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PROCESSUAL CIVIL I – PROF. HARTMANN Página 1 
 
PROCESSUAL CIVIL I – PROF. HARTMANN 
DIREITO DE AÇÃO: O direito de ação é livre, desde que haja legitimidade e interesse, 
dessa forma pode ser provocado o Estado Juiz, que é o direito de ação, o litigio deve 
ser resolvido com base no principio da congruência (julgar nos limites) (art. 482 do 
CPC). 
A ação tem seus elementos próprios para distinguir essa de outras ações, os 
elementos são: 
1- Partes 
2- Pedido 
3- Causa de pedir 
Art. 485, V – não pode haver duas ações com a mesma finalidade (causa de pedir), ou 
seja, idêntica, pois se isso ocorrer acontece a litispendência. 
Após ser provocado o Estado Juiz, tudo estiver dentro do tramite correto, o réu é 
citado (chamado) e dai se seguem os procedimentos comuns (salvo especial quando a 
lei prever). Apresenta a defesa, após apresenta delação probatória (produção de 
provas). 
JURISDIÇÃO: Poder de efetivar o direito. 
Ações estrangeiras devem ser homologadas para valerem no Brasil, no STJ com 
exceções de algumas ações que não podem ser homologadas, ex: ação sobre imóvel 
só pode ser julgada pelo Brasil ou sobre assuntos que a nossa lei não permite sendo 
assim a jurisdição Brasileira pode ser exclusiva ou concorrente (no estrangeiro quando 
a lei permitir e tendo assim a homologação de decisão estrangeira – STJ), art. 109, X 
CF/88. 
ARTIGOS NO NCPC JURISDIÇÃO. 
Art. 23 do CPC – jurisdição exclusiva brasileira 
I – Imóveis, II sucessão hereditária, III – divorcio, partilha de bens. 
Art. 21 e 22 do CPC – jurisdição concorrente – realizada no estrangeiro. 
COORPORAÇÃO INTERNACIONAL – art. 26 a 41 do CPC são regidas por tratados 
no qual o Brasil faz parte. 
Art. 28 do CPC – auxilio direto – não passa pelo judiciário, pois é um ato 
administrativo é resolvido por atos diplomáticos. Há sua exceção e também pode ser 
solicitado por medida jurisdicional, porém é solicitado a AGU e depois que é aprovada 
é passado ao Juiz Federal para cumprir (art. 28 a 34 do CPC). 
 
 
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Art. 35 do CPC – CARTA ROGATÓRIA – é recebido no STJ. É passado por um 
“filtro”, que é o juízo de deliberação para verificar se está “ok” e caso esteja, o STJ 
pede ao Juiz Federal da 1º vara para cumprir-se (exequatur). São para assuntos 
jurisdicionais que se pede a carta rogatória. (tradicionalmente utilizada entre países). 
CARTA PRECATÓRIA – utilizada dentro do país. 
AUXILIO DIRETO – ato administrativo, não passa pelo STJ, às vezes nem pelo 
judiciário. 
➢ CAMINHO A SER PERCORRIDO PARA SABER A COMPETÊNCIA: 
JUSTIÇA: Jurisdição Estadual / Federal / Nacional / Interna / Residual vai para o 
Estado. 
FORO (BASE TERRITORIAL): Comarca (Capital) / Seção judiciaria / Estado / 
Município. 
 JUIZO: Vara ou juizado / VEP: vara criminal, civil, família. 
• STF – órgão superior ultima instância: 
• TST – Trabalhista 
• TER – Eleitoral 
• STM – Militar 
OBS: art. 109, §3º da CF/88 
COMARCA: um por munícipio / estado (depende do tamanho populacional). Caso o 
advogado faça requerimento de abertura de processo no juízo errado, ocorre um 
declínio e deve ser enviado ao juizado competente. 
SOBRE O FORO EM CONTRATO DE CONSUMIDOR: Lei 8.078/90 CDC a lei 
protege o consumidor e diz que a demanda pode ser proposta em seu domicilio 
(contratos adesão seus limites). 
OBS: Foro sobre processo contra a União art. 109, §3º CF/88, o autor escolhe em que 
foro quer propor a ação contra União. 
➢ RELAÇÃO DE DIREITO MATERIAL – CRITÉRIOS (VARIA COM O CASO) 
1- Pessoa – contra quem? Ex: União, CEF, Correios. 
2- Material – se é trabalhista, consumidor, previdenciário. 
3- Local – onde ocorreu o fato ou onde se estiver definido. 
4- Valor $ - dependendo do valor se define qual o juízo, vara. 
Os caminhos acima devem ser verificados para saber o caminho adequando que se 
deve seguir para propor ação, se é justiça federal, se é na seção, em qual juízo, qual 
ação jurisdicional, além dos critérios acima os matérias há os funcionais (doutrina). 
CRITÉRIOS FUNCIONAIS DURANTE O PROCESSO – são os limites medida 
jurisdição. 
 
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COMPETÊNCIA FUNCIONAL HORIZONTAL: EX: duas varas, uma no RJ e uma em 
SP, uma de origem, mas a outra vara é quem inquere as testemunhas através de 
carata rogatória, isso se dá devido a funcionalidade do processo. OBS: a competência 
para julgar o processo é sempre da vara de origem. 
COMPETÊNCIA FUNCIONAL VERTICAL: quando o processo está na fase de 
recursos e o processo vai para tribunais e esse tem competência para julgar a devida 
fase em que está o processo. 
OBS: Para maiores celeridades nos julgamentos dos casos há uma vara especifica 
para cada assunto. Salvo quando é vara única, e esta resolve todas as ações devida a 
quantidade populacional ser menos. 
➢ CONFLITOS DE COMPETÊNCIA 
POSITIVO: dois Juízes querem “ficar” com o processo, dizem ter a competência para 
julgar. 
NEGATIVO: nenhum dos Juízos quer julgar. Nesse caso deve-se pedir suscito do 
conflito (declínio) 
SUSCITAR O CONFLITO: quando há o declínio e o Juiz que recebe o caso da outra 
vara (que estava incorreta) não quer receber o processo, esse conflito deve ser 
resolvido, através de instauração, ocorre o suscito. Isso vai variar de acordo com o 
caso, pode ser para o TJ (1º Vara Civil) ou STF; TRF 1º vara. 
OBS: Isso não vale para juizados, nesse caso não há o suscito, o processo se 
extingue logo. 
JUIZADO ESPECIAL FAZENDÁRIO: até 60 salários mínimos para julgamento Lei 
12.153/40. 
JUIZADO ESPECIAL FEDERAL: até 60 salários mínimos para julgamento Lei 
10.259/01. 
JUIZADO ESPECIAL: até 40 salários mínimos para julgar (até 20 salários mínimos 
não precisa de advogado). 
➢ COMPETÊNCIA: MEDIDA OU LIMITE DE JURISDIÇÃO 
A JURISDIÇÃO BRASILEIRA É EXCLUSIVA: Havendo um litigio de imóveis situado 
no Brasil apenas a jurisdição brasileira poderá definir o proprietário. 
Pode ser que um país estrangeiro não reconheça. 
A sentença estrangeira para ter validade, eficácia ela depende de um processo no 
Brasil, processo chamado homologação de decisão estrangeira, inicia o processo 
perante o STJ de Brasília, sendo gerado o efeito no Brasil e sendo cumprida na 
Justiça Federal de 1º grau (art. 965 e 966 do CPC, C/C com art. 109, X da CF/88). 
 
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➢ COMPETENCIA ABSOLUTA E RELATIVA 
PRINCÍPIO DA CONGRUÊNCIA: O juiz decide no limite da provocação. 
FORMA DE SOLUCIONAR UM LITÍGIO: É provocar o Estado Juiz, da forma como 
você provocar o Estado Juiz tem que prestar jurisdição. Ex: pedir dano material ele irá 
julgar o pedido de dano material, não se pode dar algo diferente do que foi pedido. 
ART. 109, §3º DA CF/88 – compete aos Juízes processar e julgar (define justiça, foro 
e juízo para chegar órgão adequado). 
ABSOLUTA: o nome diz por si só, só ele é competente para resolver tal caso. EX: 
processar a União só pode ser na Justiça Federal. Art. 109, X da CF/88 
OBS: INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA: quando aquele processo deveria ocorrer em tal 
jurisdição e não ocorre é muito grave, o Juiz reconhece essa incompetência a 
qualquer momento e deve informar ao autor do ocorrido e perguntar por que foi feito 
na competência errada ou a parte prejudicada sabendo dessa incompetência pode 
reclamar. O processo pode até terminar por isso se extingue no caso do Juizado, já 
nas varas em regra ocorre o declínio, o Juiz que não é competente envia o caso para 
um Juiz que seja competente, porem caso haja conflito deve-se haver o suscito de 
conflito de competência, e um órgão maior define quem ficará com o processo. OBS: 
exceção art. 292, §3º do CPC. 
RELATIVA: As partespodem declinar (pois há opção) demais de uma competência e 
ela pode ser escolhida pelas partes (nos casos em que a lei permitir). 
INCOMPETÊNCIA RELATIVA: As partes elegem o foro de eleição, porem um deste 
entra com o processo no foro errado, à parte que se sente prejudicada tem o dever de 
contestar, de informar o Juiz sobre esse conflito para ser resolvido, caso contrario 
ninguém se manifeste o processo seguira no foro inicial e não mais poderá ser 
mudado, ele se prorroga. 
Foro eleição: base territorial (comarca). 
COMPETÊNCIA DE JUIZO: Esta é absoluta, não pode mudar o Juízo. 
PERPETUATIO JURISDICTIONIS: Em regra, o processo que está todo correto, seu 
juízo, seu foro, este deve permanecer para sempre na vara em que o processo se 
inicia. Salvo se a vara / órgão foi instinto, assim o processo deve ser redistribuído. Ex: 
modificação de competência. 
➢ CAUSAS MODIFICAÇÃO DA COMPETÊNCIA 
CONTINÊNCIA: Art. 56 do CPC (litispendência parcial) uma ação é proposta, porém 
na troca de um advogado, o novo advogado decide que o pedido no processo anterior 
não constava tudo que o cliente tenha direito, porém ele já não pode mais alterar esse 
pedido pois o processo está em fase final e não pode mais ser alterado, sendo assim o 
novo advogado resolve propor uma nova ação das mesmas partes, causas, porém o 
novo pedido será diferente. Nesse caso ocorre a continência, pois o processo anterior 
 
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estava na 1º vara e nesse novo processo está na 2º vara, porém, de acordo com o 
CPC estes processos devem ser reunidos e o competente para julgar é o juizado 
inicial, no caso 1º vara. Esse é o prevento, o 1º que foi distribuído – art. 59 do CPC. 
CONEXÃO: ART. 55 DO CPC: Risco de decisão contraditória. É o mesmo contrato, 
mesma relação e tem esse risco de decisão, sendo assim, esses processos devem ser 
reunidos e quem deve julgar é o prevento, o 1º distribuído. 
PREVENÇÃO ART. 59 DO CPCP. 
ART. 329 DO CPC – Diz até que parte pode ser modificado o processo. 
➢ PRESSUPOSTOS DO PROCESSO 
EXISTÊNCIA: Deve haver as partes, ou seja, deve ter um autor e um réu; tem 
capacidade de direito. 
VALIDADE: Ser válido juridicamente, é algo deve ser capaz que pode ser 
judicialmente cobrado, é o direito cap. Juízo. 
CAPACIDADE PROCESSUAL: Capacidade de as partes terem o contrato com o Juiz, 
ex: as partes necessitam do advogado, necessidade de alguém qualificado para 
“prestar” essa ajuda a uma das partes. 
POSTULATÓRIA: OBS: Há exceções, mas na maioria das vezes a parte precisa do 
advogado, exceção: habeas corpus. 
SUSPENSÃO DO PROCESSO: Se faltar algum dos pressupostos acima, pela parte 
do autor (ex: perda da capacidade de ser parte - morte), perda da capacidade (a 
pessoa ficou doente mental), ou o advogado abandone o processo, nessas situações 
é dado um prozo para regularizar e se não for feito esse procedimento o processo fica 
suspenso. 
SUSPENÇÃO NO CASO DO RÉU: Caso ocorra algum dos procedimentos acima o 
réu tem um prazo para regularizar se não regularizar o processo continua. Pois o réu 
pode agir de má-fé, ex: destituiu o advogado para suspender o processo, porém como 
réu isso não acontece o processo continua e o réu não é mais citado. 
ART. 109 DO CPC – Sucessão Processual (vendeu direito litigioso) 
PARTES DO PROCESSO: 
1 – Autor 
2 – Réu 
3 – Poderes do juiz – art. 139 do CPC (disciplina os poderes do Juiz) 
Causas de impedimento – art. 144 do CPC (grave parente). 
Causas de suspeição – art. 145 do CPC (15 dias). 
 
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Como argui os pedidos acima – art. 146 do CPC. 
4 – Auxiliadores da Justiça – Oficial de Justiça, peritos técnicos, conciliadores, 
mediadores. 
5 – Ministério Público – art. 176 ao 181 do CPC 
Promotor de Justiça – Estado 
Procurador da Republica – Federal 
6 – Advocacia Pública – art. 182 a 184 do CPC, atua para Fazenda Pública (para 
União, Estado, Município). 
7 – Defensoria Pública – art. 185 a 187 do CPC, Federal, Estadual. 
➢ LITISCONSORCIO: Fenômeno processual que consiste na pluralidade de 
partes em uma lide. 
QANTO AO POLO: 
• Polo Ativo – mais de um (1) autor. 
• Polo Passivo – mais de um (1) réu. 
• Polo Misto – mais de um (1) autor, mais de um (1) réu. 
QUANTO AO MOMENTO: 
• ORIGINÁRIO: Se forma desde o início do processo. 
• SUPERVENIENTE: Aquele que se forma no meio do processo. 
QUANTO ABRIGATÓRIEDADE: 
• FACULTATIVO OU NÃO ORIGINÁRIO: Ocorre da vontade das partes – ART. 
113 do CPC. 
• NECESSÁRIO OU OBRIGATPORIO: No qual todos os litisconsorte devem 
estar presente, sob pena de inexistência jurídica, ineficácia ou nulidade 
absoluta, seguindo diferentes correntes doutrinarias. 
QUANDO O LITISCONSORCIO É NECESSÁRIO? Quando a lei estabelece. 
COMUM OU SIMPLES: Quando a decisão proferida pelo Juiz pode ser diferente para 
cada um dos litisconsortes – art. 117 do CPC / 151. 
ESPECIAL OU UNITÁRIO: No qual a decisão do Juiz necessariamente será igual 
para todos os litisconsortes em função da natureza da relação jurídica. 
AÇÃO CHAMADA OPOSIÇÃO – ART. 682 A 686 DO CPC. 
É a proposta contra o autor e o réu em processo pendente, antes de proferida a 
sentença, afirmando seu, no todo ou em parte, o direito ou a coisa da qual discutem. 
 
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Se o autor não cumpri a alteração o processo será extinto com sentença normativa. 
Art. 485 do CPC. 
Ex: Casamento: litisconsórcio necessário, polo passivo “marido e esposa” a relação 
jurídica é... 
LITISCONSÓRCIO MULTITUDINÁRIO: É um litisconsórcio de multidão, no polo ativo, 
normalmente é por afinidade. Art. 113 do CPC. 
ART. 113, §1º DO CPC: Estabelece que o Juiz poderá limitar o litisconsórcio 
facultativo quanto ao número de litigantes na fase de conhecimento. 
ART. 113, §2º DO CPC: Diz que o interessado pode pedir a limitação. 
ART. 229 DO CPC: Pode ter o prazo em dobro, mas se for advogado do mesmo 
escritório, não haverá prazo em dobro. 
Se o processo for eletrônico, mesmo que o réu tenha dois advogados não será prazo 
em dobro. 
➢ INTERVENÇÃO DE TERCEIROS – ART. 119 DO CPC. 
- Assistência 
- Denunciação da Lide 
- Chamamento ao Processo 
- Incidente da Desconsideração da Pessoa Jurídica 
- Amicus Curiae 
OBS: Incidente da Desconsideração da Pessoa Jurídica (art. 10 da lei 9.099/09 C/C 
com art. 1.062 do CPC). 
ASSISTÊNCIA SIMPLES: Um terceiro que ingressar no processo para ajudar uma 
das partes (réu ou autor), este deve ter um interesse jurídico em que uma das partes 
seja vencedora no processo. 
Não basta o interesse afetivo ou econômico do terceiro, pois isso não justifica a sua 
intervenção ativo ou passivo pode ser a qualquer tempo e em qualquer grau e 
jurisdição tem declínio. 
Agravo de instrumento art. 1.015, IX se esse pedido de assistência não for deferido 
cabe recurso do agravo. 
Juizado Especial não cabe intervenção de Terceiro. 
INTERVENÇÃO ANÔMOLA: lei 9.469/97 (intervenção da União) 
 
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ASSISTÊNCIA LITISCONSORCIAL – ART. 121 DO CPC: Um terceiro que ingressa 
quando está em litisconsorcial sucessão do processo. 
INCIDENTE DA DISCONSIDERAÇÃO DA PESSOA JURIDICA – ART. 133 – 137 DO 
CPC: Empresas criadas com intuito de cometer ilícito, realizar fraudes. Nesse caso 
você afasta a pessoa jurídica para atingir o patrimônio do sócio que deve responder 
por essa dívida (lembrando isso é exceção, pois o patrimônio da pessoa jurídica não 
se confunde com o da pessoa física, todavia em casos de fraude o patrimônio dos 
sócios deve ser atingido sim). 
O sócio não é tratado como réu de inicio é feito um procedimento para verificar se ele 
temculpa ou não, se sim é considerado réu, se não ele nem chega a ser processado. 
OBS: DESCONSIDERAÇÃO INVERTIDA: também ocorre, é quando o sócio coloca 
seu patrimônio em nome da pessoa jurídica para se “safar” dos credores, se resolve 
por decisão interlocutória, cabe agravo de instrumento art. 1.015, IV, IX, se 
reconhecida a desconsideração o sócio vira réu. 
AMICUS CURIE (AMIGO DA CORTE) ART. 138 DO CPC: Aparece um terceiro 
desinteressado que quer ajudar no debate do tema com os envolvidos no processo, 
debate com o Juiz, com o réu e com o autor, não está ali para defender nenhum lado e 
sim de forma democrática tentar chegar num consenso comum que seja a melhor 
opção para a sociedade. Democracia participativa, por exemplo, nos casos de ação 
direta de inconstitucionalidade, um terceiro envolvido pede a inconstitucionalidade de 
tal lei que tenha pena de morte, isso pode ocorrer em caso de guerra, logo é 
inconstitucional. 
Não há recurso!!! Exceção de embargo de declaração (quando a decisão é omissa, 
não atendeu) 
CHAMAMENTO AO PROCESSO – (OBRIGAÇÃO SOLIDÁRIA) ART. 130 – 132 DO 
CPC: Mesmo vinculo obrigacional, no caso A, B e C. 
A pode cobrar só de B ou só de C ou cobrar em face de ambo. Nesse caso, o devedor 
solidário pode chamar o outro ao processo. 
Isso é bem incomum no dia a dia (nunca visto na prática) 
Art.. 130 do CPC – muito importante. 
Esse chamado gera um litisconsórcio. 
➢ DENUNCIAÇÃO DA LIDE – ART. 718 DO CPC 
DIREITO DE REGRESSO: Um processo entre A e B, em que A pede seu direito de 
propriedade, esse pedido é julgado procedente, porém B que tem todos os 
documentos que de fato teria aquela propriedade, já que comprou de C e nessa 
situação pede o direito de regresso ao terceiro que é o C e também será julgado 
procedente, pois C estava errado. Isso pode ser feito no mesmo processo, todavia é 
de forma facultativa, cabe ao réu apurar a denunciação da lide ou não. 
 
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OBS1: Caso o autor faça a denunciação da lide, deve ser na petição inicial, todavia, 
não é algo comum. Réu apresenta denunciação na contestação. OBS2: Caso o autor 
perca a ação, a sentença se torna definitiva (art. 487 do CPC), dessa forma, o réu já 
não terá mais que reclamar sobre esse regresso, visto que ele ganhou o processo, tão 
logo, essa denuncia está resolvida, não é nem julgado, pois já houve a análise de 
mérito na primeira questão (art. 129 paragrafo único do CPC), ação denunciação. 
EVICÇÃO: Só se permite duas denunciações da lide no mesmo processo, ou seja, 
uma única denunciação sucessiva art. 125, §2º do CPC. 
DENUNCIAÇÃO DA LIDE: Persaltum – não existe possibilidade do primeiro réu ao 
último denunciado da lide, ex: C pedir direito de regresso direto ao E, não pode por 
que C e E não tem vínculo nenhum, logo não pode ser de forma direta. Logo C deve 
pedir direito de regresso a D primeiramente, e de forma sucessória e uma única vez, D 
pode pedir esse direito de regresso a E, ou seja, não cabe persaltum. 
EXEMPLOS DENUNCIAÇÃO DA LIDE: 
EVICÇÃO / Acidente de veiculo (A e B), B tem o seguro (C, que é o terceiro e tem 
uma relação jurídica contratual com B), EXCEÇÃO – nesse caso para agilizar o 
processo, a seguradora C, vira litisconsorte e dá o direito de regresso direto ao autor. 
Autor e réu – principal e seguradora – litisconsórcio. 
OBS: Não há denunciação na lide em caso de processo que estejam em juizados, 
pois não tem custa processual, mas não cabe regresso. 
A única intervenção que há em juizado é no caso de desconsideração de pessoa 
jurídica. 
➢ PRICÍPIO DA LIBERDADE DE FORMA DOS ATOS PROCESSUAIS 
PROCESSUAL ART. 188 DO CPC: É o primeiro que diz que caso não esteja 
especificado em lei a forma que o ato deve ser então ele é livre. 
Se a lei estabelece forma, o advogado deve respeitar, senão estabelecer a forma é 
livre. 
PRICÍPIO DA PUBLICIDADE ART. 189 DO CPC: Qualquer ação processual (que não 
esteja em segredo de justiça) é publico. Ex: Audiência qualquer um pode participar, 
pois é uma audiência pública. 
OBS: Qualquer advogado, promotor, defensor pode ter acesso, manusear qualquer 
processo (que não esteja em sigilo) mesmo que estes operadores não tenham 
procuração, porém, não podem retirar o processo do cartório sem autorização. 
PRICÍPIO DA DOCUMENTAÇÃO: De Forma eletrônica ou média física. OBS: O 
idioma nacional que deve ser usado nos processos, a não é aconselhável a usar 
mesmo que seja uma simples expressão, se for um paragrafo, uma folha, todo o texto 
terá que ser traduzido para o idioma nacional. 
 
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➢ FORMA DOS ATOS PROCESSUAIS 
TEMPO PARA A PRÁTICA DO ATO PROCESSUAL – ART. 212 DO CPC: Dias úteis 
(que funcione a Justiça) das 06:00 às 20:00 horas; exceção após as 20:00 horas 
audiência pode ultrapassar. 
ATO PRATICADO POR MEIO ELETÕNICO: Pode ser até às 00:00 hora do dia 
(ressalva que não consta no CPC). 
PLANTÃO JUDICIÁRIO: Depende de como eles determinam seus horários. Mas 
também é uma ressalva que não está no CPC, mas que também pode ser praticado 
ato processual. 
LUGAR PARA A PRÁTICA DO ATO PROCESSUAL – ART. 217 DO CPC: Em regra 
é praticado no Juízo, porém tem suas exceções. Ex: por motivo de DEFERÊNCIA – 
são cargos que tem grande importância “autoridade” e tem muitos assuntos 
importantes para resolver e não pode comparecer a audiência na data solicitada, 
então o Juiz pergunta qual dia e horário que eles podem comparecer ou que pode os 
receber e combinam o local e data melhor. 
Ex: Por motivo de obstáculo a testemunha está doente, então o Juiz vai até a 
testemunha. 
PRAZO PROCESSUAL – ART. 218 DO CPC: Período de tempo compreendido entre 
o termo inicial até o termo final, não o ultrapassando. Se você perder um prazo ocorre 
a preclusão temporal (ex: tinha que contestar em 15 dias e não o fez, ocorre a 
preclusão e ainda ocorre à revelia, nesse caso de contestação). EXCEÇÃO – OBS 1: 
Para tentar a devolução do prazo, deve solicitar uma justa causa, ou seja, um 
acontecimento inesperado e imprevisível o fez perder o prazo se tiver como provar 
você pode solicitar a devolução do prazo por justa causa. OBS 2: Pode antecipar o 
prazo do ato processual, ex: Acidente último dia do prazo. 
OBS: ART. 218, §3º - Se a lei não fixar o prozo o Juiz pode fixar o prazo, se ninguém 
o define, o prazo será de 5 dias para qualquer alto. 
CONTAGEM PRAZO – ART. 219 DO CPC: Começa a contar no próximo dia útil ao 
recebimento, por exemplo, da intimação – ex: prazo 10 dias recebeu intimação 
dia01/10 – segunda feira começa a contar no 02/10 terça feira chegando à sexta feira 
para a contagem por causa do final de semana retomando a contagem no primeiro dia 
útil após sábado e domingo até chegar o ultimo dia do prazo. (OBS: só são 
computados os dias úteis para contagem de prazo no Processo Civil, já para o 
Processo Penal são contados dias corridos). 
SUAPENSÃO PRAZO PROCESSUAIS – ART. 220 DO CPC: 20 DE Dezembro à 20 
de Janeiro, depende do ramo Judiciário – Lei para servidor 20/12 à 07/01 – dia 08/01 
volta a trabalhar, porém o prazo não começa a contar neste dia, somente dia 20/01, 
neste período os prazos ficam suspensos. 
 
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➢ TIPOS DE CLASSIFICAÇÃO DE PRAZO 
PROZAO PRÓPRIO: Dirigido para as partes, se não for observado gera atos 
(consequência dentro do processo), pode ocorrer à preclusão, pode ir a revelia. 
PROZO IMPRÓPRIO: Dirigido para os operadores da Justiça (servidor Juiz), ex: prazo 
para Juiz proferir uma sentença – 30 dias uteis art. 226, III do CPC. OBS: Juiz pode 
dobrar o prazo art. 227 do CPC (denuncia CNJ nesse caso), pode gerar consequência 
administrativapara o servidor Juiz. 
PRAZO PEREMPTÓRIO: Aquele que não pode ser mexido, não pode ser mudado. 
Não está no código, mas se estende que é para algo mais importante mais “nobre”. 
PRAZO DILATÓRIO: Aquele que pode ser estendido pode ser aumentado. 
Geralmente são para aquelas questões menos “nobres”, mais comuns. Ex: entregar 
um contrato social em 3 dias e você não consegue entregar, e antes do prazo final 
você pede a extensão para 10 dias, ocorre o prazo dilatório. 
➢ COMUNICAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS – ART. 236 DO CPCP 
Comunicação entre órgãos Jurisdicionais por meios de atos: Cartas (art. 237 do CPC) 
carta rogatória – entre países; carta precatória – entre órgãos de mesma hierarquia; 
carta de ordem – ordenada por um órgão jurisdicional superior, Supremo se dirige a 
um Juiz de 1º grau para cumprir, há uma hierarquia a se cumprir; carta arbitral – o 
arbitro solicita a um órgão competente para executar seu pedido. Pois o arbitro só 
decide, mas não pode cumprir, deve pedir ao Judiciário. 
ART. 206 – 268 do CPC: Mais temas relativos a essas cartas. 
➢ DEMAIS COMUNICAÇÕES – SUJEITOS DO PROCESSO 
CITAÇÃO: Ato pelo qual o réu passa integrar o processo, somente quando é citado – 
art. 238 do CPC. 
OBS: Não necessariamente deve ser réu para ser citado, pode ser um terceiro, um 
executado ou réu mesmo. 
➢ MODALIDADES DE CITAÇÃO (ATO EXTREMAMENTE FORMAL) 
 
❖ PESSOAIS: Presume-se que o réu tomou conhecimento. 
POSTAL: E regra via AR. 
OFICIAL DE JUSTIÇA: OBS. Incapaz só pode por oficial de justiça. 
ELETRÔNICO: Geralmente com grandes litigantes CEF, União (no caso Justiça 
Federal) há na justiça estadual para grandes bancos. 
 
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ESCRIVÃO / CHEFE DE SECRETÁRIA: quando a pessoa vai ao cartório verificar se 
tem algo em seu nome (por que achou na internet, pesquisando no google ou teve 
informação que tinha algum processo). 
❖ FICTAS 
EDITAL: Não tem como ter certeza que se tomou conhecimento, é publicado no diário 
oficial, jornal de grande circulação. 
OBS: Primeiro deve-se tentar localizar o réu pessoalmente, esgotando os meios de 
comunicação pessoal. O réu deve estar em local inacessível. Isso nos termos do art. 
256 do CPC. 
HORA CERTA: Quando o oficial vai até o local e não localiza o réu, porém desconfia 
de que o réu esteja se escondendo, o oficial volta lá mais 3 vezes e na ultima tentativa 
ele informa a pessoa que diz que o réu não está lá que voltará em determinado dia e 
hora e se o réu não estiver lá ele poderá ser considerado citado. Art. 252 do CPC. 
Como nesses casos não há como se ter certeza que o réu foi citado, deve-se 
apresentar um curador (espécie de defensor público) para responder. 
OBS 1: O réu pode nomear um procurador para receber citação em seu nome 
(geralmente advogado não tem esse poder). 
OBS 2: Em regra o réu deve ser citado pessoalmente caso não consiga pode ser de 
forma ficta Ele também pode ser antecipar se já tiver conhecimento do processo e 
comparecer. 
INTIMAÇÃO: Dar ciência a alguém de algo ou para fazer algo P. R. I. – publique, 
registra-se e intima-se. Art. 269 – 275 do CPC. 
➢ PRECLUSÃO: Perda da faculdade de praticar o ato. 
PRECLUSÃO TEMPORAL: Perde o prazo, o tempo para praticar o ato. Ex: você tem 
15 dias para realizar a contestação, porém só contesta 16º dia, ocorreu a preclusão 
temporal. 
PRECLUSÃO LÓGICA: Pratica um ato que antes já tinha praticado e foi incompatível. 
Ex: Realiza um pagamento que já estava de acordo e depois quer recorrer desse ato 
que foi praticado em concordância, ou seja, cumpriu e não reclamou agora o novo ato 
precluiu. 
Salvo se depositado em juízo, cumpre, mas com ressalvas de que não está 
concordando com aquela decisão, ai sim pode recorrer. 
PRECLUSÃO CONSUMATIVA: Não se pode praticar o ato por que ele já se 
consumou, já foi realizado de outra maneira. Ex: Apresentar uma contestação no 2º 
dia, sendo que tinha 15 dias de prazo e para complementar essa contestação ele 
apresenta uma nova, mesmo que dentro do prazo essa nova contestação não é valida, 
ocorreu à preclusão consumativa. 
 
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➢ VICIO DOS ATOS PROCESSUAIS – ART. 276 A 283 DO CPCP. 
CONCEITO DE SENTENÇA: ART. 203, §1º DO CPC. 
ART. 489 DO CPC: Estabelece a estrutura do processo. 
RELATÓRIO: Explica todo o processo (exceção são os juizados que não precisa de 
relatório). 
FUNDAMENTAÇÃO: Explica o motivo que foi julgado em favor do réu ou do autor. 
CONCLUSÃO DO JUIZ: Dispositivo. 
ATO PROCESSUAL: è um ato jurídico se existe requisitos, verifica se tem validade e 
verifica se ele gera efeitos no processo. 
O ato tem o relatório, a fundamentação e o dispositivo (que diz a sentença). 
CITRA PETITA: Recurso – algum dos pedidos não foi analisado. Nesse caso pode 
solicitar o citra petita. Isso é um vício. 
OBS 1: Quando acontece um recurso e é aceito, os efeitos da sentença são 
suspensos, mas isso não é um vicio, é um ato ineficaz, mas não se considera vício. 
OBS 2: Não quer dizer que são vícios, mas é bom evitar algumas meras 
irregularidades, como usar muitas expressões em outras línguas, realizar a petição por 
exemplo com letras amarelas, vermelhas, etc. 
INEXISTÊNCIA (VICIO MAIS GRAVE) – Ex 1: Sentença sem dispositivo – Pode ser 
reconhecido a qualquer momento, devido a sua gravidade (não há preclusão, pode ser 
reconhecido a qualquer momento). 
Ex 2: Litisconsórcio Necessário – Quando não colocam algum dos sujeitos que 
eram necessários ao processo, esse sujeito pode tentar reconhecer a falta de citação 
de seu cliente, pois ele deveria ter sido citado, logo o dispositivo está incompleto, 
faltou a citação, está inexistente, pois todo o processo está contaminado, todos os 
atos posteriores estão viciados. Atos que não preclui, art. 280 do CPC. 
Art. 281 do CPC – devido a sua gravidade. 
NULIDADE: Vício mens grave. Ex: Um promotor deve ser citado para comparecer a 
um processo e o Juiz não faz a citação, aí ocorre um vício. Geralmente pode ser 
alegado durante todo o processo, mas após coisa julgada não se tem mais o que 
recorrer. 
OBS: PRINCÍPIO DA INSTRUMENTALIDADE – ART. 277 DO CPC: É quando ocorre 
um vício “relevável” e o Juiz pode aceitar esse vício, pois mesmo com o “erro” se foi 
atingido o objetivo então o Juiz pode aceitar. 
 
 
PROCESSUAL CIVIL I – PROF. HARTMANN Página 14 
 
➢ TUTELA PROVISÓRIA – ART. 294 A 311 DO CPC. 
PROTEÇÃO PROVISÓRIA: Não é algo definitivo, vai durar só por algum tempo, tem 
as duas espécies. (no inicio do processo em regra) 
 ANTECIPADA – ART. 303 E 304 DO CPC. 
URGÊNCIA – figura da Liminar 
 CAUTELAR – ART. 305 A 310 DO CPC. 
EVIDÊNCIA – ART. 311 DO CPC: Casos em que o Juiz ao olhar um processo vê uma 
sentença favorável ou não ao autor, e como o processo ainda está em andamento ele 
não pode dar a sentença, então ele pode deferir a tutela provisória. 
Ex: O réu está “enrolando” muito e o Juiz, percebe uma evidência e dá a tutela 
provisória favorável do autor. 
❖ Geralmente não se aplica em Juizado especial. 
ASPCTOS DO PEDIDO DE TUTELA – Você deve verificar se os três requisitos abaixo 
são validos: 
1) Probabilidade de Direito – A pessoa tem esse direito. 
2) Risco de Dano – Se não deferir pode prejudicar. 
3) Revisão dos Efeitos da Divisão – Se o pedido estiver incorreto pode haver o 
“retorno” do efeito que tinha sido deferido. 
 
➢ PETIÇÃO INICIAL – ART. 319 DO CPC: Peça que abre o processo. 
PETIÇÃO DE EXECUÇÃO – ART. 708 DO CPC: Requisitos. 
Petição inicial viciada ou nula. 
Se for físico será furado na lateral• - Cabeçalho. 
• - Indicação do Juízo. 
• - Indicar a pessoa do Juiz. 
• - Nome do cargo do Juiz. 
Tem petição que é indicada ao escrivão. 
A petição é direcionada ao órgão, mas tem que fazer a indicação. 
• Se for Estadual – Juiz de Direito. 
• Se for Trabalhista – Juiz do Trabalho. 
• Comarca. 
• Seção Judiciaria e o Estado inteiro. 
 
PROCESSUAL CIVIL I – PROF. HARTMANN Página 15 
 
Depois que faz o endereçamento dá-se um espaço de um palmo para iniciar a 
petição. 
QUALIFICADORA DAS PARTES: Nome, estado civil, endereço, profissão. Ex: se 
for militar o ofício seguira para o quartel, a indicação da profissão também pode 
ser caso de aferir gratuidade da ação. 
O NOVO CPC PEDE ENEREÇO ELETRÔNICO: a citação por meio eletrônico vem 
acontecendo com os grandes litigantes. 
DAR UM NOME A PETIÇÃO INICIAL: Não está na lei, mas geralmente se nomeia 
a inicial, ex: ação de cobrança, ação de danos morais e etc. 
O servidor que está distribuindo vai classificar procedimento comum, execução. 
ART. 319, II – QUALIFICANDO O RÉU: não coloque ação contra réu e sim contra 
o Estado. O litigio é em face do réu. Ex: em face de fulano, CPF, etc. 
ART. 319, III – FATO E OS FUNDAMENTOS DO PEDIDO: É comum a menção 
aos fatos dos fundamentos jurídicos que aquilo que aconteceu gerou uma lesão ao 
direito da parte, você precisa os artigos para o Juiz “Iura Novit Curia” traduz-se no 
dever que o Juiz tem de conhecer a norma jurídica e aplicá-la. 
Ser mais objetivo (quando a questão fática permitir) nos fatos, nada de colocar 
muita ementa. 
VALOR A CAUSA É REGULADO CONFORME ART. 292 DO CPC. 
ART. 292, III DO CPC – O Juiz corrigirá de ofício e por arbitra mente ( não tem 
recurso para o valor da causa). 
ART. 292 DO CPC – O valor da causa constará na petição. 
Se for valor muito alto, você pode pedir gratuidade, mas o Juiz pode avaliar. 
ART. 292, V – Dano moral, o valor pretendido e também o valor da causa. 
EMENDA DA PETIÇÃO INICAL – ART 321 DO CPC: Algum vício que pode ser 
regularizado o Juiz ao verificar que a petição inicial não preenche os requisitos do art. 
319 e 321 do CPC ou que apresenta defeito irregular. 
PARAGRAFO ÚNICO ART. 321 DO CPC: O juiz pode rejeitar 
➢ DOS PEDIDOS – ART. 322 A 329 DO CPC. 
PEDIDO CERTO = EXPRESSO – Ex: Eu quero dano moral – art. 322 do CPC. 
PEDIDOS IMPLICITOS – É aquele que mesmo que não esteja na inicial o Juiz deve 
reconhecer dar expressamente “esse direito”. Ex1: Sucumbência – custas e 
honorários, mesmo que na inicial não solicitasse isso. Ex2: Ação devida de 
 
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R$500.000,00 o Juiz deve realizar a correção monetária, juros, deve incluir na 
sentença na forma de ofício art. 322 e 323 do CPC. 
OBS: O ideal é o pedido estar completo, expresso, porém, há casos em que fica algo 
implícito e o Juiz deve reconhecer esse direito (mas não é certo que ele reconheça). 
PEDIDO DETERMINADO – Aquele em que você delimita o que pretende. Ex: Quero 
um valor de R$500.00,00 de danos morais, é um caso determinado o que você quer 
(essa é a regra). 
PEDIDO GENÉRICO – Aquele em que você consegue determinar um valor é algo que 
está “em aberto” sobre o valor, indefinido. As contas devidas não consegue ser 
quantificadas. Ex: Você só coloca um valor simbólico para unificar o pedido e atender 
ao art. 319 do CPC. 
Ex: Casos de cobrança que realmente não tem como saber qual será o valor da 
causa. 
OBS: Isso é exceção, casos específicos – art. 324, §1º. 
ART. 330 DO CPC – CAUSAS DE INDEFERIMENTO: Um dos casos é você solicitar 
como pedido genérico quando na lei consta que deve ser um pedido determinado. 
Até quando o autor pode alterar o pedido art. 329 pode ser mudado enquanto o réu 
não for citado ao processo. 
CUMULAÇÃO DE PEDIDOS – ART 327 DO CPC: É a solicitação de vários pedidos 
no mesmo processo respeitando as exigências do art. 327 do CPC. EX: dano moral 
com material pessoa física, uma coisa é verificar a competência. Se os pedidos são 
competentes. Ex: Vara de família e previdência, não pode ser no mesmo Juízo 
(também verifica se o procedimento é o mesmo, ex: processo comum com comum). 
➢ FASES DO PROCESSO: 
1. Petição Inicial 
2. Citação 
3. Ação de Conciliação e Mediação 
4. Recurso 
5. Saneamento (art. 357 do CPC) 
6. Ação de Instrução e Julgamento 
7. Sentença 
 
 
➢ INDEFERIMENTO PETIÇÃO INICIAL E IMPROCEDÊNCIA LIMINAR DO 
PEDIDO – ART. 330 DO CPC. 
SENTENÇA TERMINATIVA – ART. 485 DO CPC: A sentença do Juiz acaba com 
o processo, mas não diz de quem é o mérito “quem ganhou”, o processo tem um 
vicio e não pode ser resolutivo, não pode prosseguir e se extingue o processo. 
Vicio formal. 
 
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SENTENÇA DIFINITIVA – ART. 487 DO CPC: Quando a sentença é proferida pelo 
Juiz com o mérito quem “ganhou”, o processo é resolvido. Pode recorrer, mas se 
não o fizer o processo está resolvido coisa julgada. Material: não pode repetir a 
mesma ação. 
Nos casos de sentença terminativa, se encaixa os artigos 330 e 332 do CPC, 
indeferimento sem procedência liminar. 
DISTRIBUIÇÃO: Dirigida – acontece na sentença definitiva art. 286, II do CPC. 
ART. 485, §8º do CPC – Quando ele desiste o Juiz fica impedido de avaliar. 
SENTENÇA DE MÉRITO: Ela é definitiva. Ex: art. 487, II do CPC, quando Juiz 
extingue por prescrição. 
INDEFERIMENTO DA PETIÇÃO INICIAL – ART. 330 E 331 DO CPC: Quando 
tem vício grave e às vezes não tem vício, mas está prescrito. 
SÚMULA VINCULANTE: no caso de indeferimento. 
OBS: ART. 331 do CPC – o Juiz pode se retratar quando indeferimento o 
advogado realiza a apelação, nessa apelação, o Juiz pode reconhecer que estava 
errado e se retratar ou se retratar a apelação segue para os Tribunais. 
IMPROCEDÊNCIA LIMINAR: Gera sentença definitiva com base no art. 487 do 
CPC. 
OBS: pode ocorrer a improcedência de indeferimento parcial – não há uma 
sentença há uma decisão interlocutória. 
➢ SUSPENÇÃO E EXTINÇÃO DO PROCESSO – ART. 313 DO CPC. 
ART. 313, §3º DO CPC: Morreu o advogado do autor, suspendo o processo por 15 
dias para nomeação de outro advogado, não ocorrendo à nomeação o processo se 
extingue (sentença terminativa). 
Morreu o advogado do réu, suspende o processo por 15 dias para nomeação de outro 
advogado, não ocorrendo à nomeação segue o processo e vai a revelia. 
ART. 313, I DO CPC: O processo fica suspenso por um tempo. Ex: uma das partes do 
processo vem a falecer, nesse caso é necessário se regularizar essa situação, então o 
Juiz deve informar um prazo razoável. 
ART. 313, II DO CPC: Pela convenção das partes. Ex: As partes resolvem “tentar” um 
acordo e resolvem parar o processo para tentar chegar a uma solução. Esse prazo 
pode ser de até 6 meses. 
ART. 313, III DO CPC: Pela arguição de impedimento ou de suspenção quando as 
partes arguir que o Juiz está impedido. Ex: É um caso em o juiz está num processo do 
 
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seu empregado a essa causa de suspeição, uma das partes é amiga intima do Juiz se 
a arguição for deferida o Juiz é trocado, se não for o processo segue normal. 
ART. 313, V DO CPC: Quando há dois processos e deve-se aguardar a resolução de 
um processo primeiro, para depois julgar o outro, nesse caso fica suspenso. É quando 
há uma questão prejudicial no outro processo. Ex: Paternidade e ação de alimentos. 
ART. 313, VI DO CPC: Força maior, evento inesperado. 
ART. 313, VII DO CPC: Não é jurisdicional, mas o tribunal marítimo pode resolver 
alguns assuntos que lhe cabe melhor resolver, nessa situação pode ficar suspenso, 
devido à competência. 
ART. 313, VIII DO CPC: ART. 916, 921 do CPC – outros exemplos queo código 
define. 
OBS: Se o processo está suspenso não se pode ter nenhuma ação (ato), salvo em 
caso emergencial. Ex: Ação de alimentos, o Juiz pode definir o aumento da pensão 
devido a sua urgência. 
ART. 316 DO CPC – EXTINÇÃO DO PROCESSO: Pode ser sem analise do mérito, 
uma sentença terminativa art. 485 do CPC ou com analise do mérito sentença 
definitiva art. 487 do CPC. 
ART. 485, I DO CPC: Refere ao art. 330 do CPC. 
ART. 485, II DO CPC: Por mais de um ano. 
ART. 485, III DO CPC: Abandonado pelas partes por mais de um ano. 
ART. 485, IV DO CPC: Pressuposto Processual. 
ART. 485, V DO CPC: Perempção, exercício abusivo de direito, o tema coisa julgada 
anterior (entrou, perdeu o processo e entra novamente com a mesma ação). 
ART. 485, VI DO CPC: Legitimidade ou interesse (falta) 
ART. 485, VII DO CPC: Convenção de arbitragem, o Juiz não pode julgar devido no 
contrato constar essa clausula. 
ART. 485, VIII DO CPC: Quando desiste da ação (Juiz homologa), pode entrar com o 
novo processo. 
ART. 487 DO CPC: Hipótese (sentença de mérito / sentença definitiva). 
ART. 487, I DO CPC: Julgo procedente – entra no mérito da questão. 
ART. 487, II DO CPC: Prescrição e decadência. 
ART. 487, III DO CPC: Homologando renuncia, transação entre as pastes, homologa e 
acaba o processo.

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