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PARTE 2 / CRIAN˙AS E BEB˚S • 1
VocΠpode salvar a vida de algum parente, um amigo,
um colaborador ou um cidadªo de sua comunidade.
Aprenda as tØcnicas do manual RCP – ABC do InCor
PARTE 1
Adulto
2 • PARTE 2 / CRIAN˙AS E BEB˚S
PARTE 1 / ADULTOS • 3
Y Aprenda a reconhecer quatro emergŒncias que ameaçam a vida de adultos:
1. Infarto do miocÆrdio (ataque cardíaco)
2. Parada cardíaca
3. Asfixia (obstruçªo das vias aØreas por corpo estranho)
4. Acidente vascular cerebral (derrame)
Y Aprenda a realizar a ressuscitaçªo cardiopulmonar (RCP) e salve vítimas
destas emergŒncias.
FIG. 1
A cadeia de sobrevivência da AHA. Os quatro elos da cadeia são: 1) Acesso rápido, ligar para o serviço
médico de emergência; 2) RCP rápida; 3) Desfibrilação rápida; e 4) Atendimento cardiovascular avançado
rápido.
Acesso
rápido
RCP
rápida
Desfibrilação
rápida
SAV
rápido
VocŒ pode salvar vítimas destas emergŒncias se vocŒ, ou outros que se
encontrarem no local, atuarem rapidamente para começar a cadeia de sobrevi-
vŒncia (Fig. 1). A cadeia de sobrevivŒncia da AHA (American Heart Associa-
tion) inclui os passos para tratar destas emergŒncias. Cada passo ou elo deve
ser realizado tªo rÆpido quanto possível para ajudar a vítima a sobreviver.
VocŒ aprenderÆ a realizar os primeiros trŒs elos. Primeiro, vocŒ reconhece os
sinais de aviso de uma emergŒncia e liga para o serviço mØdico de emergŒncia
local. Segundo, vocΠinicia a RCP e terceiro vocΠdesfibrila usando um DEA.
A Corrente de SobrevivŒncia da AHA
Os quatro elos ou grupos de açıes na corrente sªo:
1. O primeiro elo Ø o acesso rÆpido, que engloba os eventos desde que o
paciente perde a consciŒncia atØ a chegada do pessoal do Sistema MØdico
de EmergŒncia (SME), no Brasil (SAMU — Sistema de Atendimento Mó-
vel de UrgŒncia), preparado para dar atendimento. O reconhecimento dos
primeiros sinais de alarme, como dor torÆcica e dispnØia, que levam as
4 • PARTE 1 / ADULTOS
vítimas ou os socorristas a ligarem para o nœmero local de emergŒncias
mØdicas antes da perda de consciŒncia, Ø a chave para a eficÆcia desse elo.
No caso de uma parada cardíaca, as seguintes açıes fundamentais devem
ser executadas:
• Identificaçªo rÆpida da perda de consciŒncia por uma pessoa que possa
ativar o SME.
• Reconhecimento da ausŒncia de resposta (inconsciŒncia).
• Notificaçªo rÆpida (geralmente por telefone) ao operador telefônico do
SME antes de iniciar RCP, no caso de adultos; no caso de um lactente ou
uma criança, depois de mais ou menos um minuto de ressuscitaçªo.
• Envio rÆpido dos primeiros socorristas (policiais e bombeiros) e dos so-
corristas do SME levando equipamento para desfibrilaçªo e SAVC atØ o
local do evento (observaçªo: muitos lugares pœblicos podem possuir um
DEA).
• Chegada rÆpida dos primeiros socorristas e do pessoal do SME ao local.
• Identificaçªo da parada cardíaca.
Cada açªo Ø uma parte vital do elo de acesso rÆpido. Na maioria das
comunidades, a responsabilidade por essas açıes Ø do sistema telefônico
local de emergŒncias mØdicas, sistema de envio de auxílio do SME e do
sistema de socorristas do SME.
2. O segundo elo, após o reconhecimento, Ø o início das manobras de ressus-
citaçªo cardiopulmonar — respiraçªo boca-a-boca e compressıes cardía-
cas. A RCP Ø mais efetiva quando Ø iniciada imediatamente após a perda de
consciŒncia da vítima. A RCP realizada por circunstantes demonstrou que
exerce um efeito positivo significativo na sobrevivŒncia. Uma possível exce-
çªo Ø a situaçªo em que o intervalo entre a chamada e a desfibrilaçªo Ø
extremamente curto. A RCP por circunstantes Ø o melhor tratamento que
pode receber uma vítima em parada cardíaca, atØ a chegada de um desfibri-
lador e do atendimento de SAVC.
3. A desfibrilaçªo rÆpida Ø o elo da cadeia da sobrevivŒncia com mais probabi-
lidades de melhorar as taxas de sobrevivŒncia. A maioria das mortes ocorre
devido a alteraçıes do ritmo cardíaco, as arritmias cardíacas, sobressain-
do-se a fibrilaçªo ventricular, como a mais importante delas. O œnico trata-
mento realmente eficaz da fibrilaçªo ventricular Ø a desfibrilaçªo elØtrica ou
o choque elØtrico; a probabilidade de que a desfibrilaçªo seja bem-sucedida
diminui, aproximadamente, de 7% a 10% a cada minuto que Ø retardada; a
fibrilaçªo ventricular tende a se transformar em assistolia, que Ø a parada
total dos batimentos cardíacos em poucos minutos. Estas consideraçıes
justificam o fato de que na parada cardíaca a desfibrilaçªo deve ser realiza-
da o mais rapidamente possível.
PARTE 1 / ADULTOS • 5
4. O quarto e œltimo elo Ø o Suporte Avançado de Vida em Cardiologia (SAVC),
que inclui equipamento para suporte de ventilaçªo, estabelecimento de um
acesso intravenoso, administraçªo de fÆrmacos, controle de arritmias e es-
tabilizaçªo da vítima para o transporte. Se quebrarmos qualquer um desses
elos, a chance de sobrevivŒncia serÆ muito pequena. Quem irÆ fazer o reco-
nhecimento da parada cardíaca, iniciar as compressıes cardíacas e fazer a
desfibrilaçªo Ø o pœblico leigo, e se ele nªo estiver preparado, pode-se ter o
melhor sistema de ambulância do mundo, que nªo se conseguirÆ salvar a
vida dessas pessoas. Por esta razªo verdadeiros mutirıes de ensino de aten-
dimento às vitimas de morte sœbita estªo sendo realizados.
Na cidade de Seattle, por exemplo, a populaçªo recebeu este treinamento
bÆsico, e hoje o índice de sobrevida no lugar chega a quase 50%. HÆ um
excelente sistema de emergŒncia e a qualidade do atendimento na cidade
se resume em uma frase: “Se vocŒ tiver que ter um ataque cardíaco, tenha-
o em Seattle”, diz um dos cartazes espalhados pela cidade. Uma estatística
interessante aponta os lugares de alta prevalŒncia de parada cardiorrespira-
tória: aeroportos, cadeias pœblicas, shopping centers e grandes estÆdios de
futebol estªo entre os locais com maior nœmero de vítimas. No aeroporto de
Chicago, onde 80 milhıes de pessoas circulam por ano, vÆrias pessoas apre-
sentavam uma PCR e morriam. Isto fez com que fosse implantado um pro-
grama de treinamento dos funcionÆrios e usuÆrios do aeroporto chamado
“Salva Coraçªo”. Hoje, o aeroporto tem uma sobrevida de 70% das paradas
cardiorrespiratórias.
VocŒ pode salvar vítimas dessas emergŒncias se vocŒ ou outros que estive-
rem no local agirem rapidamente iniciando a corrente de sobrevivŒncia. A
corrente inclui os passos para tratar essas emergŒncias. Cada etapa ou elo
deve ser realizada o mais rapidamente possível para aumentar a sobrevivŒncia
das vítimas. VocŒ aprenderÆ a realizar os primeiros trŒs elos. Primeiro, vocŒ
reconhece os sinais de alerta de uma emergŒncia e liga para o serviço de emer-
gŒncia (192). Em segundo lugar, vocŒ inicia a RCP, e em terceiro, vocŒ desfi-
brila usando um DEA.
Qualquer pessoa que esteja nªo-responsiva, deve receber cuidados de emer-
gŒncia, freqüentemente incluindo os passos da RCP que vocŒ aprenderÆ aqui.
O QUE FAZER AO ENCONTRAR ALGUÉM NˆO-RESPONSIVO
1. Chame por socorro. Ligue para o serviço mØdico de emergŒncia
(no Brasil: SAMU 192)
2. Comece os passos da RCP:
a. ligar para o serviço de emergŒncia local e reconhecer os sinais de
parada cardíaca;
b. iniciar RCP;
c. desfibrilar;
d. transferir para cuidados avançados — chegada do suporte avança-
do de vida.
6 • PARTE 1 / ADULTOS
Como Reconhecer um Infarto do MiocÆrdio (Ataque Cardíaco)
O infarto do miocÆrdio ocorre quando acontece uma obstruçªo total de
um dos grandes vasos sangüíneos do coraçªo (uma artØria coronÆria). Isto
faz com que o oxigŒnio nªo seja entregue ao mœsculo cardíaco. O mœsculo
cardíaco começa a morrer. O diagnóstico e o tratamento rÆpido do infarto
diminuem significativamente a mortalidade, reduzem o tamanho do infarto e
diminuem a incidŒncia de insuficiŒncia cardíaca.
Se vocŒ suspeita de um infarto do miocÆrdio, ligue para o serviço
mØdico de emergŒncia imediatamente! (192)
Umapessoa tendo um infarto do miocÆrdio estÆ, geralmente, acordada
e pode conversar com vocŒ, mas sente dores no peito (Fig. 2). O sintoma
mais comum de um infarto do miocÆrdio Ø uma dor severa ou uma pressªo
no centro do peito.
FIG. 2
Localizações típicas da dor do
infarto do miocárdio.
Y Com que se parece a dor? Pressªo, sensaçªo de enchimento, aperto ou
peso.
Y Quanto tempo dura a dor? Pelo menos alguns minutos. Uma dor em
pontada, de apenas um ou dois segundos de duraçªo, raramente Ø uma dor
de um infarto do miocÆrdio.
PARTE 1 / ADULTOS • 7
Nem todos os sintomas de avisos ocorrem em todo infarto do miocÆrdio.
Pessoas que estªo sofrendo um infarto do miocÆrdio podem se queixar de
sintomas vagos. Elas podem dizer que sentem tontura, falta de ar ou nÆuseas.
Elas podem desmaiar ou ter uma transpiraçªo com suor frio. Estes sinais
vagos ocorrem especialmente em mulheres, idosos e diabØticos.
Muitas pessoas podem nªo admitir que seus sintomas possam indicar um
infarto do miocÆrdio. Se vocŒ suspeitar de que alguØm possa estar tendo um
infarto do miocÆrdio, tome a iniciativa. Diga à vítima para descansar, ficando
deitada ou sentada e ligue para o serviço mØdico de emergŒncia imediatamente.
Como Reconhecer uma Parada Cardíaca
A parada cardíaca ocorre quando o coraçªo pÆra de bombear sangue. A
vítima se torna inconsciente, desmaia e pÆra de respirar normalmente. Se
uma parada cardíaca ocorrer, deve-se agir imediatamente para salvar a vida
da vítima (Fig. 3).
Se vocŒ suspeita de uma parada cardíaca, ligue para o serviço
mØdico de emergŒncia imediatamente!
A B
Fig. 3
Reconhecer uma parada cardíaca e chamar o serviço médico de emergência).
A vítima com parada cardíaca se encontra:
1. Nªo-responsiva: a pessoa nªo responde quando vocŒ chama seu nome ou
toca nela. Ligue para o serviço mØdico de emergŒncia imediatamente!
2. Sem respiraçªo: abra as vias aØreas e olhe, ouça e sinta se hÆ respiraçªo. A
pessoa nªo respira normalmente.
3. Sem sinais de circulaçªo: a vítima estÆ imóvel, nªo tosse, nªo respira.
VocŒ procura pelos sinais de circulaçªo somente após fornecer duas respi-
raçıes para a vítima.
8 • PARTE 1 / ADULTOS
Desfibrilaçªo para Tratar uma Parada Cardíaca Sœbita por FV
Muitos adultos em parada cardíaca sœbita tŒm fibrilaçªo ventricular (FV).
A FV Ø um ritmo cardíaco anormal, desorganizado, que impede o coraçªo de
bombear sangue. A vítima com FV precisa da RCP, mas tambØm requer a
desfibrilaçªo (choques elØtricos de um desfibrilador). A desfibrilaçªo deve ser
fornecida rapidamente para interromper a FV, permitindo ao coraçªo reto-
mar um ritmo normal. A desfibrilaçªo Ø o terceiro elo na cadeia de sobrevi-
vŒncia da AHA. A desfibrilaçªo pode ser realizada por socorristas leigos
treinados ou por profissionais de saœde. Os serviços mØdicos de emergŒncias
estruturados, facilmente acessíveis atravØs do nœmero local de emergŒncias
mØdicas, aumentam a sobrevivŒncia após um episódio de morte cardíaca sœ-
bita porque facilitam a desfibrilaçªo imediata.
RCP em Adultos: os ABCs
As tØcnicas de RCP incluem respiraçªo de resgate e compressıes torÆci-
cas. Se vocŒ encontrar uma pessoa nªo-responsiva, ligue ou mande alguØm
ligar para o serviço mØdico de emergŒncia. Comece a RCP. Continue a RCP
atØ vocŒ restaurar a respiraçªo e a funçªo normal do coraçªo ou atØ a chegada
de profissionais de saœde.
1. Verifique a vítima: se ela nªo estiver responsiva, ligue para o serviço mØdi-
co de emergŒncia.
Y Gentilmente sacuda a vítima e chame: “VocŒ estÆ bem?”
Y Se a vítima nªo responder, ligue para o serviço mØdico de emergŒncia
(192).
Y Entªo, ajoelhe-se ao lado da vítima para iniciar a RCP.
2. A. Vias aØreas: abra as vias aØreas com a manobra de inclinar a cabeça e
levantar o queixo (Fig. 4).
Y Se vocŒ nªo suspeitar de trauma na cabeça ou pescoço, incline a cabe-
ça para trÆs elevando o queixo gentilmente com uma mªo, enquanto
empurra para baixo a fronte, com a outra mªo.
3. B. Respiraçªo: olhe, ouça e sinta a respiraçªo. Se a vítima nªo estÆ respi-
rando, aplique duas respiraçıes de resgate lentamente.
Para verificar a respiraçªo, olhe, ouça e sinta:
Y Coloque o seu ouvido perto da boca e do nariz da vítima e escute a
respiraçªo (Fig. 4), posicionando sua cabeça para observar o tórax.
Y Olhe o peito levantar e abaixar. Escute e sinta o movimento do ar em
sua face.
PARTE 1 / ADULTOS • 9
Se a vítima nªo estiver respirando, faça duas respiraçıes de resgate, lenta-
mente.
a. Coloque sua boca em volta da boca da vítima e pince o nariz para
fechÆ-lo.
b. Continue a inclinar a cabeça e a elevar o queixo.
c. Aplique duas respiraçıes lentamente (use um segundo e meio a dois
segundos para cada respiraçªo).
d. Tenha certeza de que o tórax da vítima sobe toda vez que vocŒ aplicar
uma respiraçªo.
FIG. 4
Vias aéreas: inclinação da
cabeça e elevação do queixo.
4. C. Circulaçªo: verifique os sinais de circulaçªo.
Y Se a vítima nªo apresentar os sinais de circulaçªo (movimentos, tosse e
respiraçªo), comece as compressıes torÆcicas.
Y Se a vítima apresentar sinais de circulaçªo mas nªo estiver respiran-
do, aplique 10 a 12 respiraçıes de resgate (uma respiraçªo a cada
cinco segundos).
Tenha certeza de que alguØm ligou para o serviço mØdico de emergŒncia.
a. Mantenha a cabeça da vítima inclinada.
b. Procure pelos sinais de circulaçªo.
c. Se nªo houver sinais de circulaçªo, comece as compressıes torÆcicas.
Encontre uma posiçªo na metade inferior do osso esterno, exatamente
entre os mamilos (Fig. 5).
d. Posicione a palma de uma mªo no centro do tórax, diretamente entre
os mamilos.
10 • PARTE 1 / ADULTOS
FIG. 5
Localização da região das compressões torácicas.
e. Coloque a palma da segunda mªo sobre a primeira mªo.
f. Posicione o seu corpo diretamente sobre suas mªos. Seus ombros de-
vem estar alinhados acima de suas mªos.
g. Proporcione 15 compressıes a uma freqüŒncia de 100 compressıes por
minuto (levemente mais rÆpido que uma compressªo por segundo) (Fig. 6).
Fig. 6
Socorrista realizando
compressão torácica.
PARTE 1 / ADULTOS • 11
Fig. 7
Socorrista realizando
respiração boca-a-boca.
h. Depois de 15 compressıes torÆcicas, faça duas respiraçıes.
5. Manter circulaçªo e respiraçªo: ciclos de 15 compressıes torÆcicas e duas
respiraçıes de resgate (Figs. 7 e 8).
Depois de um minuto de RCP (quatro ciclos de 15 compressıes e duas
respiraçıes), verifique os sinais de circulaçªo para ver se a circulaçªo espon-
tânea foi restaurada. Verifique os sinais de circulaçªo a cada poucos minu-
tos. Se a circulaçªo retornar, pare a compressªo torÆcica e, se necessÆrio,
continue a realizar as respiraçıes (uma respiraçªo a cada cinco segundos).
FIG. 8
Sinal universal de angústia
respiratória e manobra de Heimlich.
12 • PARTE 1 / ADULTOS
Acesso
rápido
RCP
rápida
Desfibrilação
rápida
SAV
rápido
FIG. 10
Desde 1992, a Associação Americana de Cardiologia (American Heart Association — AHA) desenvolveu o
conceito de corrente da sobrevivência que nada mais é do que uma série ordenada e encadeada de
medidas que devem ser tomadas no atendimento a uma parada cardiorrespiratória (PCR).
Como Aplicar o Desfibrilador Externo AutomÆtico (DEA)
O Que Ø Desfibrilaçªo?
Desfibrilaçªo Ø a aplicaçªo de uma corrente elØtrica ao mœsculo do cora-
çªo, diretamente, atravØs do peito aberto, ou indiretamente, atravØs das paredes
peitorais, para acabar com a fibrilaçªo ventricular (FV) e a taquicardia ventricu-
lar sem pulso (TV). A fibrilaçªo ventricular Ø uma arritmia que pıe a vida em
risco, caracterizada pelo caos elØtrico e mecânico. Ela Ø muito freqüentemente
associada a doenças da artØria coronÆria, infarto do miocÆrdio e taquicardia
ventricular, mas tambØm pode ocorrer em caso de choque elØtrico, toxicidade e
sensibilidade a drogas ou afogamento. O œnico tratamento eficaz paraa fibrila-
çªo ventricular Ø o imediato contrachoque elØtrico (desfibrilaçªo).
Desfibriladores Externos Automatizados (DEAs)
Nos EUA, mais de 1.000 paradas cardíacas ocorrem todos os dias e a
maioria dessas paradas Ø devida à fibrilaçªo ventricular. Antes de 1978, a
equipe de emergŒncia geralmente iniciava a RCP nos pacientes com parada
cardíaca e entªo transportava esses pacientes para o hospital para atendimen-
to definitivo tal como a desfibrilaçªo. No Condado de King, Washington, o
índice de sobrevivŒncia para esses pacientes era menos que 4% devido ao
tempo prolongado (mØdia: 21 minutos) do colapso atØ a desfibrilaçªo. Um
programa piloto utilizando a desfibrilaçªo por tØcnicos em emergŒncia mØdi-
ca (EMT-D) foi iniciado em 1978. Os EMTs foram treinados e habilitados no
uso de desfibriladores manuais e os veículos de emergŒncia foram equipados
com esses desfibriladores (Fig. 10).
Durante esse programa piloto de desfibrilaçªo precoce, que durou um
ano, quase 20% dos pacientes vítimas de parada cardíaca fora do hospital
sobreviveram e tiveram alta hospitalar. O tempo entre o colapso e a desfibrila-
PARTE 1 / ADULTOS • 13
çªo caiu de 21 para 6 minutos. Desde entªo, a experiŒncia com programas de
EMT-D demonstrou repetidas vezes que a desfibrilaçªo precoce pode salvar
vidas e melhorar a chance de sobrevivŒncia. Em 1990, a Força Tarefa da AHA
sobre Desfibrilaçªo Precoce declarou:
“A desfibrilaçªo precoce tornou-se o padrªo de atendimento tanto para
paradas cardíacas fora do hospital como para dentro do hospital. As
œnicas exceçıes sªo lugares pouco povoados e remotos, onde a fre-
qüŒncia de paradas cardíacas Ø baixa e onde o tempo de resposta do
resgate Ø excessivamente longo.”
Conforme vem crescendo o nœmero de programas de desfibrilaçªo preco-
ce, tambØm vem crescendo o uso de desfibriladores externos automatizados
(DEAs). Esses dispositivos permitem que a desfibrilaçªo precoce seja feita em
uma variedade de situaçıes por pessoas nªo-treinadas no reconhecimento de
ritmo e na desfibrilaçªo manual. Os EMTs e outros provedores de primeiros
socorros podem usar os DEAs de forma efetiva com treino inicial mínimo
(quando comparado ao treinamento para os desfibriladores manuais) e trei-
namento periódico de reciclagem. Num teste clínico controlado aleatório com-
parando o uso de desfibriladores-padrªo externos manuais e os automÆticos
por tØcnicos em medicina de emergŒncia, apenas uma diferença significativa
surgiu entre os dois grupos: a desfibrilaçªo poderia ser feita um minuto mais
rÆpido com os DEAs do que com os desfibriladores-padrªo.
Os DEAs sªo geralmente conectados ao paciente via grandes eletrodos
auto-adesivos descartÆveis que nªo apenas registram o sinal do ECG mas
tambØm aplicam a energia de desfibrilaçªo (em vez dos eletrodos de pÆ con-
vencionais). O DEA incorpora um sistema de detecçªo computadorizado que
analisa o ritmo cardíaco e distingue os ritmos que deveriam receber um cho-
que daqueles que nªo deveriam receber. O sistema avalia as características da
forma da onda do ECG, inclusive inclinaçªo, freqüŒncia e índice. Os DEAs
provaram ser altamente acurados em testes de laboratório e em estudos clíni-
cos. A anÆlise do ritmo com um DEA deveria apenas ser iniciada em um pacien-
te em plena parada cardíaca. Os eletrodos de desfibrilaçªo auto-adesivos
descartÆveis sªo colocados na posiçªo esterno-Æpice (anterolateral). Conectar
um DEA com a colocaçªo anterior-posterior do eletrodo pode causar uma in-
terpretaçªo incorreta do ritmo e uma orientaçªo inadequada de tratamento.
Os artefatos causados por movimento e a interferŒncia de 60 ciclos podem
interferir na anÆlise acurada do ritmo. Assim, o movimento do veículo e do
paciente deve ser interrompido e o encarregado do resgate nªo deve tocar o
paciente durante a anÆlise do ritmo. AlØm disso, cobertores elØtricos devem
ser tirados da tomada e o paciente deve ser removido para longe de luzes
fluorescentes e relógios, rÆdios e televisıes que estiverem próximos, sempre
que possível.
Os DEAs podem ser totalmente automÆticos ou semi-automÆticos. Os
dois tipos normalmente tŒm um controle de energia (ligado/desligado) e um
14 • PARTE 1 / ADULTOS
controle de anÆlise de ritmo. Quando um dispositivo totalmente automÆtico
detecta um ritmo que pode receber um choque, ele carrega e aplica um cho-
que. Um dispositivo semi-automÆtico ou “orientador de choque” orienta o
usuÆrio para aplicar um choque, e pode ou nªo carregar automaticamente. A
pessoa encarregada do resgate entªo aplica o choque após verificar que todas
as pessoas estªo afastadas do paciente. Assim, um dispositivo semi-automÆti-
co tem um botªo ou controle de descarga ou de choque, e pode ou nªo ter um
controle de carga.
Dependendo do fabricante, o tempo gasto entre a anÆlise do ritmo e a
aplicaçªo do choque Ø aproximadamente de 10 a 30 segundos. Durante esse
tempo, a RCP deve ser interrompida. A American Heart Association adverte
contra a interrupçªo da RCP por mais de cinco segundos para avaliar o ritmo;
contudo, a desfibrilaçªo pode interromper a fibrilaçªo ventricular e potencial-
mente restabelecer um ritmo difundido, enquanto a RCP nªo pode. Assim, a
AHA apoia o uso de DEAs e abre uma exceçªo à regra dos cinco segundos de
RCP porque os benefícios potenciais da desfibrilaçªo precoce ultrapassam o
possível efeito negativo de um breve atraso na RCP.
Os DEAs podem ser aplicados em pacientes com marca-passos implanta-
dos. As espículas de marca-passos implantados podem ser interpretadas como
atividade cardíaca intrínseca por um DEA. Apesar dessa possibilidade, as pri-
meiras pessoas a prestar socorro nªo devem hesitar em aplicar um DEA a um
paciente com um marca-passo implantado.
Os algoritmos interpretativos em DEAs sªo testados em registros de arrit-
mia em adultos e as doses de corrente elØtrica sªo determinadas de acordo
com as exigŒncias de um adulto; portanto, os DEAs nªo devem ser usados em
crianças com menos de 8 anos.
Os DEAs vŒm sendo usados principalmente por EMTs em situaçıes fora
do hospital. Outras aplicaçıes fora do hospital podem incluir consultórios
mØdicos, veículos da polícia e do corpo de bombeiros, sistemas pœblicos de
trânsito, ambientes industriais e atØ uso domØstico por membros da família de
pacientes de alto risco. O uso de DEAs no ambiente hospitalar estÆ expandin-
do o conceito de desfibrilaçªo como parte do suporte bÆsico de vida. A AHA
recomenda que a desfibrilaçªo precoce esteja disponível em qualquer Ærea do
hospital “onde os tempos de resposta da equipe de emergŒncia mØdica sejam
maiores que um minuto”. Um DEA pode oferecer desfibrilaçªo precoce para
enfermeiras em andares de atendimento geral antes que a equipe de emergŒn-
cia mØdica chegue e ofereça uma “segunda opiniªo” para o pessoal que rara-
mente aplica a desfibrilaçªo.
DEAs no Mercado
VÆrios sªo os equipamentos em uso no mercado mundial, no momento
todos com tecnologia bifÆsica: da direita para a esquerda de cima para baixo:
Heart Start FR2 e Heart Start Home (Philips); Heart Start 4000 (Laerdal);
PARTE 1 / ADULTOS • 15
FIG. 11
Diferentes tipos de DEA no mercado.
First Responder External Defibrillator (FRED) Schiller Life Pack 500 public
DPS, Lp500 e CR plus (Medtronic); Access AED (CardioSystems); FirstSave
AED G3, PowerHeart AED (Cardiac Science); MRL jumpstart AED 10, MRL
Lifequest AED (Welch Allyn); Samaritan AED (American Heart Science AED);
Lifeline AED (Defibtech); German AED e Zoll AED Plus (Fig. 11).
Como Reconhecer uma Asfixia
A asfixia ocorre quando um corpo estranho bloqueia as vias aØreas. A
obstruçªo das vias aØreas por um corpo estranho, ou asfixia por engasgo, Ø
uma causa relativamente incomum e evitÆvel de parada cardíaca. Provoca
aproximadamente 3.000 mortes por ano. Ocorrem 1,2 morte por 100.000
habitantes/ano por engasgo, contra 1,7 por afogamento, 16,5 por colisıes
automobilísticas e 198 por doença arterialcoronariana.
Quando as vias aØreas estªo bloqueadas, o cØrebro e o coraçªo sªo priva-
dos de oxigŒnio e a vítima pode morrer. Se as vias aØreas da vítima estªo
completamente bloqueadas por um corpo estranho e a vítima estÆ consciente,
realize golpes abdominais imediatamente (Fig. 8).
Se a vítima se tornar nªo-responsiva, ligue para o serviço mØdico
de emergŒncia! (192)
16 • PARTE 1 / ADULTOS
Para determinar se uma vítima consciente tem suas vias aØreas bloquea-
das, pergunte: “VocŒ estÆ engasgado?” Perceba o “sinal universal de angœstia
respiratória” da asfixia: a vítima aperta seu pescoço com o polegar e o indica-
dor e nªo consegue falar (Fig. 8).
Nota: Se a vítima pode tossir com força e falar, nªo interfira. Uma
tosse bem forte Ø a melhor maneira de remover um corpo estranho.
Fique com a vítima e monitore suas condiçıes. Se o bloqueio parcial
persistir, ligue para o serviço mØdico de emergŒncia.
Primeiros Socorros em Asfixia
Se a vítima estÆ consciente (mas nªo estÆ falando) e estÆ de pØ, use a
manobra de Heimlich (Fig. 8). A manobra de Heimlich força o ar a sair rapi-
damente dos pulmıes da vítima. Isto expele o corpo que estÆ bloqueando as
vias aØreas da vítima.
a. Faça um punho com uma das mªos.
b. Coloque o lado do polegar do punho no abdome da vítima, levemente aci-
ma do umbigo e bem abaixo das costelas.
c. Aperte o punho com a outra mªo e dŒ rÆpidos golpes ascendentes no abdo-
me da vítima.
Continue os golpes atØ o objeto ser expelido ou a vítima se tornar nªo-
responsiva. Se a vítima ficar nªo-responsiva, ligue para o serviço mØdico de
emergŒncia. Entªo comece a RCP.
Primeiros Socorros em Asfixia em Mulheres GrÆvidas Conscientes ou
em Vítimas Obesas
Quando as vítimas de asfixia estªo nos œltimos meses de gravidez ou
sªo muito obesas, vocŒ deve posicionar suas mªos no peito, em vez de no
abdome, para dar os golpes. Coloque o lado do polegar do punho no meio
do esterno entre os mamilos, evitando a extremidade inferior do esterno
(Fig. 9).
Desfibrilaçªo Precoce e Política de Acesso Pœblico à Desfibrilaçªo
Devido a importância da desfibrilaçªo como elo essencial da cadeia da
sobrevivŒncia, a Aliança Internacional dos ComitŒs de Ressuscitaçªo (ILCOR
— International Liason, Committee on Ressuscitation) atravØs do Conselho
Nacional de Ressuscitaçªo e da Sociedade Brasileira de Cardiologia, publicou
no Brasil uma declaraçªo de desfibrilaçªo precoce que sugere que todos os
profissionais de saœde devam ser treinados em suporte bÆsico de vida e que se
PARTE 1 / ADULTOS • 17
FIG. 9
Compressões torácicas rápidas e
forçadas em uma vítima grávida,
disponibilize desfibriladores em locais pœblicos, sistemas de emergŒncias mØ-
dicas e todas as salas de emergŒncia etc.
O ILCOR Ø um orgªo internacional composto por membros do Conse-
lho Europeu de Ressuscitaçªo, American Heart Association, Heart and
Stroke Foundation of Canada, Fundaçªo Interamericana do Coraçªo, Con-
selho de Ressuscitaçªo da `frica Meridional, Conselho Australiano de Res-
suscitaçªo e Conselho AsiÆtico de Ressuscitaçªo. O IILCOR tem a missªo
de unificar o consenso científico em ressuscitaçªo cardiopulmonar e aten-
dimento de emergŒncias cardiovasculares no mundo. AtØ o dia de hoje
publicou diversos relatórios e recomendaçıes que produziram grandes avan-
ços científicos nessa Ærea, entre eles a publicaçªo dos modelos unificados
de registro de atendimento a uma parada cardiorrespiratória em ambiente
prØ-hospitalar, em ambiente hospitalar e em laboratório de pesquisa. Esse
foi um dos mais importantes passos na pesquisa em ressuscitaçªo cardio-
pulmonar, pois atØ entªo os trabalhos baseavam-se em parâmetros variÆ-
veis e tornava-se difícil a comparaçªo de mØtodos e resultados. Com
modelos unificados de registro, os tempos, as intervençıes e os resultados
dos esforços de ressuscitaçªo passaram a ser padronizados.
18 • PARTE 1 / ADULTOS
O mais importante feito do ILCOR atØ o momento foi a publicaçªo em
2000 das Diretrizes Internacionais em Ressuscitaçªo Cardiopulmonar e Aten-
dimento Cardiovascular de EmergŒncia pelo Circulation e pelo Resuscitation,
alØm de vÆrios jornais pelo mundo. Esse foi um fato inØdito em ciŒncia mØdi-
ca. Pela primeira vez uma diretriz de conduta mØdica e tratamento baseada
em ciŒncia e em evidŒncia tinha carÆter internacional, ou seja, tinham o aval
de especialistas e cientistas da ressuscitaçªo de todo o mundo, e deveriam
nortear a ressuscitaçªo e o atendimento cardiovascular de urgŒncia em todos
os países que compunham o ILCOR.
O ILCOR promove um conceito pœblico de acesso à desfibrilaçªo, para
alcançar a vítima de parada cardiorrespiratória (PCR) fora do hospital, per-
mitindo uma desfibrilaçªo imediata. A otimizaçªo dessa tecnologia permite o
manuseio dessas unidades por bombeiros, salva-vidas, seguranças de cassi-
nos, casas noturnas, locais religiosos, ferrovias, navios, porteiros, motoristas
particulares ou de coletivos, professores de academias de ginÆstica e de colØ-
gios, instrutores de nataçªo, comissÆrios de bordo de aeronaves comerciais e
policiais. AlØm disso, como grande parte dos episódios de PCR ocorre na
residŒncia, sendo freqüentemente testemunhada por parentes de vítimas, jÆ Ø
preconizado o uso do DEA por familiares de pessoas de alto risco em desen-
volver a morte sœbita cardíaca.
Passos Comuns para Operar os DEAs
Recomenda-se que os DEAs empregados nos programas de Acesso Pu-
blico à Desfibrilaçªo (p. ex.: grandes edifícios, centros comerciais ou casas)
sejam mantidos perto do telefone. Isso permitirÆ ao socorrista ativar ao SME
e obter o DEA rapidamente (Fig. 11).
Quando o DEA estiver ao lado da vítima, coloque-o próximo da orelha
esquerda e siga o protocolo para desfibrilaçªo a partir do lado esquerdo.
Essa posiçªo permite acesso rÆpido aos controles do DEA e facilita a colo-
caçªo das pÆs auto-adesivas. AlØm disso, permite que outro socorrista te-
nha espaço para realizar RCP no lado direito da vítima, sem interferir na
operaçªo do DEA.
HÆ vÆrios modelos de DEA disponíveis. Existem pequenas diferenças en-
tre eles, mas todos funcionam, basicamente, da mesma forma. Os quatro pas-
sos universais para operar um DEA sªo os seguintes:
Passo 1: Ligue o DEA
O primeiro passo para operar o DEA Ø ligÆ-lo. Isto inicia as mensagens
sonoras que guiam o operador durante os passos subseqüentes. Para ligar o
DEA, pressione o interruptor ou levante a tampa do monitor ou tela.
PARTE 1 / ADULTOS • 19
Passo 2: Aplique as PÆs Auto-adesivas
Rapidamente, abra e fixe as pÆs auto-adesivas do monitor-desfibrilador
diretamente na pele do tórax da vítima. Em alguns modelos, as pÆs e os cabos
estªo prØ-conectados no DEA. Em outros, pode ser necessÆrio conectar o
cabo no DEA ou nas pÆs auto-adesivas (Fig. 12).
FIG. 12
Conexão da unidade do DEA, dos
cabos e das pás com o paciente.
FIG. 13
Posicionamento das pás auto-
adesivas do DEA na vítima.
Coloque uma pÆ auto-adesiva na parte superior da borda esternal direita
(diretamente abaixo da clavícula) e a outra lateral ao mamilo esquerdo,
com o extremo superior alguns centímetros abaixo da axila (Fig. 13). Fre-
qüentemente a posiçªo correta dos eletrodos Ø ilustrada nas próprias pÆs ou
em outro lugar do DEA.
Interrompa a RCP no momento de aplicar as pÆs auto-adesivas, para faci-
litar a colocaçªo rÆpida e correta das mesmas.
20 • PARTE 1 / ADULTOS
Se a vítima estÆ evidentemente sudorØtica, seque o tórax com uma toalha
antes de aplicar as pÆs auto-adesivas. Se o tórax tem muitos pŒlos, eles podem
colar nas pÆs dificultando um contato efetivo com a pele do tórax e criando
uma alta impedância transtorÆcica. Isso leva o DEA a emitir mensagens “veri-
ficar eletrodos” ou “verificar pÆs adesivas”. O problema pode ser resolvido pres-
sionando firmemente cada pÆ. Se a mensagem de erro continuar, retire as pÆs
originais bruscamente (eliminando assim os pŒlossob elas) e aplique um segun-
do jogo de eletrodos. Se o problema persistir, raspe o tórax na Ærea onde as
pÆs serªo fixadas, antes de aplicar um terceiro jogo de eletrodos.
Passo 3: “Afaste-se” da Vítima e Analise o Ritmo
Afaste socorristas e circunstantes da vítima: isso significa que vocŒ deve
ter certeza de que ninguØm estÆ em contato com a vítima antes de continuar
(Fig. 14). Para prevenir erros por artefatos, evite qualquer movimento que
afete o paciente durante a anÆlise do ritmo. Alguns DEAs requerem que o
operador pressione o botªo ANALISAR para iniciar a anÆlise do ritmo, en-
quanto outros aparelhos começam a analisar automaticamente quando as pÆs
auto-adesivas sªo fixadas no tórax. As avaliaçıes do ritmo levam de 5 a 15
segundos. Se hÆ fibrilaçªo ventricular, o aparelho avisarÆ, por meio de uma
mensagem escrita, um alarme visual ou sonoro ou uma instruçªo vocal sinte-
tizada, que o choque estÆ indicado.
FIG. 14
Afastar-se da vítima e analisar o ritmo.
PARTE 1 / ADULTOS • 21
Passo 4: “Afaste-se” da Vítima e Pressione o Botªo CHOQUE
Antes de pressionar o botªo CHOQUE, assegure-se de que ninguØm es-
teja em contato com a vítima. Diga sempre em voz alta alguma frase comum
como “Eu estou afastado, vocŒs estªo afastados, todos estªo afastados” ou
simplesmente “Afastem-se”. Ao mesmo tempo, verifique visualmente que nin-
guØm esteja em contato com o paciente. O início de carga Ø indicado por um
som, uma mensagem vocal sintetizada ou uma luz. Deve-se aplicar o choque
somente depois que todos tenham se afastado da vítima (Fig. 15). A descarga
provocarÆ uma contraçªo sœbita na musculatura do paciente.
Nªo reinicie a RCP após o primeiro choque. Em vez disso, pressione ime-
diatamente o botªo ANALISAR, se necessÆrio. Alguns DEAs começarªo auto-
maticamente um novo ciclo de anÆlise do ritmo. O DEA avisarÆ se a FV continua
repetindo a seqüŒncia “Carregando” e “Choque indicado” para o segundo e
terceiro choques. O objetivo Ø analisar o ritmo rapidamente, para identificar
FV persistente e aplicar de imediato atØ trŒs choques, se necessÆrio. Caso se
aplique um terceiro choque, o DEA indicarÆ ao socorrista para checar os si-
nais de circulaçªo.
FIG. 15
Afastar-se da vítima e apertar o
botão choque.
Resultados e Açıes após a Desfibrilaçªo
Mensagem “Choque Indicado”: FV Recorrente
Se os sinais de circulaçªo nªo se restabelecem depois de trŒs choques, os
socorristas sem apoio imediato de SAVC devem continuar a RCP durante
sessenta segundos. A maioria dos aparelhos indica verificar os sinais de circu-
laçªo após sessenta segundos. Se a FV continuar, aplique outros ciclos de trŒs
choques consecutivos (cada um precedido por um breve período de anÆlise).
Alterne sØries de trŒs choques sucessivos com um minuto de RCP atØ que o
DEA emita uma mensagem de “choque nªo indicado” ou atØ que o SAVC
esteja disponível.
22 • PARTE 1 / ADULTOS
O socorrista nªo deve verificar sinais de circulaçªo entre os choques
consecutivos, isto Ø, após as descargas 1 e 2, 4 e 5, 7 e 8 etc., jÆ que isso
retarda a identificaçªo rÆpida de uma FV persistente e interrompe a aplica-
çªo de choques.
Mensagem “Choque Nªo Indicado”: Sinais de Circulaçªo Ausentes
Quando o DEA emite uma mensagem de “choque nªo indicado”, verifi-
que os sinais de circulaçªo. Se estiverem ausentes, reinicie a RCP. Caso a
vítima continue sem sinais de circulaçªo, apesar da RCP e depois que trŒs
anÆlises resultem em trŒs mensagens de “choque nªo indicado”, existem pou-
cas chances de que o ritmo seja reversível (provavelmente hÆ assistolia). Por-
tanto, as anÆlises de ritmo devem ser repetidas somente após intervalos de um
a dois minutos de RCP. O prognóstico dessas vítimas Ø ruim e deve-se consi-
derar a suspensªo da RCP especialmente se nªo hÆ situaçıes especiais de
ressuscitaçªo que sugiram a probabilidade de sobrevivŒncia, apesar de uma
parada cardíaca prolongada.
1. Ligue o DEA, em primeiro lugar (isso ativa
as mensagens sonoras para guiá-lo em
todos os passos subseqüentes).
• Abra o estojo ou a tampa do DEA.
• Ligue o aparelho (alguns começarão a
funcionar automaticamente, quando se
abra a tampa ou o estojo).
2. Fixe as pás auto-adesivas no tórax da
vítima (interrompa as compressões
torácicas imediatamente antes de fazê-lo).
• Conecte os cabos do DEA com os
cabos (em alguns modelos, os cabos
estão pré-conectados).
• Conecte os cabos do DEA com as pás
auto-adesivas (em alguns modelos, as
pás estão pré-conectadas).
• Retire a proteção que está detrás das
pás. Interrompa a RCP.
• Aplique as pás auto-adesivas no tórax
despido da vítima.
Conceitos Fundamentais
Passos Universais para Operar um DEA
3. “Afaste-se” do paciente e ANALISE o ritmo
• Pressione o botão ANALISAR para
iniciar a análise do ritmo (alguns DEAs
não precisam desse passo).
• “Afaste-se” sempre da vítima durante a
análise. Assegure-se de que ninguém
esteja em contato ela, nem mesmo a
pessoa encarregada da respiração de
resgate.
4. “Afaste-se” do paciente e PRESSIONE
o botão CHOQUE, se a descarga estiver
indicada.
• Afaste-se da vítima antes de aplicar o
choque; assegure-se de que ninguém
esteja em contato com ela.
• Pressione o botão CHOQUE para
aplicar a descarga somente quando o
DEA avisar que isto está indicado e
ninguém estiver em contato com a
vítima.
PARTE 1 / ADULTOS • 23
Mensagem “Choque Nªo Indicado”: Sinais de Circulaçªo Presentes
Se hÆ sinais de circulaçªo, verifique a respiraçªo. Se a vítima nªo
estiver respirando normalmente, realize respiraçªo de resgate com uma
freqüŒncia de 10 a 12 respiraçıes por minuto. Se a vítima estiver respi-
rando adequadamente, coloque-a em posiçªo de recuperaçªo. O DEA
deve permanecer aplicado atØ a chegada do pessoal do SME. Se hÆ
recorrŒncia de FV, a maioria dos DEAs indica ao socorrista que verifi-
que os sinais de circulaçªo. Entªo, o aparelho carregarÆ automatica-
mente e aconselharÆ a aplicaçªo de outro choque.
Conceitos Fundamentais
Mensagem “Choque Indicado/Choque Não Indicado” e Ações Relacionadas
• Se o DEA mostrar uma mensagem de “choque indicado” ou “choque aconselhado”, afaste-se da
vítima e, depois, pressione o botão CHOQUE.
• Se o DEA avisa “choque não indicado”, verifique os sinais de circulação.
• Se não há sinais de circulação, reinicie a RCP durante 1 minuto, aproximadamente.
Depois, verifique novamente os sinais de circulação.
• Se não detectar sinais de circulação, analise o ritmo da vítima mais uma vez.
• Depois de três mensagens de “choque não indicado”, faça um ou dois minutos de RCP.
• Repita o período de análise a cada um ou dois minutos, enquanto continua realizando RCP.
Situaçıes Especiais Fora do Hospital
Os desfibriladores podem ser usados nªo apenas em hospitais, mas tam-
bØm em uma variedade de situaçıes fora do hospital. O crescimento de pro-
gramas de EMT-D e de unidades de transporte mØdico resultou em um grande
nœmero de desfibrilaçıes fora do hospital. Como conseqüŒncia, surgiram per-
guntas com relaçªo ao uso seguro em condiçıes que nªo sªo ideais. Em geral,
as precauçıes gerais de segurança sªo aplicÆveis, como, por exemplo, nªo
tocar o paciente ou a maca, nªo permitir que o material condutor torne-se
contínuo sobre o peito do paciente etc. Eis aqui algumas perguntas comumen-
te feitas:
Y É possível desfibrilar sob a chuva?
Sim. Os desfibriladores fabricados para uso fora do hospital tŒm caixas
seladas para permitir o uso em tais ambientes. Como precauçªo adicional,
secar o peito entre os locais dos eletrodos do desfibrilador. Embora a Ægua da
chuva nªo seja um bom condutor elØtrico, o creme, o gel ou o sal das mªos
24 • PARTE 1 / ADULTOS
pode se dissolver na Ægua da chuva, o que a torna mais passível de conduzir
uma corrente sem rumo. Assim, Ø melhor manter as mªos e as alças o mais
secas possível. Nªo se deve tocar o paciente ou as macas de metal. Em geral,
contudo, umambiente mais seco Ø mais seguro, de modo que, sempre que
possível, Ø melhor procurar abrigo.
Y É possível desfibrilar sobre um piso de metal, como num navio?
Sim, desde que as regras normais de segurança sejam observadas. É pre-
ciso manter as pÆs sobre o peito anterior. Nªo se deve colocar as pÆs tªo
lateralmente sobre o peito que o piso e os eletrodos da pÆ estejam em contato
ou estejam bem próximos. Nªo se deve tocar o paciente.
Y E a desfibrilaçªo dentro de um helicóptero ou aviªo?
As equipes mØdicas mostram preocupaçªo com a segurança da desfibri-
laçªo em vôo devido a um possível vazamento de corrente e uma interferŒn-
cia eletrônica. Um estudo mediu a corrente vazada resultante do contato do
operador com as pÆs do desfibrilador e tambØm testou a interferŒncia eletrô-
nica em vôos de helicóptero. Os pesquisadores nªo observaram qualquer pro-
blema com o vazamento de corrente, interferŒncia eletrônica ou afastamento
adequado no ambiente confinado dos helicópteros. Eles concluíram que a
desfibrilaçªo durante o vôo em helicópteros Ø segura. Entretanto, Ø preciso
consultar o fabricante do equipamento com relaçªo ao uso em aviıes ou
helicópteros.
Y Existem consideraçıes especiais para o paciente hipotØrmico que
estÆ em fibrilaçªo ventricular?
Sim. A fibrilaçªo ventricular pode ocorrer espontaneamente quando a tem-
peratura central do corpo cai abaixo de 28oC. As medidas terapŒuticas, como
RCP, colocaçªo do fio de marca-passos e reaquecimento, podem às vezes de-
sencadear a fibrilaçªo ventricular no paciente hipotØrmico. As tentativas de
desfibrilaçªo correm o risco de falhar enquanto a temperatura central estiver
abaixo de 28 a 30oC. Se o ritmo nªo for convertido após trŒs choques, reco-
meçar a RCP e reaquecer o paciente antes de tentar outras desfibrilaçıes. A
RCP deve ser realizada para manter a perfusªo coronariana no paciente vítima
de parada cardíaca. O paciente deve ser reaquecido usando cobertores quen-
tes, oxigŒnio umidificado aquecido, fluidos intravenosos aquecidos, lavagem
peritoneal quente ou circulaçªo extracorpórea. Quando a temperatura do pa-
ciente estiver acima de 28 a 30oC, a desfibrilaçªo tem mais chances de ser
eficaz. Os esforços de ressuscitaçªo devem ser mais agressivos e prolongados
atØ que o paciente reaja ou esteja “quente e morto”..
PARTE 1 / ADULTOS • 25
Como Reconhecer um Acidente Vascular Cerebral (Derrame)
O acidente vascular cerebral Ø um infarto cerebral. O infarto do miocÆrdio
ocorre quando parte do mœsculo do coraçªo nªo recebe fluxo sangüíneo e
oxigŒnio. Um acidente vascular cerebral ocorre quando parte do cØrebro nªo
recebe fluxo sangüíneo e oxigŒnio. Danos ao cØrebro podem ser revertidos ou
minimizados em muitas vítimas de acidente vascular cerebral se elas recebe-
rem tratamento mØdico imediato.
Quando vocŒ suspeitar que a vítima estÆ tendo um acidente vas-
cular cerebral, ligue para o serviço mØdico de emergŒncia imedi-
atamente! (192)
Os sintomas de um acidente vascular cerebral incluem dor de cabeça muito
forte (“a pior dor de cabeça da minha vida”), visªo borrada ou visªo dupla,
fraqueza em um lado do corpo ou face, fala nªo-articulada e nÆusea. A vítima
pode ficar tonta ou pode cair.
Procure cuidadosamente por um destes trŒs sinais de acidente vascular
cerebral:
1. Queda facial:
Y Peça à vítima para sorrir. Se um lado da sua face cair ou se a face nªo se
mover (Fig. 16), suspeite de acidente vascular cerebral.
2. Fraqueza nos braços:
Y Peça à vítima para estender seus braços de olhos fechados. Se um braço
cair ou se os braços nªo se moverem, isto pode indicar um acidente
vascular cerebral (Fig. 17).
3. Dificuldades de fala:
Y Peça à vítima para repetir uma sentença como: “O rato roeu a roupa do
rei de Roma”. Se a vítima pronunciar as palavras de forma nªo-articu-
lada, nªo conseguir falar ou nªo conseguir repetir a sentença de modo
acurado, um acidente vascular cerebral pode ter ocorrido.
Quando vocΠperceber sinais de um acidente vascular cerebral em al-
guØm, ligue para o serviço mØdico de emergŒncia imediatamente, mesmo que
os sinais desapareçam.
Açıes Precoces Salvam Vidas!
Com as tØcnicas que vocŒ aprende no RCP-ABC, vocŒ pode ajudar a sal-
var uma vida!
VocŒ vai aprender os sinais das emergŒncias cardiovasculares mais co-
muns em adultos: infarto do miocÆrdio, parada cardíaca, asfixia e acidente
26 • PARTE 1 / ADULTOS
vascular cerebral. VocŒ tambØm vai aprender como salvar uma vida se uma
dessas emergŒncias ocorrer:
1. Ligue para o serviço mØdico de emergŒncia.
2. Comece a RCP se a vítima nªo estiver respirando ou sem sinais de pulso.
Doenças cardiovasculares sªo a primeira causa de morte nos EUA. A cada
ano, mais de 450.000 adultos norte-americanos morrem de infarto do mio-
cÆrdio ou de suas complicaçıes. Mais da metade destas mortes (350.000) sªo
resultado de parada cardíaca sœbita, uma complicaçªo precoce de alguns in-
fartos do miocÆrdio. No Brasil como um todo as estatísticas sobre mortalidade
sªo pouco precisas, mas dados obtidos da Fundaçªo SEADE (Sistema Esta-
dual de AnÆlise de Dados) dªo conta que das quase 232.000 mortes ocorridas
em 1997 no Estado de Sªo Paulo, as doenças cardiovasculares foram respon-
sÆveis por mais de 70.000, constituindo-se na principal causa de óbito. Nªo
existem dados sobre a incidŒncia de morte sœbita, mas sabe-se que as doenças
cardíacas isquŒmicas representaram cerca de 34% dessas mortes. Dados do
PRO-AIM (Programa de Aprimoramento das Informaçıes de Mortalidade do
FIG. 16
A: a queda facial não é aparente em repouso. B: a queda facial aparece quando se pede à vítima
para sorrir.
FIG. 17
Queda de um dos braços estendidos após a vítima fechar os olhos.
A B
PARTE 1 / ADULTOS • 27
Município) revelam que no Município de Sªo Paulo, com quase 10 milhıes de
habitantes, ocorreram 62.895 mortes em 1998, sendo 21.044 por doença car-
diovascular e 38,7% destas foram secundÆrias à doença coronÆria.
Esta parada cardíaca sœbita pode ocorrer segundos após o infarto do mio-
cÆrdio, mesmo antes do pessoal de emergŒncia chegar atØ a vítima. Isto resul-
tarÆ em morte, a menos que um tratamento de emergŒncia imediato seja
fornecido. VocŒ pode prevenir a morte sabendo quando ligar para o serviço
mØdico de emergŒncia e quando começar a RCP.
Asfixia ou bloqueio das vias aØreas por corpo estranho causa mais de
3.000 mortes a cada ano. Em adultos, a asfixia geralmente ocorre durante as
refeiçıes e a carne Ø a causa mais comum de obstruçªo.
Acidente vascular cerebral Ø uma das principais causas de morte e sØrias
incapacitaçıes entre norte-americanos. A cada ano, cerca de 600.000 pessoas
tŒm acidente vascular cerebral e, aproximadamente, 160.000 pessoas morrem
de suas complicaçıes. Apesar do acidente vascular cerebral ser mais comum
em pessoas acima de 65 anos, cerca de 25% dos acidentes vasculares cere-
brais ocorrem em pessoas com menos de 65 anos.
Mantenha suas habilidades “afiadas”: pratique a RCP.
Reveja os passos e as tØcnicas da RCP muitas vezes a cada ano.
Renove suas tØcnicas de RCP com um instrutor, pelo menos a cada dois
anos, tendo um curso de atualizaçªo da American Heart Association, atravØs
do Centro de Treinamento Oficial do Conselho Nacional de Ressuscitaçªo,
Instituto do Coraçªo.
NUNCA PRATIQUE AS TÉCNICAS DE RCP EM OUTRA PESSOA!
28 • PARTE 1 / ADULTOS

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