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TOPOGRAFIA- TEORIA DOS ERROS TIPOS DE ERROS Erros Grosseiros Este erro é devido à inabilidade do medidor, sendo facilmente evitáveis através de treinamento e prática. Resultam de um descuido e pode ser evitado efetuando as medições com cuidado. Este tipo de erro é descoberto repetindo- se a medição, isto é, fazendo medições de controle. (CABRAL et al, sd.) Erros Sistemáticos São os erros que aparecem numa medida com absoluta constância ou variando segundo uma lei determinada. Este erro poderá ser eliminado quando sua causa for definida. Os erros sistemáticos atuam num só sentido e possuem ou sinal positivo ou negativo, considerando-se a mesma grandeza medida, mesmo equipamento e mesmo operador. (CORRÊA, op. cit). Os erros constantes ou sistemáticos: • Devidos à temperatura; • Curvatura da corrente ou trena; • Força de puxar; • Erros de graduação ou retificação errada. Erros Aleatórios ou Acidentais De acordo como Veiga et.al (2007) os erros aleatórios são aqueles que permanecem após os erros anteriores terem sido eliminados, não seguem nenhum tipo de lei e ora ocorrem num sentido ora noutro, tendendo a se neutralizar quando o número de observações é grande. Exemplos: Inclinação da baliza na hora de realizar a medida; Erro de pontaria na leitura de direções horizontal; Erros de arredondamento São proporcionados por consequência da facilidade de manipulação numérica inadequada, normalmente causados pelo uso de números com poucas casas decimais. O arredondamento deve ser compatível com a precisão da medição e devem ser aplicados nos resultados finais, ou seja, na apresentação dos resultados, assim minimizando o possível erro. (CABRAL et al, op.cit). PRECISÃO E ACURÁCIA A precisão está ligada a repetitividade de medidas sucessivas feitas em condições semelhantes, estando vinculada somente a efeitos aleatórios. A acurácia expressa o grau de aderência das observações em relação ao seu valor verdadeiro, estando vinculada a efeitos aleatórios e sistemáticos. (VEIGA et al, 2007). A figura abaixo representa quatro situações distintas de medições em uma base de calibração. De acordo com Veiga et al (2007): Em (a), temos muito boa aderência nas medições, erros acidentais muito pequenos, os pontos medidos encontram-se bem agrupados o que indica boa precisão. Porém, observa-se que apesar de apresentar boa precisão, o agrupamento está deslocado do valor verdadeiro, o que indica a presença de um erro sistemático. Portanto a medição tem precisão, mas não tem exatidão (acurácia). Em (b) o resultado da medição é exato, pois a distribuição é uniforme em torno do valor verdadeiro. Nota-se que o resultado é pouco preciso por haver grande dispersão das medições entre si (fraco agrupamento). Uma possível causa é o uso de instrumento com precisão baixa. Neste caso é sempre recomendável a verificação da dispersão com relação à tolerância. Em (c), temos fraca precisão, pois os resultados não estão bem agrupados e nota-se que há a existência de erro sistemático. O resultado neste caso não é exato pelo fato de que as medidas não se encontram distribuídas uniformemente em torno do valor verdadeiro. Esta medição não deve ser considerada. Deve-se retornar a campo e fazer uma análise dos instrumentos e dos procedimentos utilizados. Em (d) a precisão é boa, boa aderência nas medições e o resultado é exato. Os valores estão bem distribuídos com relação ao valor verdadeiro. Erros acidentais pequenos e isenta de erros sistemáticos. É a melhor das medições. ERRO DEVIDO À CURVATURA DA TERRA O efeito da esfericidade da Terra compreende a questão da Distância e a questão da Altimetria. 1) Efeito na distância: Na figura abaixo tem-se que S é o valor de uma distância considerada sobre a Terra esférica e S´ a projeção desta distância sobre o plano topográfico A diferença entre S´e S será dada por: DS = S' – S (1.3) Calculando S e S´e substituindo na equação (1.3) tem-se: S' = R tg θ(1.4) S = Rθ (1.5) DS = R tgθ − Rθ (1.6) DS = R (tgθ − θ ) (1.7) Desenvolvendo tg θ em série e utilizando somente os dois primeiros termos: (1.8) tgθ= θ³/ 3+ 2θ^5/15+ ... (1.9) ∆S= R (θ+θ³/3-θ) Onde θ = S/R, logo: ∆S=θ³/3 = > ∆S=S³/3R 2) Efeito na altimetria PLANO TOPOGRÁFICO D C SUP. ESFÉRICA DA TERRA R R O R = Raio médio da Terra (6370 Km) C= Afastamento de uma linha horizontal para a superfície curva da Terra numa distancia de visada D D = Distância de visada Para o triângulo retângulo com lados R,D e hipotenusa R + C ,pode-se escrever: D R R+C D²+R² = (R+C)² = R²+2RC+C² => C=D²/2R = D²/ (2*(6370Km)) => C = 0,00007848 D² Km REFERÊNCIAS BORGES, Alberto de Campos. Topografia aplicada à engenharia civil. São Paulo: Edgard Blücher, 1992. CABRAL, Cesar Rogério; HASENACK, Marcus; FRANÇA, Royane Marcos de. Módulo I unidade curricular de topografia 1. Santa Catarina: CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE SANTA CATARINA- DEPARTAMENTO DE CONSTRUÇÃO CIVIL, s.d. Disponível em:< http://sites.florianopolis.ifsc.edu.br/agrimensura/files/2013/04/5.3- teoria_erros.pdf> Acesso: 05 julho.2013. CORRÊA, Iran Carlos Stalliviere. Topografia Aplicada à Engenharia Civil, Departamento de Geodésia – IG/UFRGS 2012 / 13ª Edição. Disponível em:< http://www.ufrgs.br/igeo/departamentos/geodesia/trabalhosdidaticos/Topografia _Aplicada_A_Engenharia_Civil/Apostila/TopoAplicada_2012.pdf> Acesso: 06 julho.2013. ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA E GESTÃO DO INSTITUTO POLITÉCNICO DE BEJA. Introdução aos erros e Medições. Disponível em:< http://www.estig.ipbeja.pt/~legvm/tmo/apontamentos/__aula01-05.pdf> Acesso: 04 julho.2013. MCCORMAC, Jack. Topografia. 5. Ed. Rio de Janeiro: Editora LTC 2007. PASTANA, Carlos Eduardo. Topografia I e II – anotações de aula; Universidade de Marília- UNIMAR. Disponível em http://civilnet.com.br/Files/topo2/TOPOGRAFIA-APOSTILA-2010-1.pdf> Acesso: 05 julho.2013. RODRIGUES, Darcy Arverino. Evolução dos equipamentos topográficos aliados a qualidade na construção civil. Monografia (Curso de Engenharia Civil com ênfase Ambiental). São Paulo, 2003. Universidade Anhembi Morumbi. VEIGA, Luis Augusto Koenig; ZANETTI,Maria Aparecida Z; FAGGION, Pedro Luís. Fundamentos de topografia. 2007. Disponível em:< http://www.gpeas.ufc.br/disc/topo/apost04.pdf> Acesso: 05 julho.2013.
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