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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL CAMPUS DE AQUIDAUANA CURSO DE LICENCIATURA E GEOGRAFIA O USO DE DADOS ESTATÍSTICOS NA MELHORIA DA QUALIDADE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS VOLTADAS À SAÚDE EM MATO GROSSO DO SUL: UM ESTUDO SOBRE AS NOTIFICAÇÕES (2008-2015) DE CÂNCER EM DOIS IRMÃOS DO BURITI-MS AQUIDAUANA, MS 2017 JOSIMAR RIBEIRO FREIRE O USO DE DADOS ESTATÍSTICOS NA MELHORIA DA QUALIDADE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS VOLTADAS À SAÚDE EM MATO GROSSO DO SUL: UM ESTUDO SOBRE AS NOTIFICAÇÕES (2008-2015) DE CÂNCER EM DOIS IRMÃOS DO BURITI-MS Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como exigência do curso de Licenciatura em Geografia, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, sob a orientação do Prof. Ricardo AQUIDAUANA, MS 2017 FOLHA DE APROVAÇÃO FREIRE, Josimar Ribeiro. O uso de dados estatísticos na melhoria da qualidade das políticas públicas voltadas à saúde em Mato Grosso do Sul: um estudo sobre as notificações (2008-2015) de câncer em Dois Irmãos do Buriti-MS. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Geografia). Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – CPAQ, 2016. Resultado:_________________________________ Aquidauana, MS, __ de _________________________de 2017. BANCA EXAMINADORA ________________________________ Orientador: Prof. Dr. André dos Santos Baldraia Souza Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - CPAQ Instituição ______________________________ Componente da Banca Instituição ____________________________ Componente da Banca Instituição O saber deve ser como um rio, cujas águas doces, grossas, copiosas, transbordem do indivíduo, e se espraiem, estancando a sede dos outros. Sem um fim social, o saber será a maior das futilidades. Gilberto Freyre AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus pelo dom da vida e pelas oportunidades que me foram dadas, pelos sonhos que se concretizam, como este que agora se torna realidade, por ter gostado de mim do jeito que sou por me fazer sentir alguém diferente e por saber que contigo sempre poderei contar. Ao meu orientador professor Ricardo Lopes Batista, por todo conhecimento passado, pela excelente supervisão e orientação a este trabalho apresentado; Aos Professores da minha graduação, que fizeram parte desta jornada em sala de aula. Aos meus amigos da UFMS, que sempre acreditaram e participaram das viagens realizadas, e pelos vários momentos que sempre me deram força quando precisava e puxão de orelha quando necessário; A minha turma do “Busão” de Dois Irmãos do Buriti em especial nosso motorista Alencar Flores e José Henrique, que nos conduziu durante todo o tempo com responsabilidade e sem medir esforços para ajudar no que necessário. DEDICO a Deus, a minha família e a todos os amigos que sempre estiveram comigo em todo o decorrer do meu curso. O USO DE DADOS ESTATÍSTICOS NA MELHORIA DA QUALIDADE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS VOLTADAS À SAÚDE EM MATO GROSSO DO SUL: UM ESTUDO SOBRE AS NOTIFICAÇÕES (2008-2015) DE CÂNCER EM DOIS IRMÃOS DO BURITI-MS RESUMO Investiga-se nesse estudo a importância do uso de dados geográficos como ferramentas de planejamento para fortalecer políticas públicas na área de saúde. Partindo do pressuposto de que as informações estatísticas são definidas como um conjunto de métodos e técnicas que envolve todas as etapas de uma pesquisa, o objetivo é utilizar os dados estatísticos para identificar notificações de casos de câncer na cidade de Dois Irmãos do Buriti-MS, no período de 2008 a 2015. Procura-se enfatizar a necessidade de coletar dados sobre saúde e uso dos serviços de saúde. Conclui-se que os dados geográficos constitui-se de recurso básico e estratégico para a elaboração de diagnósticos sociais e econômicos ou dimensionamento do público-alvo de políticas públicas e, a maior parte dos saúde conhecem os sistemas disponíveis para obter dados e gerar relatórios. PALAVRAS CHAVES: Estatísticas. Neoplasias. Dados geográficos. ABSTRACT This study investigates the importance of using geographic data as planning tools to strengthen public policies in the health area. Based on the assumption that statistical information is defined as a set of methods and techniques that involves all stages of a research, the objective is to use statistical data to identify reports of cancer cases in the city of Dois Irmãos do Buriti-MS, in the period from 2008 to 2015. It is sought to emphasize the need to collect data on health and use of health services. It is concluded that the geographic data constitutes a basic and strategic resource for the elaboration of social and economic diagnoses or dimensioning of the target public of public policies and, the majority of the health knows the available systems to obtain data and generate reports. Keywords: Statistics. Neoplasms. Geographic data. LISTA DE QUADROS Quadro 01 - Paradigms da geografia com suas práticas teóricas e empiricas………………………………………………………………….. 19 Quadro 02 - Notificações de neoplasias no município de Dois Irmãos do buriti 2008 a 2015......................................................................................... 29 LISTA DE TABELAS Tabela 01 - Estimativas para o ano de 2016 das taxas brutas de incidência por 100 mil habitantes e do número de casos novos de câncer, segundo sexo e localização primária (Mato Grosso do Sul e Campo Grande).................................................................................. 27 LISTA DE FIGURAS Figura 01 - composição do PIB de Dois Irmãos do Buriti-MS no período de 1999 a 2012....................................................................................................... 12 Figura 02 - Mapa localização do município de Dois Irmãos do Buriti-MS .... 14 Figura 03 - Distribuição proporcional dos dez tipos de câncer mais incidentes estimados para 2016 por sexo no Brasil.......................................... 25 Figura 04 - Distribuição proporcional dos dez tipos de câncer mais incidentes estimados para 2016 por sexo na região Centro Oeste.................... 26 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 10 1.1 Recorte Espacial ............................................................................................................. 11 21 CANCÊR, NEOPLASIA E TUMOR, CONCEITOS E CLASSIFICAÇÕES .................... 14 2.1 Causas do câncer ............................................................................................................ 15 2.2 Detecção precoce do câncer, métodos e recomendações ............................................... 15 3 IMPORTÂNCIA DOS DADOS ESTATÍSTICOS E INFORMAÇÃO ESTATÍSICA ........ 16 3.1 O uso da estatística na corrente do pensamento geográfico ...........................................18 3.2 Dados geográficos na formulação da Estatística ............................................................ 21 4 O SISTEMA DE INFORMAÇÃO SOBRE CÂNCER NO Brasil ....................................... 23 4.1 Estimativa de casos de câncer no Brasil ......................................................................... 25 4.2 Estimativas de casos de câncer no Estado de Mato Grosso do Sul ................................ 26 4.2 Estimativa de câncer no município de Dois Irmãos do Buriti ........................................ 27 6 ANÁLISE DOS RESULTADOS .......................................................................................... 29 7 CONSIDERAÇÕS FINAIS ................................................................................................... 30 REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 31 10 1 INTRODUÇÃO Dados estatísticos são cada vez mais indispensáveis na produção e disseminação do conhecimento, utilizado tanto no meio acadêmico, quanto no meio empresarial e no setor público, é indicado para quantificar e qualificar fenômenos, tendências e processos, principalmente nas diferentes esferas de governo. Geralmente, estatísticas com dados sobre a economia, a demografia, a educação e condições sociais e ambientais de um país, processadas pelo setor público, são essenciais para promover tomadas de decisões em políticas públicas e melhor organizar os gastos com saúde, educação, saneamento básico, entre outros. Esse trabalho sustentará a importância do uso de dados estatísticos como ferramenta de planejamento para fortalecer políticas públicas na área de saúde. O objetivo central é utilizar os dados estatísticos para identificar notificações de casos de câncer na cidade de Dois Irmãos do Buriti-MS, no período de 2008 a 2015. Genericamente o termo câncer, é utilizado para identificar um conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum o crescimento desordenado (maligno) de células que invadem os tecidos e órgãos, podendo espalhar-se (metástase) para outras regiões do corpo. Os tumores malignos tendem a serem agressivos e incontroláveis, devido a rapidez com que essas células se dividem, formando tumores (acúmulo de células cancerosas) ou neoplasias malignas. Os tumores benignos, se multiplicam devagar, raramente representam um risco de vida (INCA,2017). O interesse pela temática deve-se, ao fato de que no município de Dois Irmãos do Buriti a quantidade dos casos de pacientes com suspeita de câncer atendidos na unidade de saúde pública é preocupante. Ao considerar que o perfil epidemiológico pode ser um indicador relacionado as condições de vida, do processo saúde-doença e do modelo de desenvolvimento da população, buscar informações por meio dos dados estatísticos sobre a incidência do câncer na população, é uma forma de contribuir para a implantação de políticas públicas visando planejamento e formulação de para promover o tratamento precoce e consequentemente a redução de gastos e promoção de qualidade de vida para as pessoas. Esse trabalho investiga a importância dos dados estatísticos para o processo de conhecimento e tomada de decisão; a influência dos dados geográficos na saúde pública. O estudo conta com a integração de dados de estatísticas do Ministério da Saúde, coletados de Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) 11 As informações sobre morbidades nacionais, através de estatísticas elaboradas pelo governo, são pouco adequadas para estudos de caráter relevantes, por falta de atualização nesses dados, a limitação desses dados da saúde, em relação a doenças crônicas como a neoplasia, não atende a necessidade das pesquisas e estudos necessários, devido a precariedade de informação do SUS, pois este não comtempla também informações das redes privadas, o que limita mais ainda as informações necessárias para estudos mais específicos ou aprofundados (BARROS et. al., 2006). A metodologia adotada é pesquisa Bibliográfica descritiva, com abordagem qualitativa e estudo de caso. Esse tipo de pesquisa, permite analisar e interpretar dados, descrevendo que, segundo Marconi e Lakatos (2011), a pesquisa qualitativa tem como objetivo levantar com maior profundidade aspectos de determinado caso ou grupo humano. O Estudo de caso trata-se de uma investigação empírica. Método que abrange planejamento, técnicas de coleta de dados e análise dos mesmos. Sendo uma pesquisa social, atende às exigências da complexidade do contexto educacional, que requer a utilização de uma pesquisa capaz de contemplar as novas demandas educativas. Diante das possibilidades de pesquisa social, na perspectiva qualitativa, destacamos o método de pesquisa do estudo de caso por possuir relevância significativa no meio acadêmico. Embora existam controvérsias sobre sua cientificidade e sua rigorosidade, é uma estratégia de pesquisa utilizada de forma extensiva em ciências sociais (YIN, 2005). A pesquisa bibliográfica, com a finalidade de compreender dados estatísticos, buscou informações nos bancos de dados informatizados, disponibilizados pelo Ministério da Saúde, sendo estes: o Banco do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) e Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL). Outras fontes contribuíram para a comparação dos dados estatísticos, a partir de trabalhos publicados nos últimos dez anos (2007-2017). As principais fontes foram: a Biblioteca Científica Eletrônica em Linha Scientific Electronic Library Online (SCIELO), e o Portal Regional da BVS, um serviço gratuito que disponibiliza periódicos científicos na Internet. 1.1 Recorte Espacial A área de estudo corresponde à cidade de Dois Irmãos do Buriti no Estado de Mato Grosso do Sul. O município possui uma área de 2.344,61 Km², com uma população de 11.132 12 Habitantes, sendo 4.705 residentes urbanos e 5.658 rurais. O município conta com uma economia predominantemente agropecuária, com destaque ao rebanho bovino. Na horticultura, destacando-se como primeiro colocado na produção de laranja, segunda de tomate e a sexta de café no estado (IBGE, 2017a). O município de Dois Irmãos do Buriti, localizado no estado de Mato Grosso do Sul há 73 km da capital Campo Grande, é marcado pelos seguintes limites: ao norte com o município de Aquidauana, ao sul com o município de Sidrolândia, a leste com o município de Terenos e a oeste com o município de Anastácio. Foi criado em 1976 como distrito, subordinado ao município de Anastácio (SEBRAE, 2016). Em 1987 foi criado o munícipio de Dois Irmãos do Buriti, pela Lei n° 775, desmembrados de Anastácio, instalado em 1989, juntamente com o município de Palmeiras. Em divisão territorial datada de 1991, o município é constituído de 2 distritos: Dois Irmãos do Buriti e Palmeira., permanecendo em divisão territorial datada de 2009 (IBGE, 2017a). Importante ressaltar que: Dois Irmãos do Buriti pertencem à Bacia Hidrográfica do Paraguai, sub- bacia do Rio Aquidauana/Miranda. Os principais rios são: Rio Aquidauana, Rio Dois Irmãos (braços direito e esquerdo). Conta com grande quantidade de nascentes no território e seus limites com outros municípios são marcados por cursos d´água (SEBRAE,2016, p.20). A composição do Produto Interno Bruto (PIB), do município atingiu (figura 01) no período mostra que em 2012, alcançou R$ 134.585.000,00, posicionando o município na 57ª posição no ranking do Estado. PIB (SEBRAE, 2016). Figura 01 - Composição do PIB de Dois Irmãos do Buriti-MS no período de 1999- 2012 Fonte: SEBRAE(2015) com base nos dados do IBGE (2012) 13 De acordo com Relatório do SEBRAE (2016, p.11): O setor que mais gera valor no município é o de Comércio e Serviços, que vem aumentando a sua participação nos últimos anos. O setor agropecuário apresentou expressiva participação no valor da produção de 2012, contribuindo com cerca de 34% do PIB municipal, enquanto em nível estadual chega a apenas 12%. Considerando a população estimada para o mesmo ano pelo IBGE, o PIB per capita, correspondeu a R$ 12.794,47 sendo 41% inferior ao valor médio do Estado de Mato Grosso do Sul, para o mesmo ano, de R$ 21.902,00 (SEBRAE, 2016).Em 2014, de acordo com os dados estatístico do IBGE, o município apresentou um PIB per capta de R$ 14.866,61. Em 2015, o cadastro central de empresas do IBGE mostrou que o número de empresas atuantes era de 120 unidades, mantendo 1.001 pessoas trabalhando de forma assalariada, com salário médio mensal de 1,8 salários mínimos (IBGE, 2017a). Os aspectos naturais do município são relevantes para a instalação de novos empreendimentos. Geologicamente, apresenta rochas do período siluriano, Grupo Paraná, do carbonífero, Grupo Itararé, do jurássico, Grupo São Bento e Aluviões Atuais do holoceno. Encontram-se também diversos tipos de solos, concentrados em Podzólico Vermelho Amarelo ao norte, o Latossolo Vermelho Escuro na região central e o Latossolo Roxo na região central e sul do município. A maior parte do território (56%) é dividido entre os Latossolo Vermelho Escuro (26,6%) e Latossolo Roxo (29,5%) e com necessidade de correção da fertilidade natural dada à deficiência de elementos nutritivos. Existia em 2010, reserva de 1.336.034 (t) de Argila (SEBRAE, 2016). 14 Figura 02 - Mapa localização do Município de Dois Irmãos do Buriti-MS Fonte: Mapas Guia Mais. Disponível em:< https://mapas.guiamais.com.br/dois-irmaos-do-buriti-ms> 21 CANCÊR, NEOPLASIA E TUMOR, CONCEITOS E CLASSIFICAÇÕES Doença não contagiosa, o câncer pode ser definido como um grupo de mais de 100 doenças que se caracterizam pelo crescimento descontrolado de células anormais. Estas células multiplicam-se rapidamente, ocasionando a formação de tumores (acúmulo de células cancerosas) ou neoplasias malignas. Os diferentes tipos de câncer estão associados aos vários tipos de células do corpo. Pode ocorrer, por exemplo, vários tipos de câncer de pele por existir vários tipos de célula na formação da pele. Câncer iniciado na pele ou mucosa e denominado carcinoma. Iniciado em tecidos conjuntivos (ossos, músculos ou cartilagem), são reconhecidos como sarcoma (INCA, 2017). Neoplasia ou tumor, são formas de denominar o alastramento de células anormais pelo organismo, com tendência de multiplicação incontrolável. De acordo com INCA (2017), o potencial de causar dano é reconhecido como neoplasia maligna. Um tumor reconhecido 15 como benigno, raramente representa risco de vida, pois, é apenas uma massa de células que se multiplicam vagarosamente e se assemelham ao seu tecido original. 2.1 Causas do câncer O câncer pode ser causado por fatores externo ou internos ao organismo, ambos, inter- relacionados. Os fatores externos, relacionam-se ao meio ambiente e aos hábitos socioculturais. Os fatores internos, em sua maioria, são pré-determinados geneticamente, ligados à capacidade de defesa do organismo das agressões externas. De todos os casos, 80% a 90% dos cânceres estão associados a fatores ambientais, como o hábito de fumar, que pode causar câncer de pulmão; a exposição excessiva ao sol, que pode causar câncer de pele e, alguns vírus podem causar leucemia (câncer na medula óssea) (INCA, 2017). De acordo como enunciado acima, é possível compreender que os agentes causadores dessa doença estão associados ao fato à exposição das pessoas aos fatores de risco do ambiente externo e, dependendo da incapacidade de defesa do organismo elas aumentam o risco de intensificar a formação de células anormais. O INCA (2017, p. 42) reforça que "os fatores de risco de câncer podem ser encontrados no ambiente físico, ser herdados, ou representar comportamentos ou costumes próprios de um determinado ambiente social e cultural". Para efeito dos estudos e dimensões a respeito do câncer, o INCA (2017, p. 96) pontua que: Entende-se por ambiente o meio em geral (água, terra e ar), o ambiente ocupacional (indústrias químicas e afins), o ambiente de consumo (alimentos e medicamentos) e os ambientes social e cultural (estilo e hábitos de vida). As mudanças provocadas pelo próprio homem ao meio ambiente, por meio de hábitos e estilo de vida que adota, podem determinar diferentes tipos de câncer. Ao compreender a relação entre meio ambiente e saúde, é fácil constatar que o homem, sempre explorando recursos naturais para satisfazer suas necessidades e elevar sua qualidade de vida, historicamente modifica o ambiente externo, fazendo uso dos recursos naturais de forma danosa ao ambiente e a própria saúde. 2.2 Detecção precoce do câncer, métodos e recomendações A detecção precoce, indica que quanto mais cedo o câncer for diagnosticado, maior a possibilidade de cura. As ações que fazem parte da detecção precoce são: (1) Diagnóstico 16 precoce e (2) Rastreamento. O Diagnóstico previne sintomas mais graves em pessoa infectadas. O rastreamento (screening), realizado em pessoas sem sintomas da doença, possibilita identificar pessoas com mais chances de ter uma enfermidade por apresentarem exames alterados ou suspeitos (INCA, 2017). O método de rastreamento populacional é o mais recomendado, realizado de duas formas: rastreamento organizado e oporunistico. O rastreamento organizado, oferece de forma sistematizada, um método assistencial reconhecido como efetivo para detectar a doença em determinado público alvo. No rastreamento oportunistico, ocorre em momento oportuno, quando a pessoa atendida pelo serviço de saúde, por algum outro motivo, passa a ser rastreada pelo profissional de saúde que aproveita para aplicar um método de cuidado assistencial comprovadamente efetivo para detectar uma determinada doença, condição ou risco (INCA, 2017). De acordo com cesse (2007), para identificar o comportamento das doenças e avaliar a gravidade e disseminação, os estudos realçam o perfil e a tendência de morbimortalidade. Esses dados têm sido úteis na proposição de políticas públicas, na avaliação, gestão e planejamento de ações de procedimentos e incentivo de prevenção dos serviços de saúde. 3 IMPORTÂNCIA DOS DADOS ESTATÍSTICOS E INFORMAÇÃO ESTATÍSICA As informações divulgadas pelos meios de comunicação, a respeito do crescimento populacional, dos índices de inflação, emprego e desemprego, entre outros, vêm de estudos estatísticos, que vão muito além do que apresentar tabelas e gráficos. Trabalha com metodologias científicas complexas. Des acordo com Crespo (2002), Estatística é uma parte da Matemática Aplicada, que fornece métodos para a coleta, organização, descrição, análise e a interpretação de dados e para a utilização dos mesmos na tomada de decisões. De acordo com Ignácio (2010), durante o século XX, a estatística modificou a forma de vermos a ciência, pelos dados que passaram a sofisticar o processo de pesquisas e estudo de parâmetros, a fim de chegar ao máximo perto da realidade e da verdade, nas decisões socioeconômicas, políticas e sociais. A utilização dos métodos estatísticos é um misto de tecnologia, ciências e lógica, para a solução dos problemas que atacam a humanidade, em várias áreas do conhecimento. A informação estatística é fundamental para planejamento e formulação depolíticas e estratégias de uma organização pública ou privada. Uma organização privada precisa da estatística econômica, social, demográfica, entre outras, para tomar decisões em bases mais 17 técnicas. Na administração pública as informações estatísticas constituem recursos básicos para a elaboração de diagnósticos sociais e econômicos ou dimensionamento do público-alvo de planos e políticas públicas (JANNUZZI; GRACIOSO, 2002). De acordo com Cunha (2016, p. 01): A Estatística pode considerar-se uma ciência quando, baseando-se nas suas teorias, estuda grandes massas de dados, independentemente da natureza, sendo autónoma e universal. É considerada um método quando serve de instrumento particular a uma determinada ciência [como agronomia, biologia, física, medicina ou psicologia]. A Estatística é tão importante à administração púbica, que muitas instituições possuem banco de dados oficiais destinados à realização de estudos estatísticos em todos as esferas do governo (federal, estadual e municipal), visando otimizar conhecimento e tomadas de decisões, bem como, promover a qualidade dos serviços públicos. Os dois ramos da estatística são: Estatística Descritiva e Estatística Inferencial. A Estatística Descritiva, envolve a organização de dados, resumo e apresentação. A Estatística Inferencial analisa e interpreta amostras para chegar a conclusões sobre uma população. Esse tipo de estatística tem como ferramenta principal, a teoria da probabilidade. Proporciona uma base racional para lidar com situações influenciadas por fatores relacionados com o acaso, podendo servir para estimar erros (CRESPO, 2002). Cunha (2016), esclarece que dados numéricos são utilizados para melhorar a produção, e gráficos e tabelas, para apresentar os resultados. A natureza dos dados determinará qual procedimento estatístico será adotado. A utilidade da estatística evidencia-se no seu uso, tendo em vista que, as hipóteses científicas devem passar por um estudo estatístico para provar aceite ou rejeição, como por exemplo, o teste de novos medicamentos, que por via de regra, não pode de ser disponibilizado para o mercado se não tiver a sua eficácia estatisticamente comprovada. Para tornar possível qualquer estudo estatístico é indispensável determinar características de vários elementos. Quando se trata de população, as características dos elementos devem estar definidas dentro de um critério válido para qualquer pessoa, no tempo e no espaço (CRESPO, 2002). Assim, os censos demográficos são utilizados para entender melhor a população e organizar os gastos com saúde, educação, saneamento básico, infraestruturas, entre outros. Por meio de técnicas estatísticas é possível traçar com certo grau de precisão a taxa de emprego e desemprego; evasão escolar; violência doméstica; serviços de saúde, entre outros. 18 3.1 O uso da estatística na corrente do pensamento geográfico Tradicionalmente geografia incorporou definições voltadas para o estudo da superfície terrestre e os fenômenos espaciais. Em termos de superfície terrestre, alguns autores citam a biosfera do planeta, onde se encontram os seres viventes, outros, mencionam a crosta terrestre, a camada mais extensa do planeta. Outros autores definem a geografia como o estudo da paisagem e ainda, alguns propõe a geografia como o estudo da individualidade dos lugares. Sendo assim, toda essa definição tem como objeto de estudo o espaço e todos os fenômenos presentes nele, incluindo o ser humano (MORAES,2005). A geografia pré-científica que se estendeu até o século XVIII, caracterizou-se pelos saberes geográficos fragmentados, desprovidos de organização metodológica. Em decorrência da fragmentação, os conhecimentos geográficos eram discutidos pelas áreas da filosofia, da matemática e da física. Somente no século XIX, ocorreu a organização científica da geografia, na Alemanha, sob os trabalhos de Alexander Von Humboldt e Karl Ritter, que contribuíram para estabelecer a geografia em bases científicas (MOREIRA, 2007). Atualmente para os geógrafos humanistas, a geografia estuda também a relação recíproca entre o homem e o meio ambiente, não há separação entre Geografia Física e Geografia Humana. Assim o conceito de espaço geográfico é o local de morada dos seres humano, é o meio de vivencia onde as pessoas unem suas culturas, suas individualidades no dia a dia compreendendo o mundo e se modificando (PENA, 2016). Compreende-se que dentre essas definições apresentadas, a geografia traz várias visões e conceitos que apesar de não haver um consenso entre os geógrafos, elas se entrelaçam, sendo, portanto, de suma importância reconhecer que o espaço geográfico representa a intervenção das relações humanas e suas práticas sobre o substrato natural. Moraes (2005), trazendo as contribuições de Humboldt e Ritter, apresenta as correntes de pensamento geográfico de uma geografia sistematizada. Ressaltando que Humboldt não tinha preocupação com um conteúdo normativa para criar uma nova disciplina, mas de entender a geografia como uma síntese de todo conhecimento relativo ao plano terrestre. Quanto a Ritter, sua obra restritamente normativa, se mantinha na perspectiva religiosa, centrada na relação entre o homem e o "criador". Esse autor defendia um sistema natural de estudo dos lugares, com arranjos individuais a serem estudado e comparados (MORAES, 2005). 19 Com base nos estudos desses dois autores, a geografia organiza as seguintes correntes de pensamento geográfico (paradigmas): o Determinismo Ambiental, o Possibilismo, o Método Regional, a Nova Geografia e a Geografia Crítica, mostrados no quadro 01: Quadro 01 - Paradigmas da geografia com suas práticas teóricas e empíricas Paradigma geográfico Características Determinismo Ambiental Base metodológica: Positivismo Caracteriza a geografia no final do século XIX. Seus defensores s afirmam que as condições naturais do ambiente determinam o comportamento do homem, interferindo na sua capacidade de progredir. Ratzel, principais percursos desse paradigma, cria conceitos como: espaço vital, região natural, fator geográfico e condição geográfica. Possibilismo Base metodológica: Positivismo Esse paradigma surge na França, em reação ao determinismo geográfico, no final do século XIX. Abolindo a determinação que acabava por ocultar a ideologia das classes dominantes, conceituou que a ação humana é marcada pela contingência. Sendo a natureza fornecedora de possibilidades para que o homem a modificasse. Teve como precursor Paul Vidal de La Blache Método Regional Base metodológica: Positivismo) Contrariando o Possibilismo e o Determinismo, nesse paradigma a diferenciação de áreas é vista através da integração de fenômenos heterogêneos em uma dada porção da superfície da Terra. Focando a tradição do estudo de áreas e atribuindo à diferenciação como objeto de geografia. A partir dos anos 40 essa corrente ganha expressão geográfica nos Estados Unidos com base nos fundamentos de Alfred Hettner e Hartshorne. Esse método serviu para legitimar a manutenção das colônias europeias na África e na Ásia do final do século XIX e início do século XX. Nova Geografia Base metodológica: Neopositivismo Após a Segunda Guerra Mundial, a geografia perde a autonomia de explicar a nova fase do capitalismo. Assim a Nova Geografia buscando justificar a expansão capitalista e ao mesmo tempo dar esperanças aos "deserdados da terra", utiliza-se do método Neopositivismo, ou, positivismo lógico, fazendo uso de e técnicas estatísticas.Definindo região, como um conjunto de lugares com diferenças internas menores do que a existentes entre eles e qualquer elemento de outros conjuntos de lugares, apresenta nova divisão cultural e territorial do trabalho, inviabilizando os paradigmas anteriores. Serviu para legitimar a apropriação dos recursos naturais dos países subdesenvolvidos no início da segunda metade do século XX, quando a situação de pobreza e miséria existente nos países subdesenvolvidos era vista como um estágio a ser superado a partir da adoção de políticas de industrialização. Geografia critica Base metodológica: Materialismo histórico e a dialética marxista. Durante as décadas de 1970 e 1980, a nova geografia se opões a todos os paradigmas anteriores, propondo transformar o processo de organização espacial, buscando ir além da descrição de padrões espaciais. A geografia crítica procura ver as relações dialéticas entre formas espaciais e os processos históricos que modelam os grupos sociais. Não propõe contestar o pensamento dominante, mas, congregar geógrafos de mentes abertas que haviam se dedicado à Nova Geografia Nova. Fonte: Autor (2017) com base nos estudos de Correa (2000). 20 Convém ressaltar que, de acordo com os estudos de Corrêa (2000) o uso das estatísticas na Nova Geografia, surge a partir dos anos de 1950, fundamentada no positivismo lógico, utilizou técnicas matemáticas e estatísticas para analisar os dados coletados, como distribuições espaciais dos fenômenos. Através da quantificação e da abordagem sistêmica procurou mensurar o conhecimento com técnicas de estatísticas como: média, desvio-padrão, coeficiente de correlação, entre outras. Essa metodologia procurou uma linguagem matemática para dar tratamento científico à geografia. No Brasil, durante o período da Nova Geografia, essa abordagem era utilizada com assiduidade pelos professores da Universidade Estadual Paulista (UNESP) e pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), quando foi lançado o periódico " Boletim de Geografia Teorética" e o livro "Quantificação em Geografia", reconhecido até hoje na literatura acadêmica. No IBGE, o uso da quantificação tornou-se obrigatória. Entretanto, muitos estudiosos se posicionaram criticamente contra o uso desasa ferramenta que passou a ser usada de forma indiscriminada para a organização e a estrutura de dados estatísticos como metodologia de abordagem na Geografia física e humana (ROGERSON, 2012). Para os críticos, a teoria da quantificação passou a referenciar as pesquisas estatisticamente, deixado de se preocupar com as relações sociais e espaciais presentes no espaço. Com o aprimoramento tecnológico os computadores disponibilizam programas que facilitam as respostas para questões padronizadas (MOREIRA, 2007). A Nova geografia teorética ou quantitativa, utilizando técnicas da estatística, da matemática e da geometria, passou disponibilizar explicações geográficas cada vez mais teóricas, rompendo com o Determinismo e com o Possibilismo (CORRÊA,2007). Trazendo semelhança com a com a geografia tradicional, não conseguiu explicar normas e ações, afastando-se das discussões de questões sociais, em decorrência da diversidade de métodos e de interpretações e posicionamento dos seus autores (MORAES, 2005). Atualmente, os avanços da Tecnologia da Informação e a capacidade de produzir, armazenar e transmitir informações em rede para esse mundo globalizado, exige métodos estatísticos aplicados à geografia para entender indicadores cada vez mais complexos, como, os indicadores sintéticos. De acordo com Moraes, Carvalho Canoas (206, p. 124): "Os índices sintéticos ou compostos são aqueles que demonstram diferentes composições (saúde, educação, ambiente, dentre outros) em um único indicador. Em geral, são muito utilizados para representar indicadores sociais. [...] o processo de formulação dos índices envolve uma predefinição do conceito, assim os indicadores não são isentos de parcialidades, pois a escolha de suas variáveis envolve a subjetividade do pesquisado 21 Os índices utilizados analisar a qualidade de vida, possibilita também quantificar e classificar os territórios, representados pelo contexto cultural, econômico e político através do qual o índice foi elaborado. Ao mesmo tempo em que se preocupa com a qualidade de vida, os índices norteiam reivindicações pra a melhoria da vida ambiental, uma vez que essa qualidade influencia na qualidade de vida dos seres viventes em vários níveis de interações (MORAES; CARVALHO; CANÔAS, 2016). 3.2 Dados geográficos na formulação da Estatística A diferença dos dados geográficos dos convencionais, está relacionada com a seu componente espacial. Esses dados, também chamados de dados espaciais, costumam representar a superfície terrestre e sua localização no espaço geográfico. Ao se trabalhar com dados geográficos é importante determinar as relações topológicas como adjacência, pertinência, intersecção, cruzamento e proximidade (MEDEIROS, 2010). Os dados geográficos podem possuir estruturas vetoriais ou matriciais. Não existe à melhor estrutura para apresentar dados geográficos, as diferenças entre essas estruturas são inúmeras e tudo depende da situação avaliada. Os dados de estruturas vetoriais, possuem precisão geométrica maior que os dados de estruturas matriciais; necessitam de menor espaço para armazenamento e são mais rápidos para exibição. Os dados de estruturas matriciais, são mais simples, indicados para processamento de elementos de superfícies continuas (MEDEIROS, 2010). De acordo com Medeiros (2010), a etapa de coleta de dados geográficos envolve expressivo investimento financeiro. No entanto, com os avanços tecnológicos, são disponibilizados gratuitamente, inúmeros repositórios de dados com bases cartográficas de qualidade aceitável para determinadas aplicações, um deles é o GeoLISTA (http://www.uff.br/geoden/docs/GeoLISTA.pdf), relacionado ao Sistema de Informações Geográficas (SIG) ou GIS (Geographic Information System), como um todo, que disponibiliza um vasto acervo de informações georreferenciadas para download. O SIG, como um sistema de informações e não como um termo para identificar softwares como ArcGIS, gvSIG, Kosmo, MapInfo, Envi, não é nenhum sistema padrão definitivo, pois, cada situação exige metodologia especifica. Portanto para a construção de um SIG inúmeros fatores devem ser considerados para implementar soluções necessárias dentre eles: (1) aquisição de dados; (2) manipulação dos dados; (3) análise das informações; (4) gerencia de produtos e (5) tomada de decisão. Essas etapas só se iniciam após se ter definido quais objetivos serão desenvolvidos pelo SIG (MEDEIROS, 2012). 22 A aquisição de dados é a etapa mais importante e envolve essencialmente, maior investimento financeiro. Dependendo do tipo de dados a serem coletados, pode ser necessário, deslocamento de equipe, diárias de estadias, uso de aeronaves para casos de fotografias aéreas, etc. Envolve também pesquisas documentais, além da aquisição de dados geográficos (MEDEIROS, 2012). São diversas as formas e técnicas para coleta de dados espaciais, isso pode significar o envolvimento de dias, meses e anos dos responsáveis e, após a coleta de dados se inicia o tratamento dos dados oriundos de várias fontes e vários formatos para alcançar um formato padronizado onde seja possível integrar ao objetivo da pesquisa e finalmente elaborar um sistema de informação. De acordo com cesse (2007), do ponto de vista qualitativo, os dados brasileiros de mortalidade apresentam exatidão semelhantes a de outros países. Entretanto,a maior dificuldade encontrada no Brasil é a precariedade das informações, devido à falta de constância e atualização dessas informações. Essa realidade decorre da escassez de investimentos na qualidade dos serviços de monitoramento das enfermidades da população de forma geral. No que se refere à saúde, para compreender o comportamento das doenças e avaliar o agravo e a disseminação na população, os estudos realizados destacam o perfil qualitativo e quantitativo desses acontecimentos e a tendência da morbimortalidade. Essas evidências são imprescindíveis para elaboração de políticas públicas, gestão de planejamento de ações e de promoção e prevenção dos serviços de saúde (CESSE, 2007). As estatísticas sobre mortalidade são as mais utilizadas para realizar pesquisas voltadas sobre as doenças de padrões epidemiológicos, essas estatísticas que são disponibilizadas pelo Sistema de Informação de Mortalidade Brasileiro (SIM), está sendo a principal fonte de informações, de dados oficias sobre as doenças que causam a morte da população brasileira e surgiu com o objetivo de padronizar os indicadores de saúde (CESSE, 2007 Em relação ao câncer (neoplasia), Santos (2011) assegura que no Brasil as modificações comportamentais e ambientais, devido a fatores como a urbanização e industrialização, apresentam dados de aumento da expectativa de vida da população de forma geral. Por outro lado, esses mesmos fatores também afetam o padrão de morbidade e mortalidade, como o caso da neoplasia. Vários são os fatores que podem gerar vários tipos de neoplasia, que atinge a humanidade, e muitos já são os dados que comprovam as neoplasias, e suas ocorrências na população. 23 De modo geral, os indicadores de saúde contêm de forma sintetizada informações relevantes sobre determinadas condições do estado de saúde e dimensão do sistema de saúde e situação sanitária de uma população. Assim, os índices podem indicar à vigilância de saúde quais são as necessidades e como desenvolver uma política pública para promover melhoria de cada fato identificado. 4 O SISTEMA DE INFORMAÇÃO SOBRE CÂNCER NO Brasil De acordo com Santos (2011) uma parcela considerável da produção científica, sobre a mortalidade por neoplasia, possibilita realizar estudos avaliativos das tendências e possíveis correlações entre os padrões observados e os fatores ambientais. Ainda relata que a análise espacial é uma boa técnica para se estabelecer a diferença das variáveis geográficas, permitindo assim uma integração entre instrumento de coleta de dados e a análise de dados sobre a saúde e outros setores também, permitindo um planejamento, monitoramento e avaliação das ações de saúde. Ao comparar as informações entre Santos (2011) e. Cesse (2007), notamos que no Brasil a distribuição espacial de diferentes tipos de câncer, refere uma transição epidemiológica em andamento, que torna cada vez mais evidente o aumento de casos de neoplasia na população, em especial os de mama, próstata, cólon e reto. Baseando em classe social, nas menos favorecidas temos como destaques neoplasias malignas no colo do útero, pênis, estômago e cavidade oral, e essa distribuição pode ser resultado de exposição a fatores ambientais relacionados ao processo de industrialização (agentes químicos, físicos e biológicos) que variam de intensidade de acordo com a desigualdade social estabelecida, na população. O Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), é o órgão designativo do Ministério da Saúde, indicado para participar da formulação da política nacional de prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer. Destaca-se entre as ações relacionadas à vigilância do câncer, supervisionadas pelo INCA, a gestão e a definição de prioridades obtidas por meio dos Registros de Câncer (RC) e do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde, centralizado nacionalmente pela Secretaria de Vigilância à Saúde (INCA, 2015). As estimativas apresentadas pelo INCA fazem parte de um trabalho iniciado em 1995 pelo Instituo, seguindo critérios científicos de forma rigorosa. A metodologia assegura informações que se aproximam da real incidência de câncer em cada camada da população e, 24 consequentemente, permite abstrair especificidades regionais em relação aos casos e aos problemas que afetam a saúde da população, relacionados à questão do câncer no Brasil (INCA, 2015). As informações sobre, registros, incidência, morbidade e mortalidade pelo câncer de colo de útero e de mama, podem ser obtidas seguintes bases de dados: - Registros de Câncer de Base Populacional (RCBP); - Estimativas de Casos Novos de Câncer, publicadas pelo INCA a cada dois anos. - Informações sobre a morbidade por câncer, tratamento das pessoas com a doença, são encontradas nos Registros Hospitalares de Câncer (RHC); - Informações sobre a mortalidade podem ser obtidas no Atlas da Mortalidade por Câncer no portal do INCA, na forma de indicadores calculados, ou diretamente no Sistema de Informação da Mortalidade (SIM). O Departamento de Informática do Sistema Único Saúde (DATASUS), criado em 1991 juntamente com a Fundação Nacional de Saúde (FUNASA) que na época exercia a função de controle e processamento das contas referentes à saúde, tem como responsabilidade prover os órgãos do SUS de sistemas de informação e suporte de informática, necessários ao processo de planejamento, operação e controle (BRASIL, 2017a). O DATASUS desenvolveu sistemas que atendem diretamente o Ministério da Saúde, sendo provedor de programas (softwares) para secretarias estaduais e municipais de saúde, sempre adaptando seus sistemas às necessidades dos gestores e incorporando novas tecnologias, na medida em que a descentralização da gestão torna-se mais concreta (BRASIL, 2017a). Na página do DATASUS pode ser acessado indicadores para avaliação de ações precoces de câncer, informações relativas ao sexo e idade do paciente hospitalizado, o diagnóstico, tempo de hospitalização, data de internação e possíveis ocorrências de óbitos. As informações estão disponíveis em tempo real, ou seja, são atualizadas ao serem inseridas novas informações pelas Unidades de Saúde, quando ocorre solicitação de exames ou cadastro de informações. No Distrito Federal, desde 2014, o Sistema e Informação de Câncer (SISCAN) é obrigatório. Com a finalidade de intensificar a relação entre as Unidades de Saúde do Distrito Federal e a Gerência de Câncer, para aperfeiçoar as ações de Controle e Detecção Precoce dos Cânceres de Colo e de Mama, o SISCAN está interligado ao Cadastro Nacional de Usuários do SUS (CADWEB) e ao Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) (BRASIL, 2013). 25 4.1 Estimativa de casos de câncer no Brasil As estimativas casos de câncer avaliadas para o biênio 2016-2017, são apresentadas no relatório do INCA elaborado em 2015, documento que disponibiliza atualizadas e sistemáticas na área da saúde, com base em informações válidas e confiáveis seguindo rigorosamente critérios científicos para assegurar uma aproximação da real incidência de câncer em cada estrato populacional contemplado nos resultados. De acordo com o relatório citado, no Brasil, as estimativas câncer avaliadas apontam a ocorrência de aproximadamente 596.070 casos novos de câncer, incluindo os casos de pele não melanoma, desses 49% (205.960) em mulheres e 51% (214.350) em homens. Os tipos mais incidentes são os cânceres de pele não melanoma, mama, colorretal, colo do útero, e de pulmão para o sexo feminino, e os cânceres de pele não melanoma, próstata, pulmão, colorretal e estômago para o sexo masculino. A distribuiçãoproporcional dos dez tipos de câncer mais incidentes por sexo no Brasil e na região Centro Oeste (Figuras 03 e 04), mostram que o câncer de próstata e o câncer de mama lideram o índice de ocorrência. Estimam-se 61.200 casos novos de câncer de próstata para o Brasil em 2016. Isso representa um risco estimado de 61,82 casos novos a cada 100 mil homens. O câncer de próstata é o mais incidente entre os homens em todas as Regiões do país (INCA, 2015). Figura 03 - Distribuição proporcional dos dez tipos de câncer mais incidentes estimados para 2016 por sexo no Brasil Fonte: INCA(2015) 26 Figura 04 - Distribuição proporcional dos dez tipos de câncer mais incidentes estimados para 2016 por sexo na região Centro Oeste. Fonte: INCA (2015) O câncer de próstata é considerado o segundo mais comum na população masculina em todo o mundo. Sendo os maiores fatores de risco a idade, história familiar de câncer e etnia/cor da pele, sendo a idade o maior fator para o desenvolvimento do câncer de próstata. A maioria dos cânceres de próstata é diagnosticada em homens acima dos 65 anos, sendo que somente menos de 1% é diagnosticado em homens abaixo dos 50 anos (INCA, 2015). O Câncer de mama, possuir maior incidência e a maior mortalidade na população feminina, tanto em países em desenvolvimento quanto em países desenvolvidos. O fator de risco envolve vida reprodutiva fatores biológicos--endócrinos, história familiar de câncer de mama, alta densidade do tecido mamário (razão entre o tecido glandular e o tecido adiposo da mama), além do consumo de álcool, excesso de peso, sedentarismo e exposição à radiação ionizante também são considerados agentes potenciais (INCA, 2015). 4.2 Estimativas de casos de câncer no Estado de Mato Grosso do Sul De acordo com o INCA (2015), no Brasil, para o biênio de 2016-2017, a estimativa aponta 600 mil novos casos de câncer em 2016. No Estado de Mato Grosso do Sul foram registrados 1.100 dos casos de câncer de próstata e 820 de câncer de mama até 2015. A previsão é de 1.000 novos casos de câncer de próstata em Mato Grosso do Sul, dos quais 490 em Campo Grande, capital do Estado. O câncer de mama, em Campo Grande, tem maior incidência em mulheres acima dos 40 anos de idade (Quadro 01): 27 Tabela 01 - Estimativas para o ano de 2016 das taxas brutas de incidência por 100 mil habitantes e do número de casos novos de câncer, segundo sexo e localização primária (Mato Grosso do Sul e Campo Grande) Fonte: INCA (2015) Conforme dados da Secretaria de Saúde do Estado de Mato Grosso do Sul, no período de 2015 a 2017, o número de mortes por câncer de próstata no Estado diminui mais de 46%. Em 2015 foram registradas 223 mortes, este ano, de janeiro a novembro consta o registro de óbito de 120 homens por causa da doença. Esse resultado deve as campanhas educativas que promove a mobilização de conscientização sobre a saúde do homem e a prevenção com o câncer de próstata (BURITI NEWS, 2017). 4.2 Estimativa de câncer no município de Dois Irmãos do Buriti Para organizar os dados estatísticos da estimativa de câncer no município de Dois Irmãos do Buriti-MS, esse estudo teve como fonte documental o banco de dados do Tabnet, o Relatório de incidência de câncer do INCA-2015 e o Relatório de Gestão Anual (RGA) 2014, da Secretaria Municipal de Saúde do município de Dois Irmãos do Buriti Plano 2014-2017. O processo de coleta de dados realizado pela Secretaria Municipal de Saúde do município, tem como referência os registros e processamento de dados sobre agravos de notificação do SINAN, onde os dados são coletados a partir da Ficha Individual de Notificação (FIN), preenchida pelas unidades assistenciais para cada paciente sob suspeita de 28 agravo de saúde, de notificação compulsória ou de interesse nacional, estadual ou municipal. A notificação deve ser encaminhada obrigatoriamente para aos serviços responsáveis pela informação e/ou vigilância epidemiológica das Secretarias Municipais, de onde são repassadas semanalmente por meio de arquivo magnético para as Secretarias Estaduais de Saúde (SES). A cada 15 dias as SES comunicam os SVS atendendo o cronograma definido pela SVS no início de cada ano (IBGE, 2017b). A informação para análise do perfil da morbidade contribui para a tomada de decisões em nível municipal, estadual e federal. Essas informações são utilizadas para promover ações voltadas para a melhoria do nível de saúde da população, através do aperfeiçoamento de programas, definindo prioridades e sobretudo, direcionar tomadas de decisões para os anos seguintes. O município de Dois Irmãos do Buriti-MS tem como referência a Classificação Internacional de Doença (CID-10) (Quadro 02). 29 Quadro 02 - Notificações de neoplasias no município de Dois Irmãos do buriti 2008 a 2015 TIPO DE NEOPLASIA 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 TOTAL Neoplasia benigna da pele - - 3 - 1 - - - 4 Neoplasia maligna da pele 2 1 2 2 2 - 4 - 13 Neoplasias malignas de laringe - 1 - - - 1 1 2 5 Neoplasia maligna de traqueia brônquios e pulmões - - 1 3 - 2 - 5 11 Neoplasia benigna da mama - - 3 - 1 - - - 4 Neoplasia maligna da mama 1 2 3 3 - 1 3 5 18 Neoplasia maligna da próstata 3 2 2 1 3 5 - 3 19 Neoplasia benigna dos órgãos urinários - - - - 1 - - - 1 Neoplasia maligna do lábio cavidade oral e faringe - 4 - 4 2 6 3 2 21 Neoplasia maligna do encéfalo - 1 1 - 2 - - 2 6 Outras neoplasias malignas de órgãos digestivo 1 1 - - 2 2 1 - 7 Outras neoplasias malignas do trato urinário 2 - - - 1 - - 2 5 Neoplasia maligna do estômago 2 1 1 2 2 2 10 Neoplasia maligna do osso e cartilagem articular 1 - - 8 1 2 2 1 15 Neoplasia maligna do colo do útero 1 1 - 1 4 3 1 - 11 Neoplasia maligna do cólon 2 3 - 1 - - - - 6 Neoplasia maligna da bexiga - - - - - 1 - - 1 Neoplasia maligna do esôfago - - 1 - - - 4 1 6 Neoplasia maligna do pâncreas - - - - - - - 1 1 Total 13 18 17 24 20 25 21 26 164 Fonte: Tabnet (2016) – adaptado pelo autor. 6 ANÁLISE DOS RESULTADOS Tendo em vista que este estudo se alinhou no propósito de fortalecer a importância do uso de dados estatísticos como ferramenta de planejamento para fortalecer políticas públicas na área de saúde, os resultados mostraram que a maior parte dos serviços de saúde conhecem os sistemas onde poderão obter dados estatísticos sociais, econômicos e demográficos produzidos, compilado e disseminados por diferentes agências, na esfera federal ou na estadual. Sendo no Brasil, o IBGE o principal provedor de dados primários e informações do país, coordenador do Sistema de Produção e Disseminação de Estatísticas Públicas.. Atende as necessidades da sociedade e das esferas governamentais. As agências estaduais de estatística também reúnem os dados administrativos produzidos pelas secretarias de Estado e, em alguns casos, também produzem dados primários provenientes de pesquisas amostrais. O DATASUS, Departamento de Informática do SUS, administra informações de saúde e informações financeiras, disponibilizadas no Portal do 30 DATASUS para subsidiar análises e tomadas de decisão baseadas em evidências da mensuração da saúde da população, através do registro sistemático de dados de mortalidade e de sobrevivência (Estatísticas Vitais - Mortalidade e Nascidos Vivos), bem como, os avanços no controle das doenças infecciosas (informações Epidemiológicas e Morbidade). O tabulador de dados TABNET, desenvolvido pelo DATASUS, permite organizar e construir uma tabulação para gerar informações das bases de dados do SUS como mortalidade;nascidos vivos; morbidade; indicadores de saúde; informações demográficas e socioeconômicas, entre outras. O INCA apresenta-se uma síntese das estimativas de incidência do câncer para cada período no Brasil, divulgadas a cada dois anos. As estimativas do INCA são uma das principais fontes de dados sobre o câncer no país. Serve de subsidio ao poder público, para construir políticas públicas de saúde para o combate ao câncer no país. Conforme o relatório do INCA os dados apresentaram cerca de 596 mil novos casos de câncer no Brasil, sendo os cânceres maior incidência, com exceção do de pele não melanoma, nos próximos anos serão os de próstata, pulmão e colorretal nos homens e mama, colorretal e calo de útero nas mulheres. 7 CONSIDERAÇÕS FINAIS A utilidade da estatística se expressa no seu uso. Independente da área as hipóteses científicas passam por estudos estatísticos. Devem etar livres de interferências e processadas de forma imparcial, sendo importante manter uma base de informações qualificada e confiável para adequar a gestão dos serviços públicos de saúde. O uso da estatística objetiva fundamentar uma hipótese em conhecimento científico para auxiliar a tomada de decisão. Neste sentido, a estatística fornece ferramentas importantes para que os governos possa definir metas e melhorar as políticas públicas. Com base neste estudo, conclui-se que o sistema de informações relacionados às estatísticas geográficas, auxiliam estudos através de banco de dados que aprimoram coletas de informações para alcançar resultados cada vez mais exatos e serviço de parâmetros de investigação, permitindo orientar a tomada de decisões nas políticas públicas. O método desenvolvido tem mesclado ciência, tecnologia e lógica para permitir politicas publicas mais eficazes que possam inclusive prevenir doenças. Em escala geográfica as informações são mais detalhadas e periodicamente atualizadas. Pelo que foi possível avaliar, em função da demanda social e das necessidades de informações para o planejamento 31 de políticas públicas, novos sistemas foram sendo criados ao longo dos anos para disseminar informações estatísticas. REFERÊNCIAS BRASIL, Ministério da Saúde/Secretaria do Estado de Saúde do Distrito Federal. Sistema de Informação do Câncer. Brasília: 2013. Disponível em: < http://www.saude.df.gov.br/outros- links/sistema-de-informacoes-do-cancer-siscan.html> Acesso em: 05 jun 2017 ________, MS/RIPSA. Sistema de Informação de Mortalidade (SIM). Dados sobre mortalidade por câncer para 2011 Disponível em:< http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?idb2012/c10.def>. Acesso em: 25 out 2017 ________, Portal da Saúde. 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