Buscar

O texto confuso – atenção para não errar

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

21/04/2018 AVA UNINOVE
https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 1/5
O texto confuso – atenção para não
errar
IDENTIFICAR A IMPORTÂNCIA DA NOMEAÇÃO E DA CARACTERIZAÇÃO DAS CLASSES GRAMATICAIS.
Como complemento e ilustração desta parte da aula, visualize a figura abaixo. Ela faz parte do
conteúdo da aula e facilita a sua compreensão.
IMAGEM (https://ead.uninove.br/ead/disciplinas/web/_g/lptl80/a12i01_lptl80.htm)
Como já verificamos na Aula 10, a coesão textual diz respeito às articulações gramaticais existentes entre as
palavras, orações, frases, parágrafos e partes maiores de um texto que garantem sua conexão sequencial.
Na tirinha, por exemplo, a coesão textual é estabelecida por palavras como "então" (que tem valor
interjetivo, indicando surpresa, espanto) e "que" (que liga duas orações).
Além disso, são também marcas da coesão textual a concordância entre nomes ou entre verbos e nomes,
verbos e pronomes. Por isso é importante ficar bem atento 
e fazer uma revisão cuidadosa do seu texto antes de considerá-lo finalizado, pois, para estabelecer sentido,
precisamos dominar vários aspectos gramaticais.
Veja a seguir que vícios são comumente apontados em um texto e tente evitá-los ao máximo.
Vícios de um texto
01 / 04
21/04/2018 AVA UNINOVE
https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 2/5
Estrangeirismos – palavras de outras línguas usadas no lugar de uma similar que já existe na nossa com o
mesmo sentido: delivery = entrega em casa; hot dog = cachorro quente; basketball = basquete etc.
Erros de concordância, normalmente entre o sujeito e o verbo: o pessoal saíram; haviam muitos
argumentos fora do arquivo; obrigado, disse a jovem.
Erros de regência (preposição não adequada): fui no cinema; assisti o filme.
Erro de colocação do pronome: Não faça-me esse desaforo; me dê um conselho.
Pleonasmo: repetição desnecessária de uma mesma ideia: subir para cima; prefeitura municipal; brisa
matinal da manhã.
Eco: é a repetição desagradável de sons, formando uma rima indesejável: Vicente mente muito para a
gente.
Cacófato: é uma palavra obscena, ridícula ou inconveniente, que resulta do som de duas outras palavras
próximas: eu amo ela; eu vi ela; falamos acerca dela; 
vou-me já.
Sujeito duplo: As pessoas, quando crescem, elas desejam tornar-se reconhecidas pela sociedade.
Gerundismo: é o excesso de uso do gerúndio nos verbos, na tentativa equivocada de relacionar as frases:
Estudo todos os dias. Indo à biblioteca, escrevendo resumos.
Sendo que: outra forma muito usada pelos estudantes universitários hoje em dia é a expressão "sendo
que". Costumamos acreditar que a comunicação interna de uma empresa é muito importante. Sendo que
todos devem saber 
se comunicar claramente.
Ambiguidade: é o duplo sentido que um enunciado tem por causa da má colocação de palavras, uso
inadequado de certos pronomes, ordem das informações etc. João disse a José que ele seria admitido
como sócio. Vimos turistas atravessando o rio.
Períodos longos demais: por vezes o escritor gera textos pouco claros ou ambíguos porque deseja unir
todas as informações de uma vez: É segundo essa noção 
de projeto que vamos, a partir dessa visão humanista da problemática urbana – sem deixar de levar em
consideração as nossas condições de país de formação colonial –, analisar os projetos de cidade
expressos 
nos trabalhos de diversos órgãos federais.
Frases curtas demais: isso gera uma estrutura incompleta, falta de informações: Agora, época de eleição, a
população cansada de enriquecer políticos, sem escolha.
Prolixidade: significa escrever muita coisa, mas não dizer nada de essencial, ou seja, "enrolar": As pessoas
que estavam presentes na sala houveram por bem se dirigir para a cozinha, com a intenção de tomar o
seu café, voltaram novamente para a sala onde estavam.
Emprego dos pronomes relativos: Esta é a região cujos limites me referi há pouco./Você vai conseguir
falar com gente que nunca falou antes; 
os bancos internacionais, onde o Brasil é credor, decidiram rever as taxas 
de juros.
02 / 04
21/04/2018 AVA UNINOVE
https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 3/5
Explicações para algumas expressões indevidamente
usadas
O pessoal saíram: como o sujeito está no singular ("o pessoal"), o verbo deve estar escrito no singular
também ("saiu"), mesmo que a ideia do sujeito seja plural.
Haviam muitos argumentos fora do arquivo: o verbo "haver", quando tem 
o significado de "existir", é impessoal, ou seja, não se flexiona em singular e plural.
"Obrigado", disse a jovem: se é uma mulher que fala, então as demais palavras devem estar no feminino
também: "obrigada".
Fui no cinema: o verbo "ir" pede a preposição "a". Assim, deveríamos dizer: 
"fui ao cinema".
Assisti o filme: o verbo "assistir" pede a preposição "a". Assim, deveríamos dizer, na norma culta: "assisti ao
filme".
Não faça-me esse desaforo: o pronome "me" deve vir junto ao advérbio 
de negação: "não".
Me dê um conselho: a nossa gramática indica que não devemos iniciar frases com pronomes oblíquos.
Subir para cima: sempre que subimos é para cima, não há a necessidade 
de dizê-lo.
Prefeitura municipal: não existe prefeitura que não seja do município.
Brisa matinal da manhã: se é matinal, não há a necessidade de dizer que é 
da manhã, pois não existe matinal da tarde.
Vicente mente muito para a gente: repare no som "ente" que se repete 
ao final de quase todas as palavras. Atenção: na poesia isso é permitido e valorizado (assonância).
Eu amo ela: essa construção coloquial, quando pronunciada, gera a palavra "moela". A norma culta pede
para usarmos "eu a amo", e assim evitar tal cacófato.
Eu vi ela: essa construção coloquial gera a expressão "viela" (rua estreita), 
que torna o enunciado ridículo.
Falamos acerca dela: essa construção cria a palavra "cadela".
Vou-me já: embora correta pelas normas gramaticais, cria-se a palavra "mijá" (verbo mijar, urinar), o que
não fica nada agradável aos ouvidos.
03 / 04
21/04/2018 AVA UNINOVE
https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 4/5
As pessoas, quando crescem, elas desejam tornar-se reconhecidas pela sociedade: o sujeito "as pessoas" é
recuperado indevidamente pelo pronome "elas" logo a seguir. O texto torna-se mais fluente se tirarmos o
pronome "elas", 
e o seu significado continua o mesmo.
Estudo todos os dias. Indo à biblioteca, escrevendo resumos: a presença do gerúndio (-ndo) em "indo" e em
"escrevendo" dá a ideia de continuidade da frase anterior ("Estudo todos os dias"), mas o ponto final separa
as duas. Assim, o ideal seria tirar o gerúndio ou o ponto final.
Costumamos acreditar que a comunicação interna de uma empresa 
é muito importante. Sendo que todos devem saber se comunicar claramente: 
a expressão "sendo que" tenta relacionar as frases, mas ela deve ser uma continuidade da anterior, e não vir
separada por ponto final. Além disso, ela não indica precisamente como as duas frases devem se unir, com
que significado elas se unem. Melhor seria escrevermos: "Costumamos acreditar que a comunicação interna
de 
uma empresa é muito importante, por isso todos devem saber se comunicar claramente".
João disse a José que ele seria admitido como sócio: não é possível saber quem será o sócio, se João ou se
José. Melhor seria: "João disse a José: ?Vou ser admitido como sócio?". Ou: "João disse que José seria
admitido como sócio".
REFERÊNCIA
ABAURRE, Maria Luiz M. Gramática – texto: análise e construção de sentido. Volume único. São Paulo:
Moderna, 2008.
POLITO, Reinaldo. Como falar corretamente e sem inibições. São Paulo: Ed. Saraiva, 1998.
POSSENTI, S. "A leitura errada existe". In: Estudos Linguísticos: Anais de Seminários do GEL XIX. Bauru:
Unesp/Gel,1990.
04 / 04
21/04/2018 AVA UNINOVE
https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 5/5

Continue navegando