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Tecnologia da Usinagem Parte 3 Formas de Cavacos Usinagem com Ferramentas de Geometria Definida Elaboração: M.Eng.Mec. Walmir Markus Tecnologia da Usinagem – Parte 3 – Pág. 2 Variam em função do avanço, profundidade de corte, velocidade de corte, geometria da ferramenta, material da peça, fluido de corte, etc; Formas dos Cavacos • Fitas retas • Fitas retorcidas • Fitas helicoidais • Fitas espiraladas • Em vírgula Tipos de Cavacos • Contínuos • Lamelas • Cisalhados • Arrancados Formas de Cavacos Usinagem com Ferramentas de Geometria Definida Elaboração: M.Eng.Mec. Walmir Markus Tecnologia da Usinagem – Parte 3 – Pág. 3 Formas de Cavacos – Desejáveis e Indesejáveis Tipos de Cavacos Usinagem com Ferramentas de Geometria Definida Elaboração: M.Eng.Mec. Walmir Markus Tecnologia da Usinagem – Parte 3 – Pág. 4 Cavaco Contínuo : • Mecanismo de Formação: o cavaco é formado continuamente, devido a ductilidade do material e a alta velocidade de corte. • Acabamento Superficial: como a força de corte varia muito pouco devido a contínua formação do cavaco, a qualidade superficial é muita boa. Tipos de Cavacos Usinagem com Ferramentas de Geometria Definida Elaboração: M.Eng.Mec. Walmir Markus Tecnologia da Usinagem – Parte 3 – Pág. 5 Cavaco Cisalhado : • Mecanismo de Formação: o material fissura no ponto mais solicitado. Ocorre ruptura parcial ou total do cavaco. A soldagem dos diversos pedaços (de cavaco) é devida a alta pressão e temperatura desenvolvida na região. O que difere um cavaco cisalhado de um contínuo (aparentemente), é que somente o primeiro apresenta um serilhado nas bordas. • Acabamento Superficial: a qualidade superficial é inferior a obtida com cavaco contínuo, devido a variação da força de corte. Tal força cresce com a formação do cavaco e diminui bruscamente com sua ruptura, gerando fortes vibrações que resultam numa superfície com ondulosidade. Tipos de Cavacos Usinagem com Ferramentas de Geometria Definida Elaboração: M.Eng.Mec. Walmir Markus Tecnologia da Usinagem – Parte 3 – Pág. 6 Cavaco Arrancado : • Mecanismo de Formação: este cavaco é produzido na usinagem de materiais frágeis como o ferro fundido. O cavaco rompe em pequenos segmentos devido a presença de grafita, produzindo uma descontinuidade na microestrutura. • Acabamento Superficial: devido a descontinuidade na microestrutura produzida pela grafita ( no caso do FoFo), o cavaco rompe em forma de concha gerando uma superfície com qualidade superficial inferior. Tipos e Formas de Cavacos Usinagem com Ferramentas de Geometria Definida Elaboração: M.Eng.Mec. Walmir Markus Tecnologia da Usinagem – Parte 3 – Pág. 7 Exemplos de Formas de Cavacos Tipos e Formas de Cavacos Usinagem com Ferramentas de Geometria Definida Elaboração: M.Eng.Mec. Walmir Markus Tecnologia da Usinagem – Parte 3 – Pág. 8 Fatores de Influência : • Quebra-cavaco • Peça • Fluido de corte • Máquina ferramenta • Condições de corte • Material da ferramenta • Geometria da ferramenta Avarias e Desgaste das Ferramentas de Corte Usinagem com Ferramentas de Geometria Definida Elaboração: M.Eng.Mec. Walmir Markus Tecnologia da Usinagem – Parte 3 – Pág. 9 Formas : • É como o fenômeno de desgaste se apresenta na ferramenta. Formas de avarias e desgaste nas ferramentas de corte Formas de Avarias e Desgaste das Ferramentas Usinagem com Ferramentas de Geometria Definida Elaboração: M.Eng.Mec. Walmir Markus Tecnologia da Usinagem – Parte 3 – Pág. 10 Lascamento : • É resultante da quebra de pequenos fragmentos do gume durante a operação de corte; • São causas do lascamento o limite de resistência do material da ferramenta excedido em áreas localizadas devido a vibrações, a variações microestruturais na peça ou à quebra do gume postiço; • Forças de corte excessivas muitas vezes levam a micro e macrolascamentos do gume ou da quina, principalmente quando os ângulos de cunha ou de quina da ferramenta são muito pequenos. Fissuras transversais (trincas), longitudinais ou em forma de pente : • Em cortes interrompidos, o gume da ferramenta é submetido a solicitações térmicas e mecânicas alternadas. Estas solicitações alternadas em conjunto com as tensões de tração residuais na superfície de ferramenta, durante o ciclo de resfriamento, podem levar ao surgimento de fissuras transversais e longitudinais ao gume, principalmente em materiais de ferramenta com pouca tenacidade. Elaboração: M.Eng.Mec. Walmir Markus Tecnologia da Usinagem – Parte 3 – Pág. 11 Formas de Avarias e Desgaste das Ferramentas Usinagem com Ferramentas de Geometria Definida Figura representativa de lascamento de grãos Elaboração: M.Eng.Mec. Walmir Markus Tecnologia da Usinagem – Parte 3 – Pág. 12 Formas de Avarias e Desgaste das Ferramentas Usinagem com Ferramentas de Geometria Definida Deformação plástica do gume : • Um efeito secundário da velocidade de corte é o aumento da temperatura, o que favorece a deformação plástica do gume. Nessas condições, o ligante das ferramentas de metal-duro pode amolecer ou deformar-se, causando um efeito de abaulamento. Tal efeito pode gerar, além de quebra, um maior desgaste do flanco e lascamento do revestimento. Desgaste de entalhe: • Ocorre na região de interface entre o contato peça/ferramenta/cavaco, no lado exposto da superfície de corte; • A formação do entalhe é resultado da ação das rebarbas produzidas nas bordas do cavaco, as quais apresentam uma taxa de encruamento maior que na parte central do cavaco, tornando-se uma região com dureza mais elevada, envolvendo um mecanismo de aderência e arrancamento; • Na região de formação de entalhe a ferramenta de corte também é submetida à ação oxidante da atmosfera. O aumento progressivo do entalhe pode levar à quebra da ferramenta de corte, bem como a um pior acabamento superficial. Elaboração: M.Eng.Mec. Walmir Markus Tecnologia da Usinagem – Parte 3 – Pág. 13 Formas de Avarias e Desgaste das Ferramentas Usinagem com Ferramentas de Geometria Definida Desgaste de flanco e cratera : • As formas de desgaste mais regulares e previsíveis são o desgaste de flanco e de cratera. Em decorrência disto, procura-se estabelecer condições de corte onde estas formas de desgastes, principalmente o desgaste de flanco, são dominantes sobre o fim de vida da ferramenta de corte; • No flanco da ferramenta, onde ocorre o desgaste de flanco, são medidas a largura média do desgaste VB e a largura máxima da marca de desgaste VBmáx. Nem sempre a marca de desgaste é muito nítida, devido a mudanças de cor ou oxidações que ocorrem no flanco. Além disso, a presença eventual de entalhes dificulta a interpretação precisa da marca de desgaste de flanco. Remoção mecânica : • Remoção de partículas da ferramenta devido à influência de forças externas; • É provocada principalmente por partículas duras no material da peça (óxidos, carbonetos, etc). Elaboração: M.Eng.Mec. Walmir Markus Tecnologia da Usinagem – Parte 3 – Pág. 14 Formas de Avarias e Desgaste das Ferramentas Usinagem com Ferramentas de Geometria Definida Desgaste decorrente de caldeamentos : • Decorrente da ruptura de microcaldeamentos na face da ferramenta, formados devido a forças elevadas ou interação de superfícies de contato; • Observado mais acentuadamente em superfícies ásperas da face ou quando há distúrbios no fluxo do material; • Ocorre mais intensamente para velocidades de corte baixas (gume postiço). Gume postiço : • Camadas altamente encruadas de material usinado que caldeiam na face da ferramenta e assumem funções da mesma; • Afeta a qualidade superficial da peça; • Existência de gume postiço faz com que o desgaste de cratera seja muitopequeno. Elaboração: M.Eng.Mec. Walmir Markus Tecnologia da Usinagem – Parte 3 – Pág. 15 Formas de Avarias e Desgaste das Ferramentas Usinagem com Ferramentas de Geometria Definida Formas de desgastes e grandezas a serem medidas na cunha de corte Elaboração: M.Eng.Mec. Walmir Markus Tecnologia da Usinagem – Parte 3 – Pág. 16 Formas de Avarias e Desgaste das Ferramentas Usinagem com Ferramentas de Geometria Definida Formas de desgastes de flanco – Imagem MEV Elaboração: M.Eng.Mec. Walmir Markus Tecnologia da Usinagem – Parte 3 – Pág. 17 Formas de Avarias e Desgaste das Ferramentas Usinagem com Ferramentas de Geometria Definida Formas de desgastes de flanco – Imagem MEV Elaboração: M.Eng.Mec. Walmir Markus Tecnologia da Usinagem – Parte 3 – Pág. 18 Formas de Avarias e Desgaste das Ferramentas Usinagem com Ferramentas de Geometria Definida Formas de desgastes de flanco – Imagem MEV Elaboração: M.Eng.Mec. Walmir Markus Tecnologia da Usinagem – Parte 3 – Pág. 19 Mecanismos de Desgaste Usinagem com Ferramentas de Geometria Definida Mecanismos : • São os fenômenos que agem na ferramenta, causadores do desgaste. Causas dos desgastes na usinagem Elaboração: M.Eng.Mec. Walmir Markus Tecnologia da Usinagem – Parte 3 – Pág. 20 Mecanismos de Desgaste Usinagem com Ferramentas de Geometria Definida Adesão : • Para ocorrer a adesão é necessário que haja afinidade entre o material da peça e o material da ferramenta; • A temperatura, o tempo e a pressão de contato devem estar situados em uma faixa de valores adequados; • Para materiais que apresentam um encruamento acentuado, a adesão pode levar à formação do gume postiço. Abrasão Mecânica : • Ocorre devido ao atrito entre a peça e a ferramenta e será mais intensa conforme a presença de partículas duras no material da peça; • O cisalhamento de partes do gume postiço e sua extrusão pela interface superfície de corte/flanco levam a um desgaste mais acentuado. Deformação Plástica : • O gume é deformado plasticamente se a ferramenta dispõe de uma resistência à deformação muito pequena, mas tem uma suficiente tenacidade. Elaboração: M.Eng.Mec. Walmir Markus Tecnologia da Usinagem – Parte 3 – Pág. 21 Mecanismos de Desgaste Usinagem com Ferramentas de Geometria Definida Difusão : • No estado sólido, consiste na transferência de átomos pertencentes à rede cristalina de um material para a rede cristalina de outro material, constituídos de elementos que apresentam afinidade entre si. Quanto maior for a afinidade, a temperatura de contato, o tempo de contato e o nível de agitação atômica, maior será a atividade de difusão entre a ferramenta e o cavaco. Oxidação : • Após o corte do material, muitas vezes são observadas cores de revenimento na região de contato entre o cavaco e a ferramenta, que são provocadas pela oxidação da ferramenta. Esta só ocorre se a temperatura for suficientemente elevada e se houver a presença de oxigênio na região aquecida; • Na usinagem do aço com ferramenta de metal-duro, para temperaturas de corte acima de 8000C, o mecanismo de oxidação ocorre de forma mais intensa. Elaboração: M.Eng.Mec. Walmir Markus Tecnologia da Usinagem – Parte 3 – Pág. 22 Formas de Desgaste, Efeitos, Causas e Soluções Usinagem com Ferramentas de Geometria Definida Elaboração: M.Eng.Mec. Walmir Markus Tecnologia da Usinagem – Parte 3 – Pág. 23 Vida da Ferramenta de Corte Usinagem com Ferramentas de Geometria Definida Vida : • Denomina-se vida de uma ferramenta o tempo que a mesma trabalha efetivamente (deduzido os tempos passivos), até perder a sua capacidade de corte, dentro de um critério previamente estabelecido. c k CvT c Onde: T - vida da ferramenta em [min]; Vc - velocidade de corte em [m/min]; Cv - vida para vc = 1 m/min [constante]; k - coeficiente angular da curva de vida. Elaboração: M.Eng.Mec. Walmir Markus Tecnologia da Usinagem – Parte 3 – Pág. 24 Vida da Ferramenta de Corte Usinagem com Ferramentas de Geometria Definida Critérios de fim de vida • Falha completa da ferramenta ( rompimento catastrófico excessivas) • Falha preliminar da ferramenta • Desgaste de flanco (VB) ou de cratera (KT) • Vibrações ( monitoramento ) • Acabamento superficial ruim • Rebarbas • Alterações nos cavacos • Alterações nas dimensões de corte • Alterações nas forças de usinagem ( monitoramento ) • Aumento nas temperaturas • Ouvido
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