Inflação e suas causas

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Inflação – Respostas Comentadas 
Responda de forma completa e consistente as questões abaixo, usando 
como referência: 
 
- o livro de apoio – Capítulo 4. 
 
Questão 1: 
Defina inflação, inflação de demanda, inflação de custos, inflação inercial e 
os fatores que as provocam. 
Resposta: Inflação é um aumento persistente e generalizado do índice de 
preços. Inflação de demanda é quando há um excesso de demanda 
agregada em relação à produção disponível de bens e serviços. Isso ocorre 
porque as empresas não dispõem de capacidade produtiva para atender 
um nível de demanda mais elevado e acabem por aumentar os preços dos 
preços dos seus produtos, provocando inflação. Inflação de custos ocorre 
quando há aumento dos preços de determinados fatores de produção, 
como por exemplo, aumentos salariais, aumento dos impostos, aumentos 
do preço de certas matérias-primas que pode se dar por aumento dos 
preços dos produtos importados, por exemplo. Quando o aumento dos 
preços desses fatores de produção são transferidos para o preço dos 
produtos finais, temos a inflação de custos. A inflação inercial se dá 
quando há aumento de preços provocados pela própria inflação passada. 
Isto ocorre em função dos mecanismos de indexação da economia, que 
pode ser pelo reajuste de salários e atualização dos preços dos diversos 
fatores de produção, de acordo com os índices de inflação do passado para 
que os agentes econômicos não fiquem com os seus preços defasados no 
mercado. 
 
 
Questão 2: 
Explique resumidamente as distorções provocadas por altas taxas de 
inflação. 
Resposta: As principais distorções provocadas pela inflação alta são: 
 
a) queda do poder aquisitivo por parte da população que recebe 
rendimentos fixos (pois a elevação da inflação faz com que estes indivíduos 
recebam menos em termos reais); 
 
b) redução na arrecadação do governo, pois há a corrosão das receitas 
dada a defasagem entre o fato gerador e o recolhimento dos impostos por 
parte do Governo; 
 
c) inflação de expectativas: altas inflações acabam por gerar expectativa 
de alta inflação no futuro, bem como forte incerteza a respeito do quadro 
econômico, de forma a gerar um certo imobilismo na atividade econômica, 
com a redução do investimento e portanto, com a estagnação da atividade 
produtiva e do nível de emprego 
 
Questão 3: 
Cite exemplos de medidas que o governo pode adotar para controlar a 
inflação de demanda e a inflação de custos. 
Resposta: Para controlar a inflação de demanda o governo pode aumentar 
a carga tributária; reduzir os gastos do governo; elevar a taxa de juros; 
controlar e reduzir o crédito; restringir aumentos salariais. 
 
Para controlar a inflação de custos o governo pode adotar: políticas de 
controle sobre os lucros das empresas; políticas de controle direto sobre os 
preços; política salarial mais rígida. 
 
Questão 4: 
Suponha uma economia com déficit público bastante elevado. Se o 
governo emitir moeda para cobrir este déficit, o que deve ocorrer com a 
taxa de inflação? 
Resposta: Deve haver uma elevação no nível de preços, dada a 
monetização da dívida (há uma maior quantidade de recursos monetários 
na economia. Os agentes que receberam a moeda emitida farão novos 
gastos, gerando pressões na demanda. Considerando que a economia 
estava já em pleno emprego, isto gerará uma pressão para elevação de 
preços). Caso isto ocorra uma única vez, não gerará pressões 
inflacionárias, no sentido de um aumento persistente no nível de preços. 
No entanto, caso o governo recorrentemente se financie por meio de 
emissão de moeda, teremos uma inflação de demanda. 
 
Questão 5: 
Como podemos definir o sistema de metas de inflação? 
Resposta: Desde 1999 o Brasil adota o sistema de metas de inflação, que 
consiste na definição de uma meta para a inflação acumulada ao longo de 
um ano. Atualmente a meta de inflação no Brasil, que é definida pelo CMN 
– Conselho Monetário Nacional, é de 4,5% ao ano, com uma margem de 
oscilação de 2% para mais ou para menos, ou seja, a inflação pode oscilar 
entre 2,5% e 6,5%. O Banco Central é o responsável pela execução da 
política econômica necessária para o cumprimento da meta. Quando a 
inflação começa a subir o Banco Central rapidamente eleva a taxa de juros, 
que um dos principais instrumentos para o controle da mesma.