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Trabalho Medicina Forense.


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A toxicologia forense é uma ciência atuante em múltiplas disciplinas que busca extrair a verdade de um fato relevante juridicamente, mas também objetiva a identificação e quantificação dos efeitos relacionados aos produtos tóxicos, especificadamente os prejudiciais. Ou seja, qualquer substância que possa causar dano ou produzir efeito no organismo, na seara de investigação criminal, sendo apoiada fundamentadamente na toxicologia analítica.
GisbertCalabuig definiu como um conjunto de conhecimentos aplicáveis na resolução dos problemas toxicológicos que levantam em sede do Direito (CALABUIG, 1957); já Paul Matte, disse que é um estudo e aplicação da toxicologia ao direito para encontrar a verdade em causas civis, criminais e sociais com o objetivo de que não causem injustiças a nenhum membro da sociedade. (MATTE, 1970)
É uma disciplina científica de importante ligação com o Direito, de forma direta, e a partir dela, pode-se gerar a absolvição de um réu por exemplo, no caso de suspeita de homicídio através de drogas, ou venenos, identificando o nexo de causalidade entre os eventos e os efeitos tóxicos da substância. Através da Toxicologia forense, é possível determinar o agente químico que desencadeou o óbito de um indivíduo, e ainda quantificar, levando a sociedade uma resposta sobre o fato.
Mas, para que isso ocorra de forma idônea e segura, necessita de um procedimento anterior à análise que se chama cadeia de custódia, que é um procedimento onde se documenta toda a ação desde o recipiente, coleta, até o descarte final da amostra. Segundo CHASIN, ela se divide em duas fases, externa e interna: a fase externa seria o transporte do local de coleta até a chegada ao laboratório. A interna refere-se ao procedimento interno no laboratório, realizado pelo toxicologista, até o descarte das amostras.
Porém, para que tal procedimento ocorra de forma legítima e segura, é necessário métodos anteriores à análise que se chama cadeia de custódia, que um procedimento por meio do qual se documenta e se coleta amostras biológicas em que puderam ser identificadas a substâncias agentes. Segundo CHASIM (2001), este procedimento se divide em duas etapas, uma externa e a outra interna. A fase externa seria o transporte do local de coleta até a chegada ao laboratório. A interna é referente aos procedimentos internos dentro do laboratório, realizados pelo toxicologista especialista, até que as amostras coletadas sejam descartadas
No caso de uma morte súbita, por exemplo, é primeiro acionada a Policia Militar que visita o local do crime para reconhecimento e isolamento da área e manutenção correta das evidências para assim, determinar o que é o vestígio; posteriormente a autoridade policial vai até o local, e por último os peritos criminais.
Desta forma, através dos peritos criminais, poderá ser visualizada a ação da toxicologia forense, demonstradamente de suma importância para a elucidação e análise de um crime.
É a partir deste panorama, do universo da toxicologia forense, abordaremos acerca das drogas de abuso utilizadas de longa data na sociedade moderna, e principalmente no Brasil, onde houve a intensificação nos últimos anos. A preocupação forense se encontra no fato de que as substancias também apelidadas de desinerdrugs ou clubdrugs¸ pelo fato de serem facilmente sintetizadas, cada vez mais é multiplicado suas espécies, onde o usuário químico encontra no mercado uma multiplicidade de substancias psicoativas, de variados efeitos tóxicos.
O consumo de drogas é universal  nas diferentes culturas humanas em todos os tempos. O homem devido sua própria natureza busca meios para variação das sensações sensoriais, principalmente aquelas relacionadas ao prazer. Foi por meio de plantas que as substâncias psicoativas foram utilizadas nas primeiras experiências da civilização. A partir do Séc. XIX, ao homem foi possível isolar os princípios ativos vegetais como a amoxilina, morfina, endorfina, etc. Porém, foi a partir do séc. XX, com o surgimento das chamadas anfetaminas, que uma substância foi totalmente sintetizada em laboratório. Através do aparecimento destas drogas sintéticas, nos anos 80, que houve sua popularização. Atualmente podemos verificar sua proliferação nas chamas festas Raves. Estas drogas possui característica principal o fato de terem passado por modificação química em laboratório, para que seus efeitos fossem potencializados, criar efeitos psicoativos ou até eliminar efeitos indesejáveis, como também, meios de burlar a fiscalização.(HENDERSON, 1988)
O abuso de substancias psicotrópica tem sido constante alvo de preocupação social devido a sua íntima relação com o aumento da criminalidade, acidentes automobilísticos, desvio de comportamento e fuga escolar.(LARANJEIRAS, 2003)
A Secretaria Nacional Anti-Drogas – SENAD e o Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas – CEBRID definem drogas psicotrópicas como :
 
As drogas utilizadas para alterar o funcionamento cerebral, causando modificações no estado mental são chamadas drogas psicotrópicas. O termo psicotrópicas é formado por duas palavras: psico e trópico. Psico está relacionado ao psiquismo, que envolve as funções do sistema nervoso central; e trópico significa em direção a. Drogas psicotrópicas, portanto, são aquelas que atuam sobre o cérebro, alterando de alguma forma o psiquismo. Por essa razão, são também conhecidas como substâncias psicoativas
O mesmo estudo, acima citado, definiu que o mecanismo de ação do psicotrópico no sistema nervoso central pode ser classificado da seguinte forma: a) Depressoras: barbitúricos, benzodiazépinicos, opiáceos, etanol, inalantes; b) Estimulantes: cocaína, anfetaminas e derivados; c) Perturbadoras: LSD, mescalina, cannabinóides.
Na década de 90, intensificou o problema das Drogas sintéticas, por haver uma enorme divulgação e destruição através da Rede Mundial de Computadores. Destarte, foi neste século que encontra-se o ápice do consumo, com o aumento de novos usuários de substancias ilegais, e aumento da apreensão destas drogas em todo mundo. É um desafio para Toxicologia Forense, bem como para comunidade científica, estar cadastrando frequentemente o surgimento de novas substâncias ou novas variações, para assim gerar proteção no meio jurídico.
As drogas sintéticas mais consumidas são os compostos originados de anfetamina, tais como 3, 4 – metileno-dioxi-anfetamina (MDA), 3,4-metileno-dioxi-mentanfetamina (MDMA, ecstasy), p-metoxi-anfetamina (PMA) e p-metoxi-metanfetamina (PMMA). No Brasil, podemos verificar que o uso recreacional, tem sido identificado como motivo em diversos pacientes que buscam tratamentos nas clínicas reabilitatórioas, sendo, desta forma, de grande importância sua correta identificação e quantificação para fins científicos e forenses. (CHASIN, 2001)
 
2. Análise Biológica e Toxicológica das Drogas Usuais
 
 
As drogas sintéticas são produzidas baseadas no princípio de ressintetizar drogas já existentes, com o objetivo de que se obtenha efeitos psicoativos através de moléculas diferentes quimicamente da substância original. Desta forma, a burlação a legislação vigente é facilitada, pois como a estrutura molecular da substância é modificada, elas deixam de estar cadastradas no órgão fiscalizador.
Listar-se aqui, uma série de substancias psicotrópicas mais usualmente encontradas nas apreensões, como também nas necropsias. A mais popular, pode ser citada o MDMA, desenvolvida como droga sintética na década de 70, mas é proibido em diversos países devido aos efeitos tóxicos, onde se destaca o comprometimento dos axônios e encéfalo, como também encéfalo e outras áreas cerebrais superioras. (PARROT, 2004)
 
2.1 Derivados Anfetamínicos
 
A classe de anfetamina e derivados anfetamínicos é abarcado por todas substâncias com uma estrutura de feniletilamina substituída. Tais substâncias tem sido as mais identificadas no mercado negro e a maioria destas derivações é produzida em laboratórios clandestinos (BARONE, 1997). Apesar de algumas substâncias estarem incluídasna relação de drogas ilícitas da Convenção Internacional sobre Psicotrópicos desde 1977, como, por exemplo, o 2,5  - dimetoxi-a, 4-dimetil-feniletilamina (DOM), a maioria destas so foi incluída em 1986. Tais compostos só diferem na velocidade e duração da ação no organismo, potência, capacidade de alterar o humor, ocasionando, ou não, alucinaões. (BARONE, 1997).
Essas metanfetaminas receberam maior popularidade na Costa Leste dos EUA e nos países orientais. Foram as primeiras drogas sintéticas derivadas das fenileilaminas sintetizadas no Japão em 1919. São administradas tanto via oral, como de forma injetável, podendo também ser inaladas e tragadas. São lipossolúveis, dentro do organismo concentram especialmente nos rins, pulmões e cérebro. Além dos riscos crônicos, como a overdose, o uso nocivo pode causar a dependência química, gerando assim, alucinações ou delírios, sintoma que se denomina "psicose anfetaminica", além de haverem provas científicas da toxidade desta substância a neurotransmissores (KLASSEN, 2001)
Uma das novas drogas de abuso são uma classe denominada 2Cs, com suas variações: 2C-B, 2C-I, 2C-C, 2C-E, a 4-etil-tio-2, 5-dimetoxi-b-feniletilamina (2C-T-2) e a 2, 5-dimetoxi-4-propitio-bfeniletilamina (2C-T-7). O 2C-B, juntamente com o 2C-T- são psicodélicos que foram desenvolvidos por Alexander Shulgins durante os anos 70, enquanto pesquisava sobre variedades de 2,5-dimetoxi-4-bromo-anfetamina (DOB). Quanto aos seus efeitos, estes assemelham aos do Ácido Liségico (LSD), entretanto, pode-se verificar os efeitos colaterais gastrointestinais (náuseas, vômitos, diarreia) e sintomas de pânico e confusão mental. Tais efeitos são constantes e podem expor a usuário situações de risco. (DE BOER, 2004). Em 1985, os 2Cs se tornaram populares nos EUA e Europa quando o MDMA se tornou ilegal. Em 1999, elas se tornaram ilegais na maior parte do mundo, mas em alguns países o 2C-B ainda continua a ser comercializado ilegalmente como substituto do ecstasy. (DE BOER, 2004). Classificado como alucinógeno, assim como o MDMA e LSD, mas mais potente que o MDMA (dez vezes), e menos que o LSD, a 2C-B combina a ação enérgica do tipo anfetamina com a ação psicodélica da Mescalina.(CARMO, 2004)
Quanto aos alucinógenos originários da feniletilaminas, temos a mescalina,  encontrada no cactuspeiote. A TMA foi o primeiro psicodélico alucinógeno completamente sintético, com estrutura relacionada a mescalina. A TMA-2 é outro derivado, porém mais potente que o TMA e a mescalina (KIKURA-HANAJIRI, 2005)
 
2.2 Derivados da Triptamina
 
Quanto aos derivados da Triptamina, o principal representante desta classe identifica-se como a N, N-dimetil-triptamina (DMT). Considerado um composto tipicamente psicoativo derivado da triptamina que existem em milhares de espécies arbóreas.  Existem outros compostos, estruturalmente semelhantes como a 5-MeO-DMT, bufotenina, psilobicina e pisilocina, os quais também são produtos naturais (KIKURA-HANAJIRI, 2005)
Como exemplo de produto natural, temos a Ayahuasca, uma mistura aborígene de plantas, utilizada pelos nativos ha longa data com fins espirituais, é preparada através de duas espécies vegetais que contém alcalóides e DMT (RIBA, 2001)
Leia mais em: http://www.webartigos.com/artigos/toxicologia-forense-e-as-drogas-psicoativas/126695#ixzz4ubQCmB1d

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