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As Condições de vida urbana A Qualidade de vida urbana resulta de um cruzamento de qualidades que contemplam não só o que se passa no espaço urbano mas também na vida individual e social dos seus habitantes. Apesar do leque crescente de problemas urbano, a recuperação da cidade – RE-URBANIZAÇÃO – implica um crescimento harmonioso, que traduza o DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Esta mesma recuperação está contemplada no Ordenamento do Território e do Urbanismo, visando promover: � Melhoria das condições de vida e de trabalho das populações, no respeito pelos valores (culturais, ambientais e paisagísticos) � Uma distribuição equilibrada das funções � A Reabilitação e a Revitalização dos centros históricos e dos elementos do património cultural � A Recuperação ou Reconversão das áreas degradadas � Reconversão de áreas urbanas ilegais. Além da conservação, do restauro e da reconstituição, A RENOVAÇÃO, A REABILITAÇÃO E A REQUALIFICAÇÃO estão presentes sempre que se fala de recuperação do património urbano. A Renovação Urbana A Intervenção Operacional de Renovação Urbana transformou-se num instrumento importante: � Na substituição total ou parcial das estruturas urbanas existentes, o que envolve não só a destruição dos edifícios, mas também a reconstrução de novos. � Além disso, pode envolver alterações, mais ou menos significativas na malha urbana e a construção de infraestruturas como ruas, viadutos, estacionamentos, túneis. À renovação urbana está associada a uma MMUUDDAANNÇÇAA:: Caracterizada por uma nova capacidade atrativa do centro urbano, o que lhe confere um novo interesse e procura. Consiste no crescimento económico capaz de satisfazer as necessidades da sociedade em termos de bem-estar (a curto, médio e sobretudo a longo-prazo), isto é, deve responder às necessidades do presente sem comprometer a capacidade de crescimento das gerações futuras. É a demolição dos edifícios e a construção de novos imóveis, o que implica uma alteração das estruturas já existentes. Implementa-se através do I.O.R.U – Intervenção Operacional de Renovação Urbana. Revitalização das áreas com mais sinais de degradação. Mantêm-se os bairros com as mesmas características funcionais, mas melhoram-se as condições físicas, internas e externas dos prédios e dinamizam-se as atividades de forma a torna a área mais atrativa. É uma oposição à construção de bairros de Lata. É implementada pelo PRAUD (Programa de Recuperação de Áreas Urbanas Degradadas). É a adaptação dos imóveis tendo em conta a necessidade do momento ,sem alterações significativas da estrutura física e/ou espaço urbano para um uso diferente que fora planeado inicialmente. (ex: Cinema transforma-se num Centro Comercial) Do estatuto socioeconómico – procede-se à reconstrução de novos e modernos edifícios, ocupados, agora, por classes mais favorecidas. Do estatuto funcional – as antigas lojas serão agora substituídas por funções terciárias de nível superior (bancos, comércio de luxo, etc.). EEXXEEMMPPLLOO DDEE RREENNOOVVAAÇÇÃÃOO UURRBBAANNAA --»» As Amoreiras, em Lisboa, pois o antigo terminal da carris deu lugar a uma área de luxo, no entanto o expoente máximo de renovação urbana é a construção da Expo 98, que transformou toda a área ribeirinha oriental de Lisboa e deu origem ao Parque das Nações, que hoje é uma área aprazível, de recreio e lazer, de serviços, de comércio e de habitação de luxo. E a renovação urbana está também associada: À eliminação dos bairros degradados de barracas (como o que aconteceu na zona oriental de Lisboa para a Expo 98), predominantes nas GAM. (Grandes Áreas Metropolitanas). Assim, nos últimos anos, com o apoio do Estado, têm sido desenvolvidas operações de realojamento de populações com baixos recursos económicos, no âmbito do Programa de Erradicação de Barracas – PPEERR.. A reabilitação urbana PPRRAAUUDD –– Programa de Reabilitação das Áreas Urbana Degradadas - é um programa de apoio aos municípios que foram selecionados para operações de renovação ou reabilitação das áreas urbanas degradas. Apresenta duas vertentes: - uma comparticipada a fundo perdido para operações de reabilitação e renovações urbanas (PRAUD obras) - outra que comparticipa, também a fundo perdido, os encargos com a instalação e funcionamento dos Gabinetes Técnicos Locais (GTL). --» É um Plano de Colaboração das duas entidades. --» Tem como finalidade apoiar ações destinadas a promover a reabilitação de áreas muito degradadas. --» Traduz-se no apoio que o Estado dá aos gabinetes. O programa de reabilitação urbana visa a revitalização das áreas urbanas (centro e periferia) que apresentem sinais de depressão e degradação, declínio económico e urbano, desemprego e degradação da qualidade de vida da população, exclusão social e insegurança. A reabilitação é muitas vezes encarada com uma oposição à construção de bairros sociais, onde as más condições de vida, a miséria e a marginalidade imperam. A reabilitação visa não só uma melhoria dos edifícios quer interna que externa, mas também uma dinamização das atividades que nestes se instalaram. A requalificação urbana A melhoria das condições de vida urbana implica: � Espaços de diferente natureza � Uma nova forma de encarar e de implementar a gestão e o planeamento da cidade. � Coordenação de esforços entre o Estado e as Autarquias nos setores Emprego Habitação Mobilidade Ambiente Recuperação e Revitalização de áreas urbanas problemáticas. Este programa visa não só desenvolver a qualificação urbanística e ambiental das zonas, mas também promover aí nas áreas envolventes a segurança, o bem-estar e a qualidade de vida da população. Com a implementação de medidas concretizadas por: UE ; ESTADO; MUNICÍPIOS – que desenvolvem PPRROOGGRRAAMMAASS EE PPLLAANNOOSS:: PPEERR –– Intervém ao nível do planeamento urbanístico de forma a garantir: 1) O Realojamento ; 2) A reabilitação das áreas degradadas; 3) A qualidade arquitetónica e de habitabilidade das construções; 4) Um enquadramento urbanístico harmonioso e respeitador da estrutura ecológica. PPDDMM –– abrange todo o território municipal e estabelece uma estrutura espacial para o território do município, a classificação dos solos e os índices urbanísticos, tendo em conta os objetivos de desenvolvimento, a distribuição racional das atividades económicas, as carências habitacionais, os equipamentos, as redes de transportes e de comunicações e as infraestruturas. A Requalificação Urbana está associada ao Programa POLIS, assim a valorização do património, a requalificação de espaços públicos nos centros das cidades e a reconversão de áreas urbana degradadas estão entre as prioridades deste programa. Surge na sequência do PROSIURB, que visava o apoio dos municípios na execução dos Planos Estratégicos para as cidades e para a recuperação de espaços patrimoniais. Este Programa constitui uma referência importante nas ações de requalificação e valorização ambiental no espaço urbano, apoiado pelo Terceiro Quadro Comunitário de Apoio e efetuado a partir de PU ou quando necessário a partir de PP. A consolidação do sistema urbano nacional é um dos desafios a que o Terceiro Quadro Comunitário de Apoio (QCA III) procurou dar respostacom um objetivo que visou a melhoria das condições de vida nas cidades e, consequentemente, contribuir para a afirmação de Portugal na UE. O POLIS é um programa que se integra no Plano de Desenvolvimento Regional, que visa a qualidade de vida nas cidades, através de intervenções ao nível urbanístico e ambiental, de forma a melhorar a atratividade e a competitividade das cidades, que podem ser consideradas como exemplos a seguir, podendo vir a ter um papel relevante na estruturação do sistema urbano. PPRRIINNCCIIPPAAIISS OOBBJJEETTIIVVOOSS � Desenvolver grandes operações integradas de requalificação urbana com uma forte componente de valorização ambiental Da competência dos Municípios: - PMOT (Planos Municipais de Ordenamento do Território) que incluem PDM (Plano Diretor Municipal) ; PP (Plano de Pormenor) e PU (Plano de Urbanização) ------ » Estabelecem as regras que definem o modo de ocupação, de uso, e da transformação do território com vista à sustentabilidade. Da Competência do Estado e das autarquias em colaboração: - PRAUD (Programa de Recuperação das Áreas Urbanas Degradadas) - PER (Programa Especial de Realojamento). - POLIS (Programa Nacional de Requalificação Urbana e de Valorização Ambiental das Cidades) Programa de Consolidação do Sistema Urbano Nacional e apoio à execução dos PDM. Programa Governamental definido no final dos anos 80 que tinha como objetivo a valorização das cidades de média dimensão e dos centros urbanos da role complementar. � Desenvolver ações que contribuam para a requalificação e revitalização de centros urbanos e que promovam a multifuncionalidade desses centros. � Apoiar outras ações de requalificação que permitam melhorar a qualidade do ambiente urbano e valorizar a presença de elementos ambientais estruturantes, tais como frentes de rio ou de costa � Apoiar iniciativas que visem aumentar os espaços verdes, promover ares pedonais e condicionar o trânsito automóvel em centros urbanos. As intervenções do POLIS foram subdivididas em quatro componentes: I – Realizar intervenções de requalificação com uma forte vertente ambiental que possam servir de modelo a outras iniciativas a realizar no País. Engloba 28 cidades, das quais 18 foram previamente selecionadas e as restantes 10 foram posteriormente escolhidas por concurso: Albufeira; Almada (Costa de Caparica); Aveiro; Beja; Braganaça; Castelo Branco; Chaves; Coimbra; Covilhã; Gondomar; Guarda; Leiria; Marinha Grande; Matosinhos; Portalegre; Porto; Setúbal; Silves; Sintra (Cacém); Tomar; Torres Vedras; Valongo (Ermesinde); Viana do Castelo; Vila do Conde; Vila Franca de Xira; Vila Nova de Gaia, Vila Real e Viseu. Ii – Realizar intervenções em cidades com áreas classificadas pela UNESCO como património mundial: angra do heroísmo ; Évora; Sintra; Porto e Guimarães. Iii – Realizar intervenções que valorizem urbanística e ambientalmente áreas de realojamento, nomeadamente aqueles que resultam do programa de erradicação das barracas, centradas nas AML e AMP. Iv – Apoiar ações propostas pelos municípios de medidas complementares para melhorar as condições urbanísticas e ambientais das cidades. Barreiro, Elvas, Funchal, Lagos, Moita e Santarém foram os projetos integrados nesta fase. A recuperação do património urbano está presente no planeamento e ordenamento do território, sobretudo quando se considera o âmbito local. Os programas e planos de ordenamento do território ao nível do sistema de gestão territorial inserem-se no âmbito nacional, regional e municipal.
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