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Tecido Nervoso

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21/04/2018 AVA UNINOVE
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Tecido Nervoso
CARACTERIZAR ESTRUTURALMENTE E FUNCIONALMENTE O TECIDO NERVOSO. DESCREVER OS
CONSTITUINTES CELULARES COM SUAS CARACTERÍSTICAS E FUNÇÕES. DISTINGUIR NEURÔNIO DE
CÉLULAS DA GLIA.
Legenda: FIGURA 1
Analise esta figura acima. O que será que você está imaginando que está acontecendo? Certamente está
pensando que a batata está “pelando”, por isso nenhuma das pessoas está segurando e também encontram-
se com essa expressão facial de certo desespero sabendo que a batata está quente demais. Pois bem, quem
está controlando todas essas reações e até mesmo deixando cada um desses indivíduos com um certo
preparo em pegar a batata, é o Sistema Nervoso.
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Imagine-se agora você colocando água para ferver e sem querer esbarra na panela. A primeira resposta
desencadeada é a imediata retirada da região do seu corpo que está queimando. Você consegue perceber se
pensou que estava se queimando? Ou a retirada da região do corpo foi efetuada antes dessa percepção da
queimadura? Com certeza está chegando à conclusão que não percebeu logo de início. Porém, segundos
depois reparou que se continuasse com a região encostada na panela viria a sofrer danos maiores. Essa
situação também está sendo controlada pelo Sistema Nervoso e note que este sistema atua sempre de
maneira extremamente rápida sem antes ao menos interpretarmos aquele estímulo, ou seja, reagimos de
maneira instintiva e/ou por reflexos. Dessa forma, o tecido abordado a seguir é o tecido nervoso.
Compreendendo todos os órgãos que fazem parte do Sistema Nervoso há um tecido fundamental formador
dos mesmos, denominado de tecido nervoso.
O tecido nervoso é originado embriologicamente do folheto germinativo conhecido como ectoderma. No
feto, este folheto começa a se diferenciar por volta da terceira semana de vida intra-uterina e conclui seu
desenvolvimento no terceiro mês fetal (12ª semana). A partir deste processo a maturação do Sistema
Nervoso é iniciada e somente aos cinco anos de idade, em média, esta evolução se finda.
Este tecido é altamente especializado capaz de integrar estímulos internos (de órgãos) e externos
(ambiente), e controlar as atividades funcionais dos órgãos e sistemas para desencadear respostas de forma
adequada e manter a homeostasia.
Anatomicamente falando, o Sistema Nervoso é dividido em Sistema Nervoso Central (SNC) e Sistema
Nervoso Periférico (SNP). O SNC é constituído pelo encéfalo (cérebro, tronco encefálico e cerebelo) e
medula espinal. O SNP é representado pelas demais estruturas que não fazem parte do SNC como, os
gânglios, os nervos (cranianos e espinais) as terminações nervosas (motoras ou sensoriais).
Funcionalmente, distingue-se o Sistema Nervoso Somático que serve ao processamento de estímulos que
atuam sobre o corpo, provenientes do meio externo e o Sistema Nervoso Visceral que controla as funções
orgânicas e é responsável pela manutenção do meio interno (homeostase).
No sistema nervoso, as informações circulam sob a forma de impulsos elétricos (ou impulsos nervosos).
Estímulos provenientes do ambiente (estímulos mecânicos, térmicos, químicos) ou dos órgãos são captados
por células nervosas específicas (neurônios) e transformados em impulsos elétricos. Esses impulsos
elétricos são propagados para outros neurônios ou outras células através de contatos especializados
denominados sinapses. É nessa comunicação entre as células que pode ocorrer a liberação de mediadores
químicos.
Diferentemente dos outros tipos de tecido, o tecido nervoso não apresenta matriz extracelular. Em sua
composição encontram-se as células, tais como neurônios (figuras 2 e 3) e células da glia (figura 3). Este
tecido se apresenta extremamente vascularizado.
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Legenda: FIGURA 2. REPRESENTAçãO ESQUEMáTICA DE UM NEURôNIO COM SUAS 3 PARTES: CORPO
CELULAR, DENDRITO E AXôNIO. FONTE:
HTTP://WWW.SOGAB.COM.BR/ANATOMIA/SISTEMANERVOSOJONAS.HTM
NEURÔNIOS
O neurônio é a principal célula deste tecido e representa a unidade funcional do sistema nervoso. Há,
aproximadamente, 86 bilhões de neurônios que não se multiplicam e não são capazes de se regenerar. É
uma célula especializada capaz de detectar estímulos (pelo SNP), conduzir ao SNC, processar a informação
e elaborar uma resposta ao estímulo, sendo então essa informação conduzida até o órgão efetor (músculo
e/ou glândula) que desencadeará a resposta. Resumindo, o neurônio serve para a recepção/captação,
processamento e transmissão de estímulos/informações. Além disso, é capaz de produzir e liberar
mediadores químicos denominados neutransmissores.
O neurônio é constituído por corpo celular e prolongamentos de comprimento variável, sendo cada uma
dessas partes responsáveis por funções específicas. Estes prolongamentos são representados pelos
dendritos e o axônio. Observe o neurônio e suas partes na figura 2 e 3.
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O corpo celular (eventualmente soma ou pericário) do neurônio representa o seu centro trófico. Essa região
se apresenta dilatada e é o local em que são encontrados o núcleo e diversas organelas citoplasmáticas
devido à sua alta atividade metabólica na síntese de proteínas. No interior do corpo celular observam-se
uma espécie de grânulos denominados corpúsculo de Nissl que nada mais são do que o conjunto de
polirribossomos e retículo endoplasmático rugoso.
Os dendritos, em sua maioria curtos e ramificados (se assemelhando a galhos de árvore), são responsáveis
por receber as informações de outros neurônios ou do ambiente externo e até mesmo dos órgãos, levando
essas informações ao corpo celular.
O axônio (ou fibra nervosa), geralmente prolongamento longo, fino e único, é responsável por conduzir a
informação do corpo celular para outro neurônio ou para uma célula efetora (como uma célula muscular)
através da propagação de um evento eletroquímico denominado potencial de ação. É no final do axônio que
se estabelece a sinapse. A maioria dos axônios apresenta-se envolto pela bainha de mielina (rica em lipídio)
e que serve como um isolante elétrico para a rápida condução dos impulsos nervosos.
Legenda: FONTE A: ROSS, M. H.; PAWLINA, W. HISTOLOGIA | TEXTO E ATLAS: EM CORRELAçãO COM
BIOLOGIA CELULAR E MOLECULAR. 5ED. RIO DE JANEIRO: GUANABARA KOOGAN, 2008. FONTE B:
HTTP://WWW.ICB.USP.BR/MOL/9-3-NEURONIOS2.HTML
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Figura 3. Fotomicrografias de sistema nervoso.  É possível observar em ambas as imagens (A e B) células
características do tecido nervoso. C.N.- representa o corpo celular do neurônio e C.G.- representa as células
da glia. As setas vermelhas estão indicando vasos sanguíneos que são muito abundantes neste tecido. Na
imagem B, as setas azuis indicam os vários prolongamentos dos neurônios.
Os neurônios podem ser classificados de acordo com a sua função e a sua forma. Funcionalmente temos os
neurônios sensitivos (aferentes) que recebem informações sensoriais do meio ambiente e do próprio
organismo; neurônios motores (eferentes) que conduzem o impulso nervoso ao órgão efetor e neurônio de
associação que permite um aumento no número de sinapses estabelecendo conexões com outros neurônios.
Morfologicamente podem ser classificados em multipolares, bipolares e pseudounipolares (unipolares). O
neurônio multipolar apresenta um axônio e dois ou mais dendritos. O neurônio bipolar apresenta um axônio
e um dendrito. O neurônio pseudounipolar apresenta prolongamentoúnico que se divide próximo ao corpo
celular em dois outros prolongamentos. Observe as diferenças morfológicas dos neurônios na figura 4.
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Legenda: FIGURA 4. FONTE: HTTP://BLOGELSEVIERSAUDE.ELSEVIER.COM.BR/ODONTOLOGIA/TECIDO-
NERVOSO/
Células da Glia
Também designadas como neuroglia ou simplesmente glia, estão justapostas aos neurônios oferecendo
proteção, suporte, nutrição ou sustentação. Estas células são capazes de sofrer mitose e são cerca de 10 a 50
vezes mais numerosas do que os neurônios. Podem ser divididas seguindo seu tamanho, em micróglia
(refere-se às menores células) e macroglia (tamanho maior em relação às demais). Ou, mais
frequentemente, divididas de acordo com a sua localização na porção central ou na porção periférica do
sistema nervoso. Deste modo, no SNC podem ser encontrados astrócitos, oligodendrócitos, microglia e
células ependimárias, enquanto que no SNP podem ser encontradas células de Schwann e células satélites.
As células gliais (figura 5) estão listadas e caracterizadas abaixo:
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a. Astrócitos
Os astrócitos são as células da glia mais numerosas e sua forma lembra o formato de uma estrela. São
exemplos de suas funções: formação da barreira hematoencefálica a partir de seus prolongamentos,
manutenção dos níveis de íons Potássio (K+) no espaço extracelular, captação e remoção de
neurotransmissores liberados durante as sinapses, direção da migração neuronal e do processo de
crescimento dos axônios. É a célula envolvida também na cicatrização.
b. Oligodendrócito e Célula de Schwann
A bainha de mielina é formada pelas células mielogênicas chamadas de oligodendrócitos, presentes no
Sistema Nervoso Central, e de células de Schwann quando situadas no Sistema Nervoso Periférico. Os
oligodendrócitos tratam-se de células menores e com muitos prolongamentos que envolvem axônios,
enquanto as células de Schwann se dispõem, em forma espiral ao redor em um único axônio. A presença da
bainha de mielina faz com que os estímulos sejam conduzidos com maior velocidade. Axônios que
apresentam bainha de mielina são ditos como sendo axônios mielinizados enquanto que os que não
apresentam são os amielinizados.
c. Microglia
A microglia refere-se às menores células do tecido nervoso. Estas células de defesa que tem a função de
fagocitose, ou seja, remoção dos dendritos e fragmentos de células degeneradas após um processo de lesão
ou morte celular. Por realizar a fagocitose são células semelhantes aos macrófagos
d. Células Ependimárias (figura 6)
As células ependimárias são colunares com a função de revestir os ventrículos encefálicos e o canal central
da medula espinal. Função semelhante ao tecido epitelial já que está revestindo essas cavidades.
Nos ventrículos encefálicos essas células se aglomeram constituindo os plexos coroides, sendo então
responsáveis também pela produção do líquido cerebrospinal ou líquor.
e. Célula Satélite
São células que envolvem os corpos celulares dos neurônios dos gânglios sensitivos e do Sistema Nervoso
Autônomo.
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CURIOSIDADE
Diversas toxinas são nocivas ao nosso corpo e, principalmente, se considerarmos células tão
especializadas como os neurônios. Toxinas como álcool, éter e benzina apresentam efeito tóxico
sobre os neurônios destruindo-os. Essas células quando mortas são fagocitadas pela microglia e
um espaço é gerado nessa região. Esses espaços são preenchidos pelos astrócitos que se
proliferam (hiperplasia) e aumentam de volume (hipertrofia).
Legenda: FIGURA 5. FONTE: JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. HISTOLOGIA BáSICA ? TEXTO E ATLAS.
11ED. RIO DE JANEIRO: GUANABARA KOOGAN, 2008.
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Figura 5. Desenhos de células da glia. Representação de astrócitos, microglia e oligodendrócito. Observar
que somente o astrócito emite prolongamentos em direção ao vaso sanguíneo de modo a fazer a barreira
hematoencefálica.
Legenda: FIGURA 6. FONTE: HTTP://WWW.ICB.USP.BR/MOL/9-28-ORGMEDESP2.HTML
Figura 6. Corte transversal de medula espinal. Observe em A o canal central da medula espinal, tanto na
imagem superior (visão geral da medula espinal) como na imagem inferior (maior aumento no canal
central). Observe na imagem inferior, nas setas verdes, as células ependimárias com formato colunar que
revestem o canal central.
Substancia branca e cinzenta
No SNC (encéfalo e medula espinal) não há interposição de elementos de tecido conjuntivo e nesta porção
central do sistema nervoso ocorre uma organização das partes dos neurônios, constituindo assim as
substâncias branca e cinzenta.
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A substância branca é formada em sua maioria por fibras nervosas (axônios de neurônios) mielínicas,
células da glia e algumas fibras nervosas amielínicas. Deste modo, sua cor branca é resultante da grande
quantidade de mielina envolvendo as fibras. A substância cinzenta é formada por aglomerados de corpos
celulares de neurônios, dendritos, porções amielínicas de axônios e células gliais. Deste modo, sua cor
cinzenta é resultante da ausência de mielina.
No encéfalo a substância cinzenta está localizada na periferia do cérebro (córtex cerebral) e cerebelo
(córtex cerebelar), e formam também núcleos situados mais internamente em locais específicos, enquanto
que a substância branca ocupa grande região central (figura 8). Na medula espinal ocorre o inverso, no qual
a substância cinzenta está disposta internamente na forma da letra “H”, sendo frequentemente denominada
“H” medular, enquanto que a substância branca ocupa a periferia da medula espinal. Nas figuras 7 e 8 é
possível observar a distribuição dessas substâncias na medula espinal.
Legenda: FIGURA 7. FONTE IMAGEM A: ROSS, M. H.; PAWLINA, W. HISTOLOGIA | TEXTO E ATLAS: EM
CORRELAçãO COM BIOLOGIA CELULAR E MOLECULAR. 5ED. RIO DE JANEIRO: GUANABARA KOOGAN,
2008. FONTE IMAGEM B: HTTP://WWW.ICB.USP.BR/MOL/9-30-ORGMEDESP4.HTML
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Figura 7. Corte transversal de medula espinal para observação da distribuição das substâncias cinzenta e
branca e também o que predomina cada uma. Observe em ambas as imagens (A e B) a presença da
substância cinzenta (S.C.) e da substância branca (S.B.). Na imagem A é possível evidenciar a distribuição
da substância cinzenta (S.C.) formando o “H” medular já mencionado e, ao redor, em S.B., a substância
branca compreendendo uma região mais periférica. Na imagem B é possível visualizar na S.C. o predomínio
de corpos celulares de neurônios nas setas azuis. Note na S.B. a predominância de fibras nervosas em que o
ponto rosa mais bem corado representa o axônio e a parte branca ao redor a bainha de mielina. Observe
também a coloração que corresponde a outra evidência da diferença entre as duas substâncias.
Meninges
O sistema nervoso central é recoberto por camadas de tecido conjuntivo denominadas meninges, que são
classificadas na sequencia da mais externa para a mais interna como dura-máter, aracnoide-máter e pia-
máter. A dura-máter é constituída por tecido conjuntivo denso não modelado e apresenta duas subcamadas
intimamente unidas. A mais externa, referida como dura-máter periosteal, encontra-se em contato com
partes da superfície interna do crânio e é bastante vascularizada. A mais interna, referida como dura-máter
meníngea, também é vascularizada e está emcontato com a camada aracnoide-máter subjacente. Na porção
do canal vertebral a dura-máter não se encontra aderida às paredes ósseas, surgindo assim um espaço
chamado espaço epidural, o qual é preenchido por tecido adiposo e um plexo venoso. A aracnoide-máter é
tida como a camada intermediária das meninges e é avascular, embora através dela passem vasos
sanguíneos provenientes da dura-máter. Entre a dura-máter e a aracnoide encontra-se o espaço subdural, o
qual apenas surge em decorrência de hemorragias subdurais, com preenchimento de sangue e afastamento
das camadas. Entre a aracnoide e a pia-máter há um espaço referido como espaço subaracnóideo, contendo
o líquido cerebrospinal e vasos sanguíneos que entram e saem do tecido nervoso. A pia-máter é a camada
mais interna e que está intimamente ligada ao encéfalo e medula espinal a partir de células neurogliais.
Esta camada é altamente vascularizada e formada por um tecido conjuntivo frouxo bastante delgado.
CORRELAçãO CLíNICA
Uma infecção bacteriana ou viral pode causar uma doença chamada meningite, causando
inflamação das meninges. Sua forma bacteriana, além de contagiosa pode ser bastante agressiva,
causando lesões no encéfalo e morte. O diagnóstico desta patologia pode ser realizado através da
punção e análise do liquido cerebrospinal coletado na região do canal vertebral.
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Legenda: FIGURA 8. FONTE: VAN DE GRAAFF, K.M. ANATOMIA HUMANA. 6 ED. BARUERI: MANOLE, 2003.
Figura 8. Representação esquemática das meninges dura-máter, aracnoide-máter e pia-máter, e dos espaços
epidural e subaracnóideo. Note também a disposição das substâncias cinzenta (S.C) e branca (S.B.) no
encéfalo (em secção frontal) e na medula espinal (em secção transversal).
Gânglios e nervos
No sistema nervoso periférico pode ser notada a presença de gânglios e nervos.
Em locais específicos, surge um acúmulo de corpos celulares de neurônios e mais células de sustentação.
Estes constituem os gânglios, que podem ser sensoriais ou conter corpos celulares do sistema nervoso
autônomo.
Já os nervos (figura 9) representam um agrupamento de axônios de neurônios unidos por tecido conjuntivo,
formando uma estrutura definida. Assim, histologicamente os nervos são constituídos por axônios de
neurônios; células de Schwann e seus prolongamentos constituindo a bainha de mielina e; células, fibras e
vasos sanguíneos do tecido conjuntivo. O tecido conjuntivo é organizado em três componentes distintos
que envolvem, protegem e agrupam as estruturas constituintes. Sendo assim, temos:
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O endoneuro que circunda cada axônio de neurônio e suas células de Schwann associadas. É composto por
tecido conjuntivo frouxo.
O perineuro que circunda grupos de axônios, formando pequenos feixes ou fascículos.
O epineuro que reúne todos os fascículos e circunda todo o nervo. É composto por tecido conjuntivo denso
não modelado.
 
Legenda: FIGURA 9. FONTE IMAGEM A: ROSS, M. H.; PAWLINA, W. HISTOLOGIA | TEXTO E ATLAS: EM
CORRELAçãO COM BIOLOGIA CELULAR E MOLECULAR. 5ED. RIO DE JANEIRO: GUANABARA KOOGAN,
2008.
Figura 9. Corte transversal de nervo. Observe na imagem A em FFN dois feixes de fibras nervosas cada um
deles circundados pelo perineuro (P) e ambos envoltos pelo epineuro (E). A imagem B corresponde à
ampliação da imagem A e é possível observar melhor os axônios mielinizados (Ax) envoltos por bainha de
mielina (M), compreendendo a fibra nervosa. P- representa o perineuro e E- epineuro. Associado à bainha
de mielina é possível de observar o núcleo de uma célula da glia que produz bainha de mielina no SNP, a
célula de Schwann (CS).
ATIVIDADE FINAL
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Assinale a alternativa correta que relata sobre as células do tecido
nervoso que fazem, respectivamente: a barreira hematoencefálica, a
defesa, a produção de bainha de mielina no SNC e a produção do
líquido cerebrospinal.
A. Neurônio, astrócito, célula de Schwann e microglia.
B. Astrócito, microglia, oligodendrócito e célula ependimária.
C. Microglia, célula ependimária, oligodendrócito e astrócito.
D. Astrócito, microglia, célula de Schwann e célula ependimária.
REFERÊNCIA
AUMÜLLER, G.; AUST, G.; DOLL, A.; ENGELE, J.; KIRSCH, J.; MENSE, S.; REIßIG, D.; SALVETTER, J.;
SCHMIDT, W.; SCHMITZ, F.; SCHULTE, E.; SPANEL-BOROWSKI, K.; WOLFF, W.; WURZINGER, L. J.; ZILCH,
H-G. Anatomia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009.
GARTNER, L. P.; HIATT, J. L. Tratado de Histologia em cores. 3ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007. 
JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Histologia Básica – Texto e Atlas. 11ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2008. 
ROSS, M. H.; PAWLINA, W. Histologia | Texto e Atlas: em correlação com biologia celular e molecular. 6ed.
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012. 
STEVENS, A.; LOWE, J. Histologia Humana. 2ed. São Paulo: Manole, 2001. 
VAN DE GRAAFF, K.M. Anatomia humana. 6 ed. Barueri: Manole, 2003. 
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&ei=BQO3UqqpAsbokQeNjIGYBw&ved=0CEIQsAQ&biw=1440&bih=774#facrc=_&imgdii=_&imgrc=fvykNta
fxu3LuM%3A%3BPetCIyptWXgN3M%3Bhttp%253A%252F%252Fwww.sogab.com.br%252Fanatomia%252Fn
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<http://www.icb.usp.br/mol/9-3-neuronios2.html> Acesso em: 20 dez. 2013.
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&facrc=_&imgdii=_&imgrc=0-fc03KexP24VM%3A%3BSenvSEeyXJ-
8jM%3Bhttp%253A%252F%252Fblogelseviersaude.elsevier.com.br%252Fwp-
content%252Fuploads%252F2013%252F03%252FArana22.jpg%3Bhttp%253A%252F%252Fblogelseviersaude
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<http://www.icb.usp.br/mol/9-28-orgmedesp2.html> Acesso em: 20 dez. 2013. 
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