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* * Microbiologia dos Canais Radiculares * * Introdução Cavidade oral : 700 espécies (Socransky et al., 1990) Canal radicular : 200 espécies (Siqueira Jr, 1997) * * Introdução Diversidade de microbiotas em toda extensão bucal - Superfícies mucosas lisas Mucosa do dorso da língua Superfície dental sadia Superfície dental cariada Sulco gengival sadio Gengiva inflamada Bolsa periodontal * * MODIFICAÇÕES DA MICROBIOTA VIDA INTRAUTERINA - A boca é isenta de micro-organismos LOGO APÓS O NASCIMENTO - Colonização por micro-organismos provenientes das pessoas que estão em contato * * MODIFICAÇÕES DA MICROBIOTA P. gingivalis P. intermedia APÓS A ERUPÇÃO DOS DENTES - Sulco Gengival : Micro-organismos anaeróbios * * MODIFICAÇÕES DA MICROBIOTA ADULTOS PORTADORES DE TODOS OS DENTES - 1ml de saliva = 100 milhões de micro-organismos APÓS PERDA DE DENTES - A microbiota persiste nas regiões providas de dentes * * Histórico Antony Leeuwenhoek (1683) – microscópio caseiro Miller (1890) – polpas dentais gangrenosas William Hunter (1911) – Teoria da infecção focal (dentes infectados causariam infecções em outros órgãos) Möller (1966) : coleta de material, transporte e cultivo * * Polpa Viva Pequena quantidade de micro-organismos Dor causada por estímulos mecânicos e químicos * * Polpa Viva A contaminação começa normalmente pelos cornos pulpares * * Polpa – Contaminação microbiana Cárie Fraturas - Trincas de esmalte * * Polpa – Contaminação microbiana Trauma : rompimento do feixe vasculonervoso Túbulos dentinários - Preparos protéticos - Bolsas periodontais * * Localização Microbiana Polpa necrosada Bacilos Espiroquetas Cocos Fungos * * Localização Microbiana Paredes dos canais radiculares (formando biofilmes) Túbulos dentinários Lesões perirradiculares * * Fontes de Nutrição Degradação do tecido pulpar Fluidos teciduais Exsudato inflamatório (tec. perirradiculares) * * Nutrientes Necessários Fontes de Carbono Aminoácidos Nitrogênio Vitaminas Glicoproteínas Ácidos Graxos * * Infecção Endodôntica Primária Infecção inicial A microbiota varia de acordo com o tempo de infecção O número de espécies varia de 1 a 12 (Sundqvist, 1976) * * Infecção Endodôntica Primária Composição (DrucKer et al., 1992) Fusobacterium Prevotella Porphyromonas Streptococcus Actinomyces Peptostreptococcus Campylobacter Propionibacterium Eubacterium * * Infecção Endodôntica Secundária Nova infecção Micro-organismos que não estavam presentes na infecção primária Os micro-organismos penetram no canal durante a terapia, entre as sessões ou após a conclusão do tratamento * * Infecção Endodôntica Persistente Causada por micro-organismos que resistiram à terapia endodôntica Enterococcus, Actinomyces, Candida albicans, Staphylococcus, Pseudomonas * * Candida albicans Percentual de 7% (Waltimo et al, 1997) 40% em abscessos dento alveolares de dentes decíduos (Terheyden et al, 1997) * * Enterococcus sp. Anaeróbios facultativos Crescem em extremos de temperatura Compõem a microbiota do trato geniturinário, gastrintestinal e cavidade oral * * Enterococcus sp. Acesso à cavidade oral * * Enterococcus sp. Agentes Etiológicos de Infecções Sistêmicas Infecções hospitalares Endocardites Infecções do trato urinário * * Enterococcus sp. Infecção Endodôntica Primária Baixa prevalência em estudos recentes (Métodos de cultivo) GOMES et al. (2006) – 4% SEDGLEY et al. (2006) – 10,2% FERRARI et al. (2005) – 13% * * Enterococcus sp. Insucesso da terapia endodôntica (Métodos de cultivo) MÖLLER (1966) – 29% MOLANDER et al. (1998) – 32% PECIULIENE et al. (2000) – 70% * * Andrade et al, 2011 Tabela 1 - Percentual de isolamento de Enterococcus sp em pacientes portadores e de dentes com canais com necrose pulpar por gênero/dente. Gênero / Nº de dentes1 Culturas positivas para Enterococcus sp. Percentual de isolamento Feminino – 43 19 44,18% Masculino – 27 16 59,25% Total – 70 35 50,00% 1As coletas de material foram obtidas de um (01) dente por paciente. * * Espécies de Enterococcus identificadas Mejare (1975) : E. faecalis, E. faecium Ferrari et al. (2005) : E. faecalis, E. faecium, E. casseliflavus Andrade et al.(2011):E. faecalis, E. faecium, E. durans * * Periodontite Apical Aguda Dor intensa, espontânea e localizada Edema inflamatório - lig. periodontal Bacilos produtores de pigmento negro (BPPN) – 25% a 50% Gêneros Prevotella e Porphyromonas, em casos de dor à percussão (Haapasalo et al, 1993) * * Abscesso Perirradicular Agudo Aumento da intensidade de uma periodontite apical aguda Desenvolvimento de exsudato purulento Streptococcus, BPPN e Fusobacterium (Brook et al, 1986) * * Todas as fases da terapia são muito importantes Acesso coronário – Remoção total de cárie Desinfecção do dique de borracha Controle Microbiano * * Invadem túbulos dentinários Formam biofilmes Resistência às pastas de hidróxido de cálcio – possuem bomba de prótons (Mc Hugh, Zang & Michalek, 2004) E. faecalis * * Auxilia a instrumentação Deve penetrar em toda a extensão do canal Utilizado como coadjuvante na inibição da bomba de prótons Fatores importantes : frequência de irrigação e volume Hipoclorito de Sódio * * Permanece mais tempo no interior do canal Maiores chances de atingir áreas não afetadas pela instrumentação e pela substância química auxiliar Medicação Intracanal * * Paramonoclorofenol Canforado Atividade antimicrobiana por contato direto Pela ação dos vapores liberados * * Hidróxido de Cálcio Atividade antimicrobiana (pH = 12,8) Formação de barreira mineralizada * * Hidróxido de Cálcio - Muitos micro-organismos sobrevivem até um pH = 9 - E. faecalis, Candida albicans e Actinomyces radicidentis podem sobreviver em pH = 11,5 * * *
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