessidades especiais, principalmente quando temos em foco alunos com deficiência física. Cada vez mais o livre acesso de pessoas, sejam crianças ou adultos, homens ou mulheres, em todos os lugares estão sendo possíveis, graças a mudanças no estilo de construções aliadas as conscientizações das pessoas no sentido de facilitar cada vez mais a acessibilidade de todos. 
Sabe-se que é difícil ter um padrão correto em todos os locais de acesso da população, e ainda estamos longe de poder favorecer a todos o direito de ir e vir, principalmente quando se trata de pessoas com deficiência seja ela de qualquer natureza. Com a inclusão educacional, as escolas devem respeitar a diversidade, possibilitar a todos os alunos o seu acesso, preparar-se para receberem estes alunos e responder às necessidades educacionais de cada um deles, pois, sabemos que o ambiente é de extrema importância no dia a dia de todos, e a responsabilidade de ter uma relação de bem estar com as pessoas que o utilizam. 
A questão da inclusão de portadores de necessidades especiais em todos os recursos da sociedade ainda é recente no Brasil, mas mesmo sendo muito nova essa questão da inclusão, movimentos nacionais tem buscado um consenso para uma integração política de inclusão de pessoas portadoras de deficiência na escola regular. Com isso podemos questionar que passo fundamental deve ser dado para mudar o quadro de marginalização dessas pessoas, como: alteração da visão social; inclusão escolar; acatamento à legislação vigente; maiores verbas para programas sociais, aperfeiçoamento e qualificação de profissionais. 
Com ênfase na questão da inclusão, é cabível a todos os integrantes da sociedade lutar para que a inclusão social dessas pessoas seja uma realidade brasileira, que por vias das dúvidas é encarada de forma diferenciada, em que se introduzem ópticas negativas e ações desfavoráveis a cada indivíduo envolvido, ou seja, a cada portador de necessidades especiais. 
Hoje o Brasil dá mais ouvidos ao termo acessibilidade do que a anos atrás. Pois é preciso que as pessoas se conscientizem da importância que tem de fazer adaptações em lugares freqüentados por pessoas com deficiência, saber da importância que tem um desnível de 1,5 centímetros já é o suficiente para impossibilitar o acesso de uma cadeira de rodas, que uma porta comum com 70 centímetros de largura, não possibilita a passagem de uma cadeira de rodas e que com apenas 10 centímetros a mais, a passagem é possível.   Se em todos os lugares, tivessem um ambiente adaptado com melhores condições de acesso, melhor adaptação e sem barreiras, as pessoas com deficiência poderiam levar uma vida normal, diferentes daquelas pessoas consideradas normais. 
Em decorrência disso, raramente se vê um deficiente físico em locais públicos. O que se pensa é que os deficientes são uma minoria tão grande que não se justifica tanto investimento em adaptações, equipamentos e acessos exclusivos. Porém, na verdade, é o inverso que ocorre, pois as pessoas com deficiência não freqüentam locais públicos por falta de acesso na maioria das oportunidades. Nós que somos considerados como normais, não podemos ignorar esta realidade, precisamos agir e sensibilizar um aos outros para apoiarem esta causa com intuito único de promover uma inclusão social mais justa desprovida de caridade. 
A vida de uma pessoa deficiente é designada pelas dificuldades enfrentadas em seu relacionamento social, começando na infância, através da dificuldade em compartilhar o mesmoespaço com outras crianças, posteriormente quando adultas essas barreiras tornam-se ainda mais frequentes e difíceis de enfrentá-las. A falta de adequações arquitetônicas impossibilita a autonomia à acessibilidade em locais públicos e até mesmo nas residências dessas pessoas, fazendo com que elas dependam do auxílio de um terceiro para realizarem suas atividades. 
No planejamento de uma edificação, seja ela para uso particular ou público, deve-se atentar a algumas questões, principalmente se tratando de construções públicas, pois essas serão frequentadas por diversas pessoas, essas que em alguns casos possuem algum tipo de deficiência física ou em algum momento da vida têm sua mobilidade reduzida. 
Para realizar este trabalho, foi realizada uma revisão bibliográfica através da internet com acesso a artigos científicos a respeito de acessibilidade, deficiência física, preconceito e inclusão social. 
Capitulo I – INCLUSÃO DO DEFICIENTE FÍSICO NA ESCOLA
Diante da concepção de que a inclusão de portadores de deficiência vem se tornando um desafio para o sistema educacional, é importante ser discutida, e adotada métodos para adaptar crianças portadoras de deficiência em uma turma regular. Segundo à educadora Maria Teresa Eglér:“a inclusão é o privilégio de conviver com as diferenças”,a mesma acredita que em uma escola inclusiva professores e alunos aprendem uma mesma lição:respeitar as diferenças. A ideia da autora é coerente à situação atualmente vivida, Pois a sociedade muitas vezes julga os deficientes incapazes, de certas atividades, e principalmente acham os mesmos, incapacitados para acompanhar uma turma regular. Com isso vê-se a necessidade de termos uma educação mais inclusiva, seja para deficientes, para crianças carentes ou sem condições financeiras para estudar.
Atualmente “inclusão” está sendo uma palavra bastante discutida, porém, não compreendida, há escolas que pensam que inclusão é ter rampas e banheiros adaptados enquanto na verdade inclusão trata-se acolher todas as pessoas sem exceção, diante dessa ideia é possível compreender que o que faz uma escola inclusiva é o planejamento do projeto pedagógico, onde no mesmo serão esclarecidos os direitos e deveres do professor e do aluno perante o sistema educacional.
As práticas pedagógicas dos professores precisam ser revistas para entender o requisito de necessidade educacional dos portadores deficiência, o mesmo precisa perceber que cada um aprende do seu modo e no seu ritmo, sendo assim cabe ao professor se adaptar a essa situação.
A inclusão no Brasil ainda é um processo lento, apesar de existir uma lei em nossa constituição que garante acesso de todos ao ensino fundamental, e os alunos com deficiência uma atenção especial, as redes de ensino e as escolas não cumprem a lei. Outra questão que se um empecilho para a inclusão são as instituições especializadas, principalmente em deficiência mental, pois muita gente acredita que o melhor é excluir, e os primeiros a ter esse pensamento muitas vezes são os familiares que acham que seus filhos devem receber ensino adaptado, mas já avançamos, hoje todos tem consciência de que os deficientes podem sim, frequentar uma turma regular.
O nascimento de uma criança com deficiência não é uma boa notícia, pois nenhum pai/mãe estão preparados para recebê-la, assim como professor os pais devem apostar nos seus filhos, através de carinho e apoio. “Muitas vezes o deficiente sente-se excluído pois os pais colocam os mesmos em instituições de ensino especializado. Portanto por sua vez, os pais infantilizam ou superprotegem os filhos”; afirma à psicóloga e educadora Josca Baroukh. Da mesma forma acontece quando algumas instituições ou até mesmo a família diz que:
“Devemos acolher os deficientes físicos, Porém ao invés de acolher os mesmos de forma afetiva e incentivá-los à um desenvolvimento mútuo em casa escola ou no meio social eles os tratam com pena, o que dificulta a sua autoestima.”
A novela da rede globo “Páginas da Vida” exibida no ano de 2006, abordou essa questão de forma ampla, sendo que; ao nascer a menina Clara com síndrome de Down, a primeira à rejeitá-la foi a avó que se pôs a pedir que a mesma fosse adotada; todavia a médica Helena vivida por (Regina Duarte) aceitou o desejo de cuidar de clara como sua filha, entretanto, Helena não esperava que fosse tão difícil, tornar sua filha um ser humano com uma convivência normal, enfrentando o preconceito da sociedade.
“Oferecer educação de qualidade significa fazer adaptações físicas e pedagógicas”, diz a psicopedagoga Daniela Nonso, consultora na área de inclusão e selecionadora do prêmio Victor Civita educador nota 10. “Cabe ao professor reconhecer essa nova função e brigar pelos recursos necessários”.
Através de tese de Daniela Alonso, é possível perceber que a inclusão ainda é uma batalha a favor da qualidade da educação na qual necessitam de preparação física e psicológica para oferecer uma estrutura em que os alunos se sintam acolhidos e incluídos de tal forma que a aprendizagem possa ser proveitosa. Segundo dados publicados pela revista Nova Escola nos últimos dez anos a inclusão tem ganhado espaço nas matrículas das escolas, onde 47% dos deficientes estão matriculados em turma regular, entretanto estão incluídos, o que esperamos é que os métodos de ensino também estejam incluídos para que finalmente possamos nos orgulhar da inclusão educacional.
“Não basta matricular para dizer que somos uma escola inclusa”, ressalta a diretora, Rosana Rodrigues Dias. “É preciso garantir as condições de aprendizagem”. Diante dessa afirmação, podemos dizer que para uma escola ser inclusiva não basta abrir salas de aula para deficientes, é preciso que haja conhecimento que esteja adaptado às necessidades de cada um, porém, o deficiente físico e/ou mental necessita de métodos e atividades especiais que os motivem no ato de executá-las.
No que diz a respeito ao papel das redes de ensino e a força da equipe escolar, comenta Marly Peinado Bonsaglia: “Muitos professores começam a se capacitar cada um a sua maneira. Resolvemos então criar a rede de apoio”. Segundo Marly, os professores da sua escola se auto-capacitaram cada um de sua maneira, e apartir de então viram a necessidade de se aperfeiçoar em suas metodologias de ensino, recebendo orientação do Centro de Formação e Acompanhamento à Inclusão (CEFAE) órgão ligado a secretária Municipal de Educação de São Paulo, o mesmo foi criado a dois anos para acompanhar as escolas no processo de oferecer inclusão com foco na aprendizagem.
Esse é um excelente exemplo da força da equipe escolar na qual o principal objetivo é tornar a escola e os métodos inclusivos, todavia as escolas privadas não podem manter os custos do atendimento educacional especializado e as públicas não recebem recursos e capacitação.
“Criatividade e boa vontade dos professores, embora importantes, podem não ser suficientes para que o aluno com deficiência se desenvolva como poderia”, Diz Tanya Bottas, pesquisadora de políticas de inclusão. 
“É preciso sistematizar os conhecimentos nessa área, tudo isso é evidente, pressupõe investimento, um governo ou uma escola que dizem promover a inclusão e não destinam verbas e ajudas técnicas, a compra de materiais adequados ou as alterações arquitetônicas para criar acessibilidade não estão pensando em inclusão”. 
Ressaltando o que Tanya afirma, tudo isso trata-se de uma questão de coerência, pois as escolas e o governo acham que por eles serem inclusivos, não há necessidade de investir em recursos, na acessibilidade do ambiente e na qualidade de ensino.
Assim como existem pais que lutam por uma vaga em uma sala regular para seu filho, há também aqueles que se esquivam, por ter vergonha do tipo de deficiência de seu filho e por ter quase certeza de que não irão conseguir uma matrícula para o mesmo.
Atualmente a inclusão relaciona as matérias tecnológicas e especiais já está bem avançada, sendo que tais materiais são adaptados muitas vezes a cada tipo de deficiência,como por exemplo, o computador feito para aqueles que têm problemas na coordenação motora, entretanto o professor é uma peça fundamental para o uso desses materiais, como por exemplo, em como aprender geografia, utilizando-se um globo em alto-relevo e com os nomes dos continentes escritos em braile (língua de sinais portuguesa para surdos, chamada de L2), essa língua é utilizada pelos cegos e surdos cuja finalidade é promover um diálogo entre eles e entre pessoas que não possui a mesma deficiência.
“A iniciação em libras (Língua brasileira de sinais) começa nessa fase, o que demandou uma interlocução intensa com os familiares”, conta Patrícia Cunha, coordenadora do Núcleo de Inclusão. Através das palavras de Patrícia, concluímos que, a Libras em casa, através de gestos na intenção de querer falar algo, todavia, ultimamente algumas escolas já fornecem esse ensino, facilitando a vida do mesmo no ambiente familiar, na sociedade e principalmente na escola, pois é o lugar onde as crianças obtêm mais aprendizagem.No que está relacionado à educação, hoje em dia nada é possível para quem porta algum tipo de deficiência, e um exemplo básico disso é a sala de multimeios, onde é instalada em escolas-pólo, na qual são atendidas crianças cegas com baixa visão, surdas e com dificuldades motoras, sendo que os professores dessas salas são capacitados para ensinar Libras, braile e uso de instrumentos para alunos com dificuldade de comunicação. E o rendimento nisto tudo é que ambos aprendem formas alternativas de expressão. 
CAPÍTULO II- A SEXUALIDADE DO DEFICIENTE FÍSICO
A sexualidade faz parte da vida de qualquer ser humano, seja uma pessoa com deficiência ou não. Ela vai além do sexo, que é apenas seu componente biológico. “É muito mais do que simplesmente ter um corpo desenvolvido ou em desenvolvimento, apto para procriar e apresentar desejos sexuais”.
A sexualidade está associada ao desenvolvimento da afetividade, à capacidade de entrar em contato consigo mesmo e com o outro, elementos fundamentais para a construção da autoestima. Nossa cultura tende a reduzir a sexualidade à função reprodutiva e genital, sem levar em conta a importância dos sentimentos e emoções decorrentes do processo educacional e de vida do indivíduo. E que cada um pode viver muito bem – e plenamente – sua sexualidade, de acordo com o que suas circunstâncias lhe permitem.
A beleza por exemplo é na verdade, uma condição biológica (e não estética). “Considera-se belo o que é simétrico, e pelas leis da natureza, o simétrico tem mais chances de ser saudável, portanto é mais capaz de propagar os seus genes. A aparência física é o principal quesito para a atração, na fase inicial das relações interpessoais, enquanto que a inteligência e a personalidade têm uma importância secundária nesse mecanismo” 
Pessoa com paralisia parcial das pernas e dos braços, a deficiência pode mobilizar sentimentos ambíguos: de atração e repulsa, diretamente relacionados, ao medo que as pessoas sem deficiência têm de adquirir alguma deficiência. O grande problema é que, infelizmente, as pessoas com deficiência ainda são idealizadas como seres frágeis, que possuem incapacidades múltiplas, pobres coitados de quem devemos ocultar tudo o que possa machucar. 
Pessoas com deficiência e HIV/aids: interfaces e perspectivas: uma pesquisa exploratória alerta para os mitos de fragilidade e invisibilidade que a sociedade ainda tem em relação à sexualidade das pessoas com deficiência. Um dos principais resultados divulgados pelo instituto em 2009, foi ainda é bastante arraigado, tanto entre familiares quanto entre profissionais e educadores, o mito de que a sexualidade das pessoas com deficiência é, por natureza, intrinsecamente problemática e até patológica. Dificilmente imaginam que essa pessoa possa, sequer, sentir desejo ou que seja capaz de se relacionar amorosa e sexualmente, casar e formar a sua família”.
A sexualidade se desenvolve a partir do modo como nos enxergamos e percebemos que as pessoas nos enxergam. Embora as sensações de prazer se deem no corpo material; a sexualidade se constrói e se expressa no corpo simbólico, ou seja, no corpo que temos em mente, na imagem que fazemos dele, nas fantasias que temos com ele. “Nós conhecemos nosso corpo ao andar, ao fazer amor, aos nos lavar, do mesmo modo que o conhecemos por meio da dor, da doença e das emoções. Esta bagagem inclui experiências físicas e psicológicas, imaginárias e reais, do presente e do passado”. 
Muitas pessoas com deficiência só tiveram experiências distantes do prazer. “Durante anos, seu corpo foi (ou é) alvo de intervenções médicas, fisioterápicas ou corretivas que não contribuem para despertar o erotismo. Ao contrário, apontam o que há de errado, diferente, que precisa ser ‘consertado’, ‘normatizado’, caso contrário será sempre um corpo doente. Como se isso não bastasse, o espelho para o mundo é um padrão de corpo perfeito. Como fica, então, a autoestima da pessoa com deficiência? A tendência é não se achar atraente, duvidar que possa ser alvo do desejo dos outros”. 
Em pleno século XXI, ainda acredita-se que a mulher e o homem com deficiência não têm sexualidade. Eles tendem a serem vistos de forma infantilizada, a serem protegidos e cuidados – (esta postura ainda é bastante comum, especialmente com adolescentes com deficiência intelectual). Esse estigma também traz outros grandes equívocos. Por exemplo: mulheres com deficiência física, em cadeira de rodas, não podem ter filhos ou praticar o ato sexual; ou mulheres e/ou os homens cegos possuem um toque mais sensível, o que tornaria o ato sexual muito mais prazeroso. Também paira o mito de que as pessoas com deficiência intelectual são sem-vergonhas, inconvenientes, e masturbadores compulsivos, por terem uma suposta sexualidade exacerbada e sem governo. Enfim, são muitos os equívocos que precisam ser desfeitos!
A mulher com deficiência física ou motora, pode ou não ter filhos, pois não há relação nenhuma entre deficiência (seja ela qual for) e fertilidade, a não ser que a infertilidade seja ocasionada por fator externo à deficiência, assim como ocorre com mulheres sem deficiência. A mulher ou o homem com deficiência visual pode exercer sua sexualidade usando ou não o tato; assim como escolher se querem ter filhos ou não. Pessoas com deficiência intelectual podem exercer sua sexualidade, respeitando as convenções do que pode ser feito em público ou não. É importante levar esta informação às pessoas, pois quem nunca teve a oportunidade de conviver com uma mulher ou homem com deficiência, provavelmente carrega estes falsos conceitos consigo. Também é fundamental que o adolescente com deficiência possa reconhecer sua sexualidade. É justamente em decorrência deste auto reconhecimento que o outro passará a enxergá-la com este atributo e como uma possibilidade amorosa. 
As pessoas que têm oportunidades de terem contato com outras, têm muito mais chance de se relacionarem. No caso das com deficiência, há uma série de fatores que interferem nisso, como barreiras arquitetônicas, (que dificulta o acesso aos lugares), e os pré-conceitos daqueles que os enxergam como seres imaculados, etc. Quem não sai de casa, dificilmente conseguirá namorar ou ‘ficar’ com alguém. Mas nas comunidades do Orkut na Internet dá para sentir que as pessoas com deficiência estão buscando as mesmas coisas que as sem deficiência, inclusive relacionamentos que envolvam amor e sexo. “Ninguém está à procura de cuidados, mas sim de troca, e de um companheiro (a) para viver um relacionamento em que haja, sobretudo, reciprocidade”. 
No início dos anos oitenta a sexualidade, finalmente, começou a ser timidamente abordada dentro de outros contextos, como por exemplo: a adolescência; o desempenho de papéis sexuais; a gravidez; e o planejamento familiar para casais com deficiência. Para ela, estes estudos já revelam uma tendência, embora tênue, de elaborar uma análise mais psicossocial do que meramente orgânica e genital. 
No entanto, como o enfoque do estudo da sexualidade das pessoascom deficiência ainda é desenvolver técnicas de intervenção clínica e de aconselhamento visando ao ajustamento social, ainda persiste o viés de patolo gizar a sexualidade e a deficiência. Só mais recentemente a abordagem psicossocial começou a assumir timidamente lugar de destaque. Então, a ênfase passou a ser colocada no direito a exercer uma vida sexual satisfatória e na possibilidade de conquistar afeto e autonomia por meio de vivências afetivo-sexuais. 
Os especialistas afirmam que o verdadeiro processo de inclusão social eficaz deve ampliar essas visões estereotipadas ao favorecer o resgate da sexualidade e da eroticidade das pessoas com deficiência. “Ser erótico é possuir a vida, a liberdade, o movimento, o calor compartilhado. A pessoa com deficiência precisa ser um homem ou mulher em busca de prazer, com responsabilidade e equilíbrio, seguros de sua capacidade de envolver o ser amado e de se apaixonar”. 
Nosso crescimento pessoal não depende só do outro, mas de nós mesmos. Lutando, aprendendo, estabelecendo relações e nos lapidando, cada um de nós pode desenhar o seu mapa do amor. A educação tem muito a ganhar com o trabalho de pessoas guiadas por mapas do amor. Educação é acolhimento, disponibilidade, prazer. Requer competência interna, para organizar a si próprio e externamente, para ir ao encontro do outro. Além de coragem para se despir de preconceitos, sobretudo na hora de lidar com pessoas, que estão fora do que é erroneamente considerado padrão em uma sociedade. Atributos como esses são fundamentais para desmistificar a sexualidade das pessoas com deficiência. 
A junção sexual que inclui um homem paraplégico não permite somente um maestro e uma única batuta a marcar o compasso e o andamento eróticos. Induz a uma regência diversificada: mãos que falam, lábios que percorrem, braços que inventam pernas. Multiplicar os dedos em profundas estratégias onde a rigidez de um pênis não consegue se manter com a necessária demora de um pesquisador. Dotar o toque de uma pressão quase científica, que não seja constrangedora e muito menos imperceptível (aconselha-se um treinamento numa pétala de rosas…), lastrear a boca com a avidez de um recém-nascido e a habilidade de um pistonista e deixá-la sem rédeas por onde os lábios se encaixarem com maior competência. Entro no funil do orgasmo quando me largo em êxtase, num enlevo incontido ao percorrer-me inteiro (corpo + espírito) envolvido no gozo da mulher, mesmo sem sentir o corpo dela sobre o meu”. 
 O Aluno e a Deficiência Física: 
O aluno deficiente físico vem de uma história de vida de preconceitos por ser estigmatizados historicamente como incapazes. Ferreira (1998) cita a existência de um capítulo exclusivo para a educação especial na LDB/96. Esse capítulo defende a necessidade de uma especialização de professores para atendimento. O autor esclarece que, mesmo existindo essa lei, o tema das necessidades especiais, ou mesmo da diversidade, é ainda pouco presente nos cursos de formação de professores e outros profissionais, mesmo com recomendações e indicações legais para que se supere essa lacuna. 
Nos dias atuais a concepção do saber e da cultura estão em constante transformação, o desafio a educação especial é imenso. A escola não pode continuar estática, nem preparada para “massas”. Hoje se percebe que a população escolar como heterogênea, onde cada indivíduo é diferente do outro, ou seja, todos os indivíduos têm “Necessidades Específicas de Educação”. A Escola vive em permanente mudança, motivos pelos quais a mesma terá que construírem-se nesse novo contexto, tornando dinâmicos todos os seus processos, que nunca estarão acabados. Os alunos com necessidades educativas especiais fazem também parte desse ambiente e são mais um componente a ter em conta pela Escola na sua criação. Todos os s alunos tem direito a escola seja qual for a sua condição física. 
Serão abordadas questões relevantes para o melhor convívio do educando dentro da escola, demonstrados através de uma bibliografia sobre a acessibilidade, pretendendo provocar algumas reflexões sobre o direito à acessibilidade dos educandos portadores de deficiência física, na escola e os tipos de deficiências existentes. 
No processo inclusivo acessibilidade e um fator essencial, e uma forma de mostrar uma sociedade mais justa. É através da escola que encontramos o meio de alcançar a inclusão social, pois através da educação inclusiva a sociedade em geral se beneficia das relações entre os envolvidos com a escola. 
Educando todos os alunos juntos, as pessoas com deficiências têm oportunidade de prepararem-se para a vida na comunidade, os professores melhoram suas habilidades profissionais e a sociedade toma a decisão consciente de funcionar de acordo com o valor social da igualdade para todas as pessoas, com os consequentes resultados de melhoria da paz social (STAINBACK e STAINBACK, 1999, p.21). 
Ainda se encontra na sociedade barreiras que impedem a inclusão em muitos setores. Barreiras estas que restringem a inserção social de uma minoria tida como “diferente”, através de comportamentos preconceituosos baseados em padrões físicos. Por isso a necessidade de conscientização e modificação de pensamento da sociedade para proporcionar ao deficiente uma interação e u ma melhoria na qualidade de vida. 
A partir da década de 90, através de documentos internacionais, como a Declaração de Salamanca (1994), da UNESCO percebemos que: 
Cada criança tem características, interesses, capacidades e necessidades de aprendizagem que lhe são próprios... as pessoas com necessidades educativas especiais devem ter acesso às escolas comuns que deverão integrá-las numa pedagogia centralizada na criança, capaz de atender a essas necessidades; as escolas comuns, com essa orientação integradora, representam o meio mais eficaz de combater atitudes discriminatórias, de criar comunidades acolhedoras, construir uma sociedade integradora e dar educação para todos(CORDE, 1994, p.10). 
A instituição escolar é o inicio de toda a tentativa de uma sociedade mais inclusiva, pois é através dela que dela que se pode alcançar a sociedade em geral com mudanças de comportamentos e atitudes. 
A acessibilidade significa oportunizar condições, possibilitar a todos, segurança, autonomia, garantias, para que possam viver com dignidade. Para garantir a acessibilidade precisa se do respeito e o reconhecimento dos direitos humanos, coletivos e individuais. Conforme demonstra o artigo de 1988:
Habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária (art. 203, IV, da CF/88); - adaptação dos logradouros, dos edifícios de uso público e dos veículos de transporte coletivo, a fim de garantir acesso adequado às pessoas portadoras de deficiência física (arts. 227, § 2º, e 244 da CF/88); - proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador portador de deficiência (arts. 5º, caput, e 7º, inc. XXXI, da CF/88); - reserva de cargos públicos, a serem preenchidos através de concurso, para pessoas portadoras de deficiência física (art. 37, VIII, da CF/88). (NERY JUNIOR e NERY, 2006,p.35). 
Deficiência Física e a Educação Física Escolar
Como pode se observar existe vários instrumentos legais que protegem os portadores de deficiência, o que falta realmente é concretizar esses direitos através de ações que garantam essa acessibilidade às pessoas com deficiência física. É importante ressaltar que o conceito de deficiência inclui a incapacidade relativa, parcial ou total, para o desempenho da atividade dentro do padrão considerado normal para o ser humano. 
Deixando claro que a pessoa com deficiência pode desenvolver atividades laborais desde que tenha condições e apoios adequados às suas características. Certamente existe a necessidade de questionar a prática destas aulas na escola, assim pode realmente verificar se estão sendo atingidos os objetivos propostos na teoria e desenvolvidos com qualidade, pois muitas das vezes as crianças sãotratadas como adultos em miniatura esquecendo-se do elemento significativo do processo ensino aprendizagem. 
Apesar dos direitos garantidos aos DF sabe-se que o preconceito existe, e muitos não são aceitos na escola, pois são visto como incapazes de aprender e conviver em uma escola regular. 
A atual política educacional brasileira inclui, em suas metas, a integração de crianças e jovens portadores de deficiência na escola regular, com atendimento educacional especializado, quando necessário (MEC, 1994). 
No entanto, a implementação dessa nova política, certo modo revolucionária pela conjuntura da educação no Brasil, deve considerar como importantes desafios a capacitação de recursos humanos e a promoção das mudanças necessárias dos recursos físicos, materiais e pedagógicos para a sua concretização. Conforme citação abaixo:  o desenvolvimento de atitudes e formas de interação social na escola pode influenciar diretamente a efetivação da integração dos alunos portadores de deficiências no sistema de ensino regular (MANTOAN, 1997, P.235). 
 “Para as crianças portadoras de deficiência física, a integração escolar bem sucedida envolve além da sua integração aos processos de ensino-aprendizagem, a necessidade de uma adaptação do ambiente físico (construído predominantemente para os iguais ou normais fisicamente) e a integração social ao ambiente escolar, que implica em mudanças de conceitos e atitudes dos professores e colegas.” (AMARAL, 1995, p.39). 
Os objetivos adotados na Educação Física deixam a certeza e a extensão dos conteúdos a serem abordados, pois incluem a dimensão da crítica e ao mesmo tempo trabalhando em busca dos benefícios e da qualidade de vida (saúde). Cabe destacar três aspectos da proposta dos PCNs: O princípio da inclusão, as dimensões dos conteúdos (atitudinais,conceituais e procedimentais) e os temas transversais. 
A dimensão procedimental diz respeito ao saber fazer, a capacidade de mover-se numa variedade de atividades motoras crescentemente complexas de forma efetiva e graciosa. É importante ressaltar que, nessa concepção, aprender a mover-se envolve atividades como tentar, praticar, pensar, tomar decisões e avaliar, significando, portanto, muito mais do que respostas motoras estereotipadas (FERRAZ, 1996, p.26). 
A fase da inclusão surgiu na metade da década de 1980, e desenvolveu-se durante os anos de 1990. A evolução ocorrida nessa fase foi a de adaptar o sistema educacional à necessidade de cada aluno. No Brasil o movimento em busca de uma escola inclusiva teve início na década de 1980 e dura até os dias de hoje. 
A aula de Educação Física pode ajudar na criação de uma postura digna e de autoestima por parte do deficiente e o convívio com ele pode propiciar a criação de comportamento de reciprocidade, de respeito, sem preconceitos.
DIFERENTES OU DEFICIENTES
Na atualidade, a educação encontra-se entrelaçada pelas perspectivas do paradigma da inclusão, que busca valorizar e reconhecer a diversidade e o direito à educação a todos os alunos. Para alguns autores é preciso que as escolas pensem em formas de se reestruturarem para equacionar alguns fatores que atrapalham a inclusão de alunos com deficiência na escola regular, pensem em formas de colocar em prática a fundamentação filosófica que permeia o paradigma da inclusão. (MARTINS, 2006; SANTOS; MENDES, 2006).
Um dos fatores que a escola deve preocupar-se é a preparação em relação a sua acessibilidade física. De acordo com Referenciais para a construção de Sistemas Educacionais Inclusivos (ARANHA, 2004, p. 21), a acessibilidade é um dos primeiros requisitos que possibilita a todos aos alunos o acesso à escola, pois: [...] garante a possibilidade, de todos, de chegar até a escola, circular por suas dependências, utilizar funcionalmente todos os espaços, freqüentar a sala de aula, nela podendo atuar nas diferentes atividades. (ARANHA, 2004, p. 21). 
Em se tratando da NBR 9050/1994 que trata da acessibilidade, nas circulações o espaço para o trânsito de cadeiras deve permitir conforto, segurança e visibilidade, de forma que os usuários possam permanecer próximos de seus acompanhantes sem obstruir ou impedir a passagem de outros usuários (NBR 9050, 1994). 
Vemos que a deficiência física pode acarretar muitas dificuldades aos cadeirantes, e que essas dificuldades sejam conhecidas e divulgadas, de modo a garantir que todas as adaptações necessárias sejam feitas. Desta forma vê-se a importância de se dedicar aos cadeirantes, apoiando na busca da acessibilidade em todos os locais em que se encontram. 
As condições de acessibilidade em ambientes físicos tais como escolas, teatros, universidades e demais logradouros públicos podem facilitar em muito para que a inclusão social ocorra. No meio escolar, deparamos com muitas escolas que ainda não estão adaptadas para receberem alunos com necessidades especiais, principalmente quando temos em foco alunos com deficiência física. 
Cada vez mais o livre acesso de pessoas, sejam crianças ou adultos, homens ou mulheres, em todos os lugares estão sendo possíveis, graças a mudanças no estilo de construções aliadas as conscientizações das pessoas no sentido de facilitar cada vez mais a acessibilidade de todos. 
Sabe-se que é difícil ter um padrão correto em todos os locais de acesso da população, e ainda estamos longe de poder favorecer a todos o direito de ir e vir, principalmente quando se trata de pessoas com deficiência seja ela de qualquer natureza. 
Com a inclusão educacional, as escolas devem respeitar a diversidade, possibilitar a todos os alunos o seu acesso, preparar-se para receberem estes alunos e responder às necessidades educacionais de cada um deles, pois, sabemos que o ambiente é de extrema importância no dia a dia de todos, e a responsabilidade de ter uma relação de bem estar com as pessoas que o utilizam. 
A questão da inclusão de portadores de necessidades especiais em todos os recursos da sociedade ainda é recente no Brasil, mas mesmo sendo muito nova essa questão da inclusão, movimentos nacionais tem buscado um consenso para uma integração política de inclusão de pessoas portadoras de deficiência na escola regular. Com isso podemos questionar que passo fundamental deve ser dado para mudar o quadro de marginalização dessas pessoas, como: alteração da visão social; inclusão escolar; acatamento à legislação vigente; maiores verbas para programas sociais, aperfeiçoamento e qualificação de profissionais. 
Com ênfase na questão da inclusão, é cabível a todos os integrantes da sociedade lutar para que a inclusão social dessas pessoas seja uma realidade brasileira, que por vias das dúvidas é encarada de forma diferenciada, em que se introduzem ópticas negativas e ações desfavoráveis a cada indivíduo envolvido, ou seja, a cada portador de necessidades especiais. 
Hoje o Brasil dá mais ouvidos ao termo acessibilidade do que a anos atrás. Pois é preciso que as pessoas se conscientizem da importância que tem de fazer adaptações em lugares frequentados por pessoas com deficiência, saber da importância que tem um desnível de 1,5 centímetros já é o suficiente para impossibilitar o acesso de uma cadeira de rodas, que uma porta comum com 70 centímetros de largura, não possibilita a passagem de uma cadeira de rodas e que com apenas 10 centímetros a mais, a passagem é possível. 
Se em todos os lugares, tivessem um ambiente adaptado com melhores condições de acesso, melhor adaptação e sem barreiras, as pessoas com deficiência poderiam levar uma vida normal, diferentes daquelas pessoas consideradas normais. Em decorrência disso, raramente se vê um deficiente físico em locais públicos. O que se pensa é que os deficientes são uma minoria tão grande que não se justifica tanto investimento em adaptações, equipamentos e acessos exclusivos. Porém, na verdade, é o inverso que ocorre, pois as pessoas com deficiência não frequentam locais públicos por falta de acesso na maioria das oportunidades. Nós que somos considerados como normais, não podemos ignorar esta realidade, precisamosagir e sensibilizar um aos outros para apoiarem esta causa com intuito único de promover uma inclusão social mais justa desprovida de caridade. 
CAPÍTULO III- PROCESSO DE ACEITAÇÃO DA DEFICIÊNCIA MENTAL PELA FAMÍLIA
Para desvelar o significado dessa experiência existencial da deficiência, tomamos como base famílias usuárias dos serviços oferecidos por instituições especializadas, técnicos que acompanham o desenvolvimento das crianças nestas instituições e usuários que usufruem desses serviços e também bibliografias da área de Serviço Social e da Psicologia, buscando compreender a experiência de pais de pessoas com deficiência mental, para análise e fundamentação a partir dos pressupostos teóricos referentes às relações formadas por esses sujeitos. 
Quanto aos instrumentos utilizados, recorremos à visita domiciliar e a entrevista semi-estruturada de caráter exploratório, que vem no propósito de dar respostas com menor obscuridade possível; para isso, trabalhamos com entrevistas que tiveram como pergunta norteadora: Como é a relação diária da família com o deficiente? 
O desenvolvimento humano é um processo que inicia na concepção, e só termina com a morte, segundo BARALDI (1994), é um contínuo. Sendo o nascimento de uma criança, um momento constitutivo em que a mãe espera tudo de um filho, é uma promessa de completude, visto isso, o nascimento de um filho com deficiência, é um fato traumático não somente pela patologia em si e pelas limitações que ela impõe, mas porque há um desencontro entre a criança real e a criança desejada. 
Entendemos que esse tema é importante e pertinente por conter imbricados sentimentos de pertencimento e resistência em relação à família e à criança portadora de deficiência, sendo que a construção dos vínculos se inicia com a criança dentro do ventre, se concretizando no momento do nascimento. 
Frisamos como nossos objetivos: Analisar como a família vivência o processo do luto do filho idealizado; identificar as etapas do processo de aceitação de um filho com deficiência pela família; demonstrar como se forma e se expressa o processo de rejeição em relação à pessoa portadora de deficiência pela família; observar se há negligência da família com o filho deficiente; averiguar como a família potencializa a autonomia do filho com deficiência e constatar a construção da identidade do deficiente dentro da família. 
Deficiência x violência x frustração 
A condição de “deficiência” está presente na nossa história desde os primórdios. O preconceito, em relação às pessoas portadoras de deficiência, é explicitado e relatado desde antes de cristo, sendo que a forma que é conduzida pela sociedade dependerá da região, da história e da temporalidade em que a deficiência está vivenciada. O preconceito da sociedade contemporânea tem se manifestado de diversas formas, mas uma das mais perversas é aquela que é dirigida contra as crianças, na medida em que estão em processo de desenvolvimento. 
O desenvolvimento humano é um processo que inicia na concepção, e só termina com a morte, segundo BARALDI (1994), é um contínuo. Sendo o nascimento de uma criança, um momento constitutivo em que a mãe espera tudo de um filho, é uma promessa de completude, visto isso, o nascimento de um filho com deficiência, é um fato traumático não somente pela patologia em si e pelas limitações que ela impõe, mas porque a um desencontro entre a criança real e a criança desejada. 
Este processo de negação sofrido pela criança pode causar ao seu desenvolvimento o aprofundamento de danos físico mental e psicológico. Normalmente, é na infância que são moldadas grande parte das características afetivas e da personalidade que a criança carregará para a sua vida. 
O desenvolvimento da personalidade é um processo complicado influenciado por vários fatores, sendo que se destaca pela história pessoal das experiências do indivíduo com os outros. O desenvolvimento da criança depende de dois fatores básicos: a maturação e o ambiente. No caso do preconceito familiar, percebemos que ele se situa, no ambiente, em que deveria ser responsável por proteger. 
As relações com a família e com os outros grupos sociais são de máxima importância. Diante desta afirmação, podemos dizer que a criança que tem sua infância comprometida pelo processo lento e gradual de aceitação familiar poderá ter seu desenvolvimento da personalidade afetado, mostrando-se introspectiva, com baixa auto-estima, dificuldade de relacionamento, agressiva, rebelde, ou muito passiva. 
Quando a deficiência ocorre, segundo Vash (1988), a família inteira começa uma batalha adaptativa para recuperar o equilíbrio. O nascimento de uma criança deficiente pode ter um impacto intenso e de longo alcance também nas outras pessoas da família, pois, todos vivenciam o choque e o medo com relação ao reconhecimento da deficiência, bem como, a dor e a ansiedade de se imaginar, quais serão as implicações futuras no estilo de vida dos membros da família. 
São muitos os fatores implicados no preconceito contra a criança com deficiência, dentre eles estão, aspectos econômicos, sociais, culturais e valorativos. Tratar do preconceito contra a pessoa portadora de deficiência nos remete a pensar, na maneira que a encontramos manifestada, o que está ligado a esta prática em relações às famílias e quais as conseqüências desta ação na vida da criança. 
Nas instituições que prestam serviços a pessoas com deficiência, são identificados casos de preconceito da própria família em relação ao filho portador de deficiência, vivenciado através da rejeição, negligência, superproteção, vergonha, pouco investimento para o desenvolvimento da capacidade mental, que se manifesta na forma de violência psicológica, violência física, e violência emocional. 
Entendemos que esse tema é importante e pertinente por estar ligado aos sentimentos de pertencimento e resistência em relação à família e à criança portadora de deficiência, sendo que a construção dos vínculos se inicia com a criança dentro do ventre, se concretizando no momento do nascimento. 
Buscamos como objetivo o entendimento para que possamos propor, e assim construir dentro dessa contextualidade, possíveis estruturas que venham ao encontro das necessidades emocionais, sociais e relacionais das famílias no que se relaciona ao acolhimento e afetividade, primando com isso, melhor qualidade de vida à família, e à criança portadora de deficiência. 
Segundo Martinelli (1994, p.14): 
 [...] muito mais do que descrever objetos, a pesquisa busca conhecer trajetória de vida, experiência sociais dos sujeitos o que pressupõe uma disponibilidade e real interesse de parte do pesquisador em vivenciar a experiência da pesquisa [...]. 
A construção dos vínculos se dá com a convivência no cotidiano, por isso a de aceitação de um filho com deficiência é um processo gradual e contínuo que se fortalece através do conhecimento mútuo. As novas situações na vida dos famíliares fazem com que a ansiedade paranóica e depressiva apareça. O nascimento de uma criança com deficiência na família é um forte indicador e detonador dos processos de ansiedade. 
CAPÍTULO IV- HISTORICIDADE DA DEFICIÊNCIA 
Gusmão (1987, p. 55) define família como:
grupo social que tem, por base, o vínculo do parentesco. É um dos mais antigos que tem vigência, apesar de ter perdido muitas de suas funções primitivas, tendo adquirido outras, desempenhando papel relevante na educação e na formação social e da personalidade dos filhos. 
No entanto, com o passar do tempo, a estrutura familiar é flexionada e com isso, também, aparecem novos conceitos. O conceito de família social para Ferreira (1982, p. 151) é “[...] núcleo de pessoas unidas por laços biológicos ou legais, que habitualmente vivem juntas, subordinada a autoridade paterna, enquanto algumas delas reclamam proteção”. 
Por família também se compreende, como sendo um grupo de pessoas que tem em comum a afinidade, podendo ou não morar juntas, tendo como membro um portador de deficiência. 
Para Minuchin (1990), cada família seorganiza a partir do modo com que seus elementos interagem, dentro de padrões que parecem formar um conjunto invisível de exigências funcionais. Dentro de uma perspectiva sistêmica, este autor considera que, o comportamento dos membros de uma família é regulado por padrões transacionais. 
Há crianças com defeitos genéticos, que trazem em si “a marca da diferença” e comumente ferem a imagem de “filho ideal” desejado pela mãe e demais familiares. Diante dessa situação e como chegam essas informações aos pais, na maioria das vezes, percebesse impedimentos do vínculo familiar com essa criança, bem como, visualizar possibilidades de inserção no meio social e educativo. 
A essência do papel do pai ou da mãe não está concentrada somente no que se faz pelo filho com deficiência, mas, sobretudo no intercâmbio gratificante que possa ser estabelecido entre os envolvidos na dinâmica familiar. 
Alguns autores conceituam deficiência dando uma conotação de inferioridade e visível discriminação, como nos listados abaixo. 
Segundo Houaiss (2001, p. 122) o conceito de deficiência é “[...] insuficiência, fraqueza”. 
De acordo com Ferreira (1982, p. 107) deficiência mental é, “[...] mal de origem psíquica que representa limitação para a pessoa por ele afetada”. 
Quando os autores denominam a deficiência como “fraqueza e mal”, automaticamente a rotula como algo negativo, reforçando o preconceito da e na sociedade, onde o deficiente é visto nas suas limitações e não na sua capacidade, sendo este apto a muitas coisas e a sentimentos. Não conseguindo ver a potencialidade da pessoa com deficiência para algo em determinado com funcionalidade. 
O polígrafo Amar a Família explicita a estruturação familiar tanto no âmbito emocional quanto no laboral, explicitando, como esta família gere seus sentimentos em relação à situação de um filho com deficiência; observando regras educacionais, subproteção e superproteção. Tendo, como objetivo principal, desalojar preconceitos, abrindo assim, novas formas de olhar para a experiência da deficiência. A superproteção ou excesso de proteção pode limitar a autonomia e personalidade do filho com deficiência. Muitos são os fatores que contribuem para isso, portanto a família do portador de deficiência deve estar constantemente em vigília para não se deixar sucumbir pelas armadilhas que acompanham a deficiência. 
Sermos solidários com portadores de doença mental não é perdermos nossa saúde por eles, nem desagregarmos nossa família. Se nos falta como damos a eles? Como podemos trabalhar se nossos filhos não estão bem atendidos? Como sermos pessoas se a dor e a angustia estão permanentemente grudados em nós? Quem pensa em nós? Sabemos dar afeto aos nossos filhos e os amaremos se tivermos tido a possibilidade de trocarmos afeto e descobrirmos o que podemos trocar de bom? Quando a carga é dura demais, haverá raiva, desespero e o conseqüente abandono. Uma mãe também pode abandonar quando se sente abandonada? O abandono vivido dentro de uma família, pode ser manifestado ou vivenciado por qualquer um dos seus membros, geralmente nos traz o abandono da pessoa portadora de deficiência ou de seus pais, no entanto as autoras citadas abaixo nos trazem o processo de outros abandonos importante, que nos leva a refletir a família como um todo. 
Segundo as autoras, Ardore, Regen e Hoffmann (1988), trata dos sentimentos dos irmãos ditos normais em relação a um irmão com deficiência, e como são vivenciados os sentimentos de ciúme, inveja, vergonha, raiva, orgulho, etc., e de que maneira se processa este entendimento na família, em relação com a ocultação de deficiência do irmão, bem como, a ocultação dos seus próprios sentimentos. Conforme as autoras os filhos ditos normais são negligenciados pelos pais em todos os aspectos, detrimento dos filhos com deficiência. 
Se os pais elaboram sua problemática de frustrações, de insatisfação, do luto pelo filho perdido e a necessidade de conviver com o filho deficiente, onde se entrelaçam sentimentos de perda, culpa, negação e outros, a problemática do irmão deficiente é extremamente complexa na formação de sua própria personalidade, na necessidade de conviver com o irmão não desejado e não aceito em uma vivência presente e futura, aceitar um irmão deficiente é vencer a si mesmo, seus próprios problemas, e a presença de uma criança deficiente mental na família afeta não somente os pais como também os outros membros da família e, muito especialmente os irmãos. Estes podem, conforme o caso, estar envolvido direta ou indiretamente nos cuidados com o irmão deficiente. São freqüentes as conseqüências patológicas dessa rivalidade de duplo aspecto, a rivalidade propriamente dita e o ciúme das relações irmão/pais. Entretanto pouco a pouco o indivíduo se identifica como seu novo papel – o de irmão de um deficiente mental, responsável pelo irmão e pela manutenção das boas relações entre ambos. 
Podemos compreender que, para alguns pais, a deficiência ainda aponta a dificuldade em estes conceber a possibilidade do ser com deficiência. E essa postura dos pais pode prejudicar o processo de desenvolvimento do filho, ou seja, quando os pais subestimam a capacidade dos filhos não solicitando dele o que teria condições de render, quando são superprotetores, a mensagem que lhes passam é de que é incapaz, um “coitadinho” que necessita da ajuda para tudo o que vai fazer. Esta criança tende a ser insegura, dependente, um eterno bebê, além de também desenvolver uma auto-estima negativa. Entretanto, frente às dificuldades sociais com os quais se deparam, se remetem ao conhecimento experiencial adquirido através da convivência e do reconhecimento das potencialidades do filho para buscar e encontrar meios de favorecer o desenvolvimento do filho como ser humano pleno.
O processo de aceitação pode ser visualizado através de etapas que resumidamente estruturamos para melhor compreensão, começando pela fase inicial de busca de explicação e de respostas que faz parte do processo de compreensão e aceitação do filho com deficiência e, geralmente é superado com o decorrer do tempo, bem como a convivência e melhor conhecimento da criança. 
A negação, também, faz parte das etapas do processo de elaboração da existência de um filho portador de deficiência. Neste momento, os pais procuram negar de todos os modos, a si mesmos e aos que os rodeiam, a existência do filho “diferente”, adotando a política de fuga à realidade, usando o escapismo para se justificarem. A figura materna intui, primeiramente, que o filho tenha algum tipo de problema e o pai nega. Daí o passo seguinte é deixar que a mãe assuma toda a responsabilidade pelo cuidado com o filho. À medida que os pais conseguem superar o sentimento de perda da criança que havia esperado e o seu bebê com deficiência começa a apresentar reações que os cativam, inicia-se a formação do vínculo afetivo entre eles. 
É a partir desse momento que eles abrem mão das fantasias para buscarem medidas práticas e reais. Agora conseguem percebê-lo como um filho que tem uma deficiência, e não mais como um deficiente. No processo de aceitação do deficiente, a família passa pelo “luto do filho idealizado”, e vivencia sentimentos de rejeição e negligência. A superproteção é uma forma da família demonstrar que não acredita na capacidade e no potencial do filho com deficiência, o que dificulta o processo de construção da identidade e conseqüentemente sua autonomia. Observamos que muitas famílias não conseguem dar assistência para o desenvolvimento do seu filho, algumas carregam sentimentos de culpa, medo, rejeição, fazendo com isso que a relação não se torne completa, não há uma troca por inteiro, entretanto, também há família que consegue se reestruturar dentro dessa nova realidade, e buscam formas de assistir seus filhos da melhor maneira possível, oferecendo-lhes espaço de criação e interação. 
História dos deficientes 
Infelizmente, durante muito tempo, os portadores de necessidades especiais foram conhecidos como “deficientes”. Expressão que designa faltaou imperfeição, levando a sociedade a intitulá-los como “incapazes”, “coitados”, dificultando sua representação social e sua dignidade, porque os impediam de ter uma vida ativa e produtiva. 
Este levantamento histórico começa com uma ideia elementar: a representação social e as políticas nacionais só existem devido à interação entre os indivíduos de uma sociedade. A ideologia é determinada por um grupo social, pela cultura, pela dinâmica do meio social e pelas normativas necessárias à convivência. 
Isto posto, identifica-se no portador de necessidade especial um indivíduo que faz parte de um grupo social e como tal requer para si direitos, deveres, responsabilidades e proibições e, para isto, deve ser visto, ouvido e assistido. 
Na Grécia antiga e nos povos indígenas atuais, a conduta era de matar ou abandonar toda criança que apresentasse qualquer tipo de deformidade porque a sociedade buscava a perfeição física ou mental. Platão (428(7)-349(7) a.C.) no livro A República, registrou: “Pegarão então os filhos dos homens superiores, e levá-los-ão para o aprisco, para junto de amas de moram à parte nu bairro da cidade; os dos homens inferiores e qualquer dos outros que seja disfore, escondê-los-ão num lugar interdito e oculto, como convém”. 
Aristóteles (384-322 a.C.) no livro A Política, declarou:
 “quando a rejeitar ou criar os recém-nascidos, terá de haver uma lei segundo a qual nenhuma criança disforme será criada; com vistas a evitar o excesso de crianças, se os costumes das cidades impedem o abandono de recém-nascidos deve haver um dispositivo legal limitando a procriação se alguém tiver um filho contrariamente a tal dispositivo, deverá ser provocado aborto antes que comecem as sensações e a vida (a legalidade ou ilegalidade do aborto será definida pelo critério de haver ou não sensação e vida.)”. (GUGEL, 2007, p. 63). 
No Império Romano como o surgimento do cristianismo, pregava-se uma nova doutrina voltada à caridade e ao amor entre as pessoas. Essa visão combatia, dentre outras as práticas, a eliminação dos filhos nascidos com deficiência. Os cristãos foram perseguidos, porém, alteraram as concepções romanas a partir do Século IV d.C... Nesse período surgiram os primeiros hospitais de caridade que abrigavam indigentes e pessoas com deficiências. Havia um pensamento de que a deficiência era consequência do pecado e, por isso, o cuidado destes indivíduos favorecia uma purificação da alma. No século XVI as pessoas com deficiências continuavam isoladas em asilos, conventos e albergues, construídos pela nobreza com a função de abrigar e alimentar o cristão enfermo, afastando-os, portanto, do convívio social. 
Em 1948 foi assinado na Assembleia Geral das Nações Unidas um documento que começaria a mudar o rumo do tratamento aos deficientes, conhecido como a Declaração Universal dos Direitos Humanos. 
A declaração foi publicada no pós-guerra imediato. Assim, percebe-se os resquícios daquela, uma vez que colocou em risco a sobrevivência da humanidade devido à ideia de superioridade da raça. O documento propõe-se a estabelecer um comportamento ético que reconhece a igualdade essencial de todo ser humano e a dignidade do indivíduo, isto é, como fonte de todos os valores, independentemente das diferenças de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião, origem nacional ou social, riqueza, nascimento ou qualquer outra condição. 
A incorporação paulatina e incompleta destes conceitos na comunidade mundial inicia uma discreta mudança de atitudes em relação aos indivíduos “deficientes”, surgindo nos anos 1960 os primeiros movimentos organizados por familiares de pessoas para criticar a discriminação e a segregação de seus entes. 
Ocorreu também um processo de formulação do conceito de deficiência, o qual refletia a estreita relação existente entre as limitações que experimentam as pessoas portadoras de deficiências, a concepções e a estrutura do meio ambiente, e a atitude da população em geral com relação a este assunto. 
No Brasil houve a criação da Associação de Pais e Amigos do Excepcional (APAE) que, em 1954 era instituída na cidade do Rio de Janeiro. 
A Constituição da República Federativa do Brasil de 1978 recebeu a 1ª ementa tratando dos direitos das pessoas com deficiências, a saber: “É assegurada aos deficientes à melhoria da condição social e econômica especialmente mediante educação especial e gratuita.” 
Esta normativa era reflexo do contexto internacional que mantinha um movimento constante para promover as mudanças necessárias a esta parcela da população. Dentro de uma grande estratégia foi definido que 1981 seria o Ano Internacional das Pessoas Deficientes. Assim, colocou-se em discussão nos países membros da ONU a situação dos indivíduos portadores de deficiência, principalmente naqueles em processo de desenvolvimento onde a pobreza e a injustiça social se constituem como dificuldades à inclusão e atenção. Em consequência deste ano ocorreu à aprovação do Programa de Ação Mundial para Pessoas com Deficiência em 1982 e as Normas sobre a Equiparação de Oportunidades para pessoas com deficiência em 1993. (SILVA, 2010) 
A finalidade do Programa de Ação Mundial referente às Pessoas Deficientes é fomentar estratégias de prevenção e reabilitação da deficiência, e de promover oportunidades iguais e uma participação equitativa na melhoria das condições de vida resultante do desenvolvimento social e econômico. Estes objetivos devem ser almejados por todos os países, independentemente do seu nível de desenvolvimento. 
Enquanto isto, no Brasil, a Carta Magna de 1988 determinava no artigo 23, Capítulo II que “é competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiência”; assegurando assim o direito das pessoas portadoras de deficiências na área da saúde, bem como os benefícios do Estado e o direito à acessibilidade.
No ano de 1989 foi editada a Lei n.° 7.853 que criava a Coordenadoria Nacional da Pessoa Portadora de Deficiência no âmbito do Ministério da Justiça e estabelecia os princípios e as diretrizes da Política Nacional da Pessoa Portadora de Deficiência, que trata de várias áreas: saúde, educação, formação profissional e trabalho (estabelecia cotas sem especificar percentual), recursos humanos. 
No ano de 2000 foi promulgada a Lei no 10.048 que dispõe das normas e critérios para a promoção da acessibilidade das pessoas com deficiências ou de mobilidade reduzida. 
Percebe-se nesta trajetória histórica que existe uma busca constante para que o portador de necessidades especiais esteja incluído na sociedade. Nesse sentido, uma das estratégias é viabilizar o seu acesso ao trabalho. 
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) destaca que em diferentes programas a luta pela sublimação das desigualdades no trabalho, tanto em relação à inserção dos trabalhadores no mercado de trabalho quanto às relações do homem trabalhador no ambiente laboral, visa não só criar oportunidades de colocação e formação profissional, mas também incentivar as práticas de reabilitação. 
Na Convenção no 159/91 a OIT reafirmou a vontade política nacional de garantir aos trabalhadores especiais o tratamento adequado à sua inserção no mercado de trabalho, além da ênfase dada à reabilitação profissional como instrumento de incentivo ao emprego dos referidos profissionais. 
No ano de 1996 foi promulgada a Lei n.º 9.394 versando sobre as Diretrizes e Bases da Educação Nacional, que estabeleceu a necessidade de vinculação da educação ao mundo do trabalho e à prática social. O Capítulo V desta lei refere-se à educação especial que se constitui na modalidade de educação escolar oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos portadores de necessidades especiais. Neste, há a asseguração da educação especial para o trabalho, visando à efetiva integração do educando especial à vida em sociedade, inclusive ao trabalho. 
Podemos concluir que a história foi e ainda e difícil para osportadores de deficiência, pois eles lutam para ter melhor condição de vida e buscam direitos elementares a acessibilidade e inclusão social. Percebemos que essas leis foram criadas para essas pessoas, mas para sua execução é preciso à conscientização de cada cidadão.
 CAPÍTULO V - A INCLUSÃO DO PORTADOR DE DEFICIÊNCIA ATRAVÉS DA ACESSIBILIDADE 
Acessibilidade 
Acessibilidade tem como principais objetivos garantir o acesso apropriado às pessoas com deficiência (conforto, independência e segurança na utilização dos ambientes, estação de trabalho e equipamentos) e a funcionalidade do espaço edificado (sinalização tátil, sonora e visual de forma integrada, banheiro adequado), incluindo rotas acessíveis e a padronização de soluções, com possibilidade de melhorias opcionais. 
Segundo Maciel (2000), falta de condições mínimas bem como a não disponibilização dos direitos que lhe competem, faz com que os deficientes físicos estejam impedidos de circular pelas ruas da cidade, utilizar o transporte coletivo ou entrar nas edificações públicas e privadas, sendo obrigadas ao alijamento social, sem garantias de direitos constitucionalmente fundamentais, ao sucumbir o direito de ir e vir, o que desencadeia a denegatória do acesso à educação, à saúde, ao trabalho e ao lazer. 
Na arquitetura e no urbanismo, a acessibilidade tem sido uma preocupação constante nas últimas décadas. Atualmente estão em andamento obras e serviços de adequação do espaço urbano e dos edifícios às necessidades de inclusão de toda população. 
Duarte e Cohen (2004) acreditam que a acessibilidade deve ser universal e não somente para os deficientes. Ela deve abranger todos, inclusive os usuários potenciais dos equipamentos, sem que a criação de espaços exclusivos e diferentes atue como forma de segregação. 
Existem departamentos responsáveis pela acessibilidade na arquitetura e do urbanismo de nossa cidade, pois em locais onde há escada também deve haver rampa de acesso, as calçadas devem estar propicias para que não causem danos às pessoas com deficiência física isso é responsabilidade tanto do poder público como do privado. Segundo um dos cadeirantes ainda precisa melhorar a infraestrutura, pois ainda têm muitas dificuldades de locomoção. 
Santos (2004) destaca que a acessibilidade é um dos principais fatores que rege a inter-relação entre a sociedade e indivíduos portadores de deficiências, influenciando em vários aspectos diretamente ligados a seus direitos enquanto cidadão. 
A acessibilidade de um local deve ser identificada através do Símbolo Internacional de Acesso (figura 1) e a sinalização deve ser afixada em local público, de fácil visibilidade. Este símbolo pode apresentar variações na cor podendo ser branco sobre fundo azul, branco sobre fundo preto e preto sobre fundo branco. Ele deve estar presente na entrada de locais acessíveis, exclusivos para deficientes, banheiros e vagas de estacionamento especiais, por exemplo. 
Em dezembro de 2004 foi publicado o Decreto nº 5.296, que regulamenta a Lei nº 10.048, de 8 de novembro de 2000, que dá prioridade de atendimento às pessoas portadoras de deficiência, aos idosos, às gestantes, às lactantes e às pessoas acompanhadas por crianças de colo e a Lei nº 10.098 de 19 de dezembro, de 2000, que pode ser considerada o Estatuto de Acessibilidade, estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida. O conceito de acessibilidade adotado pelo Decreto é amplo e envolve um macro sistema, desde via de acesso, calçada, terminal, veículo até capacitação de pessoal. (SILVA, 2010) 
Inclusão 
Consiste em tornar toda a sociedade um lugar viável para a convivência entre pessoas de todos os tipos e inteligências na realização de seus direitos, necessidades e potencialidades.
Um dos problemas que os cadeirantes enfrentam é a questão do preconceito, muitos não os respeitam, como foi relatado por um dos cadeirantes, “Em muitos lugares as pessoas fingem que não estão mim vendo para não ceder seus lugares. O descaso ainda é muito grande”. A inclusão social dos portadores de deficiência física é um grande desafio. 
Segundo Sassaki (2003), para a construção de uma verdadeira sociedade inclusiva deve-se prestar mais atenção à linguagem, pois, é por meio desta que se dá a comunicação e se expressa, voluntariamente ou involuntariamente, o respeito ou a discriminação em relação às pessoas com deficiências. A terminologia correta é extremamente importante quando se trata de assuntos tradicionalmente carregados de estigmas, preconceito e estereótipos. Para o autor, palavras como: aleijado, defeituoso, incapacitado, inválido, entre outras, já estão fora de uso e trazem consigo uma forma preconceituosa ou sentimento de pena. Foi a partir de 1981, por meio da influência do Ano Internacional da Pessoa Deficiente, que se começou a utilizar a expressão “pessoa deficiente”. 
Uma sociedade inclusiva não admite preconceitos, discriminações, barreiras sociais, culturais e pessoais. Isto significa possibilitar à pessoa deficiente, respeitando as necessidades próprias da sua condição, o acesso aos serviços públicos, aos bens culturais e aos produtos decorrentes do avanço social, político, econômico e tecnológico da sociedade. 
Deficiência 
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), constata-se que no Brasil, existem milhares de pessoas que apresentam ao menos um dos quatro tipos de deficiência – física, auditiva, visual e mental. No levantamento realizado pelo IBGE, através do Censo de 2000, revela que no Brasil existiam na época 24,6 milhões de pessoas com pelo menos uma das deficiências identificadas, o que correspondia a 14,5% da população brasileira, que era de 169,8 milhões de pessoas.
O mesmo levantamento destaca, também, que em relação à deficiência física os homens eram os mais atingidos, embora o percentual fosse considerado pequeno por representar apenas 0,9% da população. Sendo que estes números não consideraram as pessoas com mobilidade reduzida, mas apontaram que 8,6% da população total eram pessoas idosas. E, ainda, projetava que 15% da população brasileira estariam com idade superior a 60 anos em 2025. 
Este censo também aponta que nove milhões de pessoas com deficiência estavam trabalhando, e que as pessoas com incapacidade física ou motora representavam 24,8% em relação à inserção no mercado de trabalho. 
Considerando que estes dados ainda estejam defasados, pois não houve nenhuma atualização destas informações oficializada pelo IBGE até o presente momento, ainda assim é possível evidenciar a importância sobre a acessibilidade para as pessoas com deficiência, pois seu número em relação à população total brasileira é consideravelmente significativo. 
Principais causas da deficiência física 
Existem várias causas, entre elas: Acidentes de trânsito; Acidentes de trabalho: devido principalmente à falta de condições de trabalho, à negligência dos trabalhadores quanto ao uso de equipamentos adequados e etc. Erros médicos: embora de difícil constatação e comprovação, erros médicos podem levar pessoas a usar cadeiras de rodas ou outro tipo de equipamento; Paralisia infantil: apesar das campanhas de vacinação diminuir sensivelmente este tipo de doença; Violência urbana: tiros, facadas e o uso de outras armas têm deixado muitas pessoas deficientes físicas; Desnutrição (fome): quando ocorre na infância ou em períodos de gestação, as crianças não têm condições de desenvolver uma série de músculos, comprometendo de forma definitiva movimentos como o andar. 
Foi observado no questionário, que a causa das lesões da maioria dos deficientes foi acidente automobilístico, ou seja, atinge a medula espinhal e acaba perdendo a capacidade de mover os músculos e sentir em todas as partes do corpo abaixo do local da lesão. Isso tudo ocorre devido à imprudência no trânsito que está piorando a cada dia. 
As causas, assim como as consequências da deficiência, sejam no nível individual do portador

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