1. Histórico da Imunologia

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BIBLIOGRAFIA 
 
 
 
 
GYTON, A. C. 2002. Tratado de fisiologia médica. 
 
MARZZOCO, A. Bioquímica Básica. 2 ed. Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan, 1999. 
 
JANEWAY, C. A. J. et al. Imunobiologia: O sistema imunológico na saúde e 
doença. Artemed, 2006. 
 
 
 
 
 
 
Células e órgãos 
especializados em defesa 
IMUNOLOGIA é o ramo da Biologia, que aplicado à 
medicina, estuda o complexo sistema imunológico (ou 
imunitário) e suas funções. 
Imunologia 
Folclore antigo Ciência Moderna 
A doença como 
castigo das 
divindades 
prevaleceu 
durante séculos 
na crença das 
populações. 
Foi a partir do 
surgimento da 
Imunologia que 
pela primeira vez 
a medicina foi 
capaz de intervir 
no curso de uma 
doença. 
Histórico da Imunologia 
Nos anos 430-429 a.C. a cidade-estado de Atenas foi assolada pela 
peste (praga), a qual dizimou cerca de um terço da sua população. 
No livro “A Historia da Guerra do Peloponeso”, o general e 
historiador grego Tucídides descreve como as pessoas que haviam 
sido infectadas e que tinham sobrevivido à praga não voltavam a 
adoecer mesmo estando em contacto com doentes. 
Evolução das Teorias Médicas 
“Aqueles que sentiam mais pena pelos doentes e 
pelos que morriam eram aqueles que haviam tido a 
praga eles próprios e não haviam morrido dela. 
....eles se sentiam seguros, uma vez que ninguém 
adquiriu a mesma doença duas vezes, ou, se 
adquiriu, o segundo ataque nunca foi fatal. Estas 
pessoas se sentiam afortunadas .................... e 
imaginavam que elas poderiam nunca morrer de 
nenhuma outra doença no futuro.” 
 
 Tucídides, A guerra do Peloponeso, 430 a.C. 
 
Antiguidade: TUCÍDIDES (430 a.C) 
 
- Descreve a resistência a novas infecções nas pessoas que tinham 
sobrevivido a um episódio da praga. 
LADY MARY W. 
MONTAGU 
(1689-1762) 
LADY MARY W. MONTAGU 
(1718) 
 
 - Mulher do embaixador inglês em 
Constantinopla, descreve o processo 
de VARIOLAÇÃO praticado pelos 
médicos otomanos à população, para 
impedir a infecção com varíola. 
VARIOLAÇÃO: provocar a moléstia numa forma mais branda. Técnicas: algodão, com 
pó de crostas ou pus inserido no nariz, vestir roupas íntimas de doentes, incrustar crostas 
em arranhões, picar a pele com agulhas contaminadas, fazer um corte na pele e colocar um 
fio de linha infectado ou uma gota de pus. 
EDWARD 
JENNER 
EDWARD JENNER 
 
- Médico inglês 
 
- Pessoas imunes à varíola. 
 
- Ordenhadoras tinham se contaminado com cowpox, uma 
doença do gado semelhante à varíola, pela formação de 
pústulas, mas que não causava a morte dos animais. 
 
- Após uma série de experiências, constatou que estes indivíduos 
mantinham-se refratários à varíola, mesmo quando inoculados 
com o vírus. 
James Phipps – 
14/05/1796 
Jenner inoculou James Phipps com o pus 
retirado de uma pústula de Sarah Nelmes, uma 
ordenhadora que sofria de cowpox 
 
 
Infecção benigna (recuperação em 10 dias) 
 
 
Jenner inoculava Phipps com pus varioloso 
(meses depois) 
 
 
O menino não adoeceu. 
 
 
Descoberta da VACINA. 
1ª VACINAÇÃO 
Jakob Henle 
JAKOB HENLE (1840) 
 
- Propõe a primeira teoria moderna sobre o envolvimento dos 
germes no desenvolvimento de doenças. 
 
 
CHARLES DARWIN (1859) 
 
- Publica o livro “A origem das espécies”. 
 
 
ROBERT KOCK – Teoria dos Germes (1876) 
 
-Demonstra que os micróbios (o antrax) causam doenças. 
 
 
PAUL EHRLICH (1877) 
 
- Descreve os mastócitos. 
 
 
Charles Darwin 
Robert Kock 
Paul Ehrlich 
LOUIS PASTEUR (1879-1881) 
 
- Pasteurização 
 
- Formulou a teoria da origem microbiana das 
doenças (descobriu o estafilococo). 
 
- Desenvolveu imunizantes/vacinas contra a 
cólera das galinhas, o carbúnculo do gado e a 
raiva. 
 
VACINAS: Metodologia científica 
1885 – Vacinação de Joseph Meister 
ELIE METCHNIKOFF (1883) 
 
Teoria dos fagócitos 
 
Fagocitose 
 
Imunidade celular 
Emile Roux 
EMILE ROUX e ALEXANDER YERSIN (1888) 
- Descobriram que o bacilo da difteria produzia uma toxina responsável 
pelos sintomas da doença. 
 
 
EMIL BEHRING e SHISABURO KITASATO 
(1890) 
- Demonstraram a ação dos anticorpos contra a difteria e as toxinas do 
tétano. 
 
 
ROBERT KOCK (1891) 
- Demonstra a hipersensibilidade cutânea. 
 
 
JULES BORDET (1896) 
- Descreve componentes do plasma sanguíneo sensíveis ao calor – 
sistema complemento. 
Emil Behring 
Robert Kock 
Jules Bordet 
Paul Ehrlich (1898) 
 
Primeira teoria de formação dos 
anticorpos 
(Teoria da cadeia lateral) 
Teoria da Cadeia Lateral (Ehrlich/1898) 
O microrganismo se 
ligava a receptores pré-
formados em células, 
levando então essa 
célula a produzir mais 
receptores (anticorpos), 
portanto a especificidade 
era determinada antes 
do encontro com o 
patógeno. 
 
Karl Landsteiner (1900) 
 
Grupos sanguíneos 
Anticorpos naturais 
Transfusão sanguínea 
E. LOEWENSTEIN e ALEXANDER GLENNY (1904) 
- Provaram que toxinas poderiam ser inativadas por substâncias 
químicas (formol) mantendo seu potencial imunizante, mas sem 
causar infecção. 
 
 
ALBERT CALMETTE e CAMILLE GUERIN (1909) 
- Desenvolvimento de um bacilo de virulência atenuada contra a 
tuberculose = BCG (primeiro imunizante bacteriano atenuado). 
 
 
JOHN MARRACK (1938) 
- Formula a hipótese de que o anticorpo se liga ao antígeno. 
 
 
NIELS JERNE (1943-56) 
- Formula a hipótese sobre o mecanismo de formação de 
anticorpos. 
 
 
 
 
Albert Calmette 
John Marrack 
Alexander Glenny 
Niels Jerne 
Gerald Edelman 
GERALD EDELMAN (1959-62) e RODNEY PORTER 
- Descrevem a estrutura dos anticorpos. 
 
JACQUES MILLER (1961) 
- Demonstra o envolvimento do timo na imunidade celular. 
 
FRANÇOISE BARRÉ-SINOUSSI e LUC MONTAGNIER 
(1983) 
- Descobrem o vírus da imunodeficiência humana. 
 
1990 
- Desenvolvimento de terapia gênica para a Imunodeficiência 
Combinada Severa. 
 
SHIMON SAKAGUCHI (1995) 
- Descreve os linfócitos T reguladores. 
 
 
 
 
Jacques Miller 
Françoise Barré-Sinoussi 
Shimon Sakaguchi 
Burnet (1949-1953) 
 
Teoria da Seleção 
Clonal: linfócitos 
existem antes do 
contato com o 
antígeno e são 
específicos. 
Zinkernagel (1974) 
 
Descoberta da 
especificidade das 
respostas imunes 
mediadas por 
células T (restrição 
das células T) . 
Tonegawa (1978) 
 
Descoberta da 
recombinação 
somática que produz 
a imensa 
variabilidade das 
imunoglobulinas 
P
R
Ê
M
IO
 N
O
B
E
L
 
INFECÇÃO: É a implantação, crescimento e proliferação de seres 
agressores no organismo hospedeiro, acarretando-lhe prejuízo. 
 
 
INFLAMAÇÃO: Reação de defesa de um tecido em relação a 
presença de um agente agressor. 
 
 
AGENTE INFECCIOSO: Qualquer ser capaz de originar infecção. 
 
 
 
CONCEITOS RELACIONADOS COM IMUNOLOGIA 
INFECCIOSIDADE: característica de um agressor que tem poder 
de infectar. 
 
 
PATOGENICIDADE: Capacidade que tem o agente agressor de 
causar doença. 
 
 
VIRULÊNCIA: Capacidade de produzir doença grave ou fatal. 
 
 
PODER IMUNOGÊNICO: Poder do agressor de ser percebido e 
desencadear a resposta imune no organismo hospedeiro. 
 
 
CONCEITOS RELACIONADOS COM IMUNOLOGIA