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* Universidade Federal de Goiás - UFG Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública - IPTSP Faculdade de Nutrição – FANUT Curso de Nutrição ESTUDOS DE COORTE 08/05/2014 * COORTE Grupo de pessoas com experiência ou característica em comum Prospectivo, longitudinal, de incidência, ou de seguimento Observacional: não controla a exposição Unidade de observação: indivíduo * ESTUDOS DE COORTE OBSERVACIONAIS Prospectivos - avaliar a associação entre fatores de risco em potencial e o surgimento de uma doença numa população ao longo de um determinado período de tempo (avalia mudanças) Estudos de coorte podem ser também conduzidos retrospectivamente (coorte ocupacional) * Objetivo Identificar efeito de uma exposição em relação à ocorrência de um determinado evento Questão: A exposição prévia está associada ou não à ocorrência do evento? (causa-efeito) * Estudo de Coorte Tempo Direção População Pessoassem a Doença Expostos Não expostos Doentes Não Doentes Doentes Não Doentes Adaptado de Beaglehole et al., 1993 * * TIPOS DE ESTUDOS DE COORTE Estudos de coorte podem ser conduzidos de duas formas diferentes: Concorrente ou de coorte prospectiva Não concorrente ou de coorte histórica ou retrospectivo * Estudo de Coorte Concorrente/Prospectivo Grupos expostos e não expostos são selecionados no início do estudo e acompanhados durante um período de tempo Fato a ser considerado: Em muitos casos é difícil determinar o exato início da exposição * Estudo de Coorte Não Concorrente/Retrospectivo Grupos de indivíduos são identificados como expostos ou não em algum ponto no passado Estes grupos são “acompanhados” em busca do surgimento do evento de interesse através do tempo presente ou passado recente * ESTUDO DE COORTE RETROSPECTIVOS: PONTOS ESPECÍFICOS Raramente podem ser conduzidos em uma amostra geral da população Dificuldades em se ter acesso à informação relativa à exposição passada a um fator de risco em potencial Dificuldade de monitorar a ocorrência do evento de interesse Requer informação pré-existente relativa à exposição, histórico médico, etc * Esquema de estudo de coorte concorrente e não concorrente baseado na seleção de participantes expostos e não expostos. Ano do início do estudo: 1996 População definida Prospectivo Retrospectivo Expostos Não expostos Não Doentes 1996 1976 1996 2016 Adaptado de Gordis, 1996 Não Doentes Doentes Doentes * ASPECTOS METODOLÓGICOS CÁLCULO DO TAMANHO DA AMOSTRA Parâmetros necessários Razão entre participantes expostos / não expostos (geralmente 1) Risco relativo (RR) mínimo a ser detectado (valor aceitável) Frequência do evento no grupo não exposto (revisão de literatura) Nível de significância α=0,05 (Erro tipo I) Poder estatístico do teste (1-β): 80% a 90% (Erro tipo II) * Amostragem: Estudos de Coorte A escolha do grupo de comparação (não expostos) deve obedecer os mesmos critérios empregados para a seleção do grupo de expostos (critérios de elegibilidade) Dois tipos de grupos de comparação: Interno e Externo * Amostragem: Comparação Interna selecionar uma amostra da população classificar de acordo com a presença/ausência da exposição [exposto/não exposto] aumenta a probabilidade de pertencerem a mesmos subgrupos similares da população Comparação Externa selecionar expostos da população com base em uma exposição específica Selecionar uma amostra de não expostos da população geral de onde o grupo exposto foi identificado mesmos procedimentos, portanto mesma chance de terem a doença diagnosticada * Acompanhamento Estudos de Coorte Principal problema: Perdas de seguimento da população estudada - Taxa de atrito Perdas de seguimento ocorrem durante o acompanhamento dos participantes Quando o seguimento não atingir 95% há possibilidade de introdução de viés procurar perdas diferenciais * Coorte Retrospectiva Qualidade da informação Quando as informações sobre exposição e acompanhamento são antigas Métodos de diagnóstico ou medida da exposição podem ter mudado ao longo do tempo * AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO Falhas em determinar se o participante foi exposto ou não pode comprometer o estudo Informação sobre a exposição pode ser obtida de: entrevistas, teste de laboratório, avaliação clínica e prontuários A exposição ao fator de risco pode variar ao longo do estudo Em estudos de coorte retrospectiva, a informação disponível com relação à exposição pode ser insuficiente para classificar de acordo com a intensidade e duração da exposição * AVALIAÇÃO DO EVENTO Informação pode ser coletada em intervalos ao longo do estudo A duração do intervalo e a frequência para coletar a informação vai depender da doença estudada O procedimento aplicado para a identificação da doença deve ser o mesmo para o grupo exposto e não exposto * RESULTADOS MEDIDAS DE ASSOCIAÇÃO Calcule os coeficientes de incidência para os grupos expostos e não expostos Determine se o coeficiente de incidência no grupo exposto é maior que o coeficiente de incidência no grupo não exposto Determine a “força” desta associação, através do cálculo do risco relativo (RR) * Análise de dados: Risco Relativo O Risco Relativo (RR) é usado para determinar se a taxa de incidência entre expostos é maior que a taxa de incidência entre não expostos Se for maior, existe uma associação entre o fator de risco e o desenvolvimento do evento de interesse * Vai desenvolver a doença Presente (exposto) Sim Não Ausente (não exposto) Total a c b d a + b c + d Exposição ou característica Estrutura de um estudo de coorte RR = Incidência no grupo exposto Incidência no grupo não exposto = a/(a + b) c/(c + d) * Pessoas-tempo: considera o número de pessoas observadas e a duração da observação Análise de dados: São utilizados quando o acompanhamento não é uniforme e constante para todos os participantes * Análise de dados Confundimento Estes métodos de calcular o RR não levam em conta as possíveis variáveis de confusão RR não ajustado (bruto) Variáveis de confusão podem interferir na associação entre os fatores de risco e o evento de interesse * Variáveis de confusão Associação observada Causa Exposição Doença Devido à variável de confusão Exposição Doença Variável de Confusão Associação observada Três critérios para definir uma variável de confusão: Deve estar associada com a exposição de interesse Deve ser um fator de risco para a doença Não deve ser um elo entre a exposição e a doença * Análise de dados: Estratificação ou Emparelhamento Estratifique os dados de acordo com o possível confundimento (tabelas 2X2) Calcule RR não ajustado para cada estrato Calcule RR ajustado (Mantel-Haenszel) Compare RR ajustado com o RR bruto Diferença estatisticamente significante indica a presença de variável de confusão * ESTUDOS DE COORTE VANTAGENS Permite estimar risco Menor possibilidade de produzir viés se bons critérios e procedimentos para conduzir o estudo são estabelecidos com antecedência Relação entre fatores de risco e evento(s) de interesse pode ser investigado Informação pode ser obtida de participantes cuja exposição ao fator de risco foi mudada Não apresentam problemas éticos A seleção de controles é uma medida relativamente simples * ESTUDOS DE COORTE LIMITAÇÕES Alto custo, dificuldade de conduzir (longa duração) A participação no estudo pode afetar o comportamento dos indivíduos expostos e não expostos Ineficientes para o estudo de doenças raras Perdas de seguimento Ausência de informação (exposição e morbidade) em estudos de coorte retrospectivo Mudanças na categoria de exposição (erros de classificação) Variáveis de confusão podem mascarar uma possível associação entre a exposição e a doença * ROTEIRO PARA DELINEAMENTO DE ESTUDO DE COORTE Defina a questão a ser respondida Defina critérios para exposição/não exposição Defina a população de referência a ser amostrada Calcule o tamanho da amostra Construa os instrumentos de coleta de dados Defina os métodos de diagnóstico Especifique critérios de elegibilidade e aspectos éticos relevantes Descreva o procedimento de acompanhamento dos participantes Descreva o plano de análise
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