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Buco 1 – Bianca Bravim – 16/11/2017 Aula 09 – Terapêutica Medicamentosa Conceitos - Drogas – substancias químicas utilizadas para rpevenir, diagnosticar e tratar doenças - Farmacologia – estado cientifico das drogas - Medicamentos – são drogas que foram farmaceuticamente preparadas - Farmacocinética – trata da transformação de drogas em medicamentos através de procedimentos ténicos-científicos (máximo de ação farmacológica e mínimo de efeito colateral), levando a forma farmacêutica Forma Farmacêutica É o estado final em que o medicamento se apresenta, em odontologia, encontramos as seguintes formas: - Cápsulas – cápsula gelatinosa com pó em seu interior, não pode ser aberta e diluída, tem função de proteger o gosto (muitas vezes desagradável) e proteger do suco gástrico (já que o medicamento é absorvido no intestino e não no estômago - Comprimidos - são os medicamentos após ‘compressão’, dai o nome comprimido. Não é ideal, mas podemos dividi-los, e podem até ser amassados ou triturados - Drágeas – é um comprimido revestido por um inóculo geralmente de gosto adocicado (NEOSALDINA). A principal função desse revestimento é proteger do gosto e da acidez - Granulados – são medicamentos em pó que devem ser diluídos posteriormente (SPIDUFEN). Sua absorção é muito mais rápida, semelhante as gotas. Isso se dá pelo fato do mesmo ter contato com a superfície inteira do estômago. Seu maior problema é geralmente o gosto desagradável - Suspensões – indicadas para pacientes que não conseguem ingerir comprimidos ou para pacientes pediátricos A grande diferença entre as suspensões para as gotas e soluções é que no caso das suspensões não há miscigenação do conteúdo medicamentoso, o mesmo se deposita no fundo. Há necessidade de sacudir o frasco todos as vezes que o paciente for tomar a medicação - Solução ‘gotas’ ou solução ‘oral’ – a diferença principal entre as gotas e a solução é a presença do açúcar. As soluções (xaropes) possuem açúcar em sua composição com o intuito de melhorar o gosto do medicamento. As soluções também são escolha para tratamento de pacientes pediátricos É de suma importância orientar sobre a necessidade de escovar os dentes após o uso do medicamento, principalmente no período noturno - Colutórios – utilizados para bochechos, podendo apresentar algum antibiótico tópico em sua composição (NISTATINA e PERIOGARD) - Pomadas – a denominação de gel, pomada e creme vai depender da consistência e da área de uso do mesmo GEL: principalmente em mucosa, solúvel em água POMADA: não há miscigenação com água, sendo indicada para superfície seca CREME: indicada para mucosas e algumas vezes contem componente saponáceo como no caso de cremes dentais (ONCILON) Vias de Administração - Via Enteral – qualquer segmento do trato gastrointestinal - Via Parenteral – não interagem com o gastrointestinal - Via Tópica – pode ser tanto enteral quanto parenteral Qual via escolher? Vai depender da situação do paciente, se o mesmo está em quadro limítrofe ou não etc Vias Enterais - Sublingual - Oral – quando engole - Bucal – quando fica na boca - Retal – utilizada principalmente para pacientes especiais ou pediátricos Vantagens - Autoadministração (também considerada uma desvantagem pois o paciente pode tomar de forma errada) - Indolor - Mais barata Desvantagens - Absorção mais lenta - Efeitos colaterais (dor gástrica principalmente) - Alguns são inativados pelo suco gástrico (ampicilina não é administrada via oral pois se perde grande parte do medicamento 1g -> 50mg Vias Parenterais – bastante usada nas emergências médicas - Percutânea - Respiratória - Endodôntica - Submucosa ou subperióstica (anestesias infiltrativas) - Intrarticular - Intramuscular (injeções, vacinas) - Intravenosa (principalmente ATB) - Subcutânea - Intradérmica Vantagens - Efeito imediato e disponibilidade máxima - Permite introdução de grandes volumes – principalmente na via venosa - Reações imprevistas, pode-se reverter ou suspender a dose Vias Tópica - Tópico mucoso – colírio, gargarejo, colutórios, sal (casos de hipotensão), açúcar - Tópico cutâneo – pomadas, cremes, soluções Farmacocinética É o movimento dos fármacos pelo organismo após a sua administração, incluindo os processos de absorção, distribuição, biotransformação e excreção Absorção Local de aplicação corrente sanguínea Alguns fatores facilitadores: - Solubilidade - Superfície de absorção - Irrigação sanguínea - Tempo de permanência no local da absorção - Concentração Obs: jamais tomar antibiótico de estômago vazio, a não ser que esteja sob ação previa de protetor gástrico Tetraciclina não pode ser tomada com leite, sofre quelação por conta do cálcio além de diminuir a absorção da mesma Qual líquido tomar? Na dúvida, sempre água. Importante para diluição do medicamento Biodisponibilidade Proporção que o fármaco alcança a corrente sanguínea 100% ---------- biodisponibilidade 1 (intravenosa) < 100% ---------- biodisponibilidade entre 0 e 1 A biodisponibilidade é DECRESCENTE nas seguintes formas: Solução > emulsão > suspensão > cápsula > comprimido > drágea Distribuição Uma vez que os fármacos chegam no sangue, se distribuem aos tecidos do organismo, onde irão exercer suas ações farmacológicas Biotransformação Conjunto de reações enzimáticas que transformam um fármaco em um composto diferente daquele originalmente administrado para que seja excretado ou para que se tenha ação Obs: os ATB diminuem a ação dos contraceptivos! Isso se dá atráves de 2 mecanismos - Absorção no trato gastrointestinal -> corrente sanguínea -> fígado -> metabolização de 42 a 58% do estrogênio -> a parte ativa é excretada na bile ou hidrolisada na microflora intestinal -> formação de estrogênio livre Conclusão: os ATB aceleram a metabolização no fígado e diminuem a recirculação plasmática do estrogênio - A microflora intestinal geralmente é destruída pelos ATB, fazendo com que não haja microflora suficiente para uma correta absorção do anticoncepcional ATB mais perigosos: penicilinas (PEN G, PEN V, AMPICILINA, AMOXICILINA) e tetraciclinas Excreção Passagem do meio interno para o meio externo As vias de excreção são: - Renal (principal) - Pulmonar - Biliar - Fecal - Glândulas mamárias Farmacodinâmica Estuda os mecanismos de ação dos fármacos e seus efeitos no organismo Interações Medicamentosas - Interações farmacocinéticas: atrapalham o movimento do medicamento (menor movimentação, menor ou maior efeito) - Interação farmacodinâmica: ação no organismo - Interação de efeito: álcool x ATB - Interação farmacêutica Cimetidina x Lidocaína Promove um aumento na meia vida da lidocaína Aumenta as chances de superdosagem (devido a alteração de biotransformação, fazendo com quehaja lidocaína circulante em maior quantidade e em maior tempo) A cimetidina altera a Biotransformação da lidocaína - Doses reduzidas de lidocaína devem ser administradas Sulfonamidas x Ésteres Benzocaína, butacaína, procaína, são derivados do acido p-aminobenzóico As sulfonamidas competem inibindo o acido p-aminobenzóico dos microrganismos Esse metabólico resultante dos ésteres pode diminuir o efeito do ATB já que a quantidade desse ácido aumenta Interações com Adrenalina - Beta bloqueadores não seletivos (propranolol, tendo maior chance de taquicardia) - Antidepressivos tricíclicos - Inibidores da monoamina oxidase (ansiolítico) - Fenotiazínico - Cocaína - Hormônio da tireoide - Anestesia geral POSSÍVEIS INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS APRESENTAÇÃO CLÍNICA Vasoconstrictor e antidepressivo tricíclico Podem ser observados efeitos simpaticomiméticos, adrenalina deve ser usada com precaução Vasoconstrictor e antagonistas B-adrenérgicos não seletivos Hipertensão e/ou taquicardia são possíveis, vasoconstrictor deve ser usado com precaução e batimentos cardíacos devem ser monitorados Vasoconstrictor e anestesia geral Aumento da possibilidade detaquicardias Vasoconstrictor e cocaína Arritmias e hipertensão, deve-se evitar o uso a intervalos menores de 24h Vasoconstrictor e fenotiazínicos Hipertensão Vasoconstrictor e hormônio da tireoide Alterações cardiovasculares Vasoconstrictor e inibidor da monoamina oxidase Sem alterações substanciais Temos ainda interações cruzadas - Paciente alérgico a DIPIRONA, provavelmente também é alérgico a IBUPROFENO, pois atuam no mesmo sitio - Paciente alérgico a AMOXICILINA, geralmente é alérgico a CEFALOXINA - Amoxicilina com clavulanato de potássio não deve ser feita para hipertensos devido ao potássio Prescrição em Odontologia - Receita comum – analgésicos, anti-inflamatórios - Receita magistral – 2 vias - Receita de controle especial – azul, amarela e branca Receita Comum - Identificação do profissional – nome, CRO - Superscrição ou cabeçalho – nome e endereço do paciente - Inscrição – forma de uso, medicamento e doses - Subscrição – forma farmacêutica - Instrução – modo de uso do medicamento - Signação ou rubrica – data e assinatura Normas Específicas e Tipos de Receita para Prescrição de Diversos Medicamentos Controle especial - Receita do tipo A (amarela): A1, A2 e A3 - Receita do tipo B (azul): B1 e B2 - Receito do Tipo C: C1, C2, C, C4 e C5 Tipo A Relaciona-se com a prescrição de substancias constantes das listas A1 e A2 Ex: A1: entorpecentes como ALFENTANILA, FENTANILA, MORFINA, ÓPIO, SUFENTANILA A2: entorpecentes de uso permitido somente em concentrações especiais como CODEÍNA, NALBUFINA, NICODICODINA, TRAMADOL A3: psicotrópicos como ANFETAMINA, FENETILINA, TANFETAMINA Obs: CADEÍNA e TRAMADOL em concentrações que não excedam 100mg por unidade ficam sujeitas a prescrição da RECEITA DE CONTROLE ESPECIAL (branca) em 2 vias. Tipo B (drogas ansiolíticas) Relaciona-se a substâncias das listas B1 e B2 Ex: B1: psicotrópicos como BARBITAL, BROMAZEPAN, DIAZEPAN, LORAZEPAN, TIOPENTAL B2: substâncias anorexígenas como AMINOREX, FEMPROPOREX, MAZINDOL Tipo C Relaciona-se a substâncias contasntes das listas C1, C2, C3, C4 e C5 Ex: C1: AMITRIPTILINA, CARMABAZEPINA, FENITOÍNA, PROPOFOL C2: substâncias retinoicas como ISOTRETINOÍNA, TRITINOÍNA C3: substâncias imunossupressoras como TALIDOMIDA C4: substâncias retrovirais como DIDANOSINA, AZT C5: substâncias anabolizantes como METANDRIOL, OXIMETOLONA, ESTANOZOLOL
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