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RELATÓRIO BIO CEL

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A membrana plasmática permite a delimitação da célula, além da permeabilidade seletiva de substâncias. Esta permeabilidade seleciona as substâncias que serão transportadas entre os meios intra e extracelulares. A constituição da membrana plasmática possibilita a seletividade destes transportes. Esta composição é basicamente feita de uma bicamada fosfolipídica, composta de fosfolipídeos em sua maioria insaturados (dupla ligação na cadeia dos ácidos graxos), que garantem uma maior fluidez da membrana; junto a moléculas de colesterol (diminuem a fluidez) e proteínas. As proteínas permitem a passagem de moléculas que não passam diretamente pela bicamada. Ou seja, moléculas grandes, com carga, ou hidrossolúveis. O transporte por proteínas pode ser de forma ativa ou passiva (ALBERT et al., 2011). 
De maneira sintética, o transporte ativo, por ir contra o gradiente químico (ou de concentração), gasta a energia química celular (ATP). Exemplo deste transporte ocorre pela Na+,K+ - ATPase, que promove a saída de 3 sódios para meio extracelular em troca da entrada de 2 potássios para o meio intracelular. A mudança conformacional desta proteína se faz pela quebra de uma molécula de ATP. O transporte passivo, por sua vez, vai a favor do gradiente químico, portanto, não há gasto de energia química. Exemplos deste transporte é a difusão simples (passagem pela bicamada fosfolipídica), a difusão facilitada (por proteínas transmembranas) e o transporte iônico, feito por canais iônicos (proteínas que possuem sítio de ligação para íons) (ALBERT et al., 2011; COOPER & HAUSMAN, 2007). 
A osmose é um exemplo de difusão simples que ocorre com o transporte da molécula de água, ou seja, quando a membrana não é permeável ao soluto. Em uma solução isotônica, por haver um equilíbrio entre o solvente (água) e soluto, a célula está também em uma situação estável do seu volume celular. Uma solução hipotônica tem pouco soluto em relação ao solvente, portanto, a tendência química da água (maior concentração na solução em relação à célula) é entrar passivamente no meio intracelular. O volume celular, desta forma, aumenta. Do contrário, uma solução hipertônica tem muito soluto em relação ao solvente, portanto, a tendência química da água (menor concentração na solução em relação à célula) é sair passivamente do meio intracelular. O volume celular, desta forma, diminui (ALBERT et al., 2011; COOPER & HAUSMAN, 2007).
A célula animal não apresenta parede celular. Sendo assim, em uma solução hipotônica, a célula não tem como limitar a entrada de água, e, portanto, pode “explodir” (no caso de hemácias, este processo se chama hemólise). Já em uma solução hipertônica, a célula murcha (no caso de hemácias, são chamadas de hemácias crenadas) (ALBERT et al., 2011). 
A célula vegetal, por sua vez, tem parede celular, o que garante um limite para entrada de água. Assim, a célula vegetal fica túrgida em uma solução hipotônica. Por outro lado, em uma solução hipertônica, esta célula pode sofrer plasmólise, que se dá quando a membrana plasmática chega a se desprender da parede celular por conta da perda de água. Estes processos, na célula vegetal, são reversíveis (ALBERT et al., 2011). 
ALBERT, Bruce; BRAY, Dennis; HOPKIN, Karen; WALTER, John. Fundamentos da Biologia Celular. 3ª edição. Porto Alegre: Artmed, 2011.
COOPER, Geoffrey M.; HAUSMAN, Robert E. A célula – uma abordagem molecular. 3ª edição. Porto Alegre: Artmed, 2007.

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