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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS CENTRO DE ENGENHARIAS ENGENHARIA DE PETRÓLEO JÚLIA REGINA JUNG THUANE LUCEIRO CORRÊA AMBIENTES DE SEDIMENTAÇÃO PELOTAS 2017 JÚLIA REGINA JUNG THUANE LUCEIRO CORRÊA AMBIENTES DE SEDIMENTAÇÃO TRABALHO DE PESQUISA DA DISCIPLINA DE GEOLOGIA GERAL DESENVOLVIDO COMO PRÉ- REQUISITO PARA OBTENÇÃO DE NOTA. PROFESSOR LUIS EDUARDO SILVEIRA DA MOTA NOVAES. PELOTAS 2017 SUMÁRIO 1.0 INTRODUÇÃO ................................................................................... 4 2.0 AMBIENTES DE SEDIMENTAÇÃO .................................................. 5 2.1 AMBIENTES CONTINENTAIS ..................................................... 5 2.1.1 FLUVIAL .................................................................... 5 2.1.2 LACUSTRE ............................................................... 5 2.1.3 DESÉRTICO.............................................................. 6 2.1.4 GLACIAL ................................................................... 6 2.1.5 LEQUE ALUVIAL ...................................................... 7 2.2 AMBIENTES TRANSICIONAIS .................................................... 7 2.2.1 DELTAICO ................................................................ 7 2.2.2 ESTUARINO ............................................................. 8 2.2.3 LAGUNAR ................................................................. 8 2.3 AMBIENTES MARINHOS ............................................................ 9 2.3.1 LITORAL ................................................................... 9 2.3.2 NERITICO ................................................................. 9 2.3.3 BATIAL ...................................................................... 9 2.3.4 ABISSAL ................................................................. 10 3.0 CONCLUSÃO ................................................................................. 11 4.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................ 12 5.0 ANEXOS ......................................................................................... 13 4 1.0 INTRODUÇÃO As rochas sedimentares são aquelas formadas a partir do material originado da destruição erosiva de qualquer tipo de rocha, material este que deverá ser transportado e depois depositado ou precipitado em um dos vários ambientes de sedimentação da superfície da Terra. Em sentido amplo incluem também materiais provenientes das atividades biológicas. O critério da classificação das rochas sedimentares segue vários princípios, normalmente combinados entre si, como o tipo de sedimentação, o ambiente, a constituição mineralógica ou tamanho das partículas. Os ambientes de sedimentação podem ser classificados em sedimentos continentais, que são subdivididos em fluvial, lacustre, desértico, glacial e leque aluvial, ambientes transicionais, que são os que fazem a ponte entre um ambiente continental e um marinho, pois possuem características de ambos, sendo eles deltaicos, estuarinos e lagunares, e os ambientes marinhos, que de acordo com a profundidade da zona que ocupam, podem ser do tipo litoral, nerítico, batial ou abissal. 5 2.0 AMBIENTES DE SEDIMENTAÇÃO Ambientes sedimentares são áreas da superfície terrestre onde está acontecendo determinado conjunto de processos físicos, químicos e biológicos. Esses ambientes podem ser erosivos, neutros e deposicionais. Os principais fatores que influenciam nos ambientes de sedimentação são: clima, processos orgânicos que modificam sedimentos, agentes de transporte, localização geológica e colocação das placas tectônicas. Os ambientes sedimentares possuem três principais classificações: continentais, de transição e marinhos. Dentro deles, há algumas subclassificações, que serão explicadas a seguir. 2.1 AMBIENTES CONTINENTAIS São ambientes com a maior parte emersa, onde a sedimentação ocorre principalmente em terra. Podem ser classificados como: 2.1.1 Fluvial O ambiente fluvial se define pela ação da água em movimento, pela energia da água e por um conjunto de erosão, transporte e sedimentação. Os ambientes fluviais comunicam-se com a paisagem o tempo todo, pois os mesmo dependem das condições climáticas, que dará características aos rios (principal ambiente fluvial), e consequentemente às rochas e à vegetação. Os sedimentos mais grosseiros são depositados nas seções superiores do rio, próximo a nascente, pois o local é mais íngreme. Os mais finos são transportados até locais com declives inferiores, para serem também depositados. (Anexo I). Os fatores que influenciam no transporte e na deposição dos sedimentos são a topografia do local, o estágio de erosão, os tipos de rochas presentes e o regime pluvial. 2.1.2 Lacustre As principais características dos ambientes lacustres é a calmaria das águas, a predominância de água doce, apesar de ser possível encontrar alguns 6 com hipersalinidade, e localização geralmente no interior do continente. Os principais ambientes lacustres são os lagos, e estes podem ser classificados de acordo com sua gênese, com a qualidade da água e com regimes hidrológicos e climáticos. Os lagos tectônicos são formados a partir do movimento da crosta, como falhas ou depressões (Anexo II). Os lagos de origem vulcânica podem ser formados a partir do cone de dejeção do vulcão como pelo represamento de vales pelo resfriamento do magma expelido (Anexo III). Lagos de impacto de meteorito são os mais raros, e formam-se a partir da cratera deixada pelo choque de um meteorito contra a superfície terrestre (Anexo IV). Lagos formados pela atividade dos rios formam-se quando o rio carrega uma grande quantidade de sedimento que vem a ser depositado de forma a represar seu afluente. Lagos formados pela atividade do vento ocorrem quando o vento transporta sedimentos (geralmente areia) que são depositados em algum trecho de um rio, formando um lago. Esse fenômeno acontece muito no nordeste brasileiro. 2.1.3 Desértico Também conhecido como ambiente eólico, são ambientes onde o vento é mais leve e sobe devido às altas temperaturas. Pelo mesmo motivo também a quantidade de água evaporada é maior que o índice pluviométrico. O vento também é o principal agente geológico nos processos de erosão e deposição. As chuvas, quando ocorrem, são rápidas, fortes e de rápido escoamento. Os principais registros deposicionais são os lençóis e a dunas de areia. Os lençóis abrangem grandes áreas arenosas, formados pela combinação de sedimentação rápida e ventos de alta velocidade. Já as dunas abrangem áreas menores e vão se agrupando em diversas formas, seguindo o sentido do vento (Anexo V). 2.1.4 Glacial Nos ambientes glaciais, o gelo e a água provinda do degelo são os principais agentes de transporte e deposição de sedimentos. Englobam os ambientes glaciogênicos (contato direto) e os proglaciais (ambientes adjacentes e influenciados por geleiras. Nos ambientes glaciogênicos, os sedimentos estão em contato com as geleiras e são depositados pelo gelo ou pela água do degelo, 7 e os mesmos podem ser subdivididos em subglacial (na base da geleira), supraglacial (no topo da geleira) e englacial (dentroda geleira). Os ambientes proglaciais abrangem a zona de contato com a margem da geleira quanto seus arredores, desde que ainda haja influência do gelo e da água do degelo na deposição. Atualmente, os ambientes glaciais ocupam cerca de 10% da superfície emersa terrestre, sendo concentrados nas regiões polares e nas partes mais altas das cadeias de montanhas (Anexo VI). 2.1.5 Leque aluvial Os primeiros sedimentos fluviais formam-se geralmente na base das montanhas, recebendo o nome de depósito de piemonte. São também chamados de leques aluviais ou cones, possuindo a forma aproximada de um leque, por se espalharem morro abaixo. Possuem características parecidas com as do tálus, com a diferença de terem já sofrido pequeno transporte pelas águas correntes. Se este material for litificado, receberá o nome de fanglomerado. Em regiões semiáridas, graças a ausência ou quase ausência de decomposição química, pode assemelhar-se a um tilito, também pela heterogeneidade granulométrica dos constituintes. (Anexo VII). 2.2 AMBIENTES TRANSICIONAIS Chamamos ambientes de transição as regiões geográficas onde há características comuns à vários biomas e ecossistemas, que mesclam seus elementos de fauna e flora, adquirindo características diversas das partes que a pertencem. Podem ser divididos em: 2.2.1 Deltaico Os principais fatores que influenciam na formação de um ambiente deltaico são o regime fluvial, os processos costeiros, os fatores climáticos e o comportamento tectônico. As formações deltaicas são constituídas de uma parte subaérea e uma parte subaquosa. A parte subaérea é a que fica acima da maré 8 baixa, já a subaquosa fica permanentemente debaixo d’água. Um delta é um conjunto de sedimentos depositados junto à costa de oceanos e lagos pela ação da água. Os ambientes deltaicos ainda podem ser subdivididos em três categorias. A primeira é a planície deltaica, que é a parte emersa, onde formam- se depósitos de topo com sedimentos argilosos e arenosos. A segunda é a frente deltaica, que é a área de deposição ativa. Os depósitos são chamados frontais e os sedimentos são areais finas e siltes. A última é o prodelta, que é a parte mais avançada da bacia receptora. Os depósitos são de base, com sedimentos argilosos e com fauna marinha (Anexo VII). 2.2.2 Estuarino Do ponto de vista geológico, os ambientes estuarinos são vales afogados durante eventos transgressivos que recebem sedimentos tanto de origem fluvial quanto marinha. São ambientes protegidos em escala geológica, por isso são propensos à sedimentação. Os estuários são divididos de acordo com sua salinidade. Na zona estuarina fluvial, a salinidade é baixa pois é a região interna e está relacionada com o aporte fluvial. A zona estuarina média possui salinidade que varia de um à trinta e cinco, e é onde há misturas de águas doces e salgadas. E a principal é a zona estuarina costeira, onde predominam ondas, marés e correntes (Anexo IX). 2.2.3 Lagunar As lagunas são locais rasos de água, separados do mar por ilhas- barreira ou bancos arenosos, mas que possuem um canal de comunicação eficiente. As águas das lagunas podem ser hiposalinas (quase doces) ou hipersalinas (muito salgadas). A salinidade é influenciada pelo clima e pela quantidade de água que a laguna recebe do mar. Os principais sedimentos encontrados são conchas quebradas e areias finas, e a sedimentação é controlada pela disponibilidade de sedimentos na área. As lagunas podem ser classificadas em: Laguna de Atol, que está relacionada com os recifes de Atol e possui forma circular; Laguna Barreira, que se forma paralelamente à costa e possui forma alongada, sendo separada do oceano aberto por uma ilha-barreira; 9 Lagunas Costeiras Brasileiras, que não são consideradas realmente lagunas, já que são separadas do mar por falsas ilhas-barreiras. Os ambientes lagunares são de extrema importância ecológica pois abrigam muitas espécies e são refúgio de reprodução de animais marinhos (Anexo X). 2.3 AMBIENTES MARINHOS Consiste na subdivisão das regiões dos mares, a qual baseia-se principalmente no critério da declividade, profundidade e da distância do afastamento da costa. Segundo as profundidades podemos distinguir as seguintes zonas nos oceanos: 2.3.1 Litoral É a região onde a profundidade da água é de poucos metros, compreendendo a zona atingida pela alta e baixa maré. A extensão varia com a declividade da costa. A costa pode ser vertical, com a região litorânea pequena, até quase horizontal, com uma grande extensão ora coberta, ora descoberta pelo mar. No contato direto do mar com o continente as atividades construtivas e destrutivas do mar são altas (Anexo XI). 2.3.2 Nerítico É delimitada pela profundidade de cerca de 200m (plataforma continental), havendo relação do continente com o clima, com a topografia, com a sedimentação e condições de vida nesta zona do mar. É de grande importância para a geologia o estudo da região nerítica, pois os sedimentos marinhos do passado em sua grande maioria foram formados nesta região, inclusive sedimentos petrolíferos (Anexo XII). 2.3.3 Batial É delimitada pela profundidade de 1000 metros, havendo nesta região vida bem reduzida nas suas partes profundas (Anexo XII). 10 2.3.4 Abissal Possui profundidades superiores a 1000 metros. A vida é escassa e pouco conhecida, apenas alguns animais adaptados à escuridão conseguem sobreviver. O único alimento constitui-se de restos mortos provindos das regiões superiores. A sedimentação principal constitui-se de restos de esqueletos ou de lama continental finíssima. A região abissal é dividida em três grupos: Região pelágica, que está afastada da região nerítica; abaixo se encontram as regiões hemipelágicas e eupelágica. A região pelágica é importante porque trata-se do local com mais vida, fator de grande importância na sedimentação marinha (Anexo XII). 11 3.0 CONCLUSÃO Com base nas informações acima citadas, percebe-se que os ambientes sedimentares formam, de maneira geral, o globo terrestre. Esses ambientes são divididos em várias categorias de acordo com as características gerais de cada uma, e ainda subdivididos conforme suas características específicas. A determinação dos tipos de ambientes é importante para definir o tipo de fauna e flora dos mesmos, além de ser possível obter um conhecimento maior acerca das formas de preservação e avaliação de futuros reservatórios de fluidos. 12 4.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Catir, Ambiente sedimentar: formação, tipos de rochas e paisagens, disponível em < https://pt.slideshare.net/catir/ambiente-sedimentar-formao-tipos-de- rochas-e-paisagens>, acessado em 07 de julho de 2017 às 18:50h. CORREIA, Nuno, Geo 13 ambientes sedimentares, disponível em < https://pt.slideshare.net/nunocorreia/geo-13-ambientes-sedimentares>, acessado em 06 de julho de 2017 às 18:32h. Rochas Sedimentares, disponível em < http://www.geoturismobrasil.com/Material%20didatico/Rochas%20Sedimentare s.pdf>, acessado em 07 de julho de 2017 às 17:30h. Rochas Sedimentares e Ambientes de Sedimentação, disponível em <http://professordegeografiaatual.blogspot.com.br/2013/03/rochas- sedimentares-e-ambientes-de.html>, acessado em 06 de julho de 2017 às 18h. SUGUIO, Kenitiro, Geologia Sedimentar 1ª edição, publicado em 2003 no Brasil pela Editora Blucher.13 5.0 ANEXOS ANEXO I http://w3.ualg.pt/~jdias/GEOLAMB/GA3_ch eias/GA33_SistFluviais/SistFluviais.html ANEXO II http://www.idean.gl.fcen.uba.ar/?page_id=3 61 ANEXO III http://www.hotelroomsearch.net/city/quiloto a-ecuador ANEXO IV http://www.megacurioso.com.br/geologia/10 0319-7-crateras-espetaculares-que-foram- formadas-pelo-impacto-de-meteoritos.htm ANEXO V http://www.larousse.fr/encyclopedie/divers/ d%C3%A9sert/42390 ANEXO VI https://www.emaze.com/@AWCIRROF/As- Regioes-Polares 14 ANEXO VII http://www.imgrum.org/user/diariodeumgeol ogo/1833710876/1445174508204873962_1 833710876 ANEXO VIII https://www.emaze.com/@AZWOCTQI/Con texto-tesis- ANEXO IX http://www.marbrasil.org/rebimar/ambiente- costeiro-do-parana/aspectos-fisicos/ ANEXO X http://www.redebrasilatual.com.br/ambiente /2015/05/vale-do-ribeira-se-organiza-para- defender-direito-a-agua-5589.html ANEXO XI http://paisagensbrasileirass.blogspot.com.b r/2014/03/as-mais-belas-fotos- paisagens.html ANEXO XII http://meioambiente.culturamix.com/ecologi a/zona-afotica-profunda-e-sem-luz
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