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Paleomagnetismo Estudo do magnetismo fóssil das rochas A rocha contém pequenos minerais magnéticos (magnetita, hematita, pirrotita,...) que são capazes de guardar a direção do campo geomagnético na época de sua formação. Com isto, podemos estudar o comportamento do campo geomagnético no passado. Evidências da Estrutura e Composição da Terra Campo Geomagnético A Terra possui um campo magnético. A agulha da bússola aponta para o Polo Norte. Campo magnético da Terra O campo magnético da Terra (B) é representado por um vetor: tem direção e magnitude: No SI – B é dado em Tesla – campo muito forte A Terra, por exemplo, apresenta uma intensidade máxima de 6 x 10-5 T. Instrumentos modernos podem medir campos de 10-9 T = 1 nT No cgs – B é dado em gauss 1 gauss = 10-4 T Outra unidade é o y 1 y = 10-5 gauss = 10-9 T 1 y = 1 nT Campo Magnético da Terra é equivalente ao campo de uma barra de ferro denominada de dipolo. O eixo do Dipolo geocêntrico está próximo do polo de rotação da Terra, cujo eixo faz um angulo de cerca de 11,7º. Campo Geomagnético Terra:comportamento de um imenso imã. O Campo Magnético Terrestre • A Terra age como um imã, cujos pólos magnéticos são quase coincidentes com os pólos geográficos. • Linhas de força magnética emanam dos pólos magnéticos. Campo Magnético de um imã. Teoria do Dínamo Auto-Sustentável Um dínamo é qualquer mecanismo que converte a energia mecânica em uma corrente elétrica, como aquela utilizada em centrais elétricas. O Dínamo da Terra pela movimentação de um condutor na presença de um campo magnético produz corrente elétrica , ou vice versa (ou seja, uma corrente elétrica ao passar por um condutor produz um campo magnético). Teoria do Dínamo Auto-Sustentável Acredita-se que o núcleo externo da Terra esteja em movimento de convecção, uma vez que ele é líquido e apresenta um gradiente de temperatura. Provavelmente o campo magnético do Sol interage com o ferro em movimento no núcleo externo para produzir uma corrente elétrica que se move pelo eixo de rotação da Terra, gerando o campo magnético terrestre, como se fosse um dínamo auto-excitante. Campo Geomagnético Representação esquemática da magnetosfera e ação do vento solar sobre as linhas de força do campo geomagnético. Declinação Magnética • O eixo do dipolo geocêntrico faz um ângulo de 11,5o com o eixo de rotação da Terra • A agulha de uma bússola, em geral, não aponta para o norte, pois faz um ângulo com a direção norte-sul. • Este ângulo é conhecido como declinação magnética. • A declinação magnética desvia-se para Leste ou Oeste, dependendo do local onde se encontra o observador. Intensidade do Campo Magnético • É muito fraca, cerca de 50.000 x 10-9 T ou 50.000 nT • Tesla (T) é a unidade de indução magnética no Sistema Internacional, corresponde também à unidade gamma (g) que equivale a 1 nT (nano Tesla) • Equivale a um campo centenas de vezes mais fraco do que um imã de brinquedo • A intensidade varia conforme a região da Terra, sendo menor no equador e maior nos pólos Elementos do campo geomagnético Mapa de Declinação Magnética Mapa de Intensidade Total do Campo Magnético Terrestre (unidades em milhares de nT) Inclinação do Campo Magnético da Terra • Uma agulha imantada livre para girar em torno de um eixo horizontal não permanece na horizontal: sua extremidade norte inclina-se para baixo no hemisfério norte e para cima no hemisfério sul. • O ângulo que a agulha faz com a horizontal é a inclinação magnética. Variações temporais do campo magnético terrestre • Variações diurnas • Efeito de ventos solares • Tempestades magnéticas • Variações seculares Variações diurnas Movimentos da ionosfera aquecida pelo Sol; amplitude até 100 gamas Típicas variações diurnas do CM total Efeito de ventos solares • Emissões de plasma distorcem a magnetosfera – amplitude de dezenas de gamas; duração de segundos a horas • Tempestades magnéticas – fluxos intensos de plasma associados a grandes atividades (manchas) solares – amplitude de até 1000 gamas Típica tempestade magnética Variações seculares Elementos do campo principal variam lentamente em períodos de até milhares de anos, inclusive com inversão de polaridade Variações Seculares • Os pólos magnéticos migram à velocidade de cerca de 0,2o por ano ao redor do pólo geográfico, sem se afastar mais do que 30o dele. • Os pólos magnéticos levam alguns milhares de anos para percorrer os 360o de trajetória ao redor dos pólos geográficos. • A intensidade do campo geomagnético também varia com períodos muito lentos. Migração do Pólo magnético Migração do pólo magnético norte ao redor do pólo geográfico no período entre 69.000 e 45.000 anos atrás, conforme registrado em rochas sedimentares no Japão. Mudanças Observadas da localização do PÓLO NORTE entre 1831- 2007. Observar um aumento e a aceleração e rapidez das mudanças nos últimos 6 ANOS APENAS (2007/2001). Crédito de imagem: Arnaud Chulliat (Institut de Physique du Globe de Paris). Uso do Magnetismo em Geologia Elementos químicos que possuem número ímpar de elétrons (por exemplo, Fe, Mn, Cr, Co) são afetados pelo campo magnético. Se um mineral contendo estes elementos resfriam abaixo de determinada temperatura (Ponto Curie) na presença de um campo magnético, estes minerais se alinham na direção do pólo norte magnético (o mesmo ocorre com partículas sedimentares ao se depositarem em meio aquoso). Aplicações • Identificação de contatos e estruturas geológicas (domos de sal, falhas, natureza da crosta) • Arcabouço estrutural, limites e profundidade de bacias sedimentares • Idade e taxa de expansão do assoalho oceânico • Paleomagnetismo – deriva dos continentes • Exploração de minerais de minério (calcopirita, galena, asbesto, calcocita, minerais pesados) • Localização de estruturas, artefatos e objetos soterrados (embarcações, aeronaves, equipamentos, minas, tubulações, barris com rejeitos tóxicos) Paleomagnetismo • Uso do campo magnético da Terra para investigar movimentos pretéritos das placas litosféricas. • Registro permanente da direção de orientação do campo magnético terrestre no momento em que a rocha se formou. • Pode não ser a mesma orientação do campo magnético atual. Evidência de Possíveis Mudanças de Orientação do Campo Magnético Terrestre Campo Magnético Terrestre Pensava-se que o campo magnético terrestre era causado por material permanentemente magnetizado presente no interior profundo da Terra. EM 1900, Pierre Currie reconheceu que o magnetismo permanente é perdido à temperaturas entre 500 a 700 °C (Ponto Currie). Como o gradiente geotérmico da Terra é de ≈ 25°C/km, nada pode ser permanentemente magnetizado abaixo de 30 km. O Campo Magnético Terrestre Como o gradiente geotérmico da Terra é de ≈ 25°C/km, nada pode ser permanentemente magnetizado abaixo de 30 km. Magnetismo - Conceitos básicos • Dipolo magnético – linhas de fluxo • Densidade de fluxo ou indução magnética • Intensidade de pólo • Permeabilidade do meio • Induçãomagnética, magnetização induzida • Susceptibilidade magnética • Intensidade de magnetização • Magnetização permanente (remanescente) • Magnetismo dos materiais Reversões do Campo Magnético • A polaridade do campo magnético terrestre mudou milhares de vezes durante o Fanerozóico (últimos 540 milhões de anos na história da Terra) • A última reversão ocorreu há 700.000 anos atrás. • As reversões são abruptas (provavelmente em torno de 100 anos). Magnetismo termorremanescente Reversões Magnéticas Podem ser usadas para determinar as idades de sequências de rochas vulcânicas e sedimentares. Registro do Campo Magnético em Sedimentos Recém-Depositados. Registro das Reversões Magnéticas em Lavas Número de reversões por Ma. A Figura mostra que desde 80 Ma houve aumento nas reversões até 5 a 6 reversões por volta de 10-15 Ma atrás e depois passou a haver novamente um decréscimo. O espalhamento do fundo oceânico e as faixas magnéticas Susceptibilidade magnética das rochas Magnetismo detrítico ou deposicional Magnetometria Marinha Aeromagnetometria
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