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O USO DE DADOS ESTATÍSTICOS NA MELHORIA DA QUALIDADE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS VOLTADAS À SAÚDE EM MATO GROSSO DO SUL: UM ESTUDO SOBRE AS NOTIFICAÇÕES DE CÂNCER EM DOIS IRMÃOS DO BURITI

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL 
CAMPUS DE AQUIDAUANA 
CURSO DE LICENCIATURA E GEOGRAFIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O USO DE DADOS ESTATÍSTICOS NA MELHORIA DA QUALIDADE 
 DAS POLÍTICAS PÚBLICAS VOLTADAS À SAÚDE EM MATO GROSSO DO SUL: 
UM ESTUDO SOBRE AS NOTIFICAÇÕES (2008-2015) DE CÂNCER EM DOIS 
IRMÃOS DO BURITI-MS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AQUIDAUANA, MS 
2017 
 
 
 
JOSIMAR RIBEIRO FREIRE 
 
 
 
 
 
 
O USO DE DADOS ESTATÍSTICOS NA MELHORIA DA QUALIDADE 
 DAS POLÍTICAS PÚBLICAS VOLTADAS À SAÚDE EM MATO GROSSO DO SUL: 
UM ESTUDO SOBRE AS NOTIFICAÇÕES (2008-2015) DE CÂNCER EM DOIS 
IRMÃOS DO BURITI-MS 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como 
exigência do curso de Licenciatura em Geografia, da 
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, sob a 
orientação do 
Prof. Ricardo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AQUIDAUANA, MS 
2017
 
 
FOLHA DE APROVAÇÃO 
 
 
FREIRE, Josimar Ribeiro. O uso de dados estatísticos na melhoria da qualidade das 
políticas públicas voltadas à saúde em Mato Grosso do Sul: um estudo sobre as 
notificações (2008-2015) de câncer em Dois Irmãos do Buriti-MS. Trabalho de Conclusão de 
Curso (Graduação em Geografia). Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – CPAQ, 
2016. 
 
 
Resultado:_________________________________ 
Aquidauana, MS, __ de _________________________de 2017. 
 
 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
________________________________ 
Orientador: Prof. Dr. André dos Santos Baldraia Souza 
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - CPAQ 
Instituição 
 
______________________________ 
Componente da Banca 
Instituição 
____________________________ 
Componente da Banca 
Instituição
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O saber deve ser como um rio, cujas águas doces, 
grossas, copiosas, transbordem do indivíduo, e se 
espraiem, estancando a sede dos outros. Sem um fim 
social, o saber será a maior das futilidades. 
Gilberto Freyre
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
Agradeço a Deus pelo dom da vida e pelas oportunidades que me foram dadas, pelos 
sonhos que se concretizam, como este que agora se torna realidade, por ter gostado de mim do 
jeito que sou por me fazer sentir alguém diferente e por saber que contigo sempre poderei 
contar. 
Ao meu orientador professor Ricardo Lopes Batista, por todo conhecimento passado, 
pela excelente supervisão e orientação a este trabalho apresentado; 
Aos Professores da minha graduação, que fizeram parte desta jornada em sala de aula. 
Aos meus amigos da UFMS, que sempre acreditaram e participaram das viagens realizadas, e 
pelos vários momentos que sempre me deram força quando precisava e puxão de orelha 
quando necessário; A minha turma do “Busão” de Dois Irmãos do Buriti em especial nosso 
motorista Alencar Flores e José Henrique, que nos conduziu durante todo o tempo com 
responsabilidade e sem medir esforços para ajudar no que necessário. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DEDICO a Deus, a minha família e a todos os amigos que 
sempre estiveram comigo em todo o decorrer do meu curso.
 
 
O USO DE DADOS ESTATÍSTICOS NA MELHORIA DA QUALIDADE DAS 
POLÍTICAS PÚBLICAS VOLTADAS À SAÚDE EM MATO GROSSO DO SUL: UM 
ESTUDO SOBRE AS NOTIFICAÇÕES (2008-2015) DE CÂNCER EM DOIS IRMÃOS DO 
BURITI-MS 
 
RESUMO 
 
Investiga-se nesse estudo a importância do uso de dados geográficos como ferramentas de 
planejamento para fortalecer políticas públicas na área de saúde. Partindo do pressuposto de 
que as informações estatísticas são definidas como um conjunto de métodos e técnicas que 
envolve todas as etapas de uma pesquisa, o objetivo é utilizar os dados estatísticos para 
identificar notificações de casos de câncer na cidade de Dois Irmãos do Buriti-MS, no período 
de 2008 a 2015. Procura-se enfatizar a necessidade de coletar dados sobre saúde e uso dos 
serviços de saúde. Conclui-se que os dados geográficos constitui-se de recurso básico e 
estratégico para a elaboração de diagnósticos sociais e econômicos ou dimensionamento do 
público-alvo de políticas públicas e, a maior parte dos saúde conhecem os sistemas 
disponíveis para obter dados e gerar relatórios. 
 
PALAVRAS CHAVES: Estatísticas. Neoplasias. Dados geográficos.
 
 
ABSTRACT 
 
This study investigates the importance of using geographic data as planning tools to 
strengthen public policies in the health area. Based on the assumption that statistical 
information is defined as a set of methods and techniques that involves all stages of a 
research, the objective is to use statistical data to identify reports of cancer cases in the city of 
Dois Irmãos do Buriti-MS, in the period from 2008 to 2015. It is sought to emphasize the 
need to collect data on health and use of health services. It is concluded that the geographic 
data constitutes a basic and strategic resource for the elaboration of social and economic 
diagnoses or dimensioning of the target public of public policies and, the majority of the 
health knows the available systems to obtain data and generate reports. 
 
Keywords: Statistics. Neoplasms. Geographic data. 
 
 
LISTA DE QUADROS 
Quadro 01 - Paradigms da geografia com suas práticas teóricas e 
empiricas………………………………………………………………….. 
 
19 
Quadro 02 - Notificações de neoplasias no município de Dois Irmãos do 
buriti 2008 a 2015......................................................................................... 
 
29 
 
 
LISTA DE TABELAS 
Tabela 01 - Estimativas para o ano de 2016 das taxas brutas de incidência por 100 mil 
habitantes e do número de casos novos de câncer, segundo sexo e localização primária 
(Mato Grosso do Sul e Campo Grande).................................................................................. 
 
 
27 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 01 - composição do PIB de Dois Irmãos do Buriti-MS no período de 
1999 a 2012....................................................................................................... 
 
12 
Figura 02 - Mapa localização do município de Dois Irmãos do Buriti-MS .... 14 
Figura 03 - Distribuição proporcional dos dez tipos de câncer mais 
incidentes estimados para 2016 por sexo no Brasil.......................................... 
 
25 
Figura 04 - Distribuição proporcional dos dez tipos de câncer mais 
incidentes estimados para 2016 por sexo na região Centro Oeste.................... 
 
26 
 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 10 
1.1 Recorte Espacial ............................................................................................................. 11 
21 CANCÊR, NEOPLASIA E TUMOR, CONCEITOS E CLASSIFICAÇÕES .................... 14 
2.1 Causas do câncer ............................................................................................................ 15 
2.2 Detecção precoce do câncer, métodos e recomendações ............................................... 15 
3 IMPORTÂNCIA DOS DADOS ESTATÍSTICOS E INFORMAÇÃO ESTATÍSICA ........ 16 
3.1 O uso da estatística na corrente do pensamento geográfico ...........................................18 
3.2 Dados geográficos na formulação da Estatística ............................................................ 21 
4 O SISTEMA DE INFORMAÇÃO SOBRE CÂNCER NO Brasil ....................................... 23 
4.1 Estimativa de casos de câncer no Brasil ......................................................................... 25 
4.2 Estimativas de casos de câncer no Estado de Mato Grosso do Sul ................................ 26 
4.2 Estimativa de câncer no município de Dois Irmãos do Buriti ........................................ 27 
6 ANÁLISE DOS RESULTADOS .......................................................................................... 29 
7 CONSIDERAÇÕS FINAIS ................................................................................................... 30 
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 31 
10 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 Dados estatísticos são cada vez mais indispensáveis na produção e disseminação do 
conhecimento, utilizado tanto no meio acadêmico, quanto no meio empresarial e no setor 
público, é indicado para quantificar e qualificar fenômenos, tendências e processos, 
principalmente nas diferentes esferas de governo. Geralmente, estatísticas com dados sobre a 
economia, a demografia, a educação e condições sociais e ambientais de um país, processadas 
pelo setor público, são essenciais para promover tomadas de decisões em políticas públicas e 
melhor organizar os gastos com saúde, educação, saneamento básico, entre outros. 
 Esse trabalho sustentará a importância do uso de dados estatísticos como ferramenta 
de planejamento para fortalecer políticas públicas na área de saúde. O objetivo central é 
utilizar os dados estatísticos para identificar notificações de casos de câncer na cidade de Dois 
Irmãos do Buriti-MS, no período de 2008 a 2015. 
 Genericamente o termo câncer, é utilizado para identificar um conjunto de mais de 100 
doenças que têm em comum o crescimento desordenado (maligno) de células que invadem os 
tecidos e órgãos, podendo espalhar-se (metástase) para outras regiões do corpo. Os tumores 
malignos tendem a serem agressivos e incontroláveis, devido a rapidez com que essas células 
se dividem, formando tumores (acúmulo de células cancerosas) ou neoplasias malignas. Os 
tumores benignos, se multiplicam devagar, raramente representam um risco de vida 
(INCA,2017). 
O interesse pela temática deve-se, ao fato de que no município de Dois Irmãos do 
Buriti a quantidade dos casos de pacientes com suspeita de câncer atendidos na unidade de 
saúde pública é preocupante. Ao considerar que o perfil epidemiológico pode ser um 
indicador relacionado as condições de vida, do processo saúde-doença e do modelo de 
desenvolvimento da população, buscar informações por meio dos dados estatísticos sobre a 
incidência do câncer na população, é uma forma de contribuir para a implantação de políticas 
públicas visando planejamento e formulação de para promover o tratamento precoce e 
consequentemente a redução de gastos e promoção de qualidade de vida para as pessoas. 
Esse trabalho investiga a importância dos dados estatísticos para o processo de 
conhecimento e tomada de decisão; a influência dos dados geográficos na saúde pública. O 
estudo conta com a integração de dados de estatísticas do Ministério da Saúde, coletados de 
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) 
11 
 
As informações sobre morbidades nacionais, através de estatísticas elaboradas pelo 
governo, são pouco adequadas para estudos de caráter relevantes, por falta de atualização 
nesses dados, a limitação desses dados da saúde, em relação a doenças crônicas como a 
neoplasia, não atende a necessidade das pesquisas e estudos necessários, devido a 
precariedade de informação do SUS, pois este não comtempla também informações das redes 
privadas, o que limita mais ainda as informações necessárias para estudos mais específicos ou 
aprofundados (BARROS et. al., 2006). 
 A metodologia adotada é pesquisa Bibliográfica descritiva, com abordagem qualitativa 
e estudo de caso. Esse tipo de pesquisa, permite analisar e interpretar dados, descrevendo 
que, segundo Marconi e Lakatos (2011), a pesquisa qualitativa tem como objetivo levantar 
com maior profundidade aspectos de determinado caso ou grupo humano. 
 O Estudo de caso trata-se de uma investigação empírica. Método que abrange 
planejamento, técnicas de coleta de dados e análise dos mesmos. Sendo uma pesquisa social, 
atende às exigências da complexidade do contexto educacional, que requer a utilização de 
uma pesquisa capaz de contemplar as novas demandas educativas. Diante das possibilidades 
de pesquisa social, na perspectiva qualitativa, destacamos o método de pesquisa do estudo de 
caso por possuir relevância significativa no meio acadêmico. Embora existam controvérsias 
sobre sua cientificidade e sua rigorosidade, é uma estratégia de pesquisa utilizada de forma 
extensiva em ciências sociais (YIN, 2005). 
 A pesquisa bibliográfica, com a finalidade de compreender dados estatísticos, buscou 
informações nos bancos de dados informatizados, disponibilizados pelo Ministério da Saúde, 
sendo estes: o Banco do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde 
(DATASUS) e Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por 
Inquérito Telefônico (VIGITEL). 
 Outras fontes contribuíram para a comparação dos dados estatísticos, a partir de 
trabalhos publicados nos últimos dez anos (2007-2017). As principais fontes foram: a 
Biblioteca Científica Eletrônica em Linha Scientific Electronic Library Online (SCIELO), e o 
Portal Regional da BVS, um serviço gratuito que disponibiliza periódicos científicos na 
Internet. 
1.1 Recorte Espacial 
 A área de estudo corresponde à cidade de Dois Irmãos do Buriti no Estado de Mato 
Grosso do Sul. O município possui uma área de 2.344,61 Km², com uma população de 11.132 
12 
 
Habitantes, sendo 4.705 residentes urbanos e 5.658 rurais. O município conta com uma 
economia predominantemente agropecuária, com destaque ao rebanho bovino. Na 
horticultura, destacando-se como primeiro colocado na produção de laranja, segunda de 
tomate e a sexta de café no estado (IBGE, 2017a). 
O município de Dois Irmãos do Buriti, localizado no estado de Mato Grosso do Sul há 
73 km da capital Campo Grande, é marcado pelos seguintes limites: ao norte com o município 
de Aquidauana, ao sul com o município de Sidrolândia, a leste com o município de Terenos e 
a oeste com o município de Anastácio. Foi criado em 1976 como distrito, subordinado ao 
município de Anastácio (SEBRAE, 2016). 
Em 1987 foi criado o munícipio de Dois Irmãos do Buriti, pela Lei n° 775, 
desmembrados de Anastácio, instalado em 1989, juntamente com o município de Palmeiras. 
Em divisão territorial datada de 1991, o município é constituído de 2 distritos: Dois Irmãos do 
Buriti e Palmeira., permanecendo em divisão territorial datada de 2009 (IBGE, 2017a). 
Importante ressaltar que: 
Dois Irmãos do Buriti pertencem à Bacia Hidrográfica do Paraguai, sub-
bacia do Rio Aquidauana/Miranda. Os principais rios são: Rio Aquidauana, 
Rio Dois Irmãos (braços direito e esquerdo). Conta com grande quantidade 
de nascentes no território e seus limites com outros municípios são marcados 
por cursos d´água (SEBRAE,2016, p.20). 
 A composição do Produto Interno Bruto (PIB), do município atingiu (figura 01) no 
período mostra que em 2012, alcançou R$ 134.585.000,00, posicionando o município na 57ª 
posição no ranking do Estado. PIB (SEBRAE, 2016). 
 
Figura 01 - Composição do PIB de Dois Irmãos do Buriti-MS no período de 1999- 2012 
 
Fonte: SEBRAE(2015) com base nos dados do IBGE (2012) 
13 
 
De acordo com Relatório do SEBRAE (2016, p.11): 
O setor que mais gera valor no município é o de Comércio e Serviços, que 
vem aumentando a sua participação nos últimos anos. O setor agropecuário 
apresentou expressiva participação no valor da produção de 2012, 
contribuindo com cerca de 34% do PIB municipal, enquanto em nível 
estadual chega a apenas 12%. 
Considerando a população estimada para o mesmo ano pelo IBGE, o PIB per capita, 
correspondeu a R$ 12.794,47 sendo 41% inferior ao valor médio do Estado de Mato Grosso 
do Sul, para o mesmo ano, de R$ 21.902,00 (SEBRAE, 2016).Em 2014, de acordo com os 
dados estatístico do IBGE, o município apresentou um PIB per capta de R$ 14.866,61. Em 
2015, o cadastro central de empresas do IBGE mostrou que o número de empresas atuantes 
era de 120 unidades, mantendo 1.001 pessoas trabalhando de forma assalariada, com salário 
médio mensal de 1,8 salários mínimos (IBGE, 2017a). 
Os aspectos naturais do município são relevantes para a instalação de novos 
empreendimentos. Geologicamente, apresenta rochas do período siluriano, Grupo Paraná, do 
carbonífero, Grupo Itararé, do jurássico, Grupo São Bento e Aluviões Atuais do holoceno. 
Encontram-se também diversos tipos de solos, concentrados em Podzólico Vermelho Amarelo 
ao norte, o Latossolo Vermelho Escuro na região central e o Latossolo Roxo na região central 
e sul do município. A maior parte do território (56%) é dividido entre os Latossolo Vermelho 
Escuro (26,6%) e Latossolo Roxo (29,5%) e com necessidade de correção da fertilidade 
natural dada à deficiência de elementos nutritivos. Existia em 2010, reserva de 1.336.034 (t) 
de Argila (SEBRAE, 2016). 
14 
 
Figura 02 - Mapa localização do Município de Dois Irmãos do Buriti-MS 
 
 
Fonte: Mapas Guia Mais. Disponível em:< https://mapas.guiamais.com.br/dois-irmaos-do-buriti-ms> 
 
 
21 CANCÊR, NEOPLASIA E TUMOR, CONCEITOS E CLASSIFICAÇÕES 
 
 Doença não contagiosa, o câncer pode ser definido como um grupo de mais de 100 
doenças que se caracterizam pelo crescimento descontrolado de células anormais. Estas 
células multiplicam-se rapidamente, ocasionando a formação de tumores (acúmulo de células 
cancerosas) ou neoplasias malignas. Os diferentes tipos de câncer estão associados aos vários 
tipos de células do corpo. Pode ocorrer, por exemplo, vários tipos de câncer de pele por 
existir vários tipos de célula na formação da pele. Câncer iniciado na pele ou mucosa e 
denominado carcinoma. Iniciado em tecidos conjuntivos (ossos, músculos ou cartilagem), são 
reconhecidos como sarcoma (INCA, 2017). 
 Neoplasia ou tumor, são formas de denominar o alastramento de células anormais pelo 
organismo, com tendência de multiplicação incontrolável. De acordo com INCA (2017), o 
potencial de causar dano é reconhecido como neoplasia maligna. Um tumor reconhecido 
15 
 
como benigno, raramente representa risco de vida, pois, é apenas uma massa de células que se 
multiplicam vagarosamente e se assemelham ao seu tecido original. 
2.1 Causas do câncer 
 O câncer pode ser causado por fatores externo ou internos ao organismo, ambos, inter-
relacionados. Os fatores externos, relacionam-se ao meio ambiente e aos hábitos 
socioculturais. Os fatores internos, em sua maioria, são pré-determinados geneticamente, 
ligados à capacidade de defesa do organismo das agressões externas. 
De todos os casos, 80% a 90% dos cânceres estão associados a fatores ambientais, como o 
hábito de fumar, que pode causar câncer de pulmão; a exposição excessiva ao sol, que pode 
causar câncer de pele e, alguns vírus podem causar leucemia (câncer na medula óssea) 
(INCA, 2017). 
 De acordo como enunciado acima, é possível compreender que os agentes causadores 
dessa doença estão associados ao fato à exposição das pessoas aos fatores de risco do 
ambiente externo e, dependendo da incapacidade de defesa do organismo elas aumentam o 
risco de intensificar a formação de células anormais. O INCA (2017, p. 42) reforça que "os 
fatores de risco de câncer podem ser encontrados no ambiente físico, ser herdados, ou 
representar comportamentos ou costumes próprios de um determinado ambiente social e 
cultural". 
 Para efeito dos estudos e dimensões a respeito do câncer, o INCA (2017, p. 96) pontua 
que: 
 Entende-se por ambiente o meio em geral (água, terra e ar), o ambiente 
ocupacional (indústrias químicas e afins), o ambiente de consumo (alimentos 
e medicamentos) e os ambientes social e cultural (estilo e hábitos de vida). 
As mudanças provocadas pelo próprio homem ao meio ambiente, por meio 
de hábitos e estilo de vida que adota, podem determinar diferentes tipos de 
câncer. 
 Ao compreender a relação entre meio ambiente e saúde, é fácil constatar que o 
homem, sempre explorando recursos naturais para satisfazer suas necessidades e elevar sua 
qualidade de vida, historicamente modifica o ambiente externo, fazendo uso dos recursos 
naturais de forma danosa ao ambiente e a própria saúde. 
2.2 Detecção precoce do câncer, métodos e recomendações 
 A detecção precoce, indica que quanto mais cedo o câncer for diagnosticado, maior a 
possibilidade de cura. As ações que fazem parte da detecção precoce são: (1) Diagnóstico 
16 
 
precoce e (2) Rastreamento. O Diagnóstico previne sintomas mais graves em pessoa 
infectadas. O rastreamento (screening), realizado em pessoas sem sintomas da doença, 
possibilita identificar pessoas com mais chances de ter uma enfermidade por apresentarem exames 
alterados ou suspeitos (INCA, 2017). 
 O método de rastreamento populacional é o mais recomendado, realizado de duas 
formas: rastreamento organizado e oporunistico. O rastreamento organizado, oferece de forma 
sistematizada, um método assistencial reconhecido como efetivo para detectar a doença em 
determinado público alvo. No rastreamento oportunistico, ocorre em momento oportuno, 
quando a pessoa atendida pelo serviço de saúde, por algum outro motivo, passa a ser rastreada 
pelo profissional de saúde que aproveita para aplicar um método de cuidado assistencial 
comprovadamente efetivo para detectar uma determinada doença, condição ou risco (INCA, 
2017). 
 De acordo com cesse (2007), para identificar o comportamento das doenças e avaliar a 
gravidade e disseminação, os estudos realçam o perfil e a tendência de morbimortalidade. 
Esses dados têm sido úteis na proposição de políticas públicas, na avaliação, gestão e 
planejamento de ações de procedimentos e incentivo de prevenção dos serviços de saúde. 
 
3 IMPORTÂNCIA DOS DADOS ESTATÍSTICOS E INFORMAÇÃO ESTATÍSICA 
 As informações divulgadas pelos meios de comunicação, a respeito do crescimento 
populacional, dos índices de inflação, emprego e desemprego, entre outros, vêm de estudos 
estatísticos, que vão muito além do que apresentar tabelas e gráficos. Trabalha com 
metodologias científicas complexas. Des acordo com Crespo (2002), Estatística é uma parte 
da Matemática Aplicada, que fornece métodos para a coleta, organização, descrição, análise e 
a interpretação de dados e para a utilização dos mesmos na tomada de decisões. 
 De acordo com Ignácio (2010), durante o século XX, a estatística modificou a forma 
de vermos a ciência, pelos dados que passaram a sofisticar o processo de pesquisas e estudo 
de parâmetros, a fim de chegar ao máximo perto da realidade e da verdade, nas decisões 
socioeconômicas, políticas e sociais. A utilização dos métodos estatísticos é um misto de 
tecnologia, ciências e lógica, para a solução dos problemas que atacam a humanidade, em 
várias áreas do conhecimento. 
 A informação estatística é fundamental para planejamento e formulação depolíticas e 
estratégias de uma organização pública ou privada. Uma organização privada precisa da 
estatística econômica, social, demográfica, entre outras, para tomar decisões em bases mais 
17 
 
técnicas. Na administração pública as informações estatísticas constituem recursos básicos 
para a elaboração de diagnósticos sociais e econômicos ou dimensionamento do público-alvo 
de planos e políticas públicas (JANNUZZI; GRACIOSO, 2002). 
 De acordo com Cunha (2016, p. 01): 
A Estatística pode considerar-se uma ciência quando, baseando-se nas suas 
teorias, estuda grandes massas de dados, independentemente da natureza, 
sendo autónoma e universal. É considerada um método quando serve de 
instrumento particular a uma determinada ciência [como agronomia, 
biologia, física, medicina ou psicologia]. 
 A Estatística é tão importante à administração púbica, que muitas instituições possuem 
banco de dados oficiais destinados à realização de estudos estatísticos em todos as esferas do 
governo (federal, estadual e municipal), visando otimizar conhecimento e tomadas de 
decisões, bem como, promover a qualidade dos serviços públicos. 
 Os dois ramos da estatística são: Estatística Descritiva e Estatística Inferencial. A 
Estatística Descritiva, envolve a organização de dados, resumo e apresentação. A Estatística 
Inferencial analisa e interpreta amostras para chegar a conclusões sobre uma população. Esse 
tipo de estatística tem como ferramenta principal, a teoria da probabilidade. Proporciona uma 
base racional para lidar com situações influenciadas por fatores relacionados com o acaso, 
podendo servir para estimar erros (CRESPO, 2002). 
 Cunha (2016), esclarece que dados numéricos são utilizados para melhorar a produção, 
e gráficos e tabelas, para apresentar os resultados. A natureza dos dados determinará qual 
procedimento estatístico será adotado. A utilidade da estatística evidencia-se no seu uso, 
tendo em vista que, as hipóteses científicas devem passar por um estudo estatístico para 
provar aceite ou rejeição, como por exemplo, o teste de novos medicamentos, que por via de 
regra, não pode de ser disponibilizado para o mercado se não tiver a sua eficácia 
estatisticamente comprovada. 
 Para tornar possível qualquer estudo estatístico é indispensável determinar 
características de vários elementos. Quando se trata de população, as características dos 
elementos devem estar definidas dentro de um critério válido para qualquer pessoa, no tempo 
e no espaço (CRESPO, 2002). 
 Assim, os censos demográficos são utilizados para entender melhor a população e 
organizar os gastos com saúde, educação, saneamento básico, infraestruturas, entre outros. 
Por meio de técnicas estatísticas é possível traçar com certo grau de precisão a taxa de 
emprego e desemprego; evasão escolar; violência doméstica; serviços de saúde, entre outros. 
18 
 
3.1 O uso da estatística na corrente do pensamento geográfico 
 Tradicionalmente geografia incorporou definições voltadas para o estudo da superfície 
terrestre e os fenômenos espaciais. Em termos de superfície terrestre, alguns autores citam a 
biosfera do planeta, onde se encontram os seres viventes, outros, mencionam a crosta 
terrestre, a camada mais extensa do planeta. Outros autores definem a geografia como o 
estudo da paisagem e ainda, alguns propõe a geografia como o estudo da individualidade dos 
lugares. Sendo assim, toda essa definição tem como objeto de estudo o espaço e todos os 
fenômenos presentes nele, incluindo o ser humano (MORAES,2005). 
 A geografia pré-científica que se estendeu até o século XVIII, caracterizou-se pelos 
saberes geográficos fragmentados, desprovidos de organização metodológica. Em decorrência 
da fragmentação, os conhecimentos geográficos eram discutidos pelas áreas da filosofia, da 
matemática e da física. Somente no século XIX, ocorreu a organização científica da geografia, 
na Alemanha, sob os trabalhos de Alexander Von Humboldt e Karl Ritter, que contribuíram 
para estabelecer a geografia em bases científicas (MOREIRA, 2007). 
 Atualmente para os geógrafos humanistas, a geografia estuda também a relação 
recíproca entre o homem e o meio ambiente, não há separação entre Geografia Física e 
Geografia Humana. Assim o conceito de espaço geográfico é o local de morada dos seres 
humano, é o meio de vivencia onde as pessoas unem suas culturas, suas individualidades no 
dia a dia compreendendo o mundo e se modificando (PENA, 2016). 
 Compreende-se que dentre essas definições apresentadas, a geografia traz várias visões 
e conceitos que apesar de não haver um consenso entre os geógrafos, elas se entrelaçam, 
sendo, portanto, de suma importância reconhecer que o espaço geográfico representa a 
intervenção das relações humanas e suas práticas sobre o substrato natural. 
 Moraes (2005), trazendo as contribuições de Humboldt e Ritter, apresenta as correntes 
de pensamento geográfico de uma geografia sistematizada. Ressaltando que Humboldt não 
tinha preocupação com um conteúdo normativa para criar uma nova disciplina, mas de 
entender a geografia como uma síntese de todo conhecimento relativo ao plano terrestre. 
Quanto a Ritter, sua obra restritamente normativa, se mantinha na perspectiva religiosa, 
centrada na relação entre o homem e o "criador". Esse autor defendia um sistema natural de 
estudo dos lugares, com arranjos individuais a serem estudado e comparados (MORAES, 
2005). 
19 
 
Com base nos estudos desses dois autores, a geografia organiza as seguintes correntes 
de pensamento geográfico (paradigmas): o Determinismo Ambiental, o Possibilismo, o 
Método Regional, a Nova Geografia e a Geografia Crítica, mostrados no quadro 01: 
 
Quadro 01 - Paradigmas da geografia com suas práticas teóricas e empíricas 
Paradigma geográfico Características 
 
 
Determinismo Ambiental 
Base metodológica: 
Positivismo 
Caracteriza a geografia no final do século XIX. Seus defensores s 
afirmam que as condições naturais do ambiente determinam o 
comportamento do homem, interferindo na sua capacidade de 
progredir. Ratzel, principais percursos desse paradigma, cria 
conceitos como: espaço vital, região natural, fator geográfico e 
condição geográfica. 
 
 
Possibilismo 
Base metodológica: 
Positivismo 
Esse paradigma surge na França, em reação ao determinismo 
geográfico, no final do século XIX. Abolindo a determinação que 
acabava por ocultar a ideologia das classes dominantes, conceituou 
que a ação humana é marcada pela contingência. Sendo a natureza 
fornecedora de possibilidades para que o homem a modificasse. Teve 
como precursor Paul Vidal de La Blache 
 
 
Método Regional 
Base metodológica: 
Positivismo) 
Contrariando o Possibilismo e o Determinismo, nesse paradigma a 
diferenciação de áreas é vista através da integração de fenômenos 
heterogêneos em uma dada porção da superfície da Terra. Focando a 
tradição do estudo de áreas e atribuindo à diferenciação como objeto 
de geografia. A partir dos anos 40 essa corrente ganha expressão 
geográfica nos Estados Unidos com base nos fundamentos de Alfred 
Hettner e Hartshorne. Esse método serviu para legitimar a 
manutenção das colônias europeias na África e na Ásia do final do 
século XIX e início do século XX. 
 
 
 
 
 
 
Nova Geografia 
Base metodológica: 
Neopositivismo 
Após a Segunda Guerra Mundial, a geografia perde a autonomia de 
explicar a nova fase do capitalismo. Assim a Nova Geografia 
buscando justificar a expansão capitalista e ao mesmo tempo dar 
esperanças aos "deserdados da terra", utiliza-se do método 
Neopositivismo, ou, positivismo lógico, fazendo uso de e técnicas 
estatísticas.Definindo região, como um conjunto de lugares com 
diferenças internas menores do que a existentes entre eles e qualquer 
elemento de outros conjuntos de lugares, apresenta nova divisão 
cultural e territorial do trabalho, inviabilizando os paradigmas 
anteriores. Serviu para legitimar a apropriação dos recursos naturais 
dos países subdesenvolvidos no início da segunda metade do século 
XX, quando a situação de pobreza e miséria existente nos países 
subdesenvolvidos era vista como um estágio a ser superado a partir da 
adoção de políticas de industrialização. 
 
 
Geografia critica 
Base metodológica: 
Materialismo histórico e a 
dialética marxista. 
Durante as décadas de 1970 e 1980, a nova geografia se opões a todos 
os paradigmas anteriores, propondo transformar o processo de 
organização espacial, buscando ir além da descrição de padrões 
espaciais. A geografia crítica procura ver as relações dialéticas entre 
formas espaciais e os processos históricos que modelam os grupos 
sociais. Não propõe contestar o pensamento dominante, mas, 
congregar geógrafos de mentes abertas que haviam se dedicado à 
Nova Geografia Nova. 
Fonte: Autor (2017) com base nos estudos de Correa (2000). 
 
20 
 
Convém ressaltar que, de acordo com os estudos de Corrêa (2000) o uso das 
estatísticas na Nova Geografia, surge a partir dos anos de 1950, fundamentada no positivismo 
lógico, utilizou técnicas matemáticas e estatísticas para analisar os dados coletados, como 
distribuições espaciais dos fenômenos. Através da quantificação e da abordagem sistêmica 
procurou mensurar o conhecimento com técnicas de estatísticas como: média, desvio-padrão, 
coeficiente de correlação, entre outras. Essa metodologia procurou uma linguagem 
matemática para dar tratamento científico à geografia. 
No Brasil, durante o período da Nova Geografia, essa abordagem era utilizada com 
assiduidade pelos professores da Universidade Estadual Paulista (UNESP) e pelo Instituto 
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), quando foi lançado o periódico " Boletim de 
Geografia Teorética" e o livro "Quantificação em Geografia", reconhecido até hoje na 
literatura acadêmica. No IBGE, o uso da quantificação tornou-se obrigatória. Entretanto, 
muitos estudiosos se posicionaram criticamente contra o uso desasa ferramenta que passou a 
ser usada de forma indiscriminada para a organização e a estrutura de dados estatísticos como 
metodologia de abordagem na Geografia física e humana (ROGERSON, 2012). 
Para os críticos, a teoria da quantificação passou a referenciar as pesquisas 
estatisticamente, deixado de se preocupar com as relações sociais e espaciais presentes no 
espaço. Com o aprimoramento tecnológico os computadores disponibilizam programas que 
facilitam as respostas para questões padronizadas (MOREIRA, 2007). 
A Nova geografia teorética ou quantitativa, utilizando técnicas da estatística, da 
matemática e da geometria, passou disponibilizar explicações geográficas cada vez mais 
teóricas, rompendo com o Determinismo e com o Possibilismo (CORRÊA,2007). Trazendo 
semelhança com a com a geografia tradicional, não conseguiu explicar normas e ações, 
afastando-se das discussões de questões sociais, em decorrência da diversidade de métodos e 
de interpretações e posicionamento dos seus autores (MORAES, 2005). 
Atualmente, os avanços da Tecnologia da Informação e a capacidade de produzir, 
armazenar e transmitir informações em rede para esse mundo globalizado, exige métodos 
estatísticos aplicados à geografia para entender indicadores cada vez mais complexos, como, 
os indicadores sintéticos. De acordo com Moraes, Carvalho Canoas (206, p. 124): 
"Os índices sintéticos ou compostos são aqueles que demonstram diferentes 
composições (saúde, educação, ambiente, dentre outros) em um único 
indicador. Em geral, são muito utilizados para representar indicadores 
sociais. [...] o processo de formulação dos índices envolve uma predefinição 
do conceito, assim os indicadores não são isentos de parcialidades, pois a 
escolha de suas variáveis envolve a subjetividade do pesquisado 
21 
 
Os índices utilizados analisar a qualidade de vida, possibilita também quantificar e 
classificar os territórios, representados pelo contexto cultural, econômico e político através do 
qual o índice foi elaborado. Ao mesmo tempo em que se preocupa com a qualidade de vida, 
os índices norteiam reivindicações pra a melhoria da vida ambiental, uma vez que essa 
qualidade influencia na qualidade de vida dos seres viventes em vários níveis de interações 
(MORAES; CARVALHO; CANÔAS, 2016). 
3.2 Dados geográficos na formulação da Estatística 
 A diferença dos dados geográficos dos convencionais, está relacionada com a seu 
componente espacial. Esses dados, também chamados de dados espaciais, costumam 
representar a superfície terrestre e sua localização no espaço geográfico. Ao se trabalhar com 
dados geográficos é importante determinar as relações topológicas como adjacência, 
pertinência, intersecção, cruzamento e proximidade (MEDEIROS, 2010). 
 Os dados geográficos podem possuir estruturas vetoriais ou matriciais. Não existe à 
melhor estrutura para apresentar dados geográficos, as diferenças entre essas estruturas são 
inúmeras e tudo depende da situação avaliada. Os dados de estruturas vetoriais, possuem 
precisão geométrica maior que os dados de estruturas matriciais; necessitam de menor espaço 
para armazenamento e são mais rápidos para exibição. Os dados de estruturas matriciais, são 
mais simples, indicados para processamento de elementos de superfícies continuas 
(MEDEIROS, 2010). 
 De acordo com Medeiros (2010), a etapa de coleta de dados geográficos envolve 
expressivo investimento financeiro. No entanto, com os avanços tecnológicos, são 
disponibilizados gratuitamente, inúmeros repositórios de dados com bases cartográficas de 
qualidade aceitável para determinadas aplicações, um deles é o GeoLISTA 
(http://www.uff.br/geoden/docs/GeoLISTA.pdf), relacionado ao Sistema de Informações 
Geográficas (SIG) ou GIS (Geographic Information System), como um todo, que 
disponibiliza um vasto acervo de informações georreferenciadas para download. 
 O SIG, como um sistema de informações e não como um termo para identificar 
softwares como ArcGIS, gvSIG, Kosmo, MapInfo, Envi, não é nenhum sistema padrão 
definitivo, pois, cada situação exige metodologia especifica. Portanto para a construção de um 
SIG inúmeros fatores devem ser considerados para implementar soluções necessárias dentre 
eles: (1) aquisição de dados; (2) manipulação dos dados; (3) análise das informações; (4) 
gerencia de produtos e (5) tomada de decisão. Essas etapas só se iniciam após se ter definido 
quais objetivos serão desenvolvidos pelo SIG (MEDEIROS, 2012). 
22 
 
 A aquisição de dados é a etapa mais importante e envolve essencialmente, maior 
investimento financeiro. Dependendo do tipo de dados a serem coletados, pode ser necessário, 
deslocamento de equipe, diárias de estadias, uso de aeronaves para casos de fotografias 
aéreas, etc. Envolve também pesquisas documentais, além da aquisição de dados geográficos 
(MEDEIROS, 2012). 
 São diversas as formas e técnicas para coleta de dados espaciais, isso pode significar o 
envolvimento de dias, meses e anos dos responsáveis e, após a coleta de dados se inicia o 
tratamento dos dados oriundos de várias fontes e vários formatos para alcançar um formato 
padronizado onde seja possível integrar ao objetivo da pesquisa e finalmente elaborar um 
sistema de informação. 
 De acordo com cesse (2007), do ponto de vista qualitativo, os dados brasileiros de 
mortalidade apresentam exatidão semelhantes a de outros países. Entretanto,a maior 
dificuldade encontrada no Brasil é a precariedade das informações, devido à falta de 
constância e atualização dessas informações. Essa realidade decorre da escassez de 
investimentos na qualidade dos serviços de monitoramento das enfermidades da população de 
forma geral. 
 No que se refere à saúde, para compreender o comportamento das doenças e avaliar o 
agravo e a disseminação na população, os estudos realizados destacam o perfil qualitativo e 
quantitativo desses acontecimentos e a tendência da morbimortalidade. Essas evidências são 
imprescindíveis para elaboração de políticas públicas, gestão de planejamento de ações e de 
promoção e prevenção dos serviços de saúde (CESSE, 2007). 
 As estatísticas sobre mortalidade são as mais utilizadas para realizar pesquisas 
voltadas sobre as doenças de padrões epidemiológicos, essas estatísticas que são 
disponibilizadas pelo Sistema de Informação de Mortalidade Brasileiro (SIM), está sendo a 
principal fonte de informações, de dados oficias sobre as doenças que causam a morte da 
população brasileira e surgiu com o objetivo de padronizar os indicadores de saúde (CESSE, 
2007 
Em relação ao câncer (neoplasia), Santos (2011) assegura que no Brasil as 
modificações comportamentais e ambientais, devido a fatores como a urbanização e 
industrialização, apresentam dados de aumento da expectativa de vida da população de forma 
geral. Por outro lado, esses mesmos fatores também afetam o padrão de morbidade e 
mortalidade, como o caso da neoplasia. Vários são os fatores que podem gerar vários tipos de 
neoplasia, que atinge a humanidade, e muitos já são os dados que comprovam as neoplasias, e 
suas ocorrências na população. 
23 
 
De modo geral, os indicadores de saúde contêm de forma sintetizada informações 
relevantes sobre determinadas condições do estado de saúde e dimensão do sistema de saúde e 
situação sanitária de uma população. Assim, os índices podem indicar à vigilância de saúde 
quais são as necessidades e como desenvolver uma política pública para promover melhoria 
de cada fato identificado. 
 
 4 O SISTEMA DE INFORMAÇÃO SOBRE CÂNCER NO Brasil 
De acordo com Santos (2011) uma parcela considerável da produção científica, sobre 
a mortalidade por neoplasia, possibilita realizar estudos avaliativos das tendências e possíveis 
correlações entre os padrões observados e os fatores ambientais. Ainda relata que a análise 
espacial é uma boa técnica para se estabelecer a diferença das variáveis geográficas, 
permitindo assim uma integração entre instrumento de coleta de dados e a análise de dados 
sobre a saúde e outros setores também, permitindo um planejamento, monitoramento e 
avaliação das ações de saúde. 
Ao comparar as informações entre Santos (2011) e. Cesse (2007), notamos que no 
Brasil a distribuição espacial de diferentes tipos de câncer, refere uma transição 
epidemiológica em andamento, que torna cada vez mais evidente o aumento de casos de 
neoplasia na população, em especial os de mama, próstata, cólon e reto. Baseando em classe 
social, nas menos favorecidas temos como destaques neoplasias malignas no colo do útero, 
pênis, estômago e cavidade oral, e essa distribuição pode ser resultado de exposição a fatores 
ambientais relacionados ao processo de industrialização (agentes químicos, físicos e 
biológicos) que variam de intensidade de acordo com a desigualdade social estabelecida, na 
população. 
 O Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), é o órgão 
designativo do Ministério da Saúde, indicado para participar da formulação da política 
nacional de prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer. Destaca-se entre as ações 
relacionadas à vigilância do câncer, supervisionadas pelo INCA, a gestão e a definição de 
prioridades obtidas por meio dos Registros de Câncer (RC) e do Sistema de Informação sobre 
Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde, centralizado nacionalmente pela Secretaria de 
Vigilância à Saúde (INCA, 2015). 
 As estimativas apresentadas pelo INCA fazem parte de um trabalho iniciado em 1995 
pelo Instituo, seguindo critérios científicos de forma rigorosa. A metodologia assegura 
informações que se aproximam da real incidência de câncer em cada camada da população e, 
24 
 
consequentemente, permite abstrair especificidades regionais em relação aos casos e aos 
problemas que afetam a saúde da população, relacionados à questão do câncer no Brasil 
(INCA, 2015). 
 As informações sobre, registros, incidência, morbidade e mortalidade pelo câncer de 
colo de útero e de mama, podem ser obtidas seguintes bases de dados: 
- Registros de Câncer de Base Populacional (RCBP); 
- Estimativas de Casos Novos de Câncer, publicadas pelo INCA a cada dois anos. 
- Informações sobre a morbidade por câncer, tratamento das pessoas com a doença, são 
encontradas nos Registros Hospitalares de Câncer (RHC); 
- Informações sobre a mortalidade podem ser obtidas no Atlas da Mortalidade por Câncer 
no portal do INCA, na forma de indicadores calculados, ou diretamente no Sistema de 
Informação da Mortalidade (SIM). 
 O Departamento de Informática do Sistema Único Saúde (DATASUS), criado em 
1991 juntamente com a Fundação Nacional de Saúde (FUNASA) que na época exercia a 
função de controle e processamento das contas referentes à saúde, tem como responsabilidade 
prover os órgãos do SUS de sistemas de informação e suporte de informática, necessários ao 
processo de planejamento, operação e controle (BRASIL, 2017a). 
 O DATASUS desenvolveu sistemas que atendem diretamente o Ministério da Saúde, 
sendo provedor de programas (softwares) para secretarias estaduais e municipais de saúde, 
sempre adaptando seus sistemas às necessidades dos gestores e incorporando novas 
tecnologias, na medida em que a descentralização da gestão torna-se mais concreta (BRASIL, 
2017a). 
 Na página do DATASUS pode ser acessado indicadores para avaliação de ações 
precoces de câncer, informações relativas ao sexo e idade do paciente hospitalizado, o 
diagnóstico, tempo de hospitalização, data de internação e possíveis ocorrências de óbitos. 
As informações estão disponíveis em tempo real, ou seja, são atualizadas ao serem inseridas 
novas informações pelas Unidades de Saúde, quando ocorre solicitação de exames ou cadastro 
de informações. 
 No Distrito Federal, desde 2014, o Sistema e Informação de Câncer (SISCAN) é 
obrigatório. Com a finalidade de intensificar a relação entre as Unidades de Saúde do Distrito 
Federal e a Gerência de Câncer, para aperfeiçoar as ações de Controle e Detecção Precoce dos 
Cânceres de Colo e de Mama, o SISCAN está interligado ao Cadastro Nacional de Usuários 
do SUS (CADWEB) e ao Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) 
(BRASIL, 2013). 
25 
 
4.1 Estimativa de casos de câncer no Brasil 
As estimativas casos de câncer avaliadas para o biênio 2016-2017, são apresentadas no 
relatório do INCA elaborado em 2015, documento que disponibiliza atualizadas e sistemáticas 
na área da saúde, com base em informações válidas e confiáveis seguindo rigorosamente 
critérios científicos para assegurar uma aproximação da real incidência de câncer em cada 
estrato populacional contemplado nos resultados. 
De acordo com o relatório citado, no Brasil, as estimativas câncer avaliadas apontam a 
ocorrência de aproximadamente 596.070 casos novos de câncer, incluindo os casos de pele 
não melanoma, desses 49% (205.960) em mulheres e 51% (214.350) em homens. Os tipos 
mais incidentes são os cânceres de pele não melanoma, mama, colorretal, colo do útero, e de 
pulmão para o sexo feminino, e os cânceres de pele não melanoma, próstata, pulmão, 
colorretal e estômago para o sexo masculino. A distribuiçãoproporcional dos dez tipos de 
câncer mais incidentes por sexo no Brasil e na região Centro Oeste (Figuras 03 e 04), 
mostram que o câncer de próstata e o câncer de mama lideram o índice de ocorrência. 
Estimam-se 61.200 casos novos de câncer de próstata para o Brasil em 2016. Isso representa 
um risco estimado de 61,82 casos novos a cada 100 mil homens. O câncer de próstata é o 
mais incidente entre os homens em todas as Regiões do país (INCA, 2015). 
 
Figura 03 - Distribuição proporcional dos dez tipos de câncer mais incidentes estimados para 2016 
por sexo no Brasil 
 
Fonte: INCA(2015) 
 
26 
 
Figura 04 - Distribuição proporcional dos dez tipos de câncer mais incidentes estimados para 2016 
por sexo na região Centro Oeste. 
 
 
Fonte: INCA (2015) 
 
 O câncer de próstata é considerado o segundo mais comum na população masculina 
em todo o mundo. Sendo os maiores fatores de risco a idade, história familiar de câncer e 
etnia/cor da pele, sendo a idade o maior fator para o desenvolvimento do câncer de próstata. A 
maioria dos cânceres de próstata é diagnosticada em homens acima dos 65 anos, sendo que 
somente menos de 1% é diagnosticado em homens abaixo dos 50 anos (INCA, 2015). 
O Câncer de mama, possuir maior incidência e a maior mortalidade na população 
feminina, tanto em países em desenvolvimento quanto em países desenvolvidos. O fator de 
risco envolve vida reprodutiva fatores biológicos--endócrinos, história familiar de câncer de 
mama, alta densidade do tecido mamário (razão entre o tecido glandular e o tecido adiposo da 
mama), além do consumo de álcool, excesso de peso, sedentarismo e exposição à radiação 
ionizante também são considerados agentes potenciais (INCA, 2015). 
4.2 Estimativas de casos de câncer no Estado de Mato Grosso do Sul 
 
 De acordo com o INCA (2015), no Brasil, para o biênio de 2016-2017, a estimativa 
aponta 600 mil novos casos de câncer em 2016. No Estado de Mato Grosso do Sul foram 
registrados 1.100 dos casos de câncer de próstata e 820 de câncer de mama até 2015. A 
previsão é de 1.000 novos casos de câncer de próstata em Mato Grosso do Sul, dos quais 490 
em Campo Grande, capital do Estado. O câncer de mama, em Campo Grande, tem maior 
incidência em mulheres acima dos 40 anos de idade (Quadro 01): 
 
27 
 
Tabela 01 - Estimativas para o ano de 2016 das taxas brutas de incidência por 100 mil habitantes e do número de 
casos novos de câncer, segundo sexo e localização primária (Mato Grosso do Sul e Campo Grande) 
 
 Fonte: INCA (2015) 
Conforme dados da Secretaria de Saúde do Estado de Mato Grosso do Sul, no período 
de 2015 a 2017, o número de mortes por câncer de próstata no Estado diminui mais de 46%. 
Em 2015 foram registradas 223 mortes, este ano, de janeiro a novembro consta o registro de 
óbito de 120 homens por causa da doença. Esse resultado deve as campanhas educativas que 
promove a mobilização de conscientização sobre a saúde do homem e a prevenção com o 
câncer de próstata (BURITI NEWS, 2017). 
4.2 Estimativa de câncer no município de Dois Irmãos do Buriti 
 Para organizar os dados estatísticos da estimativa de câncer no município de Dois 
Irmãos do Buriti-MS, esse estudo teve como fonte documental o banco de dados do Tabnet, o 
Relatório de incidência de câncer do INCA-2015 e o Relatório de Gestão Anual (RGA) 2014, 
da Secretaria Municipal de Saúde do município de Dois Irmãos do Buriti Plano 2014-2017. 
O processo de coleta de dados realizado pela Secretaria Municipal de Saúde do 
município, tem como referência os registros e processamento de dados sobre agravos de 
notificação do SINAN, onde os dados são coletados a partir da Ficha Individual de 
Notificação (FIN), preenchida pelas unidades assistenciais para cada paciente sob suspeita de 
28 
 
agravo de saúde, de notificação compulsória ou de interesse nacional, estadual ou municipal. 
A notificação deve ser encaminhada obrigatoriamente para aos serviços responsáveis pela 
informação e/ou vigilância epidemiológica das Secretarias Municipais, de onde são 
repassadas semanalmente por meio de arquivo magnético para as Secretarias Estaduais de 
Saúde (SES). A cada 15 dias as SES comunicam os SVS atendendo o cronograma definido 
pela SVS no início de cada ano (IBGE, 2017b). 
A informação para análise do perfil da morbidade contribui para a tomada de decisões 
em nível municipal, estadual e federal. Essas informações são utilizadas para promover ações 
voltadas para a melhoria do nível de saúde da população, através do aperfeiçoamento de 
programas, definindo prioridades e sobretudo, direcionar tomadas de decisões para os anos 
seguintes. O município de Dois Irmãos do Buriti-MS tem como referência a Classificação 
Internacional de Doença (CID-10) (Quadro 02). 
29 
 
Quadro 02 - Notificações de neoplasias no município de Dois Irmãos do buriti 2008 a 2015 
TIPO DE NEOPLASIA 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 TOTAL 
Neoplasia benigna da pele - - 3 - 1 - - - 4 
Neoplasia maligna da pele 2 1 2 2 2 - 4 - 13 
Neoplasias malignas de laringe - 1 - - - 1 1 2 5 
Neoplasia maligna de traqueia 
brônquios e pulmões 
- - 1 3 - 2 - 5 11 
Neoplasia benigna da mama - - 3 - 1 - - - 4 
Neoplasia maligna da mama 1 2 3 3 - 1 3 5 18 
Neoplasia maligna da próstata 3 2 2 1 3 5 - 3 19 
Neoplasia benigna dos órgãos urinários - - - - 1 - - - 1 
Neoplasia maligna do lábio cavidade 
oral e faringe 
- 4 - 4 2 6 3 2 21 
Neoplasia maligna do encéfalo - 1 1 - 2 - - 2 6 
Outras neoplasias malignas de órgãos 
digestivo 
1 1 - - 2 2 1 - 7 
Outras neoplasias malignas do trato 
urinário 
2 - - - 1 - - 2 5 
Neoplasia maligna do estômago 2 1 1 2 2 2 10 
Neoplasia maligna do osso e cartilagem 
articular 
1 - - 8 1 2 2 1 15 
Neoplasia maligna do colo do útero 1 1 - 1 4 3 1 - 11 
Neoplasia maligna do cólon 2 3 - 1 - - - - 6 
Neoplasia maligna da bexiga - - - - - 1 - - 1 
Neoplasia maligna do esôfago - - 1 - - - 4 1 6 
Neoplasia maligna do pâncreas - - - - - - - 1 1 
Total 13 18 17 24 20 25 21 26 164 
Fonte: Tabnet (2016) – adaptado pelo autor. 
 
6 ANÁLISE DOS RESULTADOS 
 Tendo em vista que este estudo se alinhou no propósito de fortalecer a importância do 
uso de dados estatísticos como ferramenta de planejamento para fortalecer políticas públicas 
na área de saúde, os resultados mostraram que a maior parte dos serviços de saúde conhecem 
os sistemas onde poderão obter dados estatísticos sociais, econômicos e demográficos 
produzidos, compilado e disseminados por diferentes agências, na esfera federal ou na 
estadual. Sendo no Brasil, o IBGE o principal provedor de dados primários e informações do 
país, coordenador do Sistema de Produção e Disseminação de Estatísticas Públicas.. Atende 
as necessidades da sociedade e das esferas governamentais. 
As agências estaduais de estatística também reúnem os dados administrativos 
produzidos pelas secretarias de Estado e, em alguns casos, também produzem dados primários 
provenientes de pesquisas amostrais. O DATASUS, Departamento de Informática do SUS, 
administra informações de saúde e informações financeiras, disponibilizadas no Portal do 
30 
 
DATASUS para subsidiar análises e tomadas de decisão baseadas em evidências da 
mensuração da saúde da população, através do registro sistemático de dados de mortalidade e 
de sobrevivência (Estatísticas Vitais - Mortalidade e Nascidos Vivos), bem como, os avanços 
no controle das doenças infecciosas (informações Epidemiológicas e Morbidade). 
O tabulador de dados TABNET, desenvolvido pelo DATASUS, permite organizar e 
construir uma tabulação para gerar informações das bases de dados do SUS como 
mortalidade;nascidos vivos; morbidade; indicadores de saúde; informações demográficas e 
socioeconômicas, entre outras. 
O INCA apresenta-se uma síntese das estimativas de incidência do câncer para cada 
período no Brasil, divulgadas a cada dois anos. As estimativas do INCA são uma das 
principais fontes de dados sobre o câncer no país. Serve de subsidio ao poder público, para 
construir políticas públicas de saúde para o combate ao câncer no país. Conforme o relatório 
do INCA os dados apresentaram cerca de 596 mil novos casos de câncer no Brasil, sendo os 
cânceres maior incidência, com exceção do de pele não melanoma, nos próximos anos serão 
os de próstata, pulmão e colorretal nos homens e mama, colorretal e calo de útero nas 
mulheres. 
7 CONSIDERAÇÕS FINAIS 
A utilidade da estatística se expressa no seu uso. Independente da área as hipóteses 
científicas passam por estudos estatísticos. Devem etar livres de interferências e processadas 
de forma imparcial, sendo importante manter uma base de informações qualificada e confiável 
para adequar a gestão dos serviços públicos de saúde. O uso da estatística objetiva 
fundamentar uma hipótese em conhecimento científico para auxiliar a tomada de decisão. 
Neste sentido, a estatística fornece ferramentas importantes para que os governos possa 
definir metas e melhorar as políticas públicas. 
Com base neste estudo, conclui-se que o sistema de informações relacionados às 
estatísticas geográficas, auxiliam estudos através de banco de dados que aprimoram coletas de 
informações para alcançar resultados cada vez mais exatos e serviço de parâmetros de 
investigação, permitindo orientar a tomada de decisões nas políticas públicas. 
O método desenvolvido tem mesclado ciência, tecnologia e lógica para permitir 
politicas publicas mais eficazes que possam inclusive prevenir doenças. Em escala geográfica 
as informações são mais detalhadas e periodicamente atualizadas. Pelo que foi possível 
avaliar, em função da demanda social e das necessidades de informações para o planejamento 
31 
 
de políticas públicas, novos sistemas foram sendo criados ao longo dos anos para disseminar 
informações estatísticas. 
 
 
REFERÊNCIAS 
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