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PRINCIPAIS DROGAS DE ABUSO

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21/04/2018 AVA UNINOVE
https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 1/7
PRINCIPAIS DROGAS DE ABUSO
REUNIR AS PRINCIPAIS DROGAS DE ABUSO E DESCREVER PARA O ALUNO SEUS PRINCIPAIS ASPECTOS
TOXICOLÓGICOS.
AUTOR(A): PROF. MIRIAM PIMENTEL DE GODOY
Drogas de abuso
São substâncias que possuem um potencial de abuso, ou seja, substâncias capazes de induzir dependência
química. Elas podem ser classificadas em diferentes classes ou grupos de acordo com sua ação no Sistema
Nervoso Central (SNC), mas todas atuam no Sistema de Recompensa Cerebral e provocam de forma direta
ou indireta o aumento da liberação de dopamina no Núcleo Accumbens.
Estimulantes do SNC
As drogas estimulantes são todas aquelas usadas com a finalidade de estados alterados de consciência,
caracterizados por euforia decorrente da estimulação do sistema nervoso central.
A cocaína é um alcaloide obtido das folhas da planta Erytroxylum coca e a pasta da coca, obtida como
subproduto na extração da cocaína, é comumente conhecida como crack, na forma de uma pedra que é
fumada em cachimbos.
A cocaína é um potente anestésico local e atua como poderoso agente simpaticomimético com efeitos
estimulantes no SNC. O crack induz efeitos semelhantes, além de danos respiratórios (bronqueolite,
broncoespasmos, dispneia, tosse).
Os anfetamínicos correspondem ao grupo de substâncias composto pela anfetamina e seus derivados
(clorfentermina, efedrina, metanfetamina, êxtase).  No Brasil, a anfetamina é um importante fármaco de
abuso entre os caminhoneiros que fazem uso dos chamados “rebites” para enfrentar as extenuantes
jornadas. Este grupo de substâncias produz acentuada ação estimulante no SNC, mais persistente que a
cocaína, são capazes de estimular o centro respiratório medular, aumentar a atividade motora, melhorar o
humor, aumentar o limiar da fadiga e causar insônia. Têm sido comumente usado no tratamento de
obesidade devido ao efeito anorexígeno.
Depressores do SNC 
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O álcool (etanol, álcool etílico) é uma das substâncias psicoativas mais consumidas pela sociedade, já que é
uma droga lícita. As bebidas alcoólicas são consumidas pelo homem desde o início da história, com os
primeiros registros relatados a cerca de 6000 anos atrás. Pela facilidade na obtenção comercial para
consumo, é uma das primeiras drogas experimentada e iniciada na juventude, mas atualmente a proibição
de venda a menores de 18 anos tem diminuído este número.
O uso do álcool aumenta a síntese e liberação de noradrenalina, induzindo inicialmente efeitos
estimulantes centrais. O consumo sendo mantido, o álcool responde sobre o sistema GABAérgico,
induzindo efeito inibitórios por atuar no receptor dos benzodiazepínicos, o GABAa. Daí uma associação que
pode ser fatal, entre benzodiazepínicos e álcool. O álcool causa sedação, diminuição da ansiedade, fala
pastosa, ataxia, prejuízo da capacidade de julgamento e desinibição do comportamento. A ingestão crônica
de álcool leva à intolerância e pode levar à abstinência, decorrentes da adaptação do organismo aos efeitos
do álcool.
Os inalantes são usados para obtenção de um estado psíquico alterado e englobam grande número de
substâncias químicas que exalam odores característicos encontradas em diferentes produtos (colas, tíner,
tintas, aerossóis, clorofórmio, lança-perfume). Essa prática é um problema que engloba vários países,
especialmente entre a população mais jovem e entre crianças carentes.
Os solventes orgânicos presentes nos inalantes exercem efeito central semelhante ao etanol e anestésicos,
isto é, envolvendo o sistema GABAérgico. Na fase excitatória encontram-se os efeitos procurados pelos
usuários (euforia, desinibição, bem-estar, alucinações visuais).
No período de depressão central pode ocorrer confusão, desorientação, perda do autocontrole, diplopia,
cefaleia, palidez, entre outros. O uso prolongado afeta vários órgãos, podendo acarretar danos no cérebro,
coração, pulmão, fígado, rins e medula óssea, dentre outros.
O GHB (ácido Gama-Hidroxibutírico) é um depressor central que foi aprovado pelo FDA (EUA) em 2002 para
ser usado no tratamento de narcolepsia. Esta aprovação veio com restrições severas, incluindo o uso
somente para a narcolepsia, e adquirido por paciente registrado e monitorado pelo FDA. O GHB é
naturalmente um metabólito do neurotransmissor GABA, mas encontrado em baixíssimas concentrações no
cérebro. O GHA age em pelo menos dois locais no cérebro: o receptor GABAb e um sítio específico de
ligação de GHB. Em altas doses (abuso) é um sedativo que pode resultar em sono, coma ou morte. O uso
contínuo com interrupção brusca pode levar a abstinência, que incluem: insônia, ansiedade, tremores e
sudorese.
Perturbadores do SNC
O I Levantamento Domiciliar sobre Consumo de Drogas no Brasil revelou que 6,9% dos 47 milhões de
habitantes das 107 maiores cidades brasileiras já consumiram a maconha pelo menos uma vez na vida, o
que corresponde a 3,249 milhões de pessoas.
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A maconha (Cannabis sativa), ou marijuana, termo em inglês, ou cânhamo da Índia, contém
aproximadamente 480 substâncias químicas, entre as quais se destacam pelo menos 70 classes de
compostos contendo 21 átomos de carbono, conhecidos como canabinóides. Eles são os responsáveis pelos
efeitos psicoativos  e classificados em dois grupos: os canabinóides psicoativos, por exemplo, o delta-8-
tetraidrocanabinol (Δ-8-THC), e delta-9-tetraidrocanabinol (Δ-9-THC) e os não-psicoativos (por exemplo,
canabidiol e canabinol).
O Delta-9-THC é o mais abundante e potente destes compostos. Os sinais e sintomas decorrentes do uso da
maconha são: os euforizantes (aumento do desejo sexual; sensação de lentificação do tempo; aumento da
autoconfiança e grandiosidade; risos imotivados; aumento da sociabilidade; sensação de relaxamento;
aumento da percepção das sensações; aumento da capacidade de introspecção); os físicos (taquicardia;
vermelhidão nos olhos; boca seca; hipotermia; tontura; retardo psicomotor; redução da capacidade para
execução de atividades motoras complexas; ataxia; redução da acuidade auditiva; aumento da acuidade
visual; dilatação pulmonar; aumento do apetite; tosse; dilatação da pupila); psíquicos (despersonalização;
desrealização; depressão; alucinações e ilusões; sonolência; ansiedade; irritabilidade; prejuízos à
concentração; prejuízo da memória de curto prazo; lentidão dos movimentos; ataques de pânico; auto-
referência e paranoia; prejuízo do julgamento).
O consumo contínuo e a longo prazo pode aumentar o risco de ataque cardíaco em portadores de angina
pectoris ou doença coronária, há indícios de queda da resposta imunológica, aumento do risco de sintomas
psicóticos e doenças mentais, e recém-nascidos de grávida usuárias apresentam desenvolvimento
neurológico alterado.
Opióides
O termo opióide é uma denominação que se refere a todos os compostos relacionados ao ópio, tanto
aqueles de origem natural (morfina, codeína) como aqueles de origem sintética (pentazocina, propoxifeno)
e semi-sintética (heroína, oxidona).
O ópio é uma das drogas naturais mais antigas, é obtido do exsudato leitoso da incisão de cápsulas imaturas
da planta papoula (Papaver somniferum). Hoje, sabe-se que o cérebro contém opioides endógenos
(encefalinas, endorfinas) que atuam em vias neuronais que contêm receptores opiodes (m, k, d, s), sendo
estes os locais de interação também dos derivados do ópio.
A heroína é o opioide mais utilizado como droga de abuso deste grupo, usada principalmente na forma
injetável endovenosa. Nas intoxicações por overdose, o edema pulmonar é a complicação mais frequente.Alucinógenos
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O LSD, quimicamente chamado de dietilamida do ácido lisérgico, é o mais conhecido e estudado
alucinógeno sintético.  Atualmente, pode ser conhecido como “ácido”, “vidro”, “microdot”, “dot”, “blotter
acid”, “papel ácido”, “açúcar”, “cubos de açúcar”, “viagem”, “janela de cristal”, “janela de vidro” e “zen”. 
Após o consumo da substância, a mesma promove efeitos que aparecem de 35 a 45 minutos, durando
aproximadamente 6 horas. Inicia-se então um estágio de recuperação com duração de 7 a 9 horas após a
administração, em que os sintomas tendem a diminuir. Ocorre uma oscilação entre alucinações e os
sentidos normais, conhecidas como “ondas de LSD”.No estágio final são verificados efeitos de tensão e de
fadiga, que podem durar vários dias. 
Alucinógenos também podem ser encontrados na natureza, certos fungos ou cogumelos, sendo as espécies
pertencentes ao gênero Pcilocybe os mais importantes. Alguns cactos também têm certa importância
alucinógena, como o Lophophora williansii, conhecido como “peyote”. É um cacto globoso e sem espinhos,
que contem mais de setenta alcaloides alucinógenos, dentre eles se destaca a mescalina.
Os sintomas de intoxicações por cogumelos alucinógenos usualmente estão presentes de 30 a 60 minutos
após a ingestão (euforia, desorientação, ansiedade e medo, despersonalização e desrealização, vertigem,
alucinações, agitação, hipetermia, cefaleia, bradicardia, hipotensão, convulsões). Após 30 min da ingesta do
peyote, pode acontecer náusea, vômitos e sintomas simpaticomiméticos (midríase, sudorese, hipertensão,
taquicardia e tremores). A fase sensorial dura menos que 6 horas e relatam-se alucinações visuais coloridas
(visões caleidoscópicas), sensação de leveza, alteração da percepção do tempo e espaço.
Tabaco
O tabaco é uma planta da família Solanaceae da qual existem diversas variedades, sendo a principal a
Nicotiana tabacum. São as folhas utilizadas para a fabricação do fumo, cigarro. O principal ativo nesta
espécie é a nicotina, um alcaloide pirrolidínico, responsável pela dependência, além de cerda de outros 500
constituintes e quase 4700 formados quando fumados.
O tabagismo é hoje um dos principais problemas de saúde pública, levando a efeitos deletérios e crônicos
sobre o organismo humano, causador de várias doenças crônico-degenerativas.  Diversos estudos clínicos,
epidemiológicos e de laboratório têm demonstrado claramente que o consumo de tabaco é um fator
etiológico importante em diversas enfermidades incapacitantes e inclusive mortais, em particular a
isquemia cardíaca, o câncer de pulmão, a bronquite crônica e o enfisema.
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A interrupção brusca do uso crônico do tabaco pode ser seguida de uma síndrome de abstinência, que se
caracteriza por: transtornos do sono, náusea, irritabilidade, fadiga, cefaleia, ansiedade, dificuldade na
concentração e na coordenação psicomotora, ganho de peso e redução da frequência cardíaca e da pressão
arterial. Tem inicio imediato, em geral nas primeiras 24 horas, podendo durar vários meses. Medidas
governamentais já foram providenciadas com a criação da Lei Antifumo (Lei 13.541 de 07 de maio de 2009)
pelo Governo do Estado de São Paulo, e mais recentemente a nacional pelo Ministério da Saúde (Lei 12.546
de 31 de maio de 2014), estabelecendo, em todo o País, a implementação de novas regras sobre a
comercialização, a publicidade e o consumo de cigarros.
 
ATIVIDADE FINAL
São consideradas drogas de abuso naturais, exceto:
A. tabaco
B. maconha
C. cogumelo
D. LSD
REFERÊNCIA
CARLINI, E.A.; GALDURÓZ, J.C.F; NOTO, A.R.; NAPPO, S.A. I Levantamento Domiciliar sobre uso de drogas
psicotrópicas no Brasil – 2001. São Paulo: CEBRID, 2002.
CAROD-ARTAL, F.J. Alucinógenos en las culturas precolombinas mesoamericanas. Neurologia, p. 1-8; 2011.
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GALVÃO, João Ferreira; GALVÃO, Taís Freire; MOREAU, Regina Lúcia de Moraes. Tabaco. In: OGA, Seizi;
CAMARGO, Márcia Maria Almeida; BATISTUZZO, José Antônio de Oliveira. Fundamentos de toxicologia. 4a
ed. São Paulo: Atheneu, 2014.
NATIONAL INSTITUTE ON DRUG ABUSE, The Science of Drugs Abuse & Addiction. United States of
America Government. Disponível em: <http://www.drugabuse.gov/>. Acesso em: 05 de dez. 2014.
 
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