Buscar

2ª PEÇA CIVIL CONTESTAÇÃO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 9 páginas

Prévia do material em texto

Mm. Juízo da _ Var a Cível do Foro da Comarca de Bauru - Estado de São Paulo.
Autos: XXXXXXXXXXXXXX
VIAÇÃO METEORO LTDA, devidamente qualificada nos autos em epigrafe, por seu procurador firmatário, nos auto s da ação indenizatória qu e lhe move CAIPITA HORTALIÇAS ME, vem, à presença de Vossa Excelência, apresentar:
CONTESTAÇÃO
À presente demanda, fazendo -o forte no que dispõem os artigos 335 e seguintes do CPC, bem como o art. 30 da Lei n .º 9.099/95, pelos fáticos e jurídicos fundamentos adiante alinhados.
DAS PRELIMINARES
I. a) Da Impugnação ao Valor da Causa
Mm. Juízo da _ Var a Cível do Foro da Comarca de Bauru - Estado de São Paulo. Autos: XXXXXXXXXXXXXX VIAÇÃO METEORO LTDA, devidamente qualificada nos autos em epigrafe, por seu procurador firmatário, nos auto s da ação indenizatória qu e lhe move CAIPITA HORTALIÇAS ME, vem, à presença de Vossa Excelência, apresentar: CONTESTAÇÃO À presente demanda, fazendo -o forte no que dispõem os artigos 335 e seguintes do CPC, bem como o art. 30 da Lei n .º 9.099/95, pelos fáticos e jurídicos fundamentos adiante alinhados. I. DAS PRELIMINARES I. a) Da Impugnação ao Valor da Causa Em petição própria, n esta oportunidade, A Ré peticionária impu gna o valor à causa, pelo fato de o valor da causa ser diverso dos pedidos contido s na exordial, sendo necessário a fixação de valor certo.
O autor deu à causa o valor diverso, conforme se constata da inicial. Porém, a demanda é daquelas que se enquadram no artigo 2 92 inciso V e 322, do Código de Processo Civil:
Art. 292 . O valor da causa constará da petição inicial ou da reconvenção e será: V – na ação indenizatóri a, inclusive a fund ada em dano moral, o v alor pretendido; Art. 322. O pedido deve ser certo.
Requer que seja emendada a inicial.
b) Do Defeito de Representação
Dispõe o artigo 75 , VIII, do Có digo de Processo Civil, que as pessoas jurídicas serão representad as por quem os respectivos Estatutos designarem, ou, não os designando, por seus diretores.
Ocorre que não consta qu e os signatários das procurações, sejam realmente pessoas au torizadas a praticar tais atos, pois não existem n os autos, quaisquer documento s societários ou estatutários correspon dentes, até porque, à época da propositura da presente Ação
I ndispensável, pois, que o Autor regularize sua representação, juntando os documentos próprios ao presente caso.
Requer, portanto, qu e Vossa Excelência , com fundamento nos artigos 337, IX do Código Civil, combinado com o artigo 75 ,VIII do Código de Processo Civil, determine a suspensão do processo, marcando prazo razoável, para que o Autor venha sanar o defeito, sob pena de extinção do processo.
DOS FATOS
Alega o Autor que no dia 11/02/2017 o Autor, depois de feita suas entregas, retornava para Bauru/SP, dirigindo sua Pick-Up.
Neste dia chovia muito, deixando a estrad a escorregadia, e, também, havia muita neblina, dificultando a visão do Au tor, e que no KM 447 da rodovia BR -345, no município de Jaú/SP, Autor perdeu o controle do seu veículo em vista do ônibus ter invadido a contramão, o que o forçou a realizar uma mano bra brusca que causou a derrapagem e o impacto com o ôn ibus.
Devido ao impacto, o Autor sofreu várias lesões apresentando um corte na testa, fratura nas pernas e nos braços. O veículo pick -up ranger, com o impacto, ficou todo amassado, com danos no chassi e por toda a lataria.
Devido ao acidente o Autor se submeteu a cirurgias nos seus braços e pernas e to mar ponto s na sua testa, mas sua maior preocupação estava em o que fazer para sustentar sua família, pois este utilizava a caminhonete como fonte de renda, e trabalhava sozinho em sua empresa.
Eis o breve relato dos fatos narrados na exordial.
DO PREÂMBULO FÁTICO
No dia 11/02/2017, o sr. Barnabé retornava a Bauru/SP con duzindo a sua Pick-up, e quando trafegava na cur va do km 447 da rodovia BR -345, no município de Jaú /SP, o sr. Barn abé perdeu o con trole do seu veículo. Os pn eus traseiro s derraparam, e o veículo rodopiou po r sua pista, ficando atravessado na pista, mas não invadiu a preferencial.
No entanto, um ônibus da Viação Meteoro Ltda., ora Ré, que trafegava na pista contrária, assustou -se com a manobra efetuada pelo Senho r Barnabé, e pisou no freio. Como a pista estava escorre gadia e com um pouco de óleo, o motorista perdeu o controle do seu veículo e bateu de frente na pick-up Ranger.
Ou seja, Excelência, devido aos fatores diversos que influenciaram o acidente de transito aqui discutido, trata-se de um acidente com culpa concorrente, ou seja, ambos possuem culpa
Ainda, A po lícia tomou ainda o depoimento do motorista do ô nibus, que afirmou qu e invadiu a pista contrár ia em razão de tentar desviar do veículo que estava derrapan do e indo em sua direção. E posteriormente, no hospital, a polícia tomou o depoimento do sr. Barnabé, que afirmou que perdeu o controle do seu veículo.
A perícia que esteve no local foi inconclusiva, pois, como estava chovendo, não conseguiu colher as medidas das derrapagens, embora tenha reconhecido a invasão à outra pista, mas não conseguiu definir se esta ocorreu antes ou após o choque, ou seja, não há provas concretas que que o acidente o correu apenas po r parte da Ré.
Devendo a asseguradora do Autor arcar com as despesas sofridas por este.
DO DIREITO
 IV. a) Da Inexistência de dano Moral
A Requerente afirma qu e o evento danoso gerou prejuízos mora is, pela dificuldade que teve, depo is do acidente, em realizar atividade rotineiras, o que lhes causa consequente abalo psicológico, afirmando ser justa a indenização.
Porém, não são críveis tais prejuízos ante a din âmica do evento. A requerente não comprovou nenhuma circunstância qu e ultrapassasse o s meros aborrecimentos que devem ser tolerados na vida em comunidade e que não são capazes de produzir dor à alma e à personalidade do indivíduo.
Como sabido, o dano moral se caracteriza pela violação dos direitos integrantes da personalidade do indivíduo, atingindo valores internos e an ímicos da pessoa, tais como a dor, a intimidade, a vida privada, a honra, dentre outros.
Para restar configurado o dano moral mostra -se necessário um acontecimento que fuja à n ormalidade das relaçõ es cotidianas e interfira no comportamento psicol ógico da pessoa de forma significativa. As contr ariedades e os pr oblemas da vida em comunidade não podem redundar sempre em dano moral, sob pena de banalização do instituto.
Nesse sentido, a doutrina de Sérgio Cavalieri Filho:
“(...) Nessa linha de princípi o, só deve s er reputado co mo dano mora l a dor, vexa me, sofri mento o u hum ilhação q ue, fugindo à normalidade , interfira inten samente no comport amento p sicológico do indivíduo, causando-lhe aflições, angústia e de sequilíbrio em seu bem-estar. Mero dissabor, aborreci mento, mágoa, irritação ou sensibilidade exacerbad a estão fora da órb ita do dan o moral, porquanto, além d e fazer em parte da normalidade do nosso diaadia, no trabalho, no trânsito, entre os amigos e até no ambiente familiar, tais situaçõ es nã o são intensas e duradouras, a po nto d e ro mper o equilíbrio psi cológico do indivíduo. Se assim não se entender, acabaremos por banalizar o dano moral, ensejando ações judiciais em bus ca de inden izações pelos mais tr iviais aborrecimentos.(...)” 
Frisa-se que no s momentos em qu e foi oferecido au xilio para reparo da caminhonete, da part e autora, ela se recusou e surpreendentemente dias depois apareceu apresentando,apenas, o orçamento do conserto da caminhonete. 
Diante do qu e, entendendo os Requeridos pela inexistência de danos morais pelo simples a borrecimento e nenhum reflexo que pudesse afetar os direitos de personalidade da Requerente, pugna pela improcedência de tal pedido
b) Da Inexistência de dano Material
Alega o Autor que no dia 11/02/2017 o Autor, depois de feita suas entregas, retornava para Bauru/SP, dirigindo sua Pick-Up. 
Neste dia chovia muito, deixando a estrada escorregadia, e, também, havia muita neblina, dificultando a visão do Auto r, e que no KM 447 da rodovia BR-345, no município de Jaú/SP, Autor perdeu o controle do seu veículo em vista do ônibus ter invadido a contramão, o que o forçou a realizar uma manobra bru sca que causou a derrapagem e o impacto com o ôn ibus.
Ora Excelência, devido ao fato de o Autor perder o controle de eu veículo, o motorista do ônibus se viu o brigado a fazer u ma manobra a fim de tentar evitar o acidente, ou seja, por culpa de u m terceiro, o motorista do ônibus fez uma manobra, mas devido as condições da pi sta com óleo e chuva, o ônibus veio a invadir a pista contraria.
Outrossim, nota-se que n ão havia, no momento da colisão, nenhu m documento capaz de comprovar a culpa, apenas, do Requerido, não sendo possível a parte Autora alegar imprudência e negligência desse.
Verifica-se Excelência, que o Requerido jamais teve intenção de machucar a Reclamante, e percebe-se de forma clar a, pois apesar de saber da culpa concorrente, o Requerido não se preocupou com isso no momento da colisão, mas sim com o estado de saúde da parte A utora, tanto é que foi o próprio quem chamou o SAMU e lhe deu assistência em tudo que pode e que ela aceitou.
 A melhor do utrina e a jurisprudência pá trias ensinam que, em casos de culpa concorrente, os prejuízos devem ser rateados pelas pa rtes envo lvidas na proporção de sua culpabilidade. 
 Nesse sentido, vale transcrever as li ções de C unha Gonçalves e Aguiar Dias, citadas pelo ilustre Des. Sergio Cavalieri, ob. Cit. Págs. 46/47:
Havendo culpa concorrent e a doutrina e a jurisprudên cia r ecomendam dividir a indenização, não necessaria mente pela metade, como quer em alguns, ma s proporcional mente ao grau de cu lpabilidade de cada um dos envolvidos. Esta é a lição de Cunh a Go nçalves, citada por Silvio Rodrigues: “A melhor do utrina é a qu e propõe a p artilha dos pr ejuízos: em partes iguais, se forem iguais as culpas ou não for possível provar o grau de culpabil idade de cada um dos co -auto res; em partes proporcionais aos graus d e culpas, quando estas fore m desiguais. Note -se que a gravidade da cu lpa deve ser apre ciad a objetivament e, isto é, segundo o grau de causalidade do acto de cad a um. Tem - se objetado contra esta solução que ‘ de cada culpa po dem resultar efeitos mui 
diversos, razão por que não se deve atender à diversa gravidade das culpas’; mas é evidente que a r eparação não pode ser dividida com justiça sem se ponderar essa diversid ade.”(ob. Cit., p. 182) O m estre Aguiar Dias endossa esse entendi mento ao declarar, expressamente: “Quanto aos de mais do mínios da responsabilid ade civil, a culp a da vítima, quando con corre para a produção do dano, influi n a indenização, contribuindo p ara a repartição pr oporcional dos prejuízos “(Da Responsabilidade Civil, 5a ed., v. II/314, n. 22 1).
Pois bem, se não for esse o entend imento de V. Exa., é cediço qu e o valo r da indenização por danos materiais deve guardar correlação exata com a extensão dos danos causados, recompondo o patrimônio do lesado para que volte ao estado anterior ao evento danoso. A condenação em indenização superior ao efetivo prejuízo equivale a enriquecimento sem causa.
Se os danos morais devem ser arbitrados segundo critérios de forma prudente pelo julgador, valendo -se de critérios de ra zoabilidade, a indenização por danos materiais tem verdadeiro int uito de ressarcir, fazendo a es fera patrimonial voltar ao status quo ante.
Justifica-se, portanto, que o ressarcimento obedeça a critérios concretos e objetivos, exigindo prova efetiva da diminuição pa trimonial e de sua extensão, para que a indenização lhe seja equivalente, sen do ônus do autor comprovar esse prejuízo
A jurisprudência nas Cortes nacionais mostra -se pacífica quanto ao tema em questão, vejamos:
"Para viabilizar a pro cedência da ação de res sarcimento de prejuízos, a prova da existência do dan o efetivamente configur ado é pressupos to essencial e indispensáv el. Ainda mesmo que se comprove a vio lação de um dev er jurídico, e que t enha existido culpa ou dolo por parte do infrator, nenhuma indenização será devid a, desd e que, não tenha decorrido prejuízo. A sat isfação pela via judic ial, de prej uízo inexistente, implicaria, em r elação à parte adv ersa, em enriqueci mento se m causa. O pressuposto da r eparação civil está, não só na configuração de conduta contr a jus, mas também, na prova efetiva do ônus, já que se 
repõe dano hipotético." (STJ - 1º T. - Resp - Rel. Demócrito Reinaldo - j. 23.05.94 - R STJ 63/251).
Dessa forma, os Requeridos pugnam pela improcedên cia do pedido de dano material no valor de R$ 35.000,00 (trinta e cinco mil reais).
IV. c) Dos Lucros Cessantes
Relata o Autor que devido as lesões causadas ao Autor pela Ré, o Autor não pode trabalhar, deixando de ter seu faturamento mensal para seu sustento. 
Excelência, a parte A utora sequer comprovou , nos autos, o seu g anho mensal e tão pouco demonstrou que não há condições para tocar sua empresa, portanto, os lucros cessantes não podem ser presumidos, conforme nos traz a jurisprudência:
(TJ-SP - APL: 002244 49520078260482 SP 002 2444-95.2007.8.26.0482, Relator: J. Paulo Camargo Magano, Data de Julgamento: 25/02/2015, 26ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 27/02/2015)
APELAÇÃO CÍVEL - INDENIZAÇÃO - DANO S MORAIS - MATERIAIS - LUCROS CESSANTES - V ENDA PRECIPITADA DE BEM - AÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO EXT INTA - DEVER DE INDENIZAR CAR ACTERIZADO. - Quanto ao dever de indenizar, é necessário que existam três elementos essenciais: a ofensa a u ma norma preexistent e ou um erro de cond uta; um dano; e o nexo de causalidade entre u ma e outra. - A venda de bem objeto de a ção de Bus ca e Apreensão antes do trânsit o em julg ado da sentença é considerada precipitada e ilegal, caracterizando o ato ilícito. - Aquele que se vê priv ado de seu instr umento de trabalho utiliza do como meio d e sobrevivênci a pr ópria e su stento de família é assaz, po r si só, a ensejar dano de ord em moral a qualqu er ser humano. - O dano material é aquele que atinge o patr imônio da par te, capaz de ser mensurado finan ceiramente e indenizado. Portanto, é devido ao autor tão-somente a quilo que comprova que efetivamente pagou. - Os lucros cessantes não podem ser presumidos ou i maginários. Ao contrário, dependem da prova cabal da exist ência do dano efetivo. Tal prova não 
se faz por meio de depoimentos testemunhais. A prova hábil a apurar valores percebidos é documental ou p ericial, o que não há nos autos.
Assim sendo, n ão deverão os réus serem condenados ao pagamento de indenização por lucro s cessantes, vez que o Reclamante compro vou seus ganhos mensais muito menos que a empresa não poderá continuar funcionando.
IV. d) Da Inexistência de Danos Emergentes
Alega o Autor que zerou o seu faturamento, e f icou em dificuldades com o locador da loja, bemcomo com seus fornecedores, acu mulando um prejuízo de R$ 10.000,00.
Conforme já dito, o motorista do ônibus foi obrigado a fazer uma man obra a fim de tentar evitar um acidente, pois avistou a caminhonete do Autor perdendo o controle na pista.
Ora, se a culpa é exclu siva do Autor em provocar o acidente, devido ao fato de ter perdido o controle de s eu próprio veículo, não há o que se falar em indenização po r dano s emergentes, pois a obrigação com o locado r da loja e seus fornecedores é do pr óprio Autor e n ão da Ré, bem como o acidente foi ocasionado pela imprudência também do Autor.
Ante ao exposto, requer total improcedência dos pedidos de danos emergentes na exordial.
IV. e) Da Denunciação da Lide
Conforme o artigo 125 do Novo Có digo de Processo Civil, é po ssível às partes denunciar a lide nas seguintes hipóteses:
Art. 125. É admissível a denunci ação da lide, promovida por qualquer das partes:
I - ao alienante i mediato, n o processo relativo à coisa cujo domínio foi transferido ao denunciante, a fim de que po ssa exerc er os direitos que da evicção lhe result am; II - àquele que estiver obrigado, por lei ou pelo co ntrato, a indenizar, em ação regressiva , o prejuízo de quem for vencido no processo. (grifo noss o)
No caso dos autos, tem-se que o fundamento jurídico adequado para a pretensão do Requerido é o inciso II do refe rido artigo. Isso porque, caso Vossa Excelência entend a pela responsabilidade do Requerido para indenizar o Au tor pelos danos sofridos no acidente de trânsito, será demonstrado que o Requerido não teve culpa, ma s a penas agiu como agiu em decor rência do ato imprudente praticado pelo Autor.
Nesse ca so, portanto, numa eventu al procedência dos pedidos formulados na petição inicial pelo Autor, o Requerido teria direito à ação de regresso contra o denunciado, a fim de ser res sarcido pelos pr ejuízos qu e sofrerá p ara indenizar o Autor ao final da presente ação.
Assim, requer -se seja expedida a citação do Denunciado, para que, querendo, conteste a presente ação, nos ter mos do artigo 131 do No vo Código de Processo Civil.
IV. f) Da Recovenção
De acordo, com a lei 13.105/15, em seu art. 343, in verbis:
Art. 343. Na con testação, é lícito ao réu pr opor recon venção para manifestar pretensão pró pria, conexa com a ação pr incipal ou com o fundamento da defesa
Como amplamente demonstrado nesta respo sta, a culpa por todas as dificuldades financeiras que o Autor tem passado, após o acidente, é de culpa única e exclusiva deste e não da Ré.
Aliás, pelo contrár io, na via inversa, o Requerido deve ser indenizado material e moralmente pelo Autor, tendo em vista que, conforme pode ser verificado nas gravações a ser juntadas nessa contestação, logo após o acidente, o Requ erente proferiu diversas palavras de b aixo calão contra o funcionário da Requerida, na frente de diversas te stemunhas do acidente, cau sando um sofrimento psicológico ao motorista e difamando a empresa ora Ré.
Ou seja, n ão bastasse ter danificado o seu ônibus (na lateral), o Requerente ainda achou-se no direito de xingar e julgar o Requ erido, como se c ulpa tivesse pelo acidente.
Numa análise detalhada e con versando com testemunhas do acidente, o Requerido verificou que, além de não ter sido responsável pelo acident e, foi o Requerente que deu causa a ele. Ora, num dia chuvoso, em alta velocidade, como pode ser verificado nas alegações que o próprio Autor relatou na petição inicial, tem-se que o Requerente agiu com extrema imprudência.
V. DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer-se:
Que seja acolhido os pedidos preliminares, afim de o Autor regularizar o valor da causa da inicial, bem como venha sanar o defeito de representação, sob pena de extinção do processo;
O deferimento da denunciação à lide para a inclusão da Seguradora Trafegar S/A;
A total improcedência dos pedidos iniciais, bem como a procedência da reconvenção, para determinar a con denação do Ator no pagamento da indenização referente ao conserto do ônibus
A realização de audiência de conciliação, tendo em vista que possui interesse em resolver a situação amigavelmente;
Requer pela condenação do Autor em custas e honorários adv ocatícios conforme estabelecido nos artigos 82 e 85, ambo s do Código de Processo Civil; 
Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos;
Termos em que,
Pede deferimento.
Bauru, ...... de ................. de .................. 
P/p ........................................... 
OAB ...............................

Outros materiais