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VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

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A violência contra mulher e seus falso tabus 
 
A violência contra a mulher sempre existiu, no entanto hoje tem estado em 
evidência dado a audácia dos agressores e a omissão de alguns órgãos da justiça. Para nosso 
conforto, existem muitos órgãos pelo país, que mesmo silenciosamente, vivem alertas aos 
casos de violência enquanto dormimos. Órgãos como a Secretaria dos Direitos da Mulher 
em Teresópolis merecem nosso reconhecimento. Injustamente, porém por necessidade de 
sigilo, o público nem faz idéia do número de mulheres assistidas, protegidas, salvas e 
recuperadas por órgãos como estes. Como mulher e um dia assistida pela Secretaria, posso 
assegurar-lhes que em Teresópolis existe um foco ativo contra a violência doméstica e a 
integração da mulher à sociedade, bem como à preocupação de sua valorização como 
cidadã, trabalhadora e formadora de gerações. Lembremos aqui, que existem seres humanos 
sem ética, sem noção de justiça ou sem nenhum escrúpulo ou pudor, mas não vamos 
associar estes valores a todos os homens. Muitas das mulheres que lutam hoje em defesa da 
mulher, tem seus lares e famílias em harmonia. Também é importante dizer que seus 
maridos e dirigentes compactuam desta mesma filosofia. É muito importante que a mulher 
vítima de violência entenda que o homem não é o inimigo, que o feminismo é tão injusto 
quanto o machismo. Apenas com esta consciência esta mulher retomará sua vida, voltará a 
apaixonar-se e finalmente aprenderá que confiança independe de gênero. 
Temos algo a mudar neste quadro de luta contra a violência doméstica. Devemos deixar de 
imaginar que o homem agressor sempre é um alguém rotulado em sua condição econômica, 
social ou educacional. O agressor com acesso a informação e de poder aquisitivo elevado 
pode ser muito mais danoso e perigoso do que qualquer outro. Tal agressor intelectual terá 
aos olhos da lei certa proteção de credibilidade, claro que para isto lembremos que este 
agressor não deixa rastro ou provas de sua violência. Aos que conhecem a origem da Lei 
Maria da Penha, a compreensão desta afirmação torna-se mais clara. 
Gostaríamos de dizer a mulher vítima ou não de violência doméstica que ela deve sempre 
ocupar seu espaço próprio na sociedade, com trabalho, auto-estima e vida independente. De 
certa forma estamos dizendo que a mulher deve ser cidadã para conhecer e exigir uma vida 
harmônica, saudável e feliz. Para isto, não hesitem em visitar a Secretaria e conhecer seus 
eventos e benefícios na construção desta cidadania e independência. 
Deixo meu e-mail para aquelas que desejem partilhar experiências em comum com alguém 
que conhece o problema e foi levada à encontrar a solução. 
dapazferreira2009@hotmail.com. 
MSc. Maria da Paz F do Nascimento 
Mulher, Mãe, Professora e artista Plástica 
Fonte: Jornal COMUNICAÇÃO, Março-Abril 2010. Teresópolis-RJ.

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