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Unidade 1
Seção 3
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Contabilidade Comercial
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Webaula 3
Aspectos legais
Com todo o conhecimento adquirido nesta
unidade, vamos nos aprofundar nesta webaula
nos aspectos legais dos tipos de sociedades,
com ênfase em suas possíveis naturezas
jurídicas, assim como nas principais
características que cercam as sociedades
simples e empresárias e suas exigências legais.
Também veremos brevemente sobre capital e
algumas responsabilidades do empresário.
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Aspectos legais
Quando tecemos os primeiros comentários a
respeito dos aspectos legais em que estão
inseridas as sociedades mercantis, vêm-nos à
mente de forma imediata aqueles aspectos
relativos ao Registro Público de Empresas e
Atividades Afins.
De início é importante lembrar as
palavras de Venosa (2016, p. 11) a
respeito do regime jurídico e da livre
concorrência: “Princípio geral de nosso
ordenamento constitucional é a
liberdade de iniciativa econômica
privada pela qual qualquer sujeito pode
iniciar e desenvolver atividade
econômica, incluindo a atividade
empresarial”.
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Diante desse assunto é necessário que se
defina o termo sociedade empresária.
Tomazette (2014, p. 134), ao explicar o termo,
nos deixa entendimento de que “numa visão
mais ortodoxa das sociedades, entende-se que
elas são criações do Estado, que lhes dá
consideráveis vantagens econômicas, como a
limitação de responsabilidade dos sócios,
sendo natural o interesse público na sua
regulação”.
Ainda segundo Venosa (2016, p. 11), “o
empresário que opera no mercado pode
realizar as práticas e estratégias que
entender oportunas para expandir sua
empresa, mas esse comportamento não
deve ultrapassar os limites éticos e legais
para a obtenção da finalidade
constitucional, mas ser inspirado na
correção e lealdade”.
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Note que o registro mercantil é o primeiro
ato legal daqueles que necessitam e
buscam, por meio das atividades
comerciais e diante do Código Civil
brasileiro, em seu artigo 1.150,
desenvolver uma sociedade simples ou
empresária, sendo o ato uma obrigação
imposta pela legislação vigente.
De fato, os aspectos burocráticos que
cercam a abertura de uma sociedade são
inúmeros, tendo até mesmo casos de
necessidade de concessão de alvarás por
parte da prefeitura e de órgãos sanitários
ou ainda e de autorizações adicionais
como a do corpo de bombeiros (autos de
vistoria).
Tipos de sociedades
Teixeira (2017, p. 280) relembra que “a
primeira sociedade regular, ou seja, criada
com personalidade jurídica, foi a
sociedade anônima”. Ademais, ainda em
termos históricos, o que se observa é que o
surgimento e o desenvolvimento das
sociedades mercantis visou que se
pudesse investir e explorar determinados
negócios, porém com a chamada
limitação de responsabilidade por parte
dos investidores.
A respeito da personificação da sociedade
e seus efeitos e classificação, Simão Filho
(2008, p. 24) explica que no Brasil “o
sistema legislativo prevê a existência de
dois grandes grupos de sociedades
compostos das sociedades não
personificadas e das sociedades
personificadas”.
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Da mesma forma, no caso das sociedades
personificadas, elas são entendidas como
aquelas que possuem o seu registro e que
são independentes da vida dos sócios.
Além disso, é saudável que sejam
demonstrados alguns dos
desdobramentos descritos nos artigos
1.039 a 1.092 do Código Civil.
De certa forma, as sociedades empresárias
podem ser categorizadas como: 
• Sociedade simples em sentido estrito 
• Sociedade em nome coletivo 
• Sociedade em comandita simples 
• Sociedade limitada 
• Sociedade anônima 
• Sociedade em comandita por ações.
Sob a visão do artigo 982 do Código Civil,
citado por Mamede (2016, p. 3), as
sociedades “são divididas em simples e
empresárias [...]. As sociedades
empresárias são aquelas que têm por
objeto o exercício de atividade própria de
empresário sujeito a registro (artigos 966 e
967); as demais são consideradas
sociedades simples”.
Messineo (1979 apud SIMÃO FILHO, 2008,
p. 31) alega que “A sociedade simples é o
primeiro e mais elementar tipo de
sociedade. Muito embora persiga a sua
finalidade através de atividade econômica,
essa atividade não se relaciona com
atividades empresariais ou intermediárias
na circulação de bens”.
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Capital
Dito isso, faz-se necessário trazer um conceito
bastante relevante nesse contexto, que é o de
capital social. Silva (2012, p. 62) expõe que
“Capital social é a cifra, fixada no estatuto
social, do valor das contribuições que os sócios
fazem ou prometem fazer, para a formação da
companhia, e que a lei submete a um regime
legal cogente, com a finalidade de proteger os
credores sociais”.
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Uma vez definido o conceito de capital, fica
bastante clara a importância e a sua função
para as sociedades, sejam elas simples ou
empresárias. Destaca-se que ambas na sua
forma de pessoa jurídica são definidas ou
designadas, segundo Karl Larenz ([s.d.] apud
Finkelstein, 2016, p. 69), como sendo a pessoa
jurídica “formada pela associação de pessoas, a
qual tem existência distinta de seus membros”.
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Como bem diria Silva (2012, p. 63), a função precípua do capital social é a de:
propiciar à sociedade recursos para, através do desenvolvimento da
atividade que constitua seu objeto, realizar o fim da companhia: obtenção
de lucros; mas a existência do capital social aumenta a eficácia da
responsabilidade patrimonial da companhia, como pessoa distinta dos
acionistas.
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Papel do empresário
Podemos entender em síntese que é dever do
empresário: registrar suas atividades nos
órgãos competentes, além de fazê-lo no local
onde elas serão exercidas; dividir no exercício
de suas atividades o resultado de seus esforços,
sempre respeitando preceitos legais; ter a
responsabilidade de integralizar determinados
recursos para o desenrolar da atividade.
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A fim de ampliar seu conhecimento sobre o
assunto, nesta webaula foram apresentados o
contexto introdutório para a contabilidade
comercial, alguns pontos importantes de tipos
de sociedades, tais como a simples e as
empresárias, além de uma breve noção de
capital.
Dessa forma, à medida que você for avançando
em seus estudos, vai se tornar cada vez mais
capaz de entender a nuances que cercam a
contabilidade.
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