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VITICULTURA – FIT 450 P3 INTRODUÇÃO Área planta de uva no mundo: Maiores áreas plantadas: Espanha, França, Itália, Turquia, China, EUA (maioria são países mediterrâneos). Brasil: pouca área plantada (mais de 50 % está no Sul, Minas Gerais produz pouco – pouca importância econômica em MG). Informações: - Mais de 10.000 variedades de uva registradas no mundo; - Cada variedade tem um sabor único; - Cerca de 50 variedades são mais exploradas comercialmente; - Videira: obrigatoriedade de poda para que seja produtiva; - É uma planta de clima TEMPERADO; - O caule da videira é semi-lenhoso Produção mundial: *Chile produz muito. Produção de vinho: Destinação da uva: maioria para consumo in natura no BRASIL. No restante do mundo a maior parte é para a produção de vinho. Produção de uva: - para mesa; - para suco (integral e concentrado); - para vinho (fino e de mesa); - para passas; - para doces e geleias, etc. OBS: Vitis labrusca (videira americana, vinho de mesa) – o vinho do Brasil é dessa espécie. Vitis vinífera (videira europeia, vinho fino) HISTÓRICO - 4000 AC; - Evidências arqueológicas; - Caucaso a Israel, Egito e outras regiões do Mediterrâneo (onde começou a domesticação); - “Primo rico” da cultura do trigo. Vinho: - Associação à saúde e ao prazer; - Oportunidade de empreendedorismo (história, gastronomia e lazer). - Faz parte da civilização do homem; Alto valor agregado - Oriundo do processo de fermentação da uva; - Associado à nobreza – “valor intangível”; - Alto valor agregado – não precisa de grandes áreas para ter lucro (recomendável para pequenos produtores). VARIEDADES FAMÍLIA Vitaceae GÊNERO Vitis Considerações: - 3 DESTINOS PRINCIPAIS: consumo in natura, produção de suco e produção de vinho. - Espécies + comercializadas: V. labrusca, V. vinífera, V. aestivalis. Origem: - ÁSIA (menor importância); - EUROPA (ex.: Vitis vinífera): qualidade superior do vinho; qualidade de frutos de mesa; susceptível à pragas e doenças. - AMÉRICA (ex.: Vitis labrusca, Vitis aestivalis): qualidade inferior do vinho; suco de qualidade superior; resistente à pragas e doenças (muito usada como porta- enxerto). OBS: AMÉRICA X EUROPA (híbrido) – qualidade intermediária; resistência à pragas e doenças. As origens em termos agronômicos: SUSCEPTIBILIDADE: representa maior custo com pulverizações; RESISTÊNCIA: levam à maior rentabilidade; QUALIDADE DE COMPOSTOS FENÓLICOS: para produção de vinho – determinam diferentes sabores (que podem ser iguais a de outros frutos, ex.: pimentão); SUBSTÂNCIAS AROMÁTICAS: uvas muito aromáticas são ruins para produção de suco. MERCADO EUROPEU: aceitação de V. vinífera de outros mercados, não de V. labrusca (qualidade inferior) Variedades de “mesa” ou consumo “in natura”: Itália, rubi, benitaka, brasil (mutação da variedade benitaka), BRS clara. Variedades destinadas principalmente para produção de suco: Niagara branca, niagara rosada, concord, isabel. Variedades usadas na produção de vinho: bordô, syrah (altamente vigorosa), cabernet sauvignon, verdadeiro cabernet (cabernet franc), chardonay (vinho branco), norton cyjthiana (V. aestivalis), blanc du bois, frontenac, frontenac gris, chambourcin, marechal foch, carmènère, malbec, Considerações: - A maioria das variedades surgiram de variações somáticas; - Frutos APIRENOS são frutos sem sementes (mais caros – devido à aplicação de hormônios exógenos para induzir a divisão celular e enchimento dos frutos); - AROMA FOXADO (“uvas de raposa”): cheiro de “chulé”, umidade. QUIMICAMENTE FALANDO: aroma gerado pelo crescimento bacteriano (só em vinho). SEÇÃO Muscadinea (40 cromossomos) SEÇÃO Vitis (38 cromossomos) Vitis rotundifolia Série labruscae: Vitis labrusca (AMERICANA) Série viniferae: Vitis vinifera (EUROPEIA) Vinificação *O aroma foxado é inversamente proporcional à acidez; *Se for evitado que o pH aumente no processo de vinificação não há crescimento bacteriano, logo não há aroma foxado; *Uvas com maior acidez aumentam pouco o pH, havendo, assim, menos crescimento bacteriano; * V. vinífera: mais ácido. - Uva Isabel: mais usado para produção de suco; - VINHO FINO: Produzido com Vitis vinífera; - VINHO DE MESA: Produzido com Vitis labrusca; - Uva Syrah: altamente vigorosa; - Cabernet Sauvignon: “rainha das uvas tintas”, a mais complexa das uvas (em aspectos aromáticos, visuais e de sabor); - VINHO POUCO ELEGANTE: muito aromático; - Para cada tipo de vinho se utiliza uma taça (ex.: taça menor para canalizar os aromas); - Cada vinho tem sua identidade (cada cepa tem sua identidade); - “Norton grapes” (V. aestivalis): resistente à doenças e pragas e fornece vinhos de excelente qualidade; - Vitis rotundifolia: dá em pencas, tem coloração escura (aparência semelhante à da jabuticaba). A VIDEIRA: Considerações: - A videira é uma espécie caducifólia (perde as folhas no período de frio como forma de perder água) para evitar o congelamento e posterior rompimento e extravasamento da célula; - A videira é uma planta de clima temperado; DORMÊNCIA: estratégia de sobrevivência Para quebrar a dormência é preciso acumular horas de frio (300 horas a 7°C – frio hibernal) – Após a quebra da dormência, surgem as brotações. OBS: Em climas tropicais e subtropicais não conseguem acumular horas de frio suficientes (dificuldade em superar a dormência, gerando brotações deficientes). SUPERAÇÃO DE DORMÊNCIA REALIZADA SUPERFICIALMENTE: *Substâncias utilizadas: - cálcio cianamida - cianamida hidrogenada (Princípio ativo extraído da rocha, nome do produto: Dormex) - Essas substâncias possibilitaram produções contínuas (o ano todo) em regiões tropicais e subtropicais; - Brasil: Muito tecnificado nos plantios de uva Há uma vantagem competitiva, pois consegue produzir duas safras/ano (a cada pH ACIDEZ CICLO FENOLÓGICO DA VIDEIRA Maturação/Colheita Frutificação Crescimento Superação de dormência Dormência 6 meses tem um ciclo – após a produção, passa 2 meses sem frutificação para se recuperar); BROTAÇÃO: seu vigor depende de reserva acumulada pela planta (é acumulada no final do ciclo fenológico anterior), é diretamente proporcional à quantidade de reserva. Considerações: - Após 30 dias: sistema radicular está cheio de ápices meristemáticos e pelos radiculares (coincidindo com a época de FRUTIFICAÇÃO) MELHOR ÉPOCA DE ADUBAÇÃO (é a fase que ela mais aproveita os nutrientes fornecidos, onde há maior capacidade de incorporação); - CONTROLE DA DOMINÂNCIA APICAL: eliminação do ápice (poda) É fundamental, principalmente para direcionar adequadamente os fotoassimilados e redistribuir para outras partes da planta, inclusive frutos. Também induz brotação lateral (formando a 2ª geração de folhas, após 40 dias); - Após 70 dias: A planta está em pleno desenvolvimento (início da maturação dos frutos) As folhas da primeira geração estão velhas nessa fase (senescência) não produzindo mais fotoassimilados e comportando-se como dreno – IMPORTÂNCIA DA PODA AOS 40 DIAS (pois induz brotação de folhas que irão substituir as folhasmais velhas); - Após 120 dias: Frutos ficam maduros; - APÓS A COLHEITA: todo fotoassimilado é destinado às raízes, onde são armazenados para constituírem reservas para o próximo ciclo É uma fase em que os cuidados são fundamentais para PERENIZAR a produção (muitas vezes essa fase é deixada de lado, ficando sujeitas a pragas, doenças e deficiências, interferindo no ciclo seguinte – baixa produtividade); - Na ESPALDEIRA (estrutura): na parte de cima ficam as folhas velhas Tratos culturais: retirada das folhas velhas (retira um dreno, permite maior acúmulo de antocianina e menor risco de pragas e doenças devido à maior exposição ao sol). CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO DA UVA: FECUNDAÇÃO/APÓS ABERTURA DAS FLORES: multiplicação celular muito intensa Fase de grande demanda de nutrientes (fase com muitos meristemas radiculares para absorção de nutrientes); 2 FASES DE CRESCIMENTO: - 1º fase – Multiplicação celular (0 a 60 dias): Influencia o tamanho do fruto (+ células, maior tamanho), maior demanda de N. - 2º fase: Depósito de açúcares e compostos orgânicos: Fase de preenchimento. Essa fase é especialmente importante para o produtor de vinho, pois é nessa fase que se forma os compostos aromáticos da uva que dão maior qualidade ao vinho. COLHEITA DA UVA: - Para frutos de mesa: quando acumula uma quantidade mínima de açúcares (glicose+frutose) – 16 graus BRIX; - Para vinho: 20 gramas de açúcar a cada 100 gramas de fruto (20 graus BRIX) é o que necessita acumular para ter um vinho minimamente bom Quanto mais velha fisiologicamente é a planta, maior a capacidade de acumular açúcar. OBS: Quanto mais calor no momento de maturação das uvas, pior a qualidade do vinho (menor acúmulo de açúcar). Considerações: - Início da formação do fruto: ponto de máxima acidez (ácido málico e ácido tartárico). A medida que o fruto vai sendo preenchido e vão acumulando compostos orgânicos no mesmo, esses ácidos vão sendo diluídos. - QUEDA DRÁSTICA DE ÁCIDO MÁLICO (devido à intensa respiração – altas temperaturas): Aumento brusco do pH, impedindo a fabricação do vinho (produz leveduras e outros microrganismos formadores do vinagre); Tipos de fruto: - Fruto com semente (+ comum no BR) *Frutos maiores: tem embriões no interior do fruto que alocam reservas (auxinas); *Quanto maior o número de sementes, maior o fruto; *As sementes são fundamentais para canalizar nutrientes para o fruto. *Tem muito tanino nas sementes. - Fruto apireno (stenorspermico) *Semente abortada (tem fecundação, mas aborta) *Frutos menores: sem sementes/embriões – sem produção de auxinas (reservas). - Fruto paternocarpico: não tem fecundação (frutos muito pequenos), é mais usado para doce. ÁCIDO GIBERÉLICO: - Frutos pequenos (sem sementes): para terem tamanho maior (e maior valor no mercado) é necessário a aplicação de ácido giberélico. *O ácido giberélico pode ser utilizado em todos os tipos de frutos. *O ácido giberélico aumenta a flexibilidade da parede celular, aumentando o tamanho do fruto. *FRUTOS COM SEMENTES: Aplicação deve ser realizada depois da divisão celular natural dos embriões, para que os frutos cresçam mais em tamanho. É tóxico ao embrião, por isso deve ser aplicada após a divisão celular. Considerações: - GRUPO ITÁLIA: Necessitam de desbaste de bagas, pois frutificam excessivamente e após o amadurecimento ficam com cachos muito duros (difícil de colher) – Para o desbaste é utilizado um pegador que auxilia na retirada dos botões florais em excesso (“videiras artesanais” – alto valor do fruto). PROPAGAÇÃO DA VIDEIRA: - Propagação da uva: predominantemente vegetativa. FILOXERA: ácaro que ataca principalmente as raízes, mas também as folhas (geralmente isso ocorre quando há superpopulação de ácaros); *Devastação da Filoxera (principalmente em Vitis vinífera – susceptível): se espalhou e causou grande devastação, pois foi combatido como se fosse uma virose (controle errado). CONTROLE DA FILOXERA (opções): 1. Alagamento por 45 -105 dias (limitações: topografia, tipo de solo – não dá para fazer em todas as áreas); 2. Sulfeto de carbono (eficaz, porém economicamente inviável) – é volátil, necessita de injetar nas raízes; 3. Enxertia: plantas americanas são mais tolerantes ao ácaro e com isso, utilizou- se esses indivíduos como porta- enxerto. OBS1: Atualmente os vinhedos de Vitis vinifera em todo mundo são propagados por enxertia, exceto no Chile, onde as condições climáticas são desfavoráveis ao ácaro. OBS2: Em locais onde há filoxera o porta- enxerto deve ser Vitis labrusca para dar vigor à planta. ÍNDICE DE RAVAZ: Kg de uvas/ Kg de lenha de poda de inverno - Mede a susceptibilidade em função do grau de ataque. - ZERO (0): susceptibilidade total, atribuído a Vitis vinífera; - VINTE (20): resistência total atribuído a Vitis rotundifolia. PORTA ENXERTO: - Para a escolha é preciso considerar a resistência/susceptibilidade a pragas e doenças e características edafoclimáticas do local. **TÉCNICA UTILIZADA PARA ENXERTAR VIDEIRA: GARFAGEM** MATERIAIS PARA ENXERTIA: - barbante; - fita plástica. Quando usar um ou outro? R: A uva é uma planta que libera muita água, logo quando o material está fresco (molhado) o barbante deve ser utilizado, pois irá absorver água e secar depois. Quando o material estiver “seco” (sem excesso de água), é possível usar a fita plástica. OBS: A fita plástica não pode ser usada em um fragmento de planta muito úmido (açúcar + água = microrganismos, principalmente fungos). - ENXERTO: dá qualidade e produtividade ao fruto se for escolhido adequadamente; - PORTA-ENXERTO: dá sustentação e resistência. - PROBLEMAS QUE PODEM SURGIR ENTRE ENXERTO E PORTA-ENXERTO: - Adaptação (quando não há pegamento entre as duas partes); afinidade (há pegamento, mas não se comporta bem, não há compatibilidade) e influência. OBS: Às vezes pode ocorrer um enxerto “triplo”, com três partes diferentes. Considerações: Idade mínima das estacas: 4 a 8 anos (planta com reserva acumulada para brotação de folha e raiz – apresentam anatomia parecida e maior chance de pegamento) **TIPO DE ENXERTIA UTILIZADA EM GRANDE ESCALA PARA PRODUÇÃO DE VIDEIRA: ENXERTIA DE MESA** - Parafina (na produção industrial): Usada para selar e evitar o ataque de microrganismos. SISTEMA DE CONDUÇÃO DA VIDEIRA: - A uva necessita de muita luz (para produzir a quantidade de açúcar que produzem); PRINCÍPIOS BÁSICOS: - Otimização da interceptação da luz: otimização da fotossíntese; - Facilitação de tratos culturais (para reduzir os custos de manejo – mecanização): o processo começa no planejamento da parreira; A – variedade comercial B – ponte para pegamento C – porta-enxerto de interesse - Promoção do desenvolvimento de um microclima favorável à cultura: produção de frutos de alta qualidade (mínimo de intervenção química possível). PRINCIPAIS MÉTODOS DE CONDUÇÃO: - Sistema horizontal (LATADA): condução horizontal dos ramos de uva (em cima do estaleiro); - Sistema vertical (ESPALDEIRA): “cerca”, ramos de uva conduzidos na vertical. Pode ser: *Cordão esporonado no alto: ramo principal no primeiro arame e os brotos que nascem são amarradosnos demais. OBS: O cordão esporonado no alto, força o crescimento dos ramos para baixo (diminui vigor), não há sombreamento de outras partes da planta. Esse tipo de sistema é para PLANTAS COM MUITO VIGOR. *Cordão esporonado no baixo: ramo principal no último arame e os brotos que nascem são amarrados nos demais. OBS: Desvantagem do sistema esporonado: Em plantas muito vigorosas há dificuldade de realização de poda para retirar dominância apical, gerando sombreamento de outras folhas e/ou frutos quando o trabalho é manual (pequeno produtor). É preciso utilizar plantas de menor vigor para não ter esse problema – virar ramos para cima (fototropismo positivo – aumento do vigor). Nesse tipo de sistema (esporonado no baixo) deve-se usar PLANTAS COM POUCO VIGOR. OTIMIZAÇÃO DA INTERCEPTAÇÃO DA LUZ: - Melhor sistema do ponto de vista da fotossíntese: ESPALDEIRA, porém precisa estar perpendicular (norte-sul) ao caminhamento do sol (para pegar sol em toda a planta) Pega sol em toda a planta, mas em partes diferentes ao longo do dia. - Espaldeira: menor fotorrespiração (menor exposição solar quando ela fotossintetiza pouco – 12h) LATADA: exposição durante o dia todo. Meio dia (horário de maior exposição): a uva não está fazendo fotossíntese (AUMENTO DA FOTORRESPIRAÇÃO – tudo que acumulou de fotoassimilados é gasto na fotorrespiração); *UVA: Planta C3 (faz fotossíntese na parte da manhã e no final da tarde) onde ocorrem os picos no sistema em espaldeira. 12h 18h 06h Horário Radiação 12h 06h 18h Horário Radiação Considerações: MICROCLIMA INADEQUADO: maior umidade, pouca luz, baixa incidência de ventos (favorece o aparecimento de doenças, ex.: oídeo e míldeo) COMPLEXIDADE NO TRATO CULTURAL: ergonomicamente desconfortável em determinados sistemas (ex.: latada) e dependendo da altura que está; *ALTURA: Muito alto (dificulta os tratos culturais); Baixo (pesa os cachos e pessoa fica abaixada). *Sistema em espaldeira: mais fácil de mecanizar; *MECANIZAÇÃO na colheita: usado para frutos que produzirão sucos e vinhos. *COLHEITA MANUAL: frutos de mesa. PODA DA VIDEIRA: - Ambiente natural: baixa produtividade, qualidade inferior do cacho; - Poda: início de todo ciclo fenológico para ser economicamente produtiva; Conceito: Conjunto de cortes na planta, objetivando limitar o nº e o comprimento dos sarmentos, ter um balanço racional entre o vigor e a produção (regularizando a quantidade de uva produzida e conduzir a planta aos propósitos econômicos de sua exploração. Visa principalmente a FRUTIFICAÇÃO. Podas: PODA DE PRIMAVERA-VERÃO (Poda verde): evita sobreposição de folhas para não gerar sombreamento excessivo; PODA DE INVERNO (Poda seca): condução da planta (para direcionar os brotos no próximo ciclo). Objetivos da poda seca: Propiciar a frutificação desde os primeiros anos de plantio; Limitar o número de gemas para regularizar e harmonizar a produção e o vigor; Melhorar a qualidade da uva, que pode ser comprometida por uma elevada produção; Uniformizar a distribuição da seiva elaborada para os diferentes órgãos da videira; Proporcionar à planta uma forma determinada que facilite a execução dos tratos culturais. Escolha do sistema de poda: - Depende do cultivar (clima e solo similares), características de solo (solos férteis – poda longa), influência do clima (climas úmidos: menor fertilidade das gemas, regiões mais quentes: maior fertilidade das gemas); Incidência direta do sol, podas ou para tampar os cachos; baixa incidência poda para expor os cachos; objetivo. Tipos de poda: - Poda de implantação; - Poda de formação; - Poda de frutificação; - Poda de renovação. Localização e tipos de gema: As gemas cegas e gemas francas (axilares) devem ser retiradas para não tirar energia do ramo produtivo (PODA DE FRUTIFICAÇÃO). Hábito de frutificação: Ramo do ano, ou seja, as brotações novas trazem consigo a inflorescência. *As gemas que dão origem a ramos frutíferos são determinadas em um ciclo fenológico anterior. GEMA FÉRTIL ≠ GEMA ESTÉRIL Gema fértil: forma fruto (tem PRIMÓRDIO FLORAL); Gema estéril: não produz ramo frutífero. OBS: Como averiguar se é gema é fértil ou estéril? R: Observação do MERISTEMA APICAL (presença ou não de primórdio floral). Indução floral de gemas de videiras: - Controlado geneticamente: A distribuição de gemas férteis ao longo do sarmento varia em função da variedade de uva; - Influenciado pela luminosidade incidente: Gemas expostas à luz tendem a produzir maior número de primórdios florais. Gemas sombreadas não produzem primórdios florais (precisam receber quantidade adequada de luz); Poda da videira: Por produzir em ramo do ano, a videira deve receber poda drástica, eliminando-se a maior parte dos ramos velhos, para favorecer a brotação de novos ramos (PODA SECA). Sistemas de poda: Adoção de um sistema de poda depende da localização das gemas férteis ao longo do ramo. - PODA CURTA (todas as gemas são férteis, então pode cortar mais curto): A poda curta consiste no corte dos ramos desenvolvidos no ciclo fenológico anterior à altura de duas gemas da base (esporão). Poda curta em cordão esporonado no baixo: Aplicada em variedades uva cuja formação de gema fértil ocorre ao longo de todo o sarmento, incluindo gemas da base. - PODA LONGA SEGUIDA DE PODA DRÁSTICA (gemas férteis a partir da 5ª ou 6ª gema, corta o ramo mais alto): Poda longa em um ciclo, que coincide a colheita da uva com bons preços e Poda drástica, com duas gemas para iniciar novo ciclo, que coincide a colheita com preços baixos, para a renovação dos ramos. - PODA MISTA (poda longa + poda curta): A poda mista é aplicada em variedades de uva que não formam gemas férteis na base dos ramos. *Poda longa (que vai produzir no ano – gasto de energia devido à produção); *Poda curta (de reposição, para crescer e produzir no próximo ano – fonte de captação de energia); *Depois da produção as varas são cortadas (não produzem mais). Em sistema de poda mista as varas são responsáveis pela produção de frutos e os esporões responsáveis pela formação de ramos produtivos do próximo ciclo fenológico. Depois Antes
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