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Barbeiros e percevejos de cama

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Hemiptera 
1. Identificação 
2. Biologia e comportamento 
3. Ecologia: habitats, fontes alimentares, dispersão, sinantropia 
4. Principais espécies 
5. Controle e vigilância no Brasil e no DF 
 
Triatominae e Cimicidae 
Hemiptera 
- Asas anteriores: hemiélitros 
- Aparelho bucal picador-sugador, inserido no rostro, anterior aos 
olhos 
- Famílias de interesse em parasitologia: 
Cimicidae: percevejos de cama 
91 spp 
Reduviidae (Triatominae): barbeiros 
143 spp, 63 no Brasil 
Galvão & Gurgel-Gonçalves (no prelo) Goddard & de Shazo (2010) 
Como identificar um barbeiro ? 
 
 
? 
Como identificar um barbeiro ? 
 
 
Como identificar um barbeiro ? 
 
 
 Ordem Hemiptera: predadores x fitófagos x hematófagos 
Família Reduviidae 
Fitófago: ap. bucal longo 
(4 segmentos) e reto 
Predador: ap. bucal curto e curvo, patas 
adaptadas para captura de presas 
Hematófago: ap. bucal 
curto e reto 
Como identificar um barbeiro ? 
 
 
Características gerais 
 
- Rostro curto e reto 
 
- Hematófagos obrigatórios 
 
- Outros nomes: chupão, bicudo, fincão, 
chupança, vum vum, procotó, furão, chupa-
pinto, chinche-picuda, chinche de los montes, 
chinche de vaca, vinhuca, assassin bugs, 
kissing-bug, triatome..... 
Rhodnius neglectus 
 
 
Como identificar um barbeiro ? 
 
 
Tamanho variando de 0,5 a 4,5 cm (dimorfismo sexual) 
? 
Em relatos subseqüentes vários viajantes e 
naturalistas mencionaram a presença desses 
insetos na América do Sul 
Taxonomia 
C. Galvão 
 
 Histórico: 1590, os primeiros relatos 
Taxonomia 
 Histórico: 
- Século XIX: descrição de Darwin 
 
 
 “Não pude descansar por haver-me visto atacado por um numeroso e 
sanguinário grupo de percevejos negros, pertencente ao gênero 
Vinchuca uma espécie de Reduvius...Um que colhi estava muito vazio. 
Posto sobre a mesa, no meio de uma porção de gente, ao se 
apresentar um dedo o atrevido inseto sacava imediatemente sua 
tromba, atacando sem vacilar, e se deixasse tirava sangue. Era 
curioso observar seu corpo durante o ato de sucção e ver que em 
menos de 10 minutos se transformava de chato em redondo como uma 
esfera” Charles Darwin. 
Taxonomia 
 
 
 Triatoma Panstrongylus Rhodnius 
 143 espécies de 
triatomíneos 
distribuídas em: 
 - 5 tribos 
 - 15 gêneros 
 Maioria incluída 
em três gêneros: 
 Triatoma, 
 Panstrongylus 
 Rhodnius 
Distribuição: sul dos 
EUA, América Central 
e do Sul; Índia, China, 
Austrália 
 
Principais gêneros 
 
 
Panstrongylus megistus Panstrongylus geniculatus 
Principais gêneros 
 
 
Rhodnius nasutus Rhodnius brethesi 
Principais gêneros 
 
 
Triatoma sherlocki Triatoma carcavalloi 
Biologia 
 
 
 - Hábitos geralmente 
noturnos 
 Ovos, ninfas (5 estádios) 
e adultos 
 Alimentação x tempo de 
desenvolvimento 
 Influência da temperatura 
e umidade 
R. neglectus 
3 meses 
T. sordida 
6 meses Até 24 meses! (P. geniculatus) 
Qual a duração do ciclo? 
Comportamento alimentar 
 
 
- Hematófagos vorazes: sugam até 10 vezes o próprio peso 
 
Quantidade de sangue ingerido e tempo defecação são variáveis 
importantes para transmissão do Trypanosoma cruzi. 
Comportamento alimentar x competência vetorial 
 
 
Triatoma 
sordida 
Panstrongylus megistus 
TATUS 
Dipetalogaster maximus 
RÉPTEIS 
Rhodnius 
neglectus 
Triatoma brasiliensis 
ROEDORES 
Triatoma infestans 
HUMANOS 
Psammolestes 
tertius 
AVES 
Comportamento alimentar 
Casas de pau-a-pique 
Habitats: onde podemos encontrar os triatomíneos? 
 
 
 Ambiente doméstico: intradomicílio x peridomicílio 
 Ambiente silvestre: palmeiras, bromélias, cactos, sobre casca 
de árvores ou rochas, tocas de animais 
Palmeira (buriti) Ninho de 
mamífero 
Alta densidade de 
populacional: 
11.000 R. prolixus 
em Honduras 
Interação entre triatomíneos e palmeiras 
 
 
 Palmeiras como ecótopos naturais de populações de barbeiros, 
principalmente do gênero Rhodnius 
Áreas no Brasil com 
100% de infestação e 
média de 60 
barbeiros/palmeira 
Dispersão 
 
 
Estado nutricional, estabilidade de habitat, 
temperatura, sazonalidade 
Quais fatores favoreceriam a dispersão? 
Ativa (vôo) x Passiva (aves, migração humana) 
Fatores de risco de domiciliação 
 
 
Precariedade das habitações, desmatamento, hábitos populacionais (armazenamento 
de madeira, criações peridomiciliares) 
Variáveis: tipo de parede e de chão, janelas, quartos, camas, pessoas/casa, 
eletricidade, distância dos anexos, n de animais etc… 
 Controle de triatomíneos e da doença de Chagas 
- 80% dos casos da doença de Chagas foram devidos a transmissão 
vetorial por T. infestans. Por quê? 
Capacidade hematofágica 
Densidade populacional 
Defecação rápida 
Ampla distribuição 
Capacidade de dispersão e domiciliação 
Deslocamento de espécies secundárias 
Suscetibilidade para T. cruzi 
Triatoma infestans, espécie primária 
na transmissão da doença de Chagas 
T. infestans: principal alvo das campanhas de controle na América do 
Sul (iniciativa do Cone Sul) 
 
 
 
9 de junho de 2006 
Certificação da OMS: 
Brasil está livre da 
transmissão vetorial por 
T. infestans 
2009 
Controle do Triatoma infestans no Brasil 
 
Galvão & Gurgel-Gonçalves, no prelo 
 
 
Quais conclusões o leitor chega a 
final do texto? 
 
T. infestans realmente foi eliminado no Brasil? A transmissão vetorial da doença de 
Chagas está interrompida no Brasil? 
 
 
 
Tremedal-BA, fev/2011 
Vigilância das espécies nativas após controle de T. infestans no Brasil 
Triatoma 
sordida 
Rhodnius 
neglectus 
Capazes de invadir e colonizar as casas. Em geral ocupam ecótopos naturais e 
artificiais próximos das casas, associados a reservatórios silvestres e 
peridomiciliares, apresentando diferentes graus de antropofilia. 
 
Centro-oeste 
Panstrongylus 
lutzi 
T. pseudomaculata Triatoma 
brasiliensis 
Nordeste 
Na reunião em BsB 
conseguimos produzir 
um documento que 
reconheceu os 
avanços no controle, 
mas que aponta as 
medidas para reforçar 
a vigilância dos 
vetores nativos. O 
documento não 
declara interrupção de 
transmissão vetorial 
por espécies nativas 
no Brasil! 
Resposta em nível acadêmico: 
23-Jan-2013 
Dear authors: Fernando Abad-Franch, Liléia Diotaiuti, Rodrigo Gurgel-
Gonçalves, Ricardo E Gürtler 
We are please to inform you that submission Manuscript entitled "Certifying 
the interruption of Chagas disease transmission by native vectors: cui 
bono?" received favorable comments from the Editorial Board of Memórias 
do Instituto Oswaldo Cruz. 
“For what does it mean that T. cruzi transmission has been interrupted in, say, the 
Bolivian Department of La Paz or some localities of the Chaco in Argentina – 
where native T. infestans populations are common, surveillance is weak, and most 
rural houses are still substandard? And what would it mean that transmission by 
native vectors no longer takes place in non-Amazonian Brazil – where over 50 
triatomine species occur, a dozen of which are routinely collected inside houses?” 
E no DF? 
Epidemiologia/Impacto 
Maeda et al. (2011) 
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
N
u
m
b
er
 o
f 
tr
ia
tom
in
es
 c
a
p
tu
re
d
 
Administrative regions 
T. sordida P. diasi
R. neglectus P. geniculatus
T. pseudomaculata P. megistus
P. megistus e T. cruzi no DF 
Agosto a Dezembro de 2012: cerca de 300 
Panstrongylus megistus (33% ninfas) no DF 
10 infectados por T. cruzi: Park Way (casa), Águas 
Claras (no 12º andar), Asa Sul (908), Lago Norte 
(casa) e Vicente Pires (casa). 
Park Way: colônia de P.megistus no galinheiro (150 
triatomíneos). Uma ninfa de P. megistus na cama. 
Zoológico de Brasília: colônia com 46 triatomíneos 
(no micário), positivos para T. cruzi. 
Janeiro 2013: colônia de P. megistus (cerca de 50 
triatomíneos no telhado e cama) em Planaltina. O 
sangue dos moradores foi coletado e estamos 
aguardando o resultado. 
Dados evidenciam o potencial risco de transmissão da 
doença de Chagas no DF. 
Transmissão oral no Pará 
Transmissão oral e por 
triatomíneos não domiciliados 
Estamos realmente 
livre dos barbeiros e 
da doença de 
Chagas? 
Entre 2007 e 2011, ocorreram 849 casos 
de DCA, a maioria por transmissão oral 
(70%); principalmente no estado do Pará. 
 
Na região Centro-Oeste foram registrados 
32 casos de DCA nos últimos cinco anos, 
principalmente no estado de Goiás 
Prevalência global: 18 milhões (1990) para 9 milhões (2006) 
Como deve ser o controle nos países em que T. infestans foi 
eliminado? 
Novas estratégias: 
Controle da transmissão oral 
Organização de uma rede de vilgilância baseada em 
participação comunitária e em SIGs 
Incentivar pesquisas sobre a biologia das espécies 
secundárias 
Melhorar o controle nos bancos de doadores de sangue 
T. infestans antes e após controle 
Mapas de distribuição geográfica das espécies do NE 
Mapa de riqueza de 
espécies no Brasil 
2012 
 
 
Melhoria da moradia 
Controle de triatomíneos e da doença de Chagas 
Recursos do PAC e do Ministério da Saúde têm sido destinados ao programa de melhoria 
habitacional para controle da doença de Chagas 
A SVS tem feito reuniões para definição dos municípios prioritários para aplicação do recurso 
2012: critérios entomológicos, epidemiológicos e sociais 
Aplicação de inseticidas, vigilância entomológica (Sucam, Funasa) 
Controle de triatomíneos e da doença de Chagas 
Problema: descentralizacão 
Vigilância entomológica com participação comunitária 
Controle de triatomíneos e da doença de Chagas 
1. Aulas, visitas domiciliares e reuniões 
 
2. Moradores: barbeiros em uma caixas de 
fósforo 
 
3. Exame laboratorial (identificação do 
barbeiro e infecção por T. cruzi) 
 
4. Visita e uso de inseticidas 
 
5. Educação sanitária 
 
O que você faria caso encontrasse 
um barbeiro em casa? 
Controle de triatomíneos e da doença de Chagas 
Divulgação do controle e participação da comunidade: década de 80 
 (SUCAM/FNS) 
Controle de triatomíneos e da doença de Chagas 
Divulgação do controle e participação da comunidade: 
Controle de triatomíneos e da doença de Chagas 
Divulgação do controle e participação da comunidade 
Controle de triatomíneos e da doença de Chagas 
Treinamento dos agentes de saúde 
que trabalham no controle da 
DC 
 
 
Controle integrado: melhoria da moradia + educação sanitária + uso de 
inseticidas + vigilância continuada 
Controle de triatomíneos e da doença de Chagas 
É possível erradicar a doença de Chagas 
usando esses métodos de controle? 
Perspectiva atual: vigilância e controle da 
transmissão oral e da transmissão por 
triatomíneos não domiciliados 
 
Cimicidae: morfologia 
- Rostro evidente, hemiélitro reduzido, asa posterior ausente. Medem cerca de 
0,5 cm 
- Protórax desenvolvido nas laterais, 
Cimex lectularius 
cabeça tórax abdome 
- Dilatações mesotorácicas látero-
posteriores 
- Processo de atrofia da asa 
(Rey 2003) 
Cimicidae: ciclo biológico 
- Habitat: colchões, roupa 
de cama, galinheiros, 
ninhos de pardais, 
andorinhas, roedores, 
abrigos de morcegos 
- Duração do ciclo: 1-3 
meses (temperat.) 
- Hematofagia a cada 7 
dias (Reinhardt et al. 2010) 
 
Hemimetabolia 
Inseminação 
traumática 
Hematofagia 
+ 30% 
comprimento 
+ 150% 
peso 
Dura até 20 min. 
 Podem sobreviver até um ano sem 
alimento. 
 Dispersão passiva: móveis, roupas, 
morcegos, pássaros 
 
- Controle: higiene e uso de inseticidas 
Ovos e fezes facilitam a detecção. 
Sobreposição de gerações e crescimento da colônia: 
5000 insetos/cama 
. 
 
 Picada: eritema 
(desaparece em menos de 1 
semana), desconforto, 
insônia 
 
 Podem se infectar 
com vários patógenos 
 
 Transmissão 
experimental de 
T. cruzi e Y. pestis. 
 Apesar disso, não são 
bons vetores 
 
 
 
Aumento da freq. nos 
últimos 10 anos em 
ambientes urbanos: 
EUA, Europa, Austrália 
Estudo de caso 
- Mulher, 19 anos, atendida com feridas cutâneas nas pernas e braços (Fig) 
- Duas semanas de duração 
- Na consulta foi excluída a possibilidade de alergias e prurido relacionado a medicação 
- Suspeita de picada de inseto 
- Foi sugerido contratar empresa de 
controle de insetos 
- A paciente retornou 3 semanas 
depois sem lesões e com um pote 
com vários percevejos de cama 
Casos de infestação no DF 
 3 casos notificados em Brasília em 2010. Investigação na 210 norte, dez: 
Casos de infestação no DF 
Inspeção feita pela DIVAL confirma o 
foco e orienta o morador 
Controle: higiene, vaporização/quente e 
inseticidas

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