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CLIMATOLOGIA AGRÍCOLA

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CLIMATOLOGIA AGRÍCOLA
OBJETIVOS DA DISCIPLINA:
Apresentar alguns parâmetros climatológicos para proporcionar subsídios de entendimento das relações entre o comportamento da atmosfera e as plantas cultivadas 
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Nos fundamentos meteorológicos da Climatologia Agrícola o clima é um recurso natural que influencia diretamente a produção e a produtividade agrícola
Sua importância no planejamento das atividades agrícolas, zoneamento agroclimático,irrigação e proteção contra condições adversas.
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Os fundamentos meteorológicos do clima aplicáveis às atividades agrícolas são:
- Radiação solar, balanço de energia, temperatura, pressão atmosférica, vento, insolação e fotoperiodismo.
- A água na atmosfera e os processos de transferência: evaporação e
evapotranspiração, condensação (nuvens, chuva, nevoeiro, orvalho, geada).
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O objetivo da aula de hoje é demonstrar que o conhecimento do clima pode auxiliar na prevenção de doenças de plantas 
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MICROCLIMA E DOENÇAS 
DE PLANTAS
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Introdução
As doenças de plantas devem ser consideradas sempre no contexto microclimático. 
Por exemplo, uma doença pode se desenvolver numa parte de um vale e não se desenvolver no restante devido ao microclima.
Se a encosta de uma colina voltada para o norte recebe mais luz do Sol que a encosta voltada para o sul, é de se esperar que a encosta voltada para o norte seja mais quente. 
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Introdução (continuação)
ou a área próxima a uma várzea alagada pode ser mais úmida do que a encosta adjacente. Todos esses climas em escala reduzida são chamados de microclimas.
É bom lembrar que a ocorrência de epidemias no campo não é regra geral. A principal dificuldade para ocorrerem epidemias é a influência do clima. Logo, ao conhecermos bem o efeito do clima, podemos tirar algum proveito para o manejo dessas doenças.
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Abrigos meteorológicos
Os microclimas são medidos em abrigos meteorológicos presentes nas estações meteorológicas das redes nacionais. Nesses abrigos, os instrumentos de medição da temperatura do ar estão protegidos do sol e da chuva, que poderiam afetar os seus registros, mas que se mantêm bem expostos ao ar que circula e sob condições bastante padronizadas.
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 Abrigos meteorológicos (continuação)
 Assim,o clima medido em estações climatológicas distantes entre si por 50km pode ser considerado de modo geral representativo daquela região.
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Microclima e o ciclo de vida dos fungos – germinação 
Para que um esporo germine é necessário que haja água em quantidade suficiente e temperatura adequada. Assim, diferentes fungos requerem diferentes quantidades de água em temperaturas específicas. É o que ocorre com a germinação de esporos de Botrytis cinerea. 
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Microclima e o ciclo de vida dos fungos – germinação (continuação) 
Nem sempre na natureza as condições climáticas são favoráveis à germinação por períodos prolongados de tempo. Normalmente, sob condições favoráveis, os esporos começam a germinar e, se as condições se tornam desfavoráveis, eles paralisam a germinação. 
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Podridão Cinzenta dos vegetais – Botrytis cinerea
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Microclima e o ciclo de vida dos fungos – germinação (continuação) 
Em muitos casos, quando ocorre esta mudança das condições climáticas, a germinação é abortada e o fungo morre. Porém, em alguns fungos, os esporos retomam a germinação, quando as condições voltam ao ideal. É o caso dos esporos de Alternaria solani, o agente causal da pinta preta do tomateiro e da batata. 
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Fotos: Ricardo J. Domingues
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Microclima e o ciclo de vida dos fungos – esporulação
A produção de esporos dos fungos é altamente influenciada por fatores climáticos. Podemos constatar o efeito da temperatura na quantidade de esporos formados pelo fungo Phytophthora infestans. Em geral, estas respostas são típicas de esporulação em função da temperatura e da umidade. 
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Microclima e o ciclo de vida dos fungos – esporulação (continuação)
Para cada fungo existe uma faixa ideal de temperatura para a esporulação. Quando a temperatura está baixa, ocorre pouca produção de esporos. À medida que a temperatura aumenta, a esporulação aumenta até atingir um ponto máximo ou o ponto ótimo para a esporulação. A partir deste ponto ocorre declínio na esporulação, pois as temperaturas altas começam a prejudicar o fungo. 
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Phytosphora infestans – podridão de tubérculos
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Microclima e o ciclo de vida dos fungos – disperção
 
Para que haja epidemias severas no campo, é necessário que a doença seja disseminada da planta doente para a planta sadia. Um dos fatores climáticos mais eficazes em disseminar doenças fúngicas é o vento. Ele é capaz de remover os esporos produzidos pelo fungo numa planta doente e transportá-los a longas distâncias. 
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Microclima e o ciclo de vida dos fungos – dispersão (continuação)
 
Por exemplo, a ferrugem do café estava restrita aos países Africanos desde o século XIX. Em 1970, a doença foi constatada pela primeira vez no Brasil. É provável que os esporos de H. vastatrix tenham sido trazidos da costa da África para o Brasil, através de correntes de ar (ventos).
 
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Microclima e o ciclo de vida dos fungos – sobrevivência
 
O período de sobrevivência é crítico para a maioria dos fungos causadores de doenças de plantas, pois durante esta fase as reservas alimentares dos fungos são escassas e não há disponibilidade de tecidos do hospedeiro para a nutrição. 
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Microclima e o ciclo de vida dos fungos – sobrevivência (continuação)
 
Além disso, os fungos ficam sujeitos às condições climáticas adversas tais como baixa umidade e temperatura. Como exemplo, tem-se o efeito da umidade do solo na sobrevivência de Fusarium subglutinans f. sp. moniliforme. 
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Fusarium moniliforme – Podridão do colmo
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Previsão de doenças
Se conhecermos bem o efeito do clima em doenças, podemos tirar algum proveito para combatê-las com menos gasto de fungicidas e menor contaminação do homem e do ambiente. 
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Previsão de doenças (continuação)
Hoje, com a maior disponibilidade de equipamentos meteorológicos, muitos conhecimentos estão sendo adquiridos. Através de modelos e simuladores de ciclos de vida de patógenos é possível desenvolver esquemas de previsão de ocorrência de doenças no campo. 
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Previsão de doenças (continuação)
No estado de Santa Catarina os produtores de maça vêm utilizando com sucesso o sistema de previsão de ocorrência da sarna causada pelo fungo Venturia inaequalis. Esse sistema baseia-se na relação entre a temperatura e a umidade.
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Venturia inaequalis – Sarna da macieira
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Simulação do efeito do microclima
Os diversos efeitos do microclima no desenvolvimento de doenças podem ser integrados em simuladores de doenças de plantas. 
Para isso, inicialmente os cientistas fazem experimentos e coletam dados climáticos e da doença ao longo de vários anos.
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Simulação do efeito do microclima (continuação)
Depois são estabelecidas relações entre o clima e as doenças. Posteriormente essas relações são traduzidas em equações matemáticas e implementadas no computador através de programas que simulam que acontece no campo.
Os simuladores são hoje ferramentas muito importantes, pois com a ajuda deles é possível avaliar o efeito do microclima no desenvolvimento de doenças sem a necessidade de conduzir experimentos no campo. 
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Coleta de dados
Considerando que patógenos diferentes têm exigências diferentes quanto ao microclima, existem diversos sistemas de previsão para várias doenças. De modo geral, todos esses sistemas necessitam ser alimentados com dados climáticos para que forneçam as previsões. Em alguns casos,
os dados climáticos devem ser coletados nas propriedades rurais e repassados a uma central, para processamento em computador.
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 Sistema Brasileiro de Coleta de Dados, mostrando os círculos de co-visibilidade das estações de Cuiabá e de Alcântara.
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AVALIAÇÃO
Como podemos prever as doenças de plantas?
2. Como são medidos os microclimas?

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