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1. Princípios Reconhecidos ou Implícitos 
1.1. Princípio da Supremacia do Interesse Público sobre o interesse privado 
1.2. Princípio da Indisponibilidade do Interesse Público pela Administração 
1.3. Princípios da Tutela e da Autotutela 
1.4. Princípio da Razoabilidade 
1.5. Princípio da Proporcionalidade 
1.6. Princípio da Finalidade 
1.7. Princípio da Motivação 
1.8. Princípio da Segurança Jurídica 
1.9. Princípio da Insindicabilidade do Mérito Administrativo 
1.10. Princípio da Economicidade 
 
 
Aula 3: Direito Administrativo Princípios Implícitos 
Aula 2: LIMPE 
5 PRINCÍPIOS “EXPRESSOS” NA CF 
No capítulo ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
Aula 2: Direito Administrativo Princípios 
 1. Princípios Reconhecidos ou Implícitos 
 
A) Retomar o conceito de PRINCÍPIOS > Alicerces, proposições básicas e fundamentais que 
condicionam todas as estruturações subsequentes. 
 
Qual a importância dos PRINCÍPIOS para o Direito Administrativo? 
 
Por não ser um direito CODIFICADO, tornam-se relevantes para se estabelecer o 
EQUILÍBRIO entre os direitos dos administrados e das PRERROGATIVAS DA 
ADMINISTRAÇÃO. Pois os princípios servem na integração das regras e para completar 
lacunas que porventura existirem nas regras e nas relações da Administração com 
Administrados e a sociedade. 
 
 PRINCíPIO DA LEGALIDADE e SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO SOBRE O PARTICULAR 
 LIBERDADE DO INDÍVIDUO versus AUTORIDADE DA ADMINISTRAÇÃO 
 
* Esses PRINCÍPIOS (existem em outros ramos do Direito, logo não são exclusivos do Direito 
Administrativo) > A PARTIR DELES CONTRÓEM OS DEMAIS PRINCÍPIOS 
Aula 3: Direito Administrativo Princípios Implícitos 
 1.1. Princípio da Supremacia do Interesse Público sobre o interesse privado 
 (Princípio Reconhecido) 
 
A) Atividades do Estado são para benefício da COLETIVIDADE 
 
B) Então não é o INDIVÍDUO o destinatário da atividade administrativa e sim o GRUPO 
SOCIAL (todo). O indivíduo é integrante da sociedade. 
 
C) As relações sociais, em determinados momentos, haverá CONFLITOS entre o 
INTERESSE PÚBLICO e o INTERESSE PRIVADO – quando ocorrer deve prevalecer o 
INTERESSE PÚBLICO 
 
D) Doutrina: considera-o como de conceito vago e indeterminado 
 
E) Exemplos: Desapropriação para interesse público, Poder de Polícia do Estado 
(restrições às atividades individuais) 
 
Aula 3: Direito Administrativo Princípios Implícitos 
 1.1. Princípio da Supremacia do Interesse Público sobre o interesse privado 
 (Princípio Reconhecido) 
 
A Lei 9.784/99 – LEI DO PROCESSO ADMINISTRATIVO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
 
 
Presidência da República 
Casa Civil 
Subchefia para Assuntos Jurídicos 
LEI Nº 9.784 , DE 29 DE JANEIRO DE 1999. 
 Regula o processo administrativo no âmbito da Administração Pública Federal 
 
Art. 2o A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade, 
finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, 
contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência. 
 
 
Aula 3: Direito Administrativo Princípios Implícitos 
 1.1. Princípio da Supremacia do Interesse Público sobre o interesse privado 
 (Princípio Reconhecido) 
 
Este princípio é o MOTIVO DA DESIGUALDADE JURÍDICA ENTRE A ADMINISTRAÇÃO E OS 
ADMINISTRADOS. 
 
Presidência da República 
Casa Civil 
Subchefia para Assuntos Jurídicos 
LEI Nº 9.784 , DE 29 DE JANEIRO DE 1999. 
 Regula o processo administrativo no âmbito da Administração Pública Federal 
 
Art. 2o A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade, 
finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, 
contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência. 
Parágrafo único. Nos processos administrativos serão observados, entre outros, os 
critérios de: 
XIII - interpretação da norma administrativa da forma que melhor garanta o atendimento 
do fim público a que se dirige, vedada aplicação retroativa de nova interpretação. 
Aula 3: Direito Administrativo Princípios Implícitos 
 REFLEXÃO RELEVANTE ACERCA DO PRINCÍPIO DA SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO 
SOBRE O PARTICULAR 
 
O Direito Administrativo surgiu a partir dos ideais de liberdade e contra o poder absoluto 
(Revolução Francesa). 
 
Era importante POSITIVAR as LIBERDADES conquistadas com a REVOLUÇÃO. Porém, essas 
liberdades individuais culminou para um individualismo exacerbado. Esse modelo não 
durou muito. 
 
O ESTADO LIBERAL DE DIREITO evoluiu para ESTADO SOCIAL DE DIREITO em decorrência 
das transformações ocorridas na ordem econômica, social e política. 
 
O Estado saiu da passividade, para o Estado ativo e preocupado com o bem-estar social 
(Welfare State) dedicado ao interesse público. Estado como meio para consecução da 
justiça social, do bem comum e do bem estar-coletivo. 
 
A importância dessa reflexão é: na Universidade precisamos sempre desenvolver o 
pensamento crítico. 
Aula 3: Direito Administrativo Princípios Implícitos 
INTERESSE PÚBLICO – CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA: 
 
A definição do interesse público: 
Trata-se de uma expressão subjetiva e plurissignificativa que sofre alterações no decorrer 
da história. Depende dos atores sociais e das condições históricas em dado período. 
 
A distinção de interesse público em primário e secundário (BARROSO, P. 113): 
 
“ ... os interesses públicos primários compreendem os interesses efetivos, reais, a razão de 
ser do Estado, sintetizando-se nos fins que cabem a ele promover, como a justiça, a 
segurança, o bem-estar social, dentre outros. Já os interesses públicos secundários são 
aqueles tidos pelo Estado enquanto pessoa jurídica (incluindo União, Estado-membro, 
Município ou autarquias), o interesse do erário, que é o de maximizar a arrecadação e 
minimizar as despesas.” 
Aula 3: Direito Administrativo Princípios Implícitos 
2. Princípio da Indisponibilidade do Interesse Público pela Administração 
 
-Esse princípio recai sobre os BENS E INTERESSES 
- Não pertence à Administração, nem a seus agentes. 
- A Administração pode gerí-los, conservá-los e utilizá-lo em prol da coletividade. 
 
- A sociedade (coletividade) é a titular desses BENS E INTERESSES 
- Então a Administração Pública atua em nome de terceiros. 
 
-Administração Pública não tem a livre disposição dos bens e interesses públicos. 
 
- Sua atuação está pautada na lei. 
 
-Vejamos os exemplos: 
Aula 3: Direito Administrativo Princípios Implícitos 
2. Princípio da Indisponibilidade do Interesse Público pela Administração 
 
-Vejamos os exemplos: 
 
-Bens Públicos só podem ser alienados (vendidos) na forma que a lei dispuser. 
 
- Assim como as contratações (compras e contratações de prestação de serviços) 
Tem como regra a realização da licitação para encontrar quem execute a necessidade 
De modo mais VANTAJOSO PARA A ADMINISTRAÇÃO. 
 
-Não se admite que a Administração renuncie ao recebimento de receitas a ela devidas, 
como multas, tributos, tarifas, salvo se for renúncia prevista em lei. 
 
EM RAZÃO DO PRINCÍPIO DA INDISPONIBILIDADE DO INTERESSE E DOS BENS PÚBLICOS 
FICA VEDADO AO ADMINISTRADOR QUE INJUSTIFICADAMENTE ONERE A SOCIEDADE 
DEVE O ADMINISTRADOR GERIR A COISA PÚBLICA CONFORME O QUE NELA ESTIVER 
DETERMINADO 
Aula 3: Direito Administrativo Princípios Implícitos 
 1.3. Princípios da Tutela e da Autotutela 
 
-A Administração tem PODER-DEVER DE AUTOTUTELA ou seja, controlar seus próprios atos 
-Apreciando quanto ao mérito e a legalidade. 
 
- É o controle da legalidade efetuado pela Administração sobre seus próprios atos, 
Sem excluir da apreciação do Judiciário. 
 
-Esse princípio instrumentaliza a Administração para a revisão de seus atos, assegurandoum meio adicional de controle da atuação e reduzindo o CONGESTIONAMENTO NO 
JUDICIÁRIO. 
 
-ATENÇÃO a nomenclatura na doutrina: 
 Administração Pública dever de TUTELA: dever de controlar, fiscalizar atividades 
 SOBRE OUTRA PESSOA (juridicamente por ela instituída). 
 Administração Pública dever de AUTOTUTELA: Controle ou fiscalização que a 
 que exerce sobre seus próprios atos. 
 
 
Aula 3: Direito Administrativo Princípios Implícitos 
 1.3. Princípios da Tutela e da Autotutela 
 
-Na doutrina do CARVALHINHO, pág. 35 dispõe: 
 
-“ A Administração Pública comete equívocos no exercício de sua atividade, o que não é 
-Nem um pouco estranhável em vista das múltiplas tarefas a seu cargo. Defrontando-se 
Com esses erros, no entanto, pode ela mesma revê-los para restaurar a situação de 
Regularidade. Não se trata de apenas de uma FACULDADE mas também de um DEVER, 
Pois não se pode admitir que, diante de situações irregulares, permaneça inerte e 
desinteressada. Na verdade, só restaurando a situação de regularidade é que a 
Administração observa o princípio da legalidade, do qual a autotutela é um dos mais 
Importantes corolários.” 
 
Aula 3: Direito Administrativo Princípios Implícitos 
 1.3. Princípios da Tutela e da Autotutela 
 
-Os princípios da AUTOTUTELA está consagrado em DUAS SÚMULAS DO STF: 
 
SÚMULA 346: “A Administração pública pode declarar a nulidade dos seus próprios atos” 
 
SÚMULA 473: “A administração pode anular os seus próprios atos, quando eivados de 
vícios 
Que os tornem ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo 
De conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, 
Em todos os casos, a apreciação judicial” 
 
A ADMINISTRAÇÃO PODE: 
ANULAR OS ATOS ILEGAIS 
REVOGAR OS ATOS INCOVENIENTES OU INOPORTUNOS, 
independente de recurso do Poder Judiciário. 
 
 
Aula 3: Direito Administrativo Princípios Implícitos 
11.4. Princípio da Razoabilidade 
 
-Razoabilidade é a qualidade do que é razoável , ou seja, daquilo que se situa dentro 
Dos limites aceitáveis. 
 
-É um conceito “subjetivo”, pois o que é razoável para uns não é para outros. 
 
- Então, qual condição é necessária para OFENDER O PRINCÍPIO DA RAZOABILIDADE? 
Quando a conduta se apresente FORA DOS PADRÕES, algum vício estará contaminando 
O comportamento estatal. Não é lícito substituir o juízo de valor do administrador (na 
função pública) pelo seu próprio. Deve controlar os aspectos inerentes ao princípio da 
Legalidade. 
 
-O princípio da razoabilidade conduz às idéias de ADEQUAÇÃO e de NECESSIDADE. 
 
- é conhecido também como “PRINCÍPIO DA PROIBIÇÃO DO EXCESSO” 
 
SEMPRE NO CONTEXTO DE UMA RELAÇÃO MEIO-FIM. 
Aula 3: Direito Administrativo Princípios Implícitos 
11.4. Princípio da Razoabilidade 
 
 
Aula 3: Direito Administrativo Princípios Implícitos 
 1. 1.5. Princípio da Proporcionalidade 
 
-Guardam algumas semelhanças com o Princípio da Razoabilidade (razão que algumas 
-Doutrinas tratam os princípios juntos). 
 
- O melhor fundamento do PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE é o EXCESSO DE 
PODER. 
 
- O princípio visa contar atos, decisões e condutas de agentes públicos que ultrapassam 
-Os limites adequados. 
 
- O ato deve processar-se com EQUILÍBRIO, SEM EXCESSOS E PROPORCIONALMENTE AO 
-FIM A SER ATINGIDO. 
 
 
 
Aula 3: Direito Administrativo Princípios Implícitos 
 REFLEXÃO 
 
Ambos princípios nasceram com perfil HERMENÊUTICO – INTERPRETAÇÃO JURÍDICA. 
 
Examinando os princípios da proporcionalidade e razoabilidade, desde quando surgiu 
chega-se a conclusão que ambos CONSTITUEM INSTRUMENTOS DE CONTROLE DOS 
ATOS ABUSIVOS, seja qual for a natureza. 
 
São princípios de ponderação de valores e bens jurídicos fundados no Estado de Direito 
Democrático (pluralista, cooperativo, publicamente razoável e tendente ao justo). 
 
 
 
 
Aula 3: Direito Administrativo Princípios Implícitos 
 1. 1.6. Princípio da Finalidade 
 
-Primeiro ponto: Relembrar os PRINCÍPIOS ADMINISTRATIVOS CONSTITUCIONAIS 
 
LIMPE 
 
Doutrina de Hely Lopes, pag. 85: 
 
“O princípio da impessoalidade, referido na Constituição de 1988 (art. 37, caput), 
nada mais é que o clássico princípio da finalidade, o qual impõe ao administrador 
público que só pratique o ato para o seu fim legal. E o fim legal é unicamente aquele 
que a norma de Direito indica expressa ou virtualmente como objetivo do ato, de 
forma impessoal. “ 
 
 
 
 
Aula 3: Direito Administrativo Princípios Implícitos 
 1. 1.6. Princípio da Finalidade 
 
-A FINALIDADE terá sempre um objetivo certo e inafastável de qualquer ato 
administrativo: o interesse público. 
 
- Atos que se afastam do OBJETIVO sujeitam-se a INVALIDAÇÃO por DESVIO DE 
FINALIDADE. 
 
- Este princípio exige que o ato seja sempre praticado com FINALIDADE PÚBLICA. 
 
 
 
 
 
 
Aula 3: Direito Administrativo Princípios Implícitos 
 1. 1.6. Princípio da Finalidade 
 
-Vamos deixar claro: 
 
-O princípio da finalidade exige que o ato seja praticado com FINALIDADE PÚBLICA. 
Pode ocorrer que o interesse público coincida com os interesses de particulares. É 
lícito conjugar a pretensão do particular com o interesse coletivo. 
 
- o que é vedado é a prática de ato administrativo sem interesse público ou 
conveniência para a Administração, visando satisfazer interesses privados. 
 
 
 
 
 
 
Aula 3: Direito Administrativo Princípios Implícitos 
 REFLEXÃO 
 
LEMBRANDO DA LEI 4.717/65 – AÇÃO POPULAR 
 
Art. 1º Qualquer cidadão será parte legítima para pleitear a anulação ou a declaração de nulidade de atos 
lesivos ao patrimônio da União, do Distrito Federal, dos Estados, dos Municípios, de entidades autárquicas, de 
sociedades de economia mista (Constituição, art. 141, § 38), de sociedades mútuas de seguro nas quais a 
União represente os segurados ausentes, de empresas públicas, de serviços sociais autônomos, de instituições 
ou fundações para cuja criação ou custeio o tesouro público haja concorrido ou concorra com mais de 
cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita ânua, de empresas incorporadas ao patrimônio da União, do 
Distrito Federal, dos Estados e dos Municípios, e de quaisquer pessoas jurídicas ou entidades subvencionadas 
pelos cofres públicos. 
 
Art. 2º São nulos os atos lesivos ao patrimônio das entidades mencionadas no artigo 
anterior, nos casos de: 
 
a) incompetência; 
 b) vício de forma; 
 c) ilegalidade do objeto; 
 d) inexistência dos motivos; 
 e) desvio de finalidade. 
 
Aula 3: Direito Administrativo Princípios Implícitos 
1.7. Princípio da Motivação 
 
-O princípio da motivação exige que a Administração Pública indique os fundamentos de 
fato e de direito de suas decisões. 
 
- Foi inserido na Constituição de 1988, é exigência do Direito Público e da legalidade 
governamental. 
 
-Na doutrina de Hely Lopes, pág. 92: 
“... Se ninguém é obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei, 
claro está claro que todo ato ato do Poder Público deve trazer consigo a demonstração de 
sua base legal e de seu motivo. Assim como todo cidadão, para ser acolhido na sociedade, 
há de provar sua identidade, o ato administrativo, para ser bem recebido pelos cidadãos, 
deve patentear sua legalidade, vale dizer, sua identidade com a lei. Desconhecida ou 
ignorada sua legitimidade, o ato da autoridade provocará sempre suspeitas e resistências, 
facilmente arredáveis pela motivação. ... Por princípio, as decisões administrativas devem 
ser motivadas formalmente, vale dizer que a parte dispositiva deve vir precedida de uma 
explicação ou exposição dos fundamentos de fato (motivos-pressupostos) e de direito 
(motivos-determinadosna lei). “ 
Aula 3: Direito Administrativo Princípios Implícitos 
1.7. Princípio da Motivação 
 
-RESUMINDO.. 
 
- Toda autoridade ou Poder em um sistema de governo representativo deve EXPLICAR 
LEGALMENTE E JURIDICAMENTE suas decisões. 
 
- Pela motivação o administrador: justifica sua ação administrativa, indicando os fatos, 
causa e os elementos determinantes que autorizam sua prática. 
 
-- Com a CF88 consagrando o Princípio da Moralidade e ampliando o acesso ao Judiciário, a 
regra geral é a OBRIGATORIEDADE DA MOTIVAÇÃO para que a atuação fique demonstrada 
e para garantir o acesso ao Judiciário. 
Aula 3: Direito Administrativo Princípios Implícitos 
 A Lei 9.784/99 – LEI DO PROCESSO ADMINISTRATIVO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
Presidência da República 
Casa Civil 
Subchefia para Assuntos Jurídicos 
LEI Nº 9.784 , DE 29 DE JANEIRO DE 1999. 
 Regula o processo administrativo no âmbito da Administração Pública Federal 
 
CAPÍTULO XII 
DA MOTIVAÇÃO 
Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos, 
quando: 
I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses; 
II - imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções; 
III - decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública; 
IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório; 
V - decidam recursos administrativos; 
VI - decorram de reexame de ofício; 
VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem de pareceres, laudos, propostas e 
relatórios oficiais; 
VIII - importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato administrativo. 
§ 1o A motivação deve ser explícita, clara e congruente, podendo consistir em declaração de concordância com 
fundamentos de anteriores pareceres, informações, decisões ou propostas, que, neste caso, serão parte integrante 
do ato. 
§ 2o Na solução de vários assuntos da mesma natureza, pode ser utilizado meio mecânico que reproduza os 
fundamentos das decisões, desde que não prejudique direito ou garantia dos interessados. 
§ 3o A motivação das decisões de órgãos colegiados e comissões ou de decisões orais constará da respectiva ata ou 
de termo escrito. 
Aula 3: Direito Administrativo Princípios Implícitos 
 1.8. Princípio da Segurança Jurídica 
 
Doutrina de DI PIETRO, pag. 76: 
 
“Como participante da Comissão de juristas que elaborou o anteprojeto de que resultou 
essa lei *, permito-me afirmar que o objetivo da inclusão desse dispositivo foi o de vedar a 
aplicação retroativa de nova interpretação de lei no âmbito da Administração Pública. Essa 
ideia ficou expressa no parágrafo único, inciso XIII, do artigo 2º, quando impõe, entre os 
critérios a serem observados, “interpretação da norma administrativa da forma que 
melhor garanta o atendimento do fim público a que se dirige, vedada aplicação retroativa 
de nova interpretação.” 
 
 
* LEI PROCESSO ADMINISTRATIVO 9.784/99 
 
 
Aula 3: Direito Administrativo Princípios Implícitos 
 1.8. Princípio da Segurança Jurídica 
 
Doutrina de DI PIETRO, pag. 76: 
 
“O princípio se justifica pelo fato de ser comum, na esfera administrativa, haver mudança 
de interpretação de determinadas normas legais, com a consequente MUDANÇA DE 
ORIENTAÇÃO, em caráter normativo, afetando situações já reconhecidas e consolidadas na 
vigência de orientação anterior. Essa possibilidade de mudança de orientação é inevitável, 
porém gera insegurança jurídica, pois os interessados nunca sabem quando a sua situação 
será passível de contestação pela própria Administração Pública. Daí a regra que veda a 
aplicação retroativa.” 
 
 
 
 
Aula 3: Direito Administrativo Princípios Implícitos 
 1.8. Princípio da Segurança Jurídica 
 
Doutrina de DI PIETRO, pag. 76: 
 
“O princípio deve ser aplicado com cautela, para não levar ao absurdo de impedir a 
Administração de anular atos praticados com inobservância da lei. Nesses casos, não se 
trata de mudança de interpretação, mas de ilegalidade, esta sim a ser declarada 
retroativamente, já que atos ilegais não geram direitos.” 
 
-Segurança Jurídica: a interpretação da lei ou ato pode mudar. E muda frequentemente. O 
que não é possível é fazê-la retroagir a casos já decididos com base em interpretação 
anterior. 
 
- Destaca-se neste princípio da Segurança Jurídica os princípios da boa fé ou confiança do 
administrado na Administração. 
 
 
 
 
Aula 3: Direito Administrativo Princípios Implícitos 
 1.8. Princípio da Segurança Jurídica 
 
Segundo Informativo AGU: 
 
Segurança jurídica - é, também, uma garantia inerente à observância do devido processo 
legal, pela qual as relações jurídico-administrativas não só devem propiciar os recursos 
cabíveis e possíveis, como ainda devem ser protegidas por preclusão, decadência , 
prescrição, coisa julgada, direito adquirido, bem como o respeito ao ato jurídico perfeito e 
acabado (essa garantia decorre do art. 5/XXXVI da constituição). 
Aula 3: Direito Administrativo Princípios Implícitos 
 11.9. Princípio da Insindicabilidade do Mérito Administrativo 
 
-STJ , INFORMATIVO 605. 
 
- Os atos administrativos discricionários podem sofrer controle judicial tanto no seu 
MOTIVO quanto no seu OBJETO . 
 
- Porém, o CONTROLE JUDICAL NÃO APRECIA O MÉRITO (Princípio Separação dos 
Poderes). 
 
- Atenção: ATOS DE GOVERNO diferente ATO ADMINISTRATIVO DISCRICIONÁRIO 
Atos de Governo são disciplinados pelo Direito Constitucional. 
 
- 
 
 
 
 
Aula 3: Direito Administrativo Princípios Implícitos 
 11.9. Princípio da Insindicabilidade do Mérito Administrativo 
 
-INSINDICABILIDADE do MÉRITO ADMINISTRATIVO > 
Designa a norma segundo a qual o MÉRITO NÃO PODE SER ALVO DE CONTROLE JUDICIAL, 
SENDO EXCLUSIVO CONTROLE POR PARTE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, POR MEIO DE 
AUTOTUTELA ADMINISTRATIVA. (Sumulas 343 e 473) 
 
-EXPERTISE na MATÉRIA: determinadas entidades públicas possuem condições de emanar 
determinados atos administrativos e medidas de natureza político-jurídico subsidiadas por 
complexas pesquisas técnicas . SÃO OS ATOS ADMINISTRATIVOS DE CARÁTER TÉCNICO. 
 
- Exemplo: Atos emanados pelas Agências Reguladoras, Autarquias Especiais que possuem 
relativa independência e atribuição de publicarem atos administrativos de conteúdo 
técnico. 
 
 
 
Aula 3: Direito Administrativo Princípios Implícitos 
 11.9. Princípio da Insindicabilidade do Mérito Administrativo 
Aula 3: Direito Administrativo Princípios Implícitos 
 
 Número 605 Brasília, 12 de julho de 2017 
 Este periódico, elaborado pela Secretaria de Jurisprudência do STJ, 
destaca teses jurisprudenciais firmadas pelos órgãos julgadores do 
Tribunal em acórdãos já incluídos na Base de Jurisprudência do STJ, não 
consistindo em repositório oficial de jurisprudência. 
 11.9. Princípio da Insindicabilidade do Mérito Administrativo 
Aula 3: Direito Administrativo Princípios Implícitos 
AgInt no AgInt na SLS 2.240-SP, Rel. Min. Laurita Vaz, por unanimidade, 
julgado em 7/6/2017, DJe 20/6/2017. 
Ação popular. Suspensão de liminar. Discussão de questões referentes ao 
mérito da causa. Impossibilidade. Grave lesão à ordem pública 
configurada. Presunção de legitimidade do ato administrativo praticado 
pelo Poder Público. Escolhas políticas governamentais. Metodologia 
técnica. Invalidação pelo Judiciário apenas se reconhecida ilegalidade. 
 
 11.9. Princípio da Insindicabilidade do Mérito Administrativo 
Aula 3: Direito Administrativo Princípios Implícitos 
AgInt no AgInt na SLS 2.240-SP, Rel. Min. Laurita Vaz, por unanimidade, 
julgado em 7/6/2017, DJe 20/6/2017. 
A interferência judicial para invalidar a estipulação das tarifas de 
transporte público urbano viola a ordem pública, mormentenos casos 
em que houver, por parte da Fazenda estadual, esclarecimento de que a 
metodologia adotada para fixação dos preços era técnica. 
 
... o Supremo Tribunal Federal já consignou que "o reajuste de tarifas do 
serviço público é manifestação de uma política tarifária, solução, em 
cada caso, de um complexo problema de ponderação entre a exigência 
de ajustar o preço do serviço às situações econômicas concretas do 
seguimento social dos respectivos usuários ao imperativo de manter a 
viabilidade econômico-financeiro do empreendimento do 
concessionário" (RE 191.532-SP, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, Primeira 
Turma, DJ 29/8/1997). 
 11.9. Princípio da Insindicabilidade do Mérito Administrativo 
Aula 3: Direito Administrativo Princípios Implícitos 
AgInt no AgInt na SLS 2.240-SP, Rel. Min. Laurita Vaz, por unanimidade, 
julgado em 7/6/2017, DJe 20/6/2017. 
Sendo assim, a interferência judicial para invalidar a estipulação das 
tarifas de transporte público urbano não pode ser admitida na hipótese, 
por violar gravemente a ordem pública. Frise-se que a legalidade estrita 
pressupõe a legitimidade do ato administrativo praticado pelo Poder 
Público, até prova definitiva em contrário – mormente nos casos em que 
houver, por parte da Fazenda estadual, esclarecimento de que a 
metodologia adotada para fixação dos preços era técnica. 
 
 
 11.9. Princípio da Insindicabilidade do Mérito Administrativo 
Aula 3: Direito Administrativo Princípios Implícitos 
AgInt no AgInt na SLS 2.240-SP, Rel. Min. Laurita Vaz, por unanimidade, 
julgado em 7/6/2017, DJe 20/6/2017. 
Por seu turno, a doutrina leciona que o Judiciário esbarra na dificuldade 
de concluir se um ato administrativo cuja motivação alegadamente 
política seria concretizado, ou não, caso o órgão público tivesse se valido 
tão somente de metodologia técnica. De qualquer forma, essa discussão 
seria inócua, pois, segundo a doutrina Chenery – a qual reconheceu o 
caráter político da atuação da Administração Pública dos Estados 
Unidos da América –, as cortes judiciais estão impedidas de adotarem 
fundamentos diversos daqueles que o Poder Executivo abraçaria, 
notadamente nas questões técnicas e complexas, em que os tribunais 
não têm a expertise para concluir se os critérios adotados pela 
Administração são corretos. 
 
 1.10. Princípio da Economicidade 
 
SEÇÃO IX 
DA FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL, FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA 
Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da 
União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, 
legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será 
exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de 
controle interno de cada Poder. 
 
Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, 
sistema de controle interno com a finalidade de: 
[...] 
II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da 
gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração 
federal, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado; 
 
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 1.10. Princípio da Economicidade 
 
- Economicidade - é a parcimônia ou modicidade no gastos 
públicos, evitando-se desperdícios e procurando-se obter bons resultados na 
atuação da Administração com o menor custo possível, sendo o procedimento 
licitatório um dos seus instrumentos básicos. (AGU 
 
 
 
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 LIMPE + 10 princípios do Direito Administrativo 
. 
Porque tantos? 
 
Pois os princípios servem na integração das regras e para completar lacunas que 
porventura existirem nas regras (não é possível prever tudo). 
 
Na doutrina ainda temos outros princípios não estudados aqui: 
 
- Princípio da Continuidade do Serviço Público: por este princípio entende-se que o serviço 
público (essencial ou necessária à coletividade) NÃO PODE PARAR. 
 exemplo> proibição a greves, necessidade de suplência, etc. 
- Ampla Defesa e Contraditório – corrolário do princípio constitucional Art. 5º, LV CF 
e.... 
 
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 LIMPE + 10 princípios do Direito Administrativo 
. 
Porque tantos? 
 
Pois os princípios servem na integração das regras e para completar lacunas que 
porventura existirem nas regras (não é possível prever tudo). 
 
Na doutrina ainda temos outros princípios não estudados aqui: 
 
- Princípio da Continuidade do Serviço Público: por este princípio entende-se que o serviço 
público (essencial ou necessária à coletividade) NÃO PODE PARAR. 
 exemplo> proibição a greves, necessidade de suplência, etc. 
- Ampla Defesa e Contraditório – corrolário do princípio constitucional Art. 5º, LV CF 
- Princípio Presunção de Legitimidade e Veracidade : atos administrativos tem presunção 
de veracidade (fé pública) e de estrito cumprimento com a lei (P. Legalidade). 
-- Princípio da Hierarquia: a Administração deve seguir com rigor o sistema de repartição 
das competências e relações de subordinação. 
e.... 
 
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Caso Concreto: 
José está inscrito em concurso público para o cargo de assistente administrativo da 
Administração Pública direta do Estado de Roraima. Após a realização das provas, ele foi 
aprovado para a fase final do certame, que previa, além da apresentação de documentos, 
exames médicos e psicológicos. A lista dos candidatos aprovados e o prazo para a 
apresentação dos documentos pessoais e para a realização dos exames médicos e 
psicológicos foram publicados no Diário Oficial do Poder Executivo do Estado de 
Roraima após 1 (um) ano da realização das provas; assim como foram veiculados através 
do site da Internet da Administração Pública direta do Estado, tal como previsto no 
respectivo edital do concurso. 
Entretanto, José reside em município localizado no interior do Estado de Roraima, onde 
não circula o Diário Oficial e que, por questões geográficas, não é provido de Internet. 
Por tais razões, José perde os prazos para o cumprimento da apresentação de documentos 
e dos exames médicos e psicológicos e só toma conhecimento da situação quando resolve 
entrar em contato telefônico com a secretaria do concurso. Insatisfeito, José procura um 
advogado para ingressar com um Mandado de Segurança contra a ausência de intimação 
específica e pessoal quando de sua aprovação e dos prazos pertinentes à fase final do 
concurso. Na qualidade de advogado de José, indique os argumentos jurídicos a serem 
utilizados nessa ação judicial. 
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Questão 
 
Poderia a Administração Pública com base no princípio da economicidade, como causa 
preponderante à eficácia e eficiência, bem como à racionalidade na aplicação dos 
recursos físicos e financeiros sobrepor-se ao princípio da legalidade? 
 
 
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Questão 
 
Poderia a Administração Pública com base no princípio da economicidade, como causa 
preponderante à eficácia e eficiência, bem como à racionalidade na aplicação dos 
recursos físicos e financeiros sobrepor-se ao princípio da legalidade? 
 
Da fixação de determinados princípios, tanto de ordem constitucional, como 
supraconstitucionais, é que o ordenamento jurídico estabelece os parâmetros 
interpretativos e integrativos do sistema. 
 
Constituição Federal de 1988, no caput do art.37, estabelece, de forma explícita, que a 
Administração Pública, em todos os níveis, obedecerá os princípios da legalidade, 
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, e, no art.70, prescreve, entre os 
objetivos do controle financeiro,estão, também, inseridos os princípios da legitimidade e 
economicidade. Cumpre ainda, conforme dispõe o art.74, que ao sistema de controle 
interno, entre outras finalidades, a de comprovar a legalidade e avaliar a eficácia e 
eficiência dos resultados da gestão administrativa. 
 
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Questão 
 
Poderia a Administração Pública com base no princípio da economicidade, como causa 
preponderante à eficácia e eficiência, bem como à racionalidade na aplicação dos 
recursos físicos e financeiros sobrepor-se ao princípio da legalidade? 
 
A Administração Pública não deve afastar o princípio da legalidade em detrimento do 
princípio da economicidade. Ao ser fiscalizada pelo Tribunal de Contas este se aterá: 
os Tribunais de Contas não pode relevar o princípio da legalidade, primordial aos atos da 
Administração Pública, para atentar-se à economicidade, porque cabe a ele somente 
promover a defesa da ordem jurídica e da lei. 
 
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Questão 
Caso verídico – Sugiro o aluno pesquisar na internet e ler o acórdão na íntegra 
A decisão do acórdão foi debatida em sala bem como os princípios invocados 
 
Determinado prefeito de uma grande cidade brasileira destinou R$ 520 mil reais de 
recursos públicos municipais para a entidade privada Criadouro Tropicus Associação 
Cultural, Científica e Educacional. O Ministério Público promoveu ACP . Na 
fundamentação do pedido constava que o Presidente da Entidade atuava como 
Secretário Municipal da Secretaria de Proteção e Defesa dos Animais e cumulava a 
função de Presidente da Entidade que recebeu os recursos. 
 
A ACP (Ação Civil Pública) foi julgada procedente e o Prefeito bem como o Secretario (e 
outros Administradores) foram condenados por improbilidade administrativa e para 
ressarcir o município do valor destinado. 
 
Quais princípios administrativos constitucionais foram violados? 
 
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Questão 
Caso verídico – Sugiro o aluno pesquisar na internet e ler o acórdão na íntegra 
O STJ reformou a sentença do juiz 1ª. Instância 
A decisão do acórdão foi debatida em sala bem como os princípios invocados 
 
Determinado prefeito de uma grande cidade brasileira destinou R$ 149.432,40 para 
construção de uma igreja católica de São Jorge na Zona Oeste da Cidade através de 
procedimento licitatório. O juiz da 13ª Vara da Fazenda Pública do Estado condenou o ex-
prefeito por improbidade administrativa e ordenou a devolução dos valores ao erário. 
 
Na fundamentação da sentença o juiz dispôs: “a construção de um templo religioso, 
ainda que atenda o anseio da população local e tenha como intenção promover o bem 
social de acordo com a moral comum, está em desacordo com a moral administrativa por 
se afastar da ideia que tinha que gerir e violar a ordem institucional por ferir o princípio 
constitucional expresso no artigo 19, inciso I, que proíbe o Estado de subvencionar 
qualquer culto religioso”. 
 
Quais princípios administrativos constitucionais foram violados? 
 
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Questão 
Caso verídico – Sugiro o aluno pesquisar na internet e ler o acórdão na íntegra 
A decisão do acórdão foi debatida em sala bem como os princípios invocados 
 
Determinado prefeito de uma grande cidade brasileira destinou R$ 149.432,40 para 
construção de uma igreja católica de São Jorge na Zona Oeste da Cidade através de 
procedimento licitatório. O juiz da 13ª Vara da Fazenda Pública do Estado condenou o ex-
prefeito por improbidade administrativa e ordenou a devolução dos valores ao erário. 
 
Quais princípios administrativos constitucionais foram violados? RESPOSTA: 
 
Moralidade do ato administrativo, juntamente com a sua legalidade e a finalidade, além 
da adequação aos demais princípios, constituem pressupostos de validade sem os quais 
toda atividade pública será ilegítima 
 
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Questão 
Caso verídico – Sugiro o aluno pesquisar na internet e ler o acórdão na íntegra 
A decisão do acórdão foi debatida em sala bem como os princípios invocados 
 
ex-prefeito de Juazeiro do Norte (Região do Cariri), Carlos Alberto da Cruz, teve 
suspensos os direitos políticos por três anos e terá de pagar multa de R$ 10 mil reais por 
violar os princípios administrativos constitucionais. A decisão do juiz Francisco Marcello 
Alvez Nobre, foi divulgada nesta segunda-feira, 16, pelo Tribunal de Justiça do Ceará. 
 
Segundo o TJ-CE, Carlos Cruz, quando prefeito de Juazeiro, entre 2001 e 2004, utilizou o 
próprio nome e o símbolo das iniciais dele em propagandas de programas e obras do 
Governo municipal. O slogan de sua gestão era “Juazeiro Comunidade Consciente”, que 
vinha com o símbolo “CC” em destaque. As mesmas iniciais foram usadas durante a 
campanha eleitoral. 
 
Quais principios foram violados? 
 
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Questão 
Caso verídico – Sugiro o aluno pesquisar na internet e ler o acórdão na íntegra 
A decisão do acórdão foi debatida em sala bem como os princípios invocados 
 
ex-prefeito Osvaldo Ferrari, de Boa Esperança do Sul/SP, terá de devolver aos cofres 
públicos os valores gastos com a pintura de prédios municipais de amarelo. Apelidado de 
“Marelo”, ele ainda pagará multa equivalente a duas remunerações que recebia, ficará 
impedido de contratar com o governo e terá direitos políticos suspensos por três anos. A 
2ª turma do STJ confirmou a condenação. 
Marelo usava a cor amarela na campanha eleitoral, em camisetas e material de 
divulgação, como sua cartilha com o plano de governo. Depois da posse, passou a adotar 
a cor em bens públicos e de uso público, em uniformes escolares, embalagens de leite e 
prédios municipais. O logotipo do governo também seria similar ao da campanha, tendo 
inclusive a letra “M” ladeada de slogans e da inscrição 2001-2004, anos de seu mandato. 
 
Quais principios foram violados? 
 
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Questão 
Caso verídico – Sugiro o aluno pesquisar na internet e ler o acórdão na íntegra 
A decisão do acórdão foi debatida em sala bem como os princípios invocados 
 
Determinado Município em dificuldades financeiras deixou de pagar as contas de 
fornecimento de energia elétrica à concessionária. Pode a concessionária cortar a luz ? O 
Municipio pode invocar o Princípio da Continuidade dos Serviços Públicos? 
 
Debate com ARGUMENTO JURÍDICO FUNDAMENTADO: 
 
Há diversos casos semelhantes. 
O judiciário em regra aplica o Principio da Continuidade dos Serviços Públicos dando 
prazo para o ENTE da Administração DIRETA (Município) negociar suas dívidas com a 
concessionária. 
 
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Questão 
A questão foi debatida em sala 
 
O princípio da supremacia do interesse público conclama que a máxima é o interesse da 
coletividade. Essa supremacia é absoluta? Sim ou não? Como resolver eventual colisão 
do interesse privado e do interesse público? 
 
Debate com ARGUMENTO JURÍDICO FUNDAMENTADO: 
 
Pontos a serem considerados para resposta: 
Princípios não são absolutos admite-se restrições e limitações 
Ponderação – colisão de princípios 
Interesse público 
 
 
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