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PROCESSO CIVIL - 2 BIMESTRE

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MÓDULO 6. COMPETÊNCIA 
AULA 1. 
LIMITES DA JURISDIÇÃO NACIONAL E DA COOPERAÇÃO INTERNACIONAL – ART. 
21 E SEGUINTES DO CPC 
· Um sistema jurisdicional de um país pode pretender julgar quaisquer causas que sejam propostas 
perante os seus juízes. No entanto, o poder de tornar efetivo aquilo que foi decidido sofre limitações, 
porque existem outros Estados, também organizados, que não reconheceriam a validade ou a eficácia 
da sentença em seu território, não permitindo, pois •. a sua execução. 
· A competência internacional visa, portanto, a delimitar o espaço em que deve atuar a jurisdição, na 
medida em que o Estado possa fazer cumprir soberanamente as suas sentenças. 
· Quando se fala em competência internacional, cogitam-se as hipóteses em que a jurisdição estatal 
pode ou não atuar. Por isso há quem utilize a expressão competência de jurisdição. 
· Assim, a competência internacional brasileira diz quais as causas que deverão ser conhecidas e 
decididas pela justiça brasileira. 
1. COMPETENCIA INTERNACIONAL CONCORRENTE OU CUMULATIVA – ART. 21 E 22 
CPC 
• ART. 21 – é concorrente porque não importa a nacionalidade da parte (inciso I), ou onde a 
obrigação foi contraída (inciso II) 
Art. 21. Compete à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações em que: 
I - O réu, qualquer que seja a sua nacionalidade, estiver domiciliado no Brasil; 
II - No Brasil tiver de ser cumprida a obrigação; 
III - o fundamento seja fato ocorrido ou ato praticado no Brasil. 
Parágrafo único. Para o fim do disposto no inciso I, considera-se domiciliada no Brasil a pessoa jurídica 
estrangeira que nele tiver agência, filial ou sucursal. 
• ART. 22 – Ação de alimentos; ações decorrentes de relação de consumo, quando o consumidor 
tiver domicilio no Brasil; ações em que as partes expressamente se submeteram a jurisdição 
nacional (arbitragem nacional, por exemplo). 
Art. 22. Compete, ainda, à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações: 
I - De alimentos, quando: 
a) o credor tiver domicílio ou residência no Brasil; 
b) o réu mantiver vínculos no Brasil, tais como posse ou propriedade de bens, recebimento de renda ou 
obtenção de benefícios econômicos; 
II - decorrentes de relações de consumo, quando o consumidor tiver domicílio ou residência no Brasil; 
III - em que as partes, expressa ou tacitamente, se submeterem à jurisdição nacional. 
 
2. COMPETENCIA INTERNACIONAL EXCLUSIVA – ART. 23 CPC 
• Causas que apenas os Tribunais Brasileiros podem julgar 
• Sentença estrangeira proferida nestas hipóteses, não produz qualquer efeito no território 
brasileiro – não há como homologa-la 
• Ver casos artigo 23: 
Art. 23. Compete à autoridade judiciária brasileira, com exclusão de qualquer outra: 
I - Conhecer de ações relativas a imóveis situados no Brasil; 
II - Em matéria de sucessão hereditária, proceder à confirmação de testamento particular e ao 
inventário e à partilha de bens situados no Brasil, ainda que o autor da herança seja de 
nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do território nacional; 
III - em divórcio, separação judicial ou dissolução de união estável, proceder à partilha de bens 
situados no Brasil, ainda que o titular seja de nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora 
do território nacional. 
• Não cabe foro de eleição internacional, para alterar as regras de competência exclusiva (art, 
25, §1º CPC). 
3. COMPETENCIA CONCORRENTE E LITISPENDENCIA – ART. 24 CPC 
• Para dar ênfase a supremacia da jurisdição nacional em face da estrangeira, o art. 24 do CPC 
dispõe que a ação intentada pelo tribunal estrangeiro não induz litispendência, ou seja, não 
impede que a autoridade judiciária conheça da mesma causa. 
Art. 24. A ação proposta perante tribunal estrangeiro não induz litispendência e não obsta a que a 
autoridade judiciária brasileira conheça da mesma causa e das que lhe são conexas, ressalvadas as 
disposições em contrário de tratados internacionais e acordos bilaterais em vigor no Brasil. 
Parágrafo único. A pendência de causa perante a jurisdição brasileira não impede a homologação de 
sentença judicial estrangeira quando exigida para produzir efeitos no Brasil. 
 
4. ELEIÇÃO DE FORO EXCLUSIVO ESTRANGEIRO – ART. 25 CPC 
• Valoriza a autonomia da vontade das partes. Se estas escolherem o foro estrangeiro como 
competente, o Brasil não poderá julgar a causa (fórum shopping ou fórum non conveniens). 
Art. 25. Não compete à autoridade judiciária brasileira o processamento e o julgamento da ação quando 
houver cláusula de eleição de foro exclusivo estrangeiro em contrato internacional, arguida pelo réu na 
contestação. 
§ 1º Não se aplica o disposto no caput às hipóteses de competência internacional exclusiva previstas 
neste Capítulo. 
§ 2º Aplica-se à hipótese do caput o art. 63, §§ 1º a 4º. 
 
5. COOPERAÇAO INTERNACIONAL – ARTS. 26 A 41 DO CPC 
• Através da cooperação jurídica internacional, realizam-se atos de colaboração extraterritorial 
entre Estados Soberanos para a proteção e realização de direitos 
• ART. 26 – princípios gerais aplicáveis a cooperação 
• ART. 27 – rol exemplificativo 
• Há cooperação jurisdicional internacional em se tratando de carta rogatória ou de homologação 
de sentença estrangeira 
• Carta Rogatória: Meio de comunicação entre órgãos jurisdicionais brasileiro e estrangeiro, 
podendo ter por objeto a realização de citação, intimação, notificação judicial, colheita de 
provas, obtenção de informações e de cumprimento de decisão interlocutória, sempre que o ato 
estrangeiro constituir decisão. 
 
AULA 2. 
CRITÉRIOS ESPECÍFICOS DE DEFINIÇÃO DE COMPETÊNCIA 
A jurisdição estatal é exercida em todo o território nacional. Todavia por questão de melhor eficiência 
e, pela impossibilidade de 1 juiz exercer tal poder em todo o território nacional, se faz necessária a 
distribuição de atribuições dos juízes, de acordo com os limites definidos em lei. 
1. CRITÉRIOS DETERMINATIVOS DE DISTRIBUIÇÃO DA COMPETENCIA: 
 As regras de distribuição servem para concretizar a competência onde há mais de um juízo e foram 
criadas para fazer valer o princípio do juiz natural – que é, sobretudo, o juiz legalmente competente. 
Concretiza-se, assim, a competência, de forma equânime, sem que se defira as partes a possibilidade de 
optar pelo órgão julgador de sua preferência 
→ CRITÉRIO OBJETIVO: EM RAZÃO DA MATERIA, PESSOA E VALOR DA CAUSA 
a) Competência em razão da pessoa: a fixação da competência tendo em conta as partes envolvidas 
(rationae personae). O principal exemplo de competência em razão da pessoa é o da vara privativa da 
Fazenda Pública, criada para processar e julgar causas que envolvam entes públicos. Há casos de 
competência de tribunal determinada em razão da pessoa, como prerrogativa do exercício de algumas 
funções (mandado de segurança contra ato do Presidente da República é da competência do STF, por 
exemplo: art. 102, I, "d", CF /1988). 
b) Competência em razão da matéria: a competência em razão da matéria é determinada pela natureza 
da relação jurídica controvertida, definida pelo fato jurídico que lhe dá causa. Assim, é a causa de pedir, 
que contém a afirmação do direito discutido, o dado a ser levado em consideração para a identificação 
do juízo competente. É com base neste critério que as varas de família, cível, penal etc. são criadas. 
c) Competência em razão do valor da causa: há regras de competência: que são criadas a partir do 
valor da causa. O valor da causa é definido a partir do valor do pedido, um dos elementos da demanda. 
Um bom exemplo de competência em razão do valor da causa é a competência dos juizados Especiais. 
O art. 63 do CPC permite a modificação da competência em razão do valor da causa. Seria, portanto, 
um exemplo de competência relativa. É por isso que o sujeito pode optar por demandar ou não perante 
o juizado Especial Cível, no caso de urna demanda cujo valor é inferior ao do teto dosjuizados 
Especiais. 
No entanto, a questão não é tão simples. A competência dos juizados Especiais Federais, onde houver, 
é absoluta (art. 3º, § 32 , Lei n. 10.259/2001). O mesmo ocorre com os juizados Especiais Estaduais da 
Fazenda Pública (art. 22, § 4º, Lei n. 12.153/2009). 
d) competência funcional - A competência funcional - ou critério funcional de determinação da 
competência - relaciona-se com a distribuição das funções que devem ser exercidas em um mesmo 
processo. 
Competência em razão da função ou hierárquica) => define de acordo com as funções desempenhadas 
pelo órgão jurisdicional no processo, repartindo a competência em competência de 1º grau, recursal, 
para a execução etc. 
 
AULA 3. 
COMPETÊNCIA TERRITORIAL 
TUTELA DE CONHECIMENTO 
COMPETÊNCIA INTERNA: 
• FUNCIONAL: Art. 44. Obedecidos os limites estabelecidos pela Constituição Federal, a 
competência é determinada pelas normas previstas neste Código ou em legislação especial, 
pelas normas de organização judiciária e, ainda, no que couber, pelas constituições dos Estados. 
• TERRITORIAL: 
→ REGRA GERAL: Art. 46. A ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre 
bens móveis será proposta, em regra, no foro de domicílio do réu. 
▪ Mais de um domicílio = qualquer deles. 
▪ Domicílio incerto = onde for encontrado OU foro do autor. 
▪ Sem domicílio ou residência no Brasil = foro do autor. 
▪ 2 ou + réus = qualquer deles. 
→ REGRAS ESPECÍFICAS: Art. 47. Para as ações fundadas em direito real sobre 
imóveis é competente o foro de situação da coisa. 
▪ NÃO sendo propriedade servidão, posse, divisão/demarcação, nunciação 
de obra nova, vizinhança, pode ser domicílio do réu ou foro de eleição. 
→ Art. 48. O foro de domicílio do autor da herança, no Brasil, é o competente para o 
inventário, a partilha, a arrecadação, o cumprimento de disposições de última vontade, 
a impugnação ou anulação de partilha extrajudicial e para todas as ações em que o 
espólio for réu, ainda que o óbito tenha ocorrido no estrangeiro. Inventário, partilha, 
espólio do réu = domicílio do autor da herança. 
▪ Sem domicílio certo = situações dos bens 
▪ Sem domicílio certo e bens em lugares diferentes = local do óbito. 
→ Art. 49. A ação em que o ausente for réu será proposta no foro de seu último domicílio, 
também competente para a arrecadação, o inventário, a partilha e o cumprimento de 
disposições testamentárias. 
▪ Réu ausente = último domicílio. 
→ Art. 50. A ação em que o incapaz for réu será proposta no foro de domicílio de seu 
representante ou assistente. 
▪ Réu incapaz = domicílio do seu representante. 
→ Art. 51. É competente o foro de domicílio do réu para as causas em que seja autora a 
União. Parágrafo único. Se a União for a demandada, a ação poderá ser proposta no 
foro de domicílio do autor, no de ocorrência do ato ou fato que originou a demanda, 
no de situação da coisa ou no Distrito Federal. E art. 52. É competente o foro de 
domicílio do réu para as causas em que seja autor Estado ou o Distrito Federal. 
Parágrafo único. Se Estado ou o Distrito Federal for o demandado, a ação poderá ser 
proposta no foro de domicílio do autor, no de ocorrência do ato ou fato que originou a 
demanda, no de situação da coisa ou na capital do respectivo ente federado. 
▪ União/território autor, réu ou interveniente = fora da capital do Estado 
ou Território. 
→ Art. 53, I. É competente o foro: I - Para a ação de divórcio, separação, anulação de 
casamento e reconhecimento ou dissolução de união estável: a) de domicílio do 
guardião de filho incapaz; b) do último domicílio do casal, caso não haja filho incapaz; 
c) de domicílio do réu, se nenhuma das partes residir no antigo domicílio do casal; d) 
de domicílio da vítima de violência doméstica e familiar, nos termos da Lei nº 11.340, 
de 7 de agosto de 2006 (Lei Maria da Penha); 
▪ Separação, divórcio, anulação de casamento ou reconhecimento de união 
estável = foro do domicílio do guardião de filho incapaz, sendo 
inexistente, último domicílio do casal. 
→ Art. 53, II. de domicílio ou residência do alimentando, para a ação em que se pedem 
alimentos; 
▪ Ação de alimentos = foro do alimentado. 
→ Art. 53, III. do lugar: a) onde está a sede, para a ação em que for ré pessoa jurídica; b) 
onde se acha agência ou sucursal, quanto às obrigações que a pessoa jurídica contraiu; 
c) onde exerce suas atividades, para a ação em que for ré sociedade ou associação sem 
personalidade jurídica; d) onde a obrigação deve ser satisfeita, para a ação em que se 
lhe exigir o cumprimento; e) de residência do idoso, para a causa que verse sobre 
direito previsto no respectivo estatuto; f) da sede da serventia notarial ou de registro, 
para a ação de reparação de dano por ato praticado em razão do ofício; 
▪ Ré pessoa jurídica = lugar da sua sede. 
▪ Obrigações contraídas pela PJ = agência. 
▪ Ré sociedade sem personalidade jurídica = onde exerce sua atividade 
principal. 
▪ Cumprimento de obrigação = onde ela deve ser satisfeita. 
▪ Direito do idoso previsto do estatuto = residência do idoso. 
▪ Reparação de dano por ato de cartório = sede da serventia notarial. 
→ Art. 53, IV. do lugar do ato ou fato para a ação: a) de reparação de dano; b) em que for 
réu administrador ou gestor de negócios alheios; 
▪ Reparação de dano = lugar do ato ou fato. 
▪ Réu administrador/gestor de negócios alheios = lugar do ato ou fato. 
→ Art. 53, V. de domicílio do autor ou do local do fato, para a ação de reparação de dano 
sofrido em razão de delito ou acidente de veículos, inclusive aeronaves. 
▪ Reparação de danos em razão de delito ou acidente de veículo, inclusive 
aeronave = foro do domicílio do autor ou local do fato. 
 
AULA 4. 
CRITÉRIOS DE COMPETÊNCIA + CONEXÃO E CONTINÊNCIA 
CRITÉRIOS PARA DEFINIÇÃO DE COMPETÊNCIA 
a) Material (competência em razão da matéria): leva em conta a natureza da causa, ou seja, a 
qualidade da relação jurídica material. Exemplo: Questões de família, falência, registro público, 
criminais, etc. 
b) Pessoal (competência em razão da pessoa envolvida no litígio): causas que envolva a Fazenda 
Pública do Estado ou do Município; Justiça Federal nas causas em que a União esteja envolvida. 
c) Valor da causa: a competência se define de acordo com o valor que se atribui à causa no momento 
da propositura da ação (alterações posteriores não interferirão na competência que está perpetuada). 
d) Funcional (competência em razão da função ou hierárquica): define de acordo com as funções 
desempenhadas pelo órgão jurisdicional no processo, repartindo a competência em competência de 1º 
grau, recursal, para a execução etc. 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11340.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11340.htm
e) Territorial (ou de foro): causas distribuídas segundo a comodidade das partes ou pela facilidade do 
processo (artigos 46 ao 53, NCPC- os quais já estudamos). Leva em consideração o local onde a causa 
dever ser ajuizada. 
COMPETÊNCIA RELATIVA E ABSOLUTA 
COMPETÊNCIA ABSOLUTA = é tratada no artigo 62 do CPC, e dispõe que os critérios (material, 
pessoal e funcional) são de competência absoluta, com o intuito de atender interesse pública. Na 
competência absoluta, é vedado as partes modificar a competência. 
COMPETÊNCIA RELATIVA = é disposta no artigo 63 do CPC, e dispõe que os critérios de (valor da 
causa e territorial) são de competência relativa, com o objetivo no interesse pessoal/particular das partes. 
Aqui as partes podem convencionar foro diverso do disposto na regra geral. 
 
PRORROGAÇÃO DE COMPETÊNCIA: 
Ocorre quando se amplia a esfera da competência de um órgão judiciário para conhecer de certas causas 
que, ordinariamente, não estariam na esfera de sua atribuição. 
Ela poderá se dar de 2 formas: 
PRORROGAÇÃO VOLUNTÁRIA: 
a. Negócios jurídicos processuais – art. 78 CC/02 + Art. 190, CPC/15b. Quando o réu não alega a incompetência relativa no prazo da defesa. 
PRORROGAÇÃO LEGAL OU NECESSÁRIA: Decorre da lei que prevê a reunião de ações que 
tramitam em juízos diferentes, para julgamento perante o juízo prevento (ou seja, no juízo onde houve 
o protocolo ou a distribuição da petição inicial), a fim de se evitar decisões contraditórias. Lembrando 
que as partes apenas podem modificar a competência relativa. 
As hipóteses de prorrogação legal são: CONEXÃO E CONTINÊNCIA. 
CONEXÃO E CONTINÊNCIA: Artigos 55 e 56 do CPC/15 
CONEXÃO: Art. 55 do CPC/15 - Reputam-se conexas duas ou mais ações, quando lhes for comum o 
PEDIDO ou a CAUSA DE PEDIR. Também se consideram conexas as causas que guardam entre si um 
objeto de semelhança tal que justifique a reunião delas no mesmo juízo, a fim de se evitar decisões 
contraditórias e trazer efetividade e celeridade a prestação jurisdicional. 
CONTINÊNCIA: Art. 56 do CPC/15 - quando em 2 ou mais ações apresentarem mesmas partes e causa 
de pedir, mas o pedido de uma, por ser mais amplo, abrange o das demais. 
LITISPENDÊNCIA: Art. 485 do CPC/15 - quando em 2 ou mais demandas apresentam mesmas partes, 
pedido e causa de pedir. – 485 CPC. 
 
AULA 5. 
ORGANOGRAMA DE ESTRUTURA DO PODER JUDICIÁRIO 
 
 
QUESTIONÁRIO - MÓDULO 6. 
1. Joana e Maria se envolveram em um acidente de trânsito. Joana e Maria, ajuízam, de forma 
concomitante, ação de reparação de danos uma contra a outra. A ação de Joana foi ajuizada em 
12/06, e pleiteia que Maria repare dos danos materiais que teve em seu veículo. Já Maria, ajuizou 
sua ação, sobre os mesmos fatos, mas em 11/06, pedindo um ressarcimento em face de Joana, 
sobre os danos morais que sofreu em decorrência do acidente. Pergunta-se: 
a. Qual é o nome deste fenômeno? Indique com o artigo do CPC – conexão - 55 CPC 
b. Neste caso, quais são os critérios para se definir qual o juízo será o prevento para julgar 
esta demanda? 59 – Ação da Maria, e a ação da Joana será conectada com a da Maria, e ambas 
serão julgadas conjuntamente. 
2. Danilo tem um crédito em face de Vanessa, no valor de R$ 10.000,00, oriundo de um cheque, 
emitido por Vanessa. Em razão da ausência de pagamento, Danilo entra com Execução de título 
extrajudicial em face de Vanessa, no dia 20/05/2019. Todavia, em 15/04/2019, Vanessa ajuíza ação 
anulatória de título executivo, arguindo, em síntese, que teria sido coagida por Danilo a assinar o 
cheque. Pergunta-se: 
a. Qual é o nome deste fenômeno? Indique com o artigo do CPC – Continência – 56 CPC 
b. Neste caso, quais são os critérios para se definir qual o juízo será o prevento para julgar 
esta demanda? Art. 57 + 59 – Vanessa – e considerando que a ação dela é a mais abrangente, 
de acordo com o art. 57, a ação de Danilo será extinta sem resolução do mérito. 
 
3. Sobre o instituto da competência, responda: 
(as respostas devem conter a matéria (estadual, fazenda, federal ou JEC) e o foro (localidade): 
a. Lucia faleceu em Curitiba, mas, todavia, deixou bens na cidade de Ponta Grossa e 
Guaratuba. Neste caso, em qual domicilio deverá ser ajuizada a ação de inventário? 
Explique e indique o artigo do CPC correspondente. 48, § único, inciso II, do CPC – 
qualquer dos foros onde se encontram os bens. 
b. Jussara deixou de pagar seu imposto de renda. Em razão deste débito fiscal, a União 
ajuíza ação de execução em face de Jussara. Pergunta-se: qual é o foro competente para 
o ajuizamento desta demanda? 51 CPC, Foro do réu – Vara Federal 
c. Augusto pretende ajuizar ação de reparação de danos em face de João, 45 anos, 
interditado, representado por Curadora Gisele. De acordo com o CPC, qual é o foro 
competente para o ajuizamento desta demanda? Art. 50 CPC, foro do domicilio do 
representante do incapaz – Gisele. Vara Cível. 
d. Anelise teve sua moto furtada nas dependências da Câmara Municipal de Pinhais. 
Anelise mora em Curitiba, e pretende ser ressarcida no importe de R$ 12.000,00. Qual 
foro competente para o ajuizamento da demanda? 53, IV, local do fato – Pinhais - Juizado 
Especial da Fazenda Pública 
e. Gerson pretende ajuizar ação para discutir a posse e propriedade de bem móvel em face 
de Jorge. De acordo com o CPC, qual é o foro competente para o ajuizamento desta 
demanda? 46 CPC – regra, domicilio do réu – Vara Civel Estadual ou Juizado Especial 
Estadual 
f. Gircelia, proprietária, casada com Gilson, pretende ajuizar ação referente ao direito 
real imobiliário que possui em face de determinado bem. Neste caso, é necessário o 
consentimento de Gilson para o ajuizamento da demanda? Explique de acordo com os 
artigos do CPC – 47 CPC – local do imóvel. 73 CPC – salvo se for separação de bens, nos 
demais regimes, Gircelia precisará do consentimento de Gilson para ajuizar a ação. - Vara Cível 
ou JEC (desde que até 40 s.m) 
g. Diogo teve seu carro atingido pelo veículo da Guarda Municipal de Curitiba. Diogo 
mora em Pinhais, e o acidente aconteceu em Curitiba. Qual o local competente para o 
ajuizamento da ação? 53, V, local do fato ou domicilio do Diogo. Vara da fazenda pública ou 
Juizado Especial da Fazenda Pública, se a ação for até 60 s.m 
h. Bruna possui um empréstimo perante o Banco do Brasil, no valor de R$ 15.000,00, e 
pretende discutir as cláusulas deste contrato. Bruna reside em Campina Grande do Sul, e 
a agencia em que pactuou o empréstimo se situa em Curitiba. Qual foro competente para 
o ajuizamento da ação? Sumula 508 STF – Justiça estadual (Vara cível ou Juizado Especial 
Civil). Como é consumidor, a regra geral é o foro do domicilio do autor. 
 
MÓDULO 7. REQUISITOS PARA O AJUIZAMENTO DE AÇÃO JUDICIAL 
AULA 1. 
PARTES, CAPACIDADE PROCESSUAL, REPRESENTAÇÃO E ASSISTÊNCIA – 
ART. 70 E SEGUINTES CPC 
Denominam-se partes os chamados sujeitos parciais do processo, que são, respectivamente, aquele que 
formula pedido em juízo, mediante exercício da ação. 
CAPACIDADE DE SER PARTE 
• Art. 1º Código Civil – toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil. Isto quer dizer 
que todo ser humano é dotado de personalidade jurídica e pode ser titular de relação jurídica, 
seja como devedor, seja como credor 
• É a chamada CAPACIDADE DE DIREITO 
• Capacidade reconhecida ao ser humano desde o nascimento com vida, as pessoas jurídicas, aos 
entes destituídos de personalidade jurídica (espólio, massa falida, condomínio, sociedade de 
fato, etc) 
 CAPACIDADE DE ESTAR EM JUÍZO – Art. 70 CPC 
• Para ter capacidade de estar em juízo, não basta ter a capacidade de ser parte, ou seja, não basta 
que a parte seja capaz de ter direitos e assumir obrigações, mas sim, ter capacidade de, por si 
mesmo, praticar os atos da vida civil 
• A aqueles que a lei não reconhece esta aptidão (como os incapazes), é necessária a integração 
da capacidade de estar em juízo 
• Art. 3º CC – nestes casos, a lei exige que haja uma integração das capacidades 
• Art. 4º incapacidade relativa – são assistidos em juízo 
• Todos estes não podem exercer pessoalmente os atos da vida civil, necessitando, em maior ou 
menor grau, integrar a capacidade – (capacidade de direito + capacidade de exercício) 
• Há 2 formas de integração desta capacidade: 
→ REPRESENTAÇÃO: a integração da capacidade só ocorre quando se tratar de pessoa física e 
tem lugar na ausência absoluta da capacidade – art. 3º CC - ART. 71 E 72 CPC 
 X 
→ REPRESENTAÇÃO DE ENTES COLETIVOS/ENTE PUBLICO – pessoas jurídicas, 
sociedades de fato, condomínio. Aqui é ônus de cada parte zelar para que o polo esteja 
regularizado, sob pena de revelia – art. 76, ou, extinção do processo – 76, por falta de 
providencias ao prosseguimento do feito – art. 76 
→ ASSISTENCIA: integração quando se está diante de um relativamente incapaz – art. 4º CC 
 
CAPACIDADE POSTULATÓRIA – Art. 103, CPC 
• Em regra, as partes devem ser representadas no processo por advogado regularmenteinscrito 
na OAB – ART. 103. O princípio geral é que apenas este profissional possui capacidade 
postulatória (com exceções). 
• Atos técnicos no processo deverão ser ´praticados por este profissional. 
• Se uma pessoa que não seja advogado, vier a praticar um ato processual, este ato será 
considerado NULO. 
• Alguns atos podem ser praticados pelas partes sem advogado: 
→ Prestar depoimento pessoal. 
→ Confessar. 
→ Participar de audiência de conciliação. 
→ Receber intimações. 
• Não basta a atuação do advogado, ele precisa estar munido de procuração (mandato) 
devidamente outorgado pela parte. 
• Exceções: 
→ Advogado em causa própria. 
→ Pratica de atos urgentes sem procuração para evitar perda de direito ou outras situações 
de urgência, desde que junte procuração no prazo de 15 dias - 104, §1º CC. 
E se verificar a incapacidade processual ou irregularidade de representação? 
Art. 76. Verificada a incapacidade processual ou a irregularidade da representação da parte, o juiz 
suspenderá o processo e designará prazo razoável para que seja sanado o vício. 
§ 1º Descumprida a determinação, caso o processo esteja na instância originária: 
I - o processo será extinto, se a providência couber ao autor; 
II - o réu será considerado revel, se a providência lhe couber; 
III - o terceiro será considerado revel ou excluído do processo, dependendo do polo em que se encontre. 
§ 2º Descumprida a determinação em fase recursal perante tribunal de justiça, tribunal regional federal 
ou tribunal superior, o relator: 
I - Não conhecerá do recurso, se a providência couber ao recorrente; 
II - Determinará o desentranhamento das contrarrazões, se a providência couber ao recorrido. 
 
AULA 2. 
ELEMENTOS DA AÇÃO - LEGITIMIDADE E INTERESSE 
1. REQUISITOS DA AÇÃO 
A) REQUISITOS DA AÇÃO – ART. 17 CPC 
• O CPC/2015, diversamente do CPC/73, não trata sobre as “condições da ação”, mas tão 
somente elenca seus requisitos: 
→ INTERESSE 
→ LEGITIMIDADE 
 INTERESSE: 
• Há interesse processual quando presentes a necessidade e a utilidade (ou adequação) de se 
promover a ação com o intuito de prevenir ameaça ou reprimir lesão a direito. 
• Art. 19, I, CPC – que o interesse do autor pode limitar-se-á a declaração da existência, da 
inexistência ou do modo de ser de uma relação jurídica. 
• Tem interesse quando necessita da jurisdição para a tutela do direito. Como essa necessidade 
diz respeito a proteção de determinada situação concreta, é preciso que o modelo procedimental 
escolhido ou apresentado como apto para tutela-la ou protege-la seja realmente adequado para 
tanto. Daí a razão pela qual se diz que o interesse processual pode ser bem representado pela 
necessidade/utilidade da tutela jurisdicional. (ex. João precisa (necessidade) cobrar dívida 
(utilidade) já vencida e não paga por Antonio.) 
• Todavia, o art,.19 abandona esta técnica, ao tratar da ação declaratória - SUMULA 181 STJ “é 
admissível a ação declaratória visando obter certeza quanto a exata interpretação de clausula 
contratual. 
• Diante do novo CPC, é possível afirmar que o direito de ação é o direito a tutela jurisdicional 
adequada, efetiva e tempestiva mediante processo justo. É um direito de natureza processual 
totalmente abstrato e independente da efetiva existência do direito material alegado em juízo. 
LEGITIMIDADE – ART. 18, CPC: 
• A legitimidade diz respeito a identificação entre autor e réu com o direito material em litígio. 
É legitimado ativo o titular do direito material e legitimado passivo aquele que, também no 
plano do direito material, contra esse direito pode se opor. Diz o art. 18 que ninguém pode 
pleitear direito alheio em nome próprio, salvo quando autorizado pelo ordenamento jurídico. 
(exceção – ação popular para defesa de patrimônio público/ legitimidade de uma associação 
para propor ação coletiva para a proteção do meio ambiente). 
• Exceção – LEGITIMIDADE EXTRAORDINÁRIA – art. 18 CPC – substituto processual 
• O CPC/2015 também não reconhece a impossibilidade jurídica do pedido como um dos 
requisitos da ação. A impossibilidade jurídica do pedido, além de rara, pode ser encartada na 
ausência do interesse de agir. 
 
AULA 3. 
PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS 
A propositura da ação faz nascer o processo e, com a citação válida, completa-se a relação jurídica 
processual. Em regra, é assim que se forma o processo e a relação jurídica nele existente. 
Todavia, pode ocorrer que determinada citação tenha sido realizada por juiz incompetente...pergunta-
se: que eficácia terá o ato resultante desta ordem? Ou ainda, pense no caso de o autor não ter capacidade 
de ser parte, o que corresponde a não ter capacidade civil, contudo, mesmo assim, ajuíza uma demanda 
e pleiteia uma tutela jurisdicional. Como fica este ato jurisdicional? 
É para situações como as expostas, que se faz necessário o estudo dos pressupostos processuais, que 
são os requisitos que devem ser preenchidos, em cada caso concreto, para que o processo se constitua 
e desenvolva regular e validamente. 
Ao lado das CONDIÇÕES DA AÇÃO, os PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS integram a categoria 
genérica dos PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE DA ATIVIDADE JURISDICIONAL. 
1. PRESSUPOSTOS DE EXISTÊNCIA: 
São os elementos mínimos sem os quais não é sequer possível dizer que existe uma relação jurídica 
processual, e são 3: (presença de órgão jurisdicional/ presença de autor e presença do réu) 
 PRESENÇA DO AUTOR (PETIÇÃO INICIAL) 
Não é a petição inicial em si o pressuposto de existência da relação jurídica processual, mas sim, a 
presença do autor. 
 A petição inicial é o veículo formal d demanda do autor, por meio do qual ele exerce o direito de ação 
e pede a prestação jurisdicional. – Art. 2º CPC. 
 Excepcionalmente a lei autoriza a instauração de processo sem provocação da parte – Habeas Corpus 
– neste caso, o processo seguirá em um rito bilateral - e aquele que não participou não poderá ser 
atingido pelo resultado negativo do processo – ou seja, não ficará impedido de pleiteá-la posteriormente. 
 JURISDIÇÃO 
 A parte deve formular seu pedido a um órgão jurisdicional devidamente investido dos poderes da 
função jurisdicional. O agente que deverá atuar por este órgão deve ser alguém investido da condição 
de juiz. Se é competente ou não, isto será analisado nos pressupostos de validade do processo. 
PRESENÇA DO RÉU 
 Também não é a citação em si, o pressuposto de existência processual, mas sim, de que o réu tenha a 
possibilidade de participar do processo, e a citação é o modo normal de se lhe dar essa oportunidade. 
Todavia, ela pode ser suprida com o comparecimento espontâneo do réu (239 cpc). Se a citação não é 
realizada ou, é declarada como nula, não se aperfeiçoa o carater trilateral típico da relação processual. 
2. PRESSUPOSTOS DE VALIDADE: 
 POSITIVOS: São requisitos que precisam estar presentes para que o processo seja válido, pois sem 
eles, até existe uma relação processual, mas ela não se desenvolve validamente – o processo não está 
apto a gerar os seus efeitos 
A) Petição inicial apta = art. 330, §1º CPC – não se considerará valida a petição que: a) faltar pedido 
ou causa de pedir; b) o pedido seja indeterminado (ressalvadas as exceções – JEC); c) estiver confusa, 
de forma que a conclusão não seja decorrência lógica da exposição dos fatos; d) contiver pedidos 
incompatíveis entre si. 
B) Órgão jurisdicional competente e juiz imparcial: se é exigido, no requisito de existência, que a 
demanda seja julgada por um órgão investido de jurisdição, é necessário que, além disto, também que 
o Juiz seja imparcial. Também se trata das regras de competência funcional, territorial e de matéria – 
COMPETENCIA ABSOLUTA é a relevante para o pressuposto de validade, a relativa não, posto que 
pode ser modificada por vontade das partes. – Art. 63 CPC 
C) Capacidade de ser parte e de estar em juízo: capacidade de ser parte = capacidade civil (art. 2 e 
3 CC), ea capacidade de estar em juízo = capacidade de exercício do direito – art. 70 CPC. Exemplo: 
você não pode entrar com uma ação diretamente contra um incapaz. E necessário que seu representante 
legal seja intimado. 
 NEGATIVOS: se situam fora da relação jurídica processual que se esteja analisando – por isso também 
são chamados de EXTRÍNSICO OU EXTERIORES. Os pressupostos positivos estão ligados aos 
sujeitos do processo, e os negativos por sua objetividade 
• LITISPENDÊNCIA: A citação válida – art. 240 CPC – induz litispendência, ou seja, determina 
a existência, desde aquele exato momento, de processo pendente em juízo. A partir deste 
momento, a mesma ação (entre as mesmas partes, pedido e causa de pedir) já não podem ser 
novamente propostas. Significa a existência de 2 ou mais processos concomitantemente, com 
as mesmas partes, mesmo pedido e idêntica causa de pedir – 337, vi, CPC. Baseado no princípio 
da economia processual, da razoabilidade e da segurança jurídica. 
• COISA JULGADA: A coisa julgada consiste no fenômeno de natrureza processual pelo qual 
se torna firme e imutável o comando sentencial, que deve guardar relação de simetria com o 
pedido que se tenha formulado na petição inicial. Se A pediu indenização a B, e obteve uma 
sentença de procedência a qual transitou em julgado (quando não cabem mais recursos), o 
dispositivo da sentença (condeno a PA gar x) adquire estabilidade, não podendo mais ser revisto 
dentro do processo. Essa é a coisa julgada 
• CONVENÇÃO DE ARBITRAGEM – a convenção de arbitragem tem a eficácia de obstar seu 
processamento judicial, pois deve ser submetida a arbitragem (TALAMINI ENTENDE QUE 
NÃO E PRESSUPOSTO) 
• PEREMPÇÃO – ART. 485, III, DO CPC - quando o processo e extinto por 3 vezes 
consecutivas. Segundo o art. 486, §3º do CPC, se o autor, contra o mesmo réu, deixar a ação 
ser extinta por abandono da causa, ele não poderá intentar nova ação com o mesmo objeto. 
TALAMINI ENTENDE QUE NÃO E PRESSUPOSTO) 
3. REGIME JURIDICO 
Os pressupostos de EXISTENCIA e VALIDADE da relação jurídica processual caracterizam-se pelo 
seguinte regime comum: 
• Implicam a invalidade ou inexistência do processo como um todo, e não apenas dos atos 
processuais. 
• Não sendo corrigido o defeito (há casos em que o defeito é corrigível – exemplo: falta ou 
nulidade de citação, incapacidade de estar em juízo), já em outros não – como litispendência 
de coisa julgada, impõe-se a extinção do processo sem julgamento de seu mérito - 485, IV A 
IV do CPC. 
• Trata-se de matéria a respeito da qual não ocorre preclusão, nem para as partes, nem para o 
juiz, podendo este se manifestar a respeito delas de oficio, a todo o momento e em qualquer 
grau de jurisdição (art. 337, §5º e 485, §3º do CPC. 
 
MÓDULO 8. PARTES NO PROCESSO 
AULA 1. 
SUCESSÃO PROCESSUAL DAS PARTES E PROCURADORES – ART. 108 A 112 CPC 
· Regra geral, as partes que iniciam no processo não devem ser modificadas até o seu final – perpetuatio 
legitimationis (estabilização das partes no processo) 
· A sucessão das partes constitui-se como exceção à regra da estabilização das partes. 
1. SUCESSÃO X SUBSTITUIÇÃO: 
• SUCESSÃO: transferência da própria posição jurídico-material discutida no processo 
• SUBSTITUIÇÃO: fenômeno tipicamente processual que significa a circunstancia de alguém 
estar ocupando um lugar ou desempenhando um papel que deveria caber a outrem. 
Legitimidade extraordinária – art. 18 CPC 
2. SUCESSÃO INTER VIVOS x SUCESSÃO CAUSA MORTIS 
• SUCESSÃO INTER VIVOS – ART. 109 
Art. 109. A alienação da coisa ou do direito litigioso por ato entre vivos, a título particular, não altera a 
legitimidade das partes. 
§ 1º O adquirente ou cessionário não poderá ingressar em juízo, sucedendo o alienante ou cedente, sem 
que o consinta a parte contrária. 
§ 2º O adquirente ou cessionário poderá intervir no processo como assistente litisconsorcial do alienante 
ou cedente. 
§ 3º Estendem-se os efeitos da sentença proferida entre as partes originárias ao adquirente ou cessionário 
→ Só ocorre quando há a concordância da parte adversa 
→ Se a parte não concordar, o interessado pode atuar no processo na qualidade de 
assistente litisconsorcial 
→ A coisa julgada também afeta ao assistente 
→ Exemplos: 
• SUCESSÃO CAUSA MORTIS – ART. 110 
→ Em caso de morte das partes o processo será suspenso para permitir-se a sucessão do 
falecido pelo espólio e seus sucessores 
→ Aqui independe de concordância da parte 
→ ESPÓLIO: consiste na universalidade de direitos e obrigações deixados pelo falecido, 
que recebe um tratamento global enquanto não se formaliza a sucessão. É um ente sem 
personalidade jurídica, mas com capacidade de ser parte. E representado em juízo pelo 
inventariante – art. 75, VII, CPC 
→ E se não houver a habilitação de ninguém? 
A) se falecido o réu, o juiz dará prazo de dois a seis meses para que o autor faça a intimação 
do espolio e seus sucessores (313, §2º, 1º) Se o autor nada fizer? Extingue-se o processo 
por falta de ato ao seu prosseguimento – art. 485, III, e §1º CPC 
 B) Se falecido o autor, se intransmissível, extingue-se o processo sem resolução do mérito 
(alimentos, por exemplo). Se transmissível, o juiz intimará o espolio e seus herdeiros, para 
que se habilitem, sob pena de extinção sem resolução do mérito – 313, §2º CPC 
 
3. SUCESSÃO DOS PROCURADORES – ADVOGADOS- ART. 111 E 112 CPC 
Art. 111. A parte que revogar o mandato outorgado a seu advogado constituirá, no mesmo ato, outro 
que assuma o patrocínio da causa. 
Parágrafo único. Não sendo constituído novo procurador no prazo de 15 (quinze) dias, observar-se-á o 
disposto no art. 76 . 
 Art. 112. O advogado poderá renunciar ao mandato a qualquer tempo, provando, na forma prevista 
neste Código, que comunicou a renúncia ao mandante, a fim de que este nomeie sucessor. 
§ 1º Durante os 10 (dez) dias seguintes, o advogado continuará a representar o mandante, desde que 
necessário para lhe evitar prejuízo 
§ 2º Dispensa-se a comunicação referida no caput quando a procuração tiver sido outorgada a vários 
advogados e a parte continuar representada por outro, apesar da renúncia. 
 
• Art. 313, §3º fala do falecimento do advogado 
• LER ARTIGOS – 
• ART. 76 – INCAPACIDADE PROCESSUAL 
 
Art. 76. Verificada a incapacidade processual ou a irregularidade da representação da parte, o juiz 
suspenderá o processo e designará prazo razoável para que seja sanado o vício. 
§ 1º Descumprida a determinação, caso o processo esteja na instância originária: 
I - o processo será extinto, se a providência couber ao autor; 
II - o réu será considerado revel, se a providência lhe couber; 
III - o terceiro será considerado revel ou excluído do processo, dependendo do polo em que se encontre. 
§ 2º Descumprida a determinação em fase recursal perante tribunal de justiça, tribunal regional federal 
ou tribunal superior, o relator: 
I - não conhecerá do recurso, se a providência couber ao recorrente; 
II - determinará o desentranhamento das contrarrazões, se a providência couber ao recorrido 
 
 
AULA 2. 
LITISCONSÓRCIO – ART. 113 A 118 CPC 
· Os exemplos em sala de aula sempre se apresentam quando existe um autor e um réu. Todavia, o 
processo é muito mais complexo 
Quanto a cumulação de sujeitos no processo: 
 LITISCONSÓRCIO ATIVO X LITISCONSÓRCIO PASSIVO 
Quanto ao tempo de sua formação: 
 LITISCONSÓRCIO INICIAL (quando ocorrer já no início da ação) X LITISCONSÓRCIO 
ULTERIOR OU SUPERVENIENTE (quando é obrigatório - esposa e marido, OU, sob a forma de 
intervenção de terceiros) 
 Quanto a sua obrigatoriedade de sua formação: 
FACULTATIVO – art. 113 CPC (Exemplo: solidariedade entre credores e devedores/ herdeiros/ 
condôminos). 
• Aqui quem escolhe se haverá litisconsórcio é o próprio autor ou réu. As partes não podem se 
opor a isto. 
Art. 113. Duas ou mais pessoas podem litigar, no mesmo processo, em conjunto, ativa ou passivamente,quando: 
I - entre elas houver comunhão de direitos ou de obrigações relativamente à lide; 
II - entre as causas houver conexão pelo pedido ou pela causa de pedir; 
III - ocorrer afinidade de questões por ponto comum de fato ou de direito. 
§ 1º O juiz poderá limitar o litisconsórcio facultativo quanto ao número de litigantes na fase de 
conhecimento, na liquidação de sentença ou na execução, quando este comprometer a rápida solução 
do litígio ou dificultar a defesa ou o cumprimento da sentença. 
§ 2º O requerimento de limitação interrompe o prazo para manifestação ou resposta, que recomeçará da 
intimação da decisão que o solucionar. 
 
 NECESSÁRIO – art. 114 CPC + art. 113, inciso I 
• Quando o autor ou o réu não observam esta hipótese, caberá ao juiz, mesmo de oficio, que 
determine a emenda a petição inicial, sob pena de extinguir o processo sem resolução do 
mérito – art. 115, parágrafo único CPC. 
• Assim também cabe ao réu indicar os demais faltantes, em atendimento ao art. 339. 
• Exemplos: Ação de nulidade de casamento proposta pelo MP; Ação que discute imóvel que é 
de propriedade de ambos os cônjuges. Ação de Embargos de Terceiro, em que todos da ação 
principal precisam estar no polo passivo – art. 677, §4º CPC 
• Se o autor ou réu não fizerem, cabe ao Juiz, DE OFICIO, determinar que emende a petição, 
mas isto só NO POLO PASSIVO, porque para o ATIVO deve-se respeitar o princípio do acesso 
à justiça. 
Art. 114. O litisconsórcio será necessário por disposição de lei ou quando, pela natureza da relação 
jurídica controvertida, a eficácia da sentença depender da citação de todos que devam ser litisconsortes. 
Art. 115. A sentença de mérito, quando proferida sem a integração do contraditório, será: 
I - nula, se a decisão deveria ser uniforme em relação a todos que deveriam ter integrado o processo; 
II - ineficaz, nos outros casos, apenas para os que não foram citados. 
Parágrafo único. Nos casos de litisconsórcio passivo necessário, o juiz determinará ao autor que requeira 
a citação de todos que devam ser litisconsortes, dentro do prazo que assinar, sob pena de extinção do 
processo. 
Quanto a uniformidade da decisão para os litigantes: 
 UNITÁRIO: a decisão de mérito que vier a ser proferida dará a todos os litisconsortes idênticos 
tratamento (art. 116) 
Exemplos: 
• Ação de nulidade de casamento ajuizada pelo MP 
• Sócios de uma sociedade 
 SIMPLES: quando há a possibilidade de na decisão de mérito da causa, os litisconsortes receberem 
tratamentos distintos. 
 Exemplos: 5 alunos ajuízam ação para a dispensa de uma disciplina de pratica, sob o fundamento de 
que já fizeram estágios que suprem esta disciplina 
• Devedor – locatário e fiador 
• Fabrica e Concessionária do serviço 
 
AULA 3. 
INTERVENÇÃO DE TERCEIROS 
· Em regra, o processo desenvolve-se tendo como sujeitos principais: juiz, e as partes, formando a 
relação jurídica. E essa relação em nada se modifica com o litisconsórcio: seja ativo ou passivo. 
· Todavia, pode ocorrer a intervenção de terceiros em processo alheio, desde que expressamente 
previsto em lei. 
 
TERCEIRO: define-se por exclusão, ou seja, é todo aquele que não é parte no processo. Entre estes 
terceiros, haverá aqueles que jamais terão qualquer tipo de interesse jurídico que justifique sua 
participação no processo. Mas também haverá aqueles que possuem uma posição jurídica tal que pode 
servir para que eles venham a intervir em processo alheio. 
TERCEIROS JURIDICAMENTE INDIFERENTES X TERCEIROS JURIDICAMENTE 
INTERESSADOS: 
• INDIFERENTES: Os terceiros juridicamente indiferentes ao processo são aqueles que não têm 
qualquer ligação com a res in iudicium deducta. Isto é, não tem nenhuma ligação com a relação 
jurídica controvertida em juízo. Esses terceiros obviamente não estão legitimados a participar 
do processo. 
• INTERESSADOS: são aqueles que têm ligação com a relação jurídica controvertida em juízo, 
seja porque participam de uma relação jurídica conexa àquela deduzida em juízo, seja porque 
participam direta ou indiretamente da própria relação jurídica deduzida em juízo ou ainda 
porque têm interesse específico no debate institucional da matéria que é objeto de determinado 
processo judicial 
A fim de viabilizar a participação dos terceiros juridicamente interessados no processo, nosso Código 
de Processo Civil arrola como espécies de intervenção de terceiros as seguintes figuras: 
INTERVENÇÃO VOLUNTÁRIA 
a) Assistência, que pode ser simples (art. 121) ou litisconsorcial (art. 124); 
b) Amicus curiae (art. 138);e Intervenção anômala (Lei 9.469/97 – art. 5º) 
INTERVENÇÃO FORÇADA DE 3º 
c) Denunciação da lide (art. 125); 
d) Chamamento ao processo (art. 130); e 
e) A participação do terceiro que pode ser atingido pelo incidente 
de desconsideração de personalidade jurídica (art. 133). 
INTERVENÇÃO VOLUNTÁRIA: o terceiro comparece ao processo espontaneamente, postulando a 
admissão de sua participação 
INTERVENÇÃO FORÇADA: o terceiro é convocado para participar do processo, devendo fazê-lo 
independentemente de sua vontade. 
Em todos esses casos, o que viabiliza a participação do terceiro no processo de forma voluntária ou 
forçada é a sua ligação com o objeto litigioso: vale dizer, a sua participação em uma relação jurídica 
conexa àquela deduzida em juízo (assistência simples e denunciação da lide), a sua participação 
direta ou indireta na própria relação jurídica deduzida em juízo (assistência litisconsorcial, 
chamamento ao processo e incidente de desconsideração da personalidade jurídica) ou ainda a 
existência de um interesse específico no debate institucional da matéria que é objeto de 
determinado processo judicial (amicus curiae). Da decisão que admite ou inadmite a participação do 
terceiro no processo cabe o recurso de agravo de instrumento (art. 1.015, IX). 
A) ASSISTÊNCIA: - ART. 119 CPC 
Art. 119. Pendendo causa entre 2 (duas) ou mais pessoas, o terceiro juridicamente interessado em que 
a sentença seja favorável a uma delas poderá intervir no processo para assisti-la. 
Parágrafo único. A assistência será admitida em qualquer procedimento e em todos os graus de 
jurisdição, recebendo o assistente o processo no estado em que se encontre. 
• CONCEITO: Na assistência, o terceiro ingressa no processo com o fim de auxiliar uma das 
partes (assistido) a obter a vitória no processo 
• Atenção: para Fredie Didier Jr., pelo novo código, em decorrência da cláusula geral de 
negociação processual, é possível a celebração de negócio processual que estabeleça a 
possibilidade de uma assistência negocial (ou seja, mesmo sem interesse jurídico, apenas 
negocial). 
• Em verdade trata-se de verdadeira intervenção de terceiro, que não trará qualquer prejuízo a 
ninguém. 
• Contrário senso, não é possível a negociação para impedir a assistência. 
Assistência simples – 121 CPC 
Art. 121. O assistente simples atuará como auxiliar da parte principal, exercerá os mesmos poderes e 
sujeitar-se-á aos mesmos ônus processuais que o assistido. 
Parágrafo único. Sendo revel ou, de qualquer outro modo, omisso o assistido, o assistente será 
considerado seu substituto processual. 
 A assistência simples constitui forma exata de intervenção de terceiro. Nela, um sujeito que se vê na 
contingência de ser indiretamente prejudicado por uma sentença é autorizado a ingressar no processo 
em que ela será proferida para auxiliar uma das partes e com isso tentar evitar tal prejuízo. Pela 
assistência, além de prestar auxílio à parte, pode o terceiro fiscalizar a atuação das partes em juízo a fim 
de evitar conluio tendente à indevida violação de sua esfera jurídica 
EXEMPLOS: 
• SUBLOCATÁRIO DO IMOVEL SERÁ ATINGIDO PELA AÇÃO QUE O LOCADOR 
MOVEU EM FACE DO LOCATÁRIO 
• TABELIÃO EM QUE SE DISCUTE A VALIDADE DA ESCRITURA POR ELE 
ELABORADA. 
TEMPO PARA ASSISTÊNCIA: Enquanto não transitar em julgado, é possível, independentemente do 
tipo de procedimentoda causa – art. 119, parágrafo único CPC 
• Requererá em petição escrita sua inclusão 
• Prazo para a parte adversa se manifestar – 15 dias 
• Não havendo impugnação, o pedido será deferido 
• Se alegar ausência de interesse jurídico, o juiz decidirá o incidente sem suspender o processo – 
art. 120, parágrafo único CPC 
Art. 120. Não havendo impugnação no prazo de 15 (quinze) dias, o pedido do assistente será deferido, 
salvo se for caso de rejeição liminar. 
Parágrafo único. Se qualquer parte alegar que falta ao requerente interesse jurídico para intervir, o juiz 
decidirá o incidente, sem suspensão do processo. 
O assistente simples, porque ocupa posição subalterna em relação à parte principal (assistida), não pode 
tomar posição contrária àquela adotada pelo assistido. Ou seja, se o assistido entender por desistir 
da ação proposta, não pode o assistente opor-se a tanto. 
Se desistir da ação OU realizar um acordo – o assistente não poderá se opor (art 121, parágrafo único) 
Não se sujeita a COISA JULGADA, porque não é parte no processo -art. 506 CPC – mas pode se 
favorecer dela, quando muito. 
• Todavia, a decisão também gera um certo efeito para ele – art. 123 – JUSTIÇA DA DECISÃO. 
Estar vinculado à justiça da decisão significa estar vinculado àquilo que foi decidido na 
fundamentação da decisão, que se torna indiscutível para o assistente, e aos efeitos reflexos 
direcionados ao assistente. 
Art. 123. Transitada em julgado a sentença no processo em que interveio o assistente, este não poderá, 
em processo posterior, discutir a justiça da decisão, salvo se alegar e provar que: 
I - pelo estado em que recebeu o processo ou pelas declarações e pelos atos do assistido, foi impedido 
de produzir provas suscetíveis de influir na sentença; 
II - desconhecia a existência de alegações ou de provas das quais o assistido, por dolo ou culpa, não se 
valeu. 
 O assistente simples pode, inclusive, apresentar defesa em nome do assistido revel, substituindo-o. 
• Deixa de ser considerado como um mero gestor de negócios. 
• Há verdadeira legitimação extraordinária. 
MAS O ASSISTENTE NÃO PODE SE OPOR A ATITUDES DO ASSISTIDO, COMO 
DESISTENCIA DA AÇÃO, RENUNCIA DO DIREITO OU TRANSAÇÃO SOBRE PONTOS 
CONTROVERTIDOS 
Assistência litisconsorcial – art. 124 do CPC 
Art. 124. Considera-se litisconsorte da parte principal o assistente sempre que a sentença influir na 
relação jurídica entre ele e o adversário do assistido. 
O assistente litisconsorcial é o titular do direito discutido em juízo – e, dessa forma, será atingido pela 
coisa julgada – que ingressa ulteriormente no processo. Daí a razão pela qual não se trata propriamente 
de espécie de assistência. Trata-se de uma verdadeira intervenção litisconsorcial ulterior 
A sentença deve decidir a relação jurídica do assistente (124), razão pela qual O ASSISTENTE 
LITISCONSÓRCIAL É PARTE NO PROCESSO! – TRATAMENTO IDENTICO AO QUE É 
DADO A PARTE! 
É atingido pela COISA JULGADA! E, como consequência, não é aplicável o art. 123 ao caso. 
Posta essa observação inicial, é de se ver que a assistência litisconsorcial corresponde à formação de 
um litisconsórcio ulterior, em que o “assistente” voluntariamente ingressa após o início do processo, 
para defender direito próprio a ser julgado pela sentença. É o caso típico do condômino, que ingressa 
na ação reivindicatória já proposta por outro coproprietário.57 O procedimento para ingresso é o mesmo 
da assistência simples (art. 120). 
B) AMICUS CURIAE: - ART. 138 CPC 
Amicus curiae – literalmente, o amigo da cúria, amigo da corte – é um terceiro que pode participar do 
processo a fim de oferecer razões para a sua justa solução ou mesmo para formação de um precedente. 
O que o move é o interesse institucional: o interesse no adequado debate em juízo de determinada 
questão nele debatida 
 CRITÉRIO DE LEGITIMIDADE: o parâmetro adequado para aferição da legitimidade da participação 
do amicus curiae no processo: é inclusive a partir desse critério que o requisito da representatividade 
adequada do amicus curiae deve ser dimensionado. 
 PROCEDIMENTO: 
• Juiz, diante da relevância da matéria ou especificidade do tema 
• Decisão irrecorrível 
• De oficio ou a requerimento, solicitar ou admitir a intervenção de terceiros – art. 138 
• Poderes do Amicus = serão direcionados de acordo com o caso concreto (138, §2º) 
• Poder de recorrer da decisão que inadmite sua participação no processo – art. 138, §3º 
Observação: 
É interessante notar, porém, que o legislador disse menos do que deveria dizer no art. 138, § 3.º. Se um 
dos objetivos do amicus curiae é oferecer razões para fomentar o debate a fim de que as decisões 
judiciais possam servir de precedentes, nada justifica a limitação do direito ao recurso ao incidente de 
resolução de demandas repetitivas. Na verdade, o legislador parte de uma pressuposição: de que a 
decisão do incidente de resolução de demandas repetitivas pode gerar um precedente. É, sem dúvida, 
correto imaginar que o debate gerado no incidente e a sua decisão podem gerar um caldo de razões que 
deve ser levado em consideração pelo Supremo Tribunal Federal e pelo Superior Tribunal de Justiça, 
em sendo o caso, para a decisão da questão – a partir da qual se pode obter um precedente. No entanto, 
a formação de precedentes no direito brasileiro não está de modo nenhum vinculada a uma forma 
específica: é incorreto supor que precedentes só podem advir e só interessam em termos de causas 
repetitivas. Essa é a razão pela qual o amicus curiae poderá interpor recurso sempre que do exame da 
questão pelo órgão ad quem possa advir um precedente. Esse é o significado normativo do art. 138, § 
3º. 
 
C) DENUNCIAÇÃO A LIDE – ART. 125 DO CPC 
Art. 125. É admissível a denunciação da lide, promovida por qualquer das partes: 
I - ao alienante imediato, no processo relativo à coisa cujo domínio foi transferido ao denunciante, a 
fim de que possa exercer os direitos que da evicção lhe resultam; 
II - àquele que estiver obrigado, por lei ou pelo contrato, a indenizar, em ação regressiva, o prejuízo de 
quem for vencido no processo. 
§ 1º O direito regressivo será exercido por ação autônoma quando a denunciação da lide for indeferida, 
deixar de ser promovida ou não for permitida. 
§ 2º Admite-se uma única denunciação sucessiva, promovida pelo denunciado, contra seu antecessor 
imediato na cadeia dominial ou quem seja responsável por indenizá-lo, não podendo o denunciado 
sucessivo promover nova denunciação, hipótese em que eventual direito de regresso será exercido por 
ação autônoma. 
 A denunciação da lide constitui modalidade de intervenção forçada de terceiro em que ao mesmo tempo 
em que se noticia a existência de determinado litígio a terceiro, propõe-se nova ação eventual de 
regresso contra o terceiro. 
Uma das partes originárias do processo (autor ou réu) formula demanda contra terceiro, trazendo-o para 
dentro do processo. Nesta demanda, a parte que formula (chamada “denunciante”), pretende um direito 
de regresso ou reembolso contra o terceiro (“denunciado”), a fim de ressarcir-se dos prejuízos 
decorrentes de eventual sucumbencia que venha a sofrer na demanda principal daquele processo. O 
denunciante reputa que o denunciado esta obrigado a ressarcir-lhe os prejuízos que sofrerá com eventual 
derrota no processo, e por isso formula uma “ação regressiva” contra ele, mediante denunciação. 
 Em regra, funda-se a figura no direito de regresso, pelo qual aquele que pode vir a sofrer algum 
prejuízo, pode posteriormente recuperá-lo de terceiro, que por alguma razão é seu garante. 
Na denunciação, portanto, noticia-se um litígio e exerce-se nova ação em juízo, justaposta à primeira, 
mas dela dependente. 
 EXEMPLOS: 
• Manoel adquire imóvel de Suzana. Quando vai ate o imóvel, percebe que já tem ANA morando 
lá, e a qual afirma que também é proprietária do bem 
• Seguradora VEICULO E DE CARGA 
NÃO É UM DEVER DAPARTE - É por essa razão que o art. 125, § 1.º, refere que “o direito 
regressivo será exercido por ação autônoma quando a denunciação da lide for indeferida, deixar de ser 
promovida ou não for permitida”. Assim, a ausência de denunciação da lide não conduz à perda do 
direito de regresso. Apenas torna obrigatório que o exercício desse direito se dê por via autônoma, em 
ação própria.64 
HIPÓTESES DE CABIMENTO: 
EVICÇÃO: 
• Perda de um bem pelo adquirente, em consequência de reivindicação feita pelo verdadeiro 
dono, e por cujo resguardo é responsável o alienante, nos contratos bilaterais. Só é possível 
chamar o ALIENANTE IMEDIATO! 
• Possível, ainda, a denunciação da denunciação (art. 125, § 2.º), desde que o terceiro 
litisdenunciado possa igualmente ressarcir-se de terceiro que detenha posição de garante. 
Todavia, nesse caso, o código limita essa faculdade apenas a uma denunciação, de modo que 
outros sujeitos da cadeia de responsabilidade por regresso não participarão do processo. A 
opção legal se faz em prol da rápida solução do litígio, o que poderia ser comprometido caso 
se autorizassem infinitas denunciações em cadeia. Assim, o código afirma que, depois da 
primeira denunciação, a responsabilização dos próximos participantes da “cadeia de regresso” 
deve fazer-se por ação autônoma 
HIPÓTESES EM QUE SE LEGITIME AÇÃO DE REGRESSO – CONTRATO DE SEGURO 
• Aqui, a empresa seguradora está obrigada a indenizar em ação regressiva os prejuízos de 
alguém, que é parte em ação judicial. A denunciação, então, inclui no processo instaurado 
também a demanda de regresso, para a eventualidade de o beneficiário vir a sucumbir na ação 
principal, caso em que será examinada a demanda subordinada. Outro exemplo em que é 
cabível a denunciação da lide, mesmo com a introdução de material novo no processo, é aquele 
em que se pretende obter o regresso de servidor público por responsabilidade civil do Estado 
(art. 37, § 6.º, da CF).65 
• Pode ocorrer tanto no POLO PASSIVO quanto no POLO ATIVO Da ação 
TEMPO: 
• Se a intervenção for requerida pelo autor, essa deverá vir na petição inicial; 
• Se for requerida pelo réu, na contestação (art. 126). Indeferido o pedido de denunciação da lide, 
cabe agravo de instrumento (art. 1.015, IX). 
O DENUNCIADO PASSA A ASSUMIR DUPLA FUNÇÃO NO PROCESSO: 
• de um lado tem interesse na vitória do denunciante, figurando nessa linha como seu assistente 
simples; 
• de outra parte poderá ser condenado a ressarcir o prejuízo que o denunciante vier a sofrer diante 
da ação principal, participando no processo nessa perspectiva como demandado. 
AUTOR (PETIÇÃO INICIAL COM DENUNCIAÇÃO DA LIDE – O OUTRO SÓCIO (ADM) É 
CITADO PARA INTEGRAR O POLO ATIVO DA AÇÃO – SOCIO ADMINISTRADOR PODERÁ 
INCLUIR NOVOS PEDIDOS NA PETIÇÃO – O JUIZ DETERMINARÁ A CITAÇÃO DO RÉU 
DENUNCIAÇÃO DA LIDE FEITA PELO RÉU: 128 do CPC 
Art. 128. Feita a denunciação pelo réu: 
I - se o denunciado contestar o pedido formulado pelo autor, o processo prosseguirá tendo, na ação 
principal, em litisconsórcio, denunciante e denunciado; 
II - se o denunciado for revel, o denunciante pode deixar de prosseguir com sua defesa, eventualmente 
oferecida, e abster-se de recorrer, restringindo sua atuação à ação regressiva; 
III - se o denunciado confessar os fatos alegados pelo autor na ação principal, o denunciante poderá 
prosseguir com sua defesa ou, aderindo a tal reconhecimento, pedir apenas a procedência da ação de 
regresso. 
Parágrafo único. Procedente o pedido da ação principal, pode o autor, se for o caso, requerer o 
cumprimento da sentença também contra o denunciado, nos limites da condenação deste na ação 
regressiva. 
1) PETIÇÃO INICIAL – JUIZ – DETERMINADA A CITAÇÃO DO RÉU – RÉU RECEBE A 
CITAÇÃO E APRESENTA CONTESTAÇÃO, DENUNCIANDO A LIDE A 
SEGURADORA (Denunciante = RÉU/ Denunciado = SEGURADORA) 
2) JUIZ NÃO AUTORIZA A DENUNCIAÇÃO DA LIDE -– DESTA DECISÃO CABE 
AGRAVO DE INSTRUMENTO 
3) JUIZ AUTORIZA A DENUNCIAÇÃO 
4) CITAÇÃO DA DENUNCIADA – SEGURADORA 
5) SEGURADORA É CITADA: 
→ 128, I – APRESENTAR CONTESTAÇÃO = FICARÃO NO POLO PASSIVO, O 
DENUNCIANTE (RÉU) E A DENUNCIADA (SEGURADORA); 
→ 128, II – A SEGURADORA FICAR INERTE = REVELIA E, O DENUNCIANTE 
(RÉU), NÃO PRECISARÁ MAIS SE PREOCUPAR 
→ 128, III – SE A SEGURADORA CONCORDAR = 
F) SE O AUTOR GANHOU A AÇÃO 
QUER DIZER QUE O RÉU (DENUNCIANTE) PERDEU – E AGORA O JUIZ IRÁ ANALISAR A 
DENUNCIAÇÃO DA LIDE ENTRE EU (RÉU) E A SEGURADORA, PARA SABER QUEM IRÁ 
PAGAR A CONTA 
G) SE O AUTOR PERDEU A AÇÃO: 
ISSO QUER DIZER QUE O RÉU “GANHOU” A DEMANDA 
ENTÃO SE EU GANHEI, NINGUÉM TERÁ QUE PAGAR NADA E, PORTANTO, O JUIZ NEM 
IRÁ ANALISAR A DENUNCIAÇÃO DA LIDE. 
 
 
AULA 4. 
 
INTERVENÇÃO DE TERCEIROS 
CHAMAMENTO AO PROCESSO 
Art. 130. É admissível o chamamento ao processo, requerido pelo réu: 
I - do afiançado, na ação em que o fiador for réu; 
II - dos demais fiadores, na ação proposta contra um ou alguns deles; 
III - dos demais devedores solidários, quando o credor exigir de um ou de alguns o pagamento da dívida 
comum. 
Art. 131. A citação daqueles que devam figurar em litisconsórcio passivo será requerida pelo réu na 
contestação e deve ser promovida no prazo de 30 (trinta) dias, sob pena de ficar sem efeito o 
chamamento. 
Parágrafo único. Se o chamado residir em outra comarca, seção ou subseção judiciárias, ou em lugar 
incerto, o prazo será de 2 (dois) meses. 
Art. 132. A sentença de procedência valerá como título executivo em favor do réu que satisfizer a dívida, 
a fim de que possa exigi-la, por inteiro, do devedor principal, ou, de cada um dos codevedores, a sua 
quota, na proporção que lhes tocar. 
DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA 
PREMISSAS 
• A desconsideração da personalidade jurídica é uma sanção àqueles que abusam, mal usam, 
desvirtuam ou agem fraudulentamente. --> Como sanção, não pode ser realizada sem 
contraditório. 
• O Código não tratou das hipóteses de desconsideração, fazendo remissão à lei. 
• Aceitou-se a desconsideração inversa da personalidade jurídica. 
• Ocorre quando busca o patrimônio na pessoa jurídica (constituída para guardar o patrimônio) 
por dívida contraída pelo indivíduo. Ex.: caso Romário. 
• Trata-se, agora, de uma intervenção de terceiro. 
• O terceiro – cujo patrimônio se pretende alcançar – passará a figurar no processo. 
• Atenção: no âmbito do juizado especial não cabe intervenção de terceiros. 
 
• O CPC, para não deixar solto, previu nas disposições transitórias, que caberá desconsideração 
da personalidade jurídica no âmbito dos juizados. 
• Atenção: pedida a desconsideração na petição inicial será um simples caso de cumulação de 
pedido. 
• Aqui não se configurará como intervenção de terceiro. 
• Poderá ser requerida (intervenção de terceiro provocada) em qualquer momento processual, 
inclusive em caso recursal. 
Art. 133. O incidente de desconsideração da personalidade jurídica será instaurado a pedido da parte 
ou do Ministério Público, quando lhe couber intervir no processo. 
• Atenção: não cabe desconsideração ex oficio 
• Não é tarefa do juiz ir atrás de crédito. 
§ 1o O pedido de desconsideração da personalidade jurídica observará os pressupostos previstos em lei. 
• Trata-se de uma verdadeira demanda (não basta pedido simples). 
• Imputação de um ato ilícito com a incidência da consequência prevista em lei. 
• Deve haver causa de pedir e pedido 
• O pedido, portanto, deve ser fundamentado. 
• A decisão sobre ela é de mérito, apta a coisa julgada. 
§ 2o Aplica-se o disposto neste Capítulo à hipótese de desconsideração inversa da personalidade 
jurídica. 
Art. 134. O incidente de desconsideração é cabível em todas as fases do processo de conhecimento, 
no cumprimento de sentença e na execução fundada em título executivo extrajudicial. 
• Feita no âmbito da execução, verifica-se verdadeiro ponto cognitivo (ainda que no processo 
executivo) 
§ 1o A instauração do incidenteserá imediatamente comunicada ao distribuidor para as anotações 
devidas. 
§ 2o Dispensa-se a instauração do incidente se a desconsideração da personalidade jurídica for requerida 
na petição inicial, hipótese em que será citado o sócio ou a pessoa jurídica. 
§ 3o A instauração do incidente suspenderá o processo, salvo na hipótese do § 2o. 
§ 4o O requerimento deve demonstrar o preenchimento dos pressupostos legais específicos para 
desconsideração da personalidade jurídica. 
• Atenção: é possível requer tutela de urgência. 
Art. 135. Instaurado o incidente, o sócio ou a pessoa jurídica será citado para manifestar-se e requerer 
as provas cabíveis no prazo de 15 (quinze) dias. 
Art. 136. Concluída a instrução, se necessária, o incidente será resolvido por decisão interlocutória. 
Parágrafo único. Se a decisão for proferida pelo relator, cabe agravo interno. 
Art. 137. Acolhido o pedido de desconsideração, a alienação ou a oneração de bens, havida em fraude 
de execução, será ineficaz em relação ao requerente. 
 
AULA 5. 
TUTELA DE CONHECIMENTO 
1. Conceito → 1º ato de comunicação do réu no processo, para tomar conhecimento do processo e 
comparecer (ou não) à audiência de conciliação e mediação. 
CPC, Art. 238. Citação é o ato pelo qual são convocados o réu, o executado ou o interessado para 
integrar a relação processual. 
2. Finalidade → validade do processo → “triangularização” da relação jurídica processual 
CPC, Art. 239. Para a validade do processo é indispensável a citação do réu ou do executado, 
ressalvadas as hipóteses de indeferimento da petição inicial ou de improcedência liminar do pedido. 
3. Despacho citatório: “CITE-SE” 
4. Requisitos do mandado citação 
CPC, Art. 250. O mandado que o oficial de justiça tiver de cumprir conterá: 
I - os nomes do autor e do citando e seus respectivos domicílios ou residências; 
II - a finalidade da citação, com todas as especificações constantes da petição inicial, bem como a 
menção do prazo para contestar, sob pena de revelia, ou para embargar a execução; 
III - a aplicação de sanção para o caso de descumprimento da ordem, se houver; 
IV - se for o caso, a intimação do citando para comparecer, acompanhado de advogado ou de defensor 
público, à audiência de conciliação ou de mediação, com a menção do dia, da hora e do lugar do 
comparecimento; 
V - a cópia da petição inicial, do despacho ou da decisão que deferir tutela provisória; 
VI - a assinatura do escrivão ou do chefe de secretaria e a declaração de que o subscreve por ordem do 
juiz. 
5. Efeitos da citação 
 → PROCESSUAIS: Induz litispendência 
 → MATERIAIS: Faz litigiosa a coisa. Constitui em mora. Interrompe a prescrição 
CPC, Art. 240. A citação válida, ainda quando ordenada por juízo incompetente, induz litispendência, 
torna litigiosa a coisa e constitui em mora o devedor, ressalvado o disposto nos arts. 397 e 398 da Lei n 
o 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil). 
§ 1 o A interrupção da prescrição, operada pelo despacho que ordena a citação, ainda que proferido por 
juízo incompetente, retroagirá à data de propositura da ação 
§ 2 o Incumbe ao autor adotar, no prazo de 10 (dez) dias, as providências necessárias para viabilizar a 
citação, sob pena de não se aplicar o disposto no § 1º. 
§ 3 o A parte não será prejudicada pela demora imputável exclusivamente ao serviço judiciário. 
§ 4 o O efeito retroativo a que se refere o § 1 o aplica-se à decadência e aos demais prazos extintivos 
previstos em lei. 
6. Comparecimento espontâneo 
CPC, Art. 239. ... § 1º O comparecimento espontâneo do réu ou do executado supre a falta ou a nulidade 
da citação, fluindo a partir desta data o prazo para apresentação de contestação ou de embargos à 
execução. 
7. Pessoalidade da citação 
CPC, Art. 242. A citação será pessoal, podendo, no entanto, ser feita na pessoa do representante legal 
ou do procurador do réu, do executado ou do interessado. 
 8. Local da citação 
CPC, Art. 243. A citação poderá ser feita em qualquer lugar em que se encontre o réu, o executado ou 
o interessado. Parágrafo único. O militar em serviço ativo será citado na unidade em que estiver 
servindo, se não for conhecida sua residência ou nela não for encontrado. 
9. Não realização da citação: 
→ Por respeito a dignidade: PROIBIÇÃO MOMENTANEA 
CPC, Art. 244. Não se fará a citação, salvo para evitar o perecimento do direito: 
 I - de quem estiver participando de ato de culto religioso; 
II - de cônjuge, de companheiro ou de qualquer parente do morto, consanguíneo ou afim, em linha reta 
ou na linha colateral em segundo grau, no dia do falecimento e nos 7 (sete) dias seguintes; 
 III - de noivos, nos 3 (três) primeiros dias seguintes ao casamento; 
IV - de doente, enquanto grave o seu estado. 
→ Por impossibilidade: PROIBIÇÃO PERMANENTE 
CPC, Art. 245. Não se fará citação quando se verificar que o citando é mentalmente incapaz ou está 
impossibilitado de recebê-la. 
§ 1 o O oficial de justiça descreverá e certificará minuciosamente a ocorrência. 
 § 2 o Para examinar o citando, o juiz nomeará médico, que apresentará laudo no prazo de 5 (cinco) 
dias. 
§ 3 o Dispensa-se a nomeação de que trata o § 2 o se pessoa da família apresentar declaração do médico 
do citando que ateste a incapacidade deste. 
§ 4 o Reconhecida a impossibilidade, o juiz nomeará curador ao citando, observando, quanto à sua 
escolha, a preferência estabelecida em lei e restringindo a nomeação à causa. 
§ 5 o A citação será feita na pessoa do curador, a quem incumbirá a defesa dos interesses do citando. 
 
10. Formas de citação 
→ REAL: há certeza jurídica da ciência do réu 
→ FICTA: não há certeza jurídica da ciência do réu 
a) Citação Real → por correio → por oficial de justiça → por meio eletrônico → por escrivão 
 b) Citação Ficta → por edital → por oficial de justiça na modalidade hora certa 
CPC, Art. 252. Quando, por 2 (duas) vezes, o oficial de justiça houver procurado o citando em seu 
domicílio ou residência sem o encontrar, deverá, havendo suspeita de ocultação, intimar qualquer 
pessoa da família ou, em sua falta, qualquer vizinho de que, no dia útil imediato, voltará a fim de efetuar 
a citação, na hora que designar. Parágrafo único. Nos condomínios edilícios ou nos loteamentos com 
controle de acesso, será válida a intimação a que se refere o caput feita a funcionário da portaria 
responsável pelo recebimento de correspondência. 
11. Citação por correio: é a regra geral 
EXCEÇÕES: CPC, Art. 247. A citação será feita pelo correio para qualquer comarca do país, exceto: 
I - nas ações de estado, observado o disposto no art. 695, § 3 o; 
 II - quando o citando for incapaz; 
 III - quando o citando for pessoa de direito público; 
IV - quando o citando residir em local não atendido pela entrega domiciliar de correspondência; 
V - quando o autor, justificadamente, a requerer de outra forma. 
CPC, Art. 248. Deferida a citação pelo correio, o escrivão ou o chefe de secretaria remeterá ao citando 
cópias da petição inicial e do despacho do juiz e comunicará o prazo para resposta, o endereço do juízo 
e o respectivo cartório. 
§ 1 o A carta será registrada para entrega ao citando, exigindo-lhe o carteiro, ao fazer a entrega, que 
assine o recibo. 
§ 2 o Sendo o citando pessoa jurídica, será válida a entrega do mandado a pessoa com poderes de 
gerência geral ou de administração ou, ainda, a funcionário responsável pelo recebimento de 
correspondências. 
 § 3 o Da carta de citação no processo de conhecimento constará os requisitos do art. 250. 
§ 4 o Nos condomínios edilícios ou nos loteamentos com controle de acesso, será válida a entrega do 
mandado a funcionário da portaria responsável pelo recebimento de correspondência, que, entretanto, 
poderá recusar o recebimento, se declarar, por escrito, sob as penas da lei, que o destinatário da 
correspondência está ausente. 
12. Citação por oficialde justiça 
CPC, Art. 249. A citação será feita por meio de oficial de justiça nas hipóteses previstas neste Código 
ou em lei, ou quando frustrada a citação pelo correio. 
13. Citação por edital 
CPC, Art. 256. A citação por edital será feita: 
I - quando desconhecido ou incerto o citando; 
II - quando ignorado, incerto ou inacessível o lugar em que se encontrar o citando; 
III - nos casos expressos em lei. 
 § 1 o Considera-se inacessível, para efeito de citação por edital, o país que recusar o cumprimento de 
carta rogatória. 
§ 2 o No caso de ser inacessível o lugar em que se encontrar o réu, a notícia de sua citação será divulgada 
também pelo rádio, se na comarca houver emissora de radiodifusão. 
§ 3 o O réu será considerado em local ignorado ou incerto se infrutíferas as tentativas de sua localização, 
inclusive mediante requisição pelo juízo de informações sobre seu endereço nos cadastros de órgãos 
públicos ou de concessionárias de serviços públicos. 
→ requisitos da citação por edital 
CPC, Art. 257. São requisitos da citação por edital: 
 I - a afirmação do autor ou a certidão do oficial informando a presença das circunstâncias autorizadoras; 
II - a publicação do edital na rede mundial de computadores, no sítio do respectivo tribunal e na 
plataforma de editais do Conselho Nacional de Justiça, que deve ser certificada nos autos; 
III - a determinação, pelo juiz, do prazo, que variará entre 20 (vinte) e 60 (sessenta) dias, fluindo da 
data da publicação única ou, havendo mais de uma, da primeira; 
 IV - a advertência de que será nomeado curador especial em caso de revelia. 
Parágrafo único. O juiz poderá determinar que a publicação do edital seja feita também em jornal local 
de ampla circulação ou por outros meios, considerando as peculiaridades da comarca, da seção ou da 
subseção judiciárias. 
CPC, Art. 258. A parte que requerer a citação por edital, alegando dolosamente a ocorrência das 
circunstâncias autorizadoras para sua realização, incorrerá em multa de 5 (cinco) vezes o salário-
mínimo. 
 Parágrafo único. A multa reverterá em benefício do citando. 
 CPC, Art. 259. Serão publicados editais: 
I - na ação de usucapião de imóvel; 
II - na ação de recuperação ou substituição de título ao portador; 
III - em qualquer ação em que seja necessária, por determinação legal, a provocação, para participação 
no processo, de interessados incertos ou desconhecidos. 
14. Citação por meio eletrônico 
 → somente em processos eletrônicos (Lei n. 11.419/2006) 
Lei n. 11.419/2006, Art. 9 o No processo eletrônico, todas as citações, intimações e notificações, 
inclusive da Fazenda Pública, serão feitas por meio eletrônico, na forma desta Lei. .... § 2 o Quando, 
por motivo técnico, for inviável o uso do meio eletrônico para a realização de citação, intimação ou 
notificação, esses atos processuais poderão ser praticados segundo as regras ordinárias, digitalizando-
se o documento físico, que deverá ser posteriormente destruído. 
→ contagem do prazo: quando lê o e-mail ou no 10º dia subsequente ao envio 
Art. 5º, § 3º A consulta referida nos §§ 1 o e 2 o deste artigo deverá ser feita em até 10 (dez) dias 
corridos contados da data do envio da intimação, sob pena de considerar-se a intimação 
automaticamente realizada na data do término desse prazo. 
15. Outras formas de comunicação 
 → CARTA PRECATÓRIA: comunicação entre comarcas diferentes ou dentro de uma mesma comarca 
mas em competências diferentes 
→ CARTA ROGATÓRIA: comunicação entre juízos de países diferentes 
 → CARTA DE ORDEM: comunicação entre juízos hierarquicamente superiores e inferiores 
→ Requisitos: 
CPC, Art. 260. São requisitos das cartas de ordem, precatória e rogatória: 
I - a indicação dos juízes de origem e de cumprimento do ato; 
II - o inteiro teor da petição, do despacho judicial e do instrumento do mandato conferido ao advogado; 
III - a menção do ato processual que lhe constitui o objeto; 
IV - o encerramento com a assinatura do juiz. 
CPC, Art. 261. Em todas as cartas o juiz fixará o prazo para cumprimento, atendendo à facilidade das 
comunicações e à natureza da diligência. 
CPC, Art. 262. A carta tem caráter itinerante, podendo, antes ou depois de lhe ser ordenado o 
cumprimento, ser encaminhada a juízo diverso do que dela consta, a fim de se praticar o ato. 
Parágrafo único. O encaminhamento da carta a outro juízo será imediatamente comunicado ao órgão 
expedidor, que intimará as partes. 
CPC, Art. 263. As cartas deverão, preferencialmente, ser expedidas por meio eletrônico, caso em que a 
assinatura do juiz deverá ser eletrônica, na forma da lei. 
CPC, Art. 268. Cumprida a carta, será devolvida ao juízo de origem no prazo de 10 (dez) dias, 
independentemente de traslado, pagas as custas pela parte. 
 
MÓDULO 9. 
1. ATOS PUBLICOS X SEGREDO DE JUSTIÇA 
• ART. 189 - SÃO EM SEGREDO DE JUSTIÇA: (somente as partes e procuradores poderão ter 
acesso: 
• Interesse público ou social 
• Casamento, divórcio, separação, alimentos, guarda 
• Direito a intimidade 
• Arbitragem 
• Terceiro poderá pedir certidão do dispositivo da sentença 
2. NEGÓCIOS JURIDICOS PROCESSUAIS – 190 CPC 
Art. 190. Versando o processo sobre direitos que admitam autocomposição, é lícito às partes plenamente 
capazes estipular mudanças no procedimento para ajustá-lo às especificidades da causa e convencionar 
sobre os seus ônus, poderes, faculdades e deveres processuais, antes ou durante o processo. 
Parágrafo único. De ofício ou a requerimento, o juiz controlará a validade das convenções previstas 
neste artigo, recusando-lhes aplicação somente nos casos de nulidade ou de inserção abusiva em 
contrato de adesão ou em que alguma parte se encontre em manifesta situação de vulnerabilidade. 
• Apenas para aqueles que admitam autocomposição - Ex.: acordo para o pagamento de uma 
dívida; mediação, conciliação; etc. 
• Acordos de procedimentos 
• Pode ser pactuado antes ou depois do processo judicial em curso 
• ParteS CAPAZES 
• Magistrado irá controlar, de OFICIO, ou a Requerimento a validade destas convenções – só 
pode recusar as convenções em caso de nulidade – inserção em contrato de adesão, ou se a parte 
se encontrar em vulnerabilidade 
PODEM DIZER RESPEITO A MUDANÇAS NO PROCEDIMENTO 
- ESTES SÃO OS NEGÓCIOS TÍPICOS (a doutrina não admite os atípicos) 
• · Renúncia ao Prazo; 
• · Acordo para suspensão do processo; 
• · Organização consensual do processo 
• · Escolha convencional de liquidação por arbitramento; 
• · Escolha consensual do perito; 
• · Desistência do Recurso; 
• · Convenção sobre o ônus da prova. 
• · Aceitação da Decisão; etc. 
 
3. CALENDÁRIO PROCESSUAL – 191 CPC 
 
Art. 191. De comum acordo, o juiz e as partes podem fixar calendário para a prática dos atos 
processuais, quando for o caso. 
§ 1º O calendário vincula as partes e o juiz, e os prazos nele previstos somente serão modificados em 
casos excepcionais, devidamente justificados. 
§ 2º Dispensa-se a intimação das partes para a prática de ato processual ou a realização de audiência 
cujas datas tiverem sido designadas no calendário. 
• · Possibilidade de redução ou ampliação de prazo 
• · Se pactuado, vinculará as partes e o Juiz, pelo princípio da BOA-FÉ OBJETIVA – ART. 5º 
• · DISPENSADA A REALIZAÇÃO DAS INTIMAÇÕES E DAS AUDIENCIAS – em 
atenção ao princípio da EFICIENCIA PROCESSUAL – ART. 4º 
• · ´PRESSUPOE CONCORDANCIA DO MAGISTRADO 
 
4. DOCUMENTO EM LINGUA ESTRANGEIRA, É POSSIVEL? - ART. 192 CPC 
Art. 192. Em todos os atos e termos do processo é obrigatório o uso da língua portuguesa. 
Parágrafo único. O documento redigido em língua estrangeira somente poderá ser juntado aos autos 
quando acompanhado de versão para a língua portuguesa tramitada por via diplomática ou pela 
autoridade central, ou firmada por tradutor juramentado. 
• SIM!!!! Desde que traduzido para a língua portuguesa por via diplomática ou por autoridade

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