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Orçamento Público Prof. Cristóvão Araripe Marinho Aula Revisão 06 a 10 Orçamento Público Aula 6 Receita Pública Receitas públicas são ingressos de recursos financeiros nos cofres do Estado, que se desdobram em receitas orçamentárias, quando representam disponibilidades de recursos financeiros para o erário, e ingressos extraorçamentários, quando representam apenas entradas compensatórias. (Fonte: MTO 2016) Conceito Receita Pública Ingresso Extraorçamentário Ingresso de recursos nos Cofres Públicos Receita Orçamentária Não passíveis de devolução. Destinados as despesas. Passíveis de Devolução. Não podem ser utilizados para o custeio de despesas. 3 Receita – Enfoque Orçamentário Receita Pública - Conceito Receita Pública são todos os ingressos de recursos não passíveis de devolução, auferidos pelo Poder Público, em qualquer esfera governamental, para alocação e cobertura das despesas Públicas. Receita Pública Classificação Ocorrências Natureza Econômica Corrente, Capital Fonte / Destinação Vinculada, não Vinculada Indicador de Resultado Primário Primária, Financeira Esfera Orçamentária Orçamento Fiscal, Orçamento de Seguridade Social, Orçamento de Investimento Classificação da Receita Orçamentária A classificação da receita orçamentária é de utilização obrigatória pela União, Estados, Município e Distrito Federal, sendo facultado o seu desdobramento para atender às respectivas particularidades. Receita Pública Nível Título Finalidade 1º Categoria Econômica Mensura o impacto na economia nacional. (bens de capital ou custeio) 2º Origem Identifica a procedência dos recursos públicos em relação ao fato gerador dos ingressos das receitas. 3º Espécie Vinculado à Origem, permite qualificar com maior detalhe o fato gerador dos ingressos das receitas. 4º Desdobramento Identifica peculiaridades de cada receita, caso seja necessário. Pode ou não ser utilizado, conforme a necessidade de especificação do recurso. 5º Tipo Corresponde ao último dígito na natureza de receitaetem a finalidade de identificar o tipo de arrecadação a que se refere aquela natureza. Natureza Econômica Classificação da Receita Orçamentária Receita Pública Vinculação entre a origem e a aplicação de recursos, em atendimento às finalidades específicas estabelecidas pela Constituição e por leis. Livre alocação entre a origem e a aplicação de recursos, para atender a quaisquer finalidades, no âmbito das competências de atuação do órgão ou entidade. Fonte / Destinação Classificação da Receita Orçamentária Receita Pública Identificador de Resultado Primário Classificação da Receita Orçamentária Receita Pública 8 Recolhimento Previsão Arrecadação Lançamento Planejamento Execução Controle e Avaliação Metodologia Destinação dos recursos Classificação da Receita Caixa e Bancos Unidade de Caixa Etapas e Estágios da Receita Pública Declaração Direto Homologação Receita Pública Orçamento Público Aula 7 Despesa Pública Exemplos: cauções, consignações, depósitos de terceiros, ARO Despesa Pública Dispêndio, gasto ou desembolso são palavras normalmente utilizadas para caracterizar as importâncias que saem dos cofres públicos. Entretanto, nem toda saída de recursos dos cofres públicos pode ser considerada como despesa pública. Não constituem Despesa Pública Diferenciação da Despesa Pública Constitui Despesa Pública Despesa Pública Física e Financeira Programa de Trabalho Qualitativa Quantitativa Atender às exigências de informações demandadas por todas os interessados nas questões de finanças públicas. Estrutura da Programação Orçamentária Classificação Estruturada Tipo Classificação Qualitativa Esfera Orçamentária Institucional Funcional Programática Quantitativa Meta Física Financeira Natureza da Despesa Identificador de Uso Fonte de Recursos IDOC / Doação Identificador Resultado Primário Programação Orçamentária Despesa Pública Exemplo de Programação Orçamentária Completa Empenho Identificação do Credor Autorização Formalização Liquidação Origem e objeto Importância exata a ser paga Certificação do credor Pagamento Entrega do numerário ao credor Autorização Formalização Fixação Organização das estimativas Conversão da proposta em orçamento Programação da despesa Lei nº 4.320/64 LOA Licitação Escolha da proposta mais vantajosa Lei nº 8.666/93 Etapas de Execução Despesa Pública Orçamento Público Aula 8 Créditos Adicionais Durante o processo de execução da lei orçamentária anual (LOA), podem surgir situações nas quais as dotações inicialmente aprovadas se mostrem insuficientes para atender aos fins para os quais foram programadas, ou podem também surgir novas necessidades de realização de despesa não autorizada inicialmente na LOA. Créditos Adicionais Os créditos adicionais são gênero que se desdobra em três espécies, cada uma com suas características, finalidades, forma de autorização, modos de abertura e origem de recursos. Créditos Adicionais Nos termos do art. 43 da Lei nº 4.320/1964, são recursos que podem ser utilizados para abertura de créditos suplementares ou especiais: o superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício anterior; os provenientes de excesso de arrecadação; os resultantes de anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou de créditos adicionais, autorizados em lei; e o produto de operações de crédito autorizadas. Créditos Adicionais – Origem dos Recursos Créditos Adicionais Orçamento Público Aula 9 Programação e Descentralização Orçamentária e Financeira A descentralização de créditos tem como objetivo dar maior agilidade e flexibilidade na execução da despesa e, consequentemente, das ações orçamentárias, e pode ser de dois tipos: Descentralização Interna – Provisão de Crédito Descentralização Externa – Destaque de Crédito Descentralização Orçamentária Programação e Descentralização Orçamentária e Financeira Aprovação da LOA e Créditos Adicionais Ministério do Planejamento Secretaria de Orçamento Federal Ministério A Unidade Orçamentária Destaque Ministério A Unidade Orçamentária (NC) Ministério B Unidade Orçamentária Crédito (ND) Destaque Dotação Provisão Provisão Dotação Ministério B Unidade Orçamentária Programação e Descentralização Orçamentária e Financeira Descentralização Orçamentária A descentralização de recursos financeiros tem por objetivo: Assegurar às unidades gestoras, nos limites da programação financeira aprovada, disponibilidade de recursos para execução de seus programas de trabalho; Manter o equilíbrio entre a receita arrecadada e a despesa realizada. Programação Financeira Programação e Descentralização Orçamentária e Financeira Conta Única do Tesouro Nacional Órgão Central COFIN/STN/MF Órgão Setorial de Programação Financeira – OSPF (A) PPF PFA Recurso Financeiros Unidade Executora a1 PPF PFA Unidade Executora a2 Órgão Setorial de Programação Financeira – OSPF (B) PPF PFA Unidade Executora b1 PPF PFA Unidade Executora b2 Receitas do Tesouro Nacional Receitas de Outras Fontes PFA consolidada PPF consolidada PFA consolidada PPF consolidada Programação e Descentralização Orçamentária e Financeira Programação Financeira 24 A Conta Única do Tesouro Nacional, mantida no Banco Central do Brasil, acolhe todas as disponibilidades financeiras da União. Visa racionalizar a administração dos recursos financeiros, reduzindo a pressão sobre a caixa do Tesouro e agilizar os processos de transferência, descentralização financeira e pagamentos a terceiros. As regras sobre a unificação dos recursos do Tesouro Nacional em Conta Única foram estabelecidas pelo Decreto nº 93.872, de 23/12/1986, exercendo o Banco do Brasil a função de agente financeiro do Tesouro. Conta Única do Tesouro Nacional Programação e Descentralização Orçamentária e Financeira Descentralização Financeira Ministério da Fazenda - MF Secretaria do Tesouro Nacional - STN Coordenação-Geralde Programação Financeira - COFIN Ministério A Unidade Orçamentária Repasse Ministério A Unidade Orçamentária Ministério B Unidade Orçamentária Ministério B Unidade Orçamentária Conta Única do Tesouro Nacional Programação Financeira Aprovada - PFA Sub-repasse Sub-repasse Cota Cota Repasse Programação e Descentralização Orçamentária e Financeira Descentralização Financeira Orçamento Público Aula 10 Licitações Licitações O art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal de 1988 (CF/88) estabelece a obrigatoriedade de licitar para a Administração Pública. O Tribunal de Contas da União conceitua licitação como um “procedimento administrativo formal em que a Administração Pública convoca, por meio de condições estabelecidas em ato próprio (edital ou convite), empresas interessadas na apresentação de propostas para o oferecimento de bens e serviços.”. A Lei nº 8.666, de 21/06/1993, conhecida como Lei de Licitações e Contratos Administrativos, e a Lei nº 10.520, de 17/07/2002, denominada Lei do Pregão, constituem, para a Administração Pública, a base da legislação sobre licitações e contratos. Ao regulamentar o inciso XXI do artigo 37 da CF/88, a Lei nº 8.666/1993 estabeleceu normas gerais sobre licitações e contratos referentes a compras, obras, serviços, alienações e locações no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do DF e dos Municípios. Licitações Licitações Objetivo Selecionar a proposta mais vantajosa para a Administração Pública para satisfação da necessidade pública. ASSEGURANDO ISONOMIA E IGUALDADE DE CONDIÇÕES PARA O FORNECIMENTO Considerando os aspectos relacionados à capacidade técnica, econômico-financeira do licitante, a qualidade do produto ou serviço e o valor. Licitações Fases da Licitação Fase Interna Solicitação inicial de compra ou contratação. Análise Técnica e Financeira. Pesquisa de preços – referência de custo. Escolha da modalidade adequada Designação da Comissão de Licitação ou Pregoeiro Verificação da previsão orçamentária Elaboração do edital – com base no de termo de referência ou projeto básico. Aprovação – o edital deve ter a chancela do setor jurídico do órgão Publicação do Edital na imprensa oficial. Licitações Fase Externa Recepção e análise das propostas de fornecimento. Recepção da documentação de habilitação dos fornecedores (no caso de pregão). Escolha da proposta mais vantajosa. Adjudicação e Homologação do objeto licitado. Assinatura do contrato. Publicação do Extrato do Contrato Fases da Licitação Licitações Princípios Aplicáveis às Licitações Públicas Princípio da Legalidade Princípio da Isonomia Princípio da Impessoalidade Princípio da Moralidade da Probidade Administrativa Princípio da Publicidade Princípio da Vinculação ao Instrumento Convocatório Princípio do Julgamento Princípio da Celeridade Princípio da Competição. Princípio da Economicidade Princípio da Eficiência Princípio da Adjudicação Compulsória O artigo 22 da Lei nº 8.666/93, estabelece cinco modalidades de licitação. Além disso, a Lei nº 10.520/02 acrescentou o pregão como mais uma modalidade, perfazendo um total de seis. Licitações Modalidades de Licitação Licitações VALORESE PRAZOSPARALICITAÇÕES(LeiNº 9.648,de27/05/1998) Modalidade Prazo de Divulgação Compras ou Serviços Obras e Serviços de Engenharia Dispensa Até R$ 8.000,00 Até R$ 15.000,00 Convite 05 dias úteis Acima de R$ 8.000,00 atéR$ 80.000,00 Acima de R$ 15.000,00 atéR$ 150.000,00 Tomada de Preços 15 dias corridos Acima de R$ 80.000,00 atéR$ 650.000,00 Acima de R$ 150.000,00 até1.500.000,00 Concorrência 30 dias corridos Acima de R$ 650.000,00 Acima de R$ 1.500.000,00 Pregão Presencial 08 dias úteis Bens e serviços de uso comum Pregão Eletrônico 08 dias úteis Compras e serviços não válido 35 Licitações Sistema de Registro de Preços (SRP) O SRP não é uma nova modalidade de licitação. Os interessados em fornecer para a Administração Pública concordam em manter os valores registrados no órgão competente, corrigidos ou não, por um determinado período, e fornecer as quantidades solicitadas pela Administração no prazo previamente estabelecido. A Administração Pública não é obrigada a contratar quaisquer dos itens registrados. Essa é uma característica peculiar do SRP. 36 Licitações Dispensa e Inexigibilidade de Licitação. Em casos especiais a licitação pode ser dispensada ou se mostrar inexigível em razão de variados fatores como: Urgência; Inviabilidade de competição Desnecessidade de instauração de procedimento licitatório. Licitação é regra para a Administração Pública, entretanto, a lei prevê exceções para os casos de contratação direta, em que a licitação é legalmente dispensável ou inexigível, nos conforme descrito nos artigos 24 e 25 as Lei nº 8.666/1993. 37
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