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Prática 1 (Leitura de volumes)

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NOÇÕES ELEMENTARES DE SEGURANÇA EM LABORATÓRIO 
 
Sendo a Química uma Ciência Experimental, são necessários conhecimentos práticos, 
pois é a partir deles que conseguimos compreender suas Leis e Teorias. 
 
 
 
 
 
Universidade Estácio de Sá 
Campus Nova Friburgo 
 
 
 
 
 
MANUAL PARA AS AULAS PRÁTICAS DE LABORATÓRIO 
DA DISCIPLINA QUÍMICA GERAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSOS DE ENGENHARIA 
2017 
 
 
 
1 
APRESENTAÇÃO DO LABORATÓRIO 
 
INSTRUÇÕES GERAIS PARA O TRABALHO NO LABORATÓRIO E MATERIAIS MAIS USADOS EM 
LABORATÓRIO DE QUÍMICA 
 
A frequência ao laboratório de Química Geral é de grande importância, uma vez 
que, além de experiências que permitem a melhor compreensão do que está sendo 
estudado teoricamente, nele é realizado o aprendizado de técnicas básicas, tão 
necessárias e usadas ao longo de toda a vida profissional. 
 
Esta apostila é destinada aos alunos do 3º período dos Cursos de Engenharia da 
Universidade Estácio de Sá, Campus Nova Friburgo, e tem por objetivo auxiliar de 
forma segura os primeiros contatos dos estudantes com os trabalhos de laboratório. 
Infelizmente, a ocorrência de acidentes em laboratório não é tão rara como possa 
parecer, uma vez que o laboratório é um local de trabalho com potenciais riscos de 
acidente, dado que se manipulam substâncias com periculosidade considerável, que se 
indevidamente utilizados, podem causar danos graves de grandes repercussões. 
 
Existem regras básicas, que se impõem a quem trabalha neste meio, 
nomeadamente o uso de equipamentos de proteção individual (EPIs). O guarda-pó é 
um instrumento obrigatório, dada à sua reduzida inflamabilidade. O uso de luvas e 
óculos também é fundamental. Estar em um laboratório sozinho não é aconselhado, 
pois em caso de acidente, ninguém poderá socorrer. 
 
Assim sendo, com a finalidade de diminuir a frequência e a gravidade desses 
eventos, torna-se absolutamente imprescindível que durante os trabalhos realizados 
em laboratório se observe uma série de normas de segurança: 
 
 Siga as instruções específicas do professor. Ao efetuar as experiências, siga 
rigorosamente seus roteiros, lendo-os com bastante atenção, identificando o 
material que será utilizado. 
 
 Acidentes de qualquer natureza devem ser comunicados imediatamente ao 
professor. 
 
 Localize o extintor de incêndio e familiarize-se com o seu uso. 
 
 Certifique-se do bom funcionamento dos chuveiros de emergência. 
 
 As tubulações de laboratório possuem cor específica, segundo normas de 
segurança. No caso do nosso laboratório são encontradas as seguintes cores: 
verde = água; amarela = gás não liquefeito; cinza = eletricidade. 
 
 Coloque todo o material escolar (mochilas, pastas, cadernos, etc.) no local 
próprio. Não utilize a bancada como mesa. 
 
 Não fume no laboratório. 
 
 
 
2 
 Não coma dentro do laboratório. 
 
 Uso de guarda-pó é indispensável. 
 
 Lentes de contato não devem ser usadas no laboratório, pois podem absorver 
produtos químicos e causar lesões aos olhos. 
 Óculos protetores de segurança são requeridos durante todo o período de 
trabalho no laboratório. 
 
 Durante as aulas práticas é obrigatório o uso de calça comprida e sapato 
fechado. No caso de cabelos compridos, estes deverão estar presos. 
 
 Durante a permanência no laboratório, evite passar os dedos na boca, nariz, 
olhos e ouvidos. Seja particularmente cuidadoso quando manusear substâncias 
corrosivas como ácidos e bases. Lave sempre as mãos após manusear reagente 
(tenha sempre uma toalha pequena ou um perfex no bolso de seu guarda-pó). 
 
 Não trabalhe com material imperfeito, principalmente o vidro que contenha 
rachaduras, pontas ou arestas cortantes. 
 
 Leia com atenção o rótulo de qualquer frasco de reagente antes de usá-lo, 
certificando-se de seu uso. 
 
 Segure o frasco de reagente com o rótulo voltado para a palma de sua mão, 
evitando desta forma, danos ao rótulo. 
 
 Sobras de reagentes não devem ser devolvidas ao frasco original, evitando 
assim possíveis contaminações. 
 
 Quando for testar um produto químico pelo odor, não coloque o frasco sob o 
nariz. Desloque com a mão, para sua direção, os vapores que se desprendem 
do frasco. 
 
 Não aspire gases ou vapores sem antes se certificar de que não são tóxicos. 
 
 Todas as experiências que envolvam produtos corrosivos ou vapores tóxicos 
devem ser realizadas na capela (dispositivo provido de exaustão). 
 
 Ao introduzir tubos de vidro em rolhas, umedeça-os convenientemente e 
enrole a peça numa toalha para proteger as mãos. 
 
 Quando for utilizar o gás, abra a torneira somente após acender o palito de 
fósforo (nunca um isqueiro!) e, ao terminar seu uso, feche com cuidado a 
torneira, evitando vazamentos. 
 
 
 
3 
 Não aqueça reagentes em sistemas fechados. 
 
 Ao aquecer tubos de ensaio não volte à extremidade aberta para si ou para 
uma pessoa próxima. 
 
 Não deixe vidro quente onde possam pegá-lo inadvertidamente (o vidro quente 
parece com o vidro frio!). 
 
 Coloque-o sempre sobre uma tela de amianto, o que alertará aos demais sobre 
o perigo de queimaduras. 
 
 Para evitar acidentes, não deixe o bico de gás aceso com chama forte sobre a 
bancada. 
 
 Não deixe produtos inflamáveis perto do fogo. 
 
 Dedique especial atenção a qualquer operação que necessite aquecimento 
prolongado ou que desenvolva grande quantidade de energia. 
 
 Se qualquer produto químico for derramado sobre a bancada, lave 
imediatamente o local. 
 
 Evite debruçar-se sobre a bancada. Algum reagente pode ter caído sobre a 
mesma, sem que fosse percebido, o que pode ocasionar acidentes. Conserve, 
portanto, sempre limpa a bancada e a aparelhagem que utilizar. 
 
 Não deixe frascos de reagentes destampados, principalmente se contiverem 
substâncias voláteis. Tenha o cuidado de não trocar as tampas dos frascos. 
 
 Os reagentes de uso coletivo deverão ser mantidos em seus devidos lugares. 
 
 Durante os trabalhos em grupo apenas um aluno deverá se deslocar para pegar 
materiais e reagentes. 
 
 Sempre que trabalhar com água e ácidos concentrados, use sempre a capela, 
adicionando, lentamente, o ácido sobre a água e NUNCA o contrário (poderá 
haver projeção, devido à energia liberada no processo). 
 
 Não jogue nenhum material sólido nas pias e nos ralos. Habitue-se a utilizar 
sempre a lata de lixo. 
 
 Tenha um caderno de laboratório, onde deverão estar registrados todos os 
dados da prática. 
 
 Durante a realização das experiências, dirija sua atenção única e 
exclusivamente ao trabalho que está executando. Esta atitude permitirá que, 
 
 
4 
além de fazer observações com maior exatidão, sejam evitados acidentes no 
laboratório. 
 
 A princípio, o estudante deverá repetir a experiência caso a mesma não 
apresente o resultado esperado ou satisfatório. Antes, porém, de fazê-lo, 
procurar um dos professores para esclarecer as possíveis causas do erro e se há 
realmente necessidade de proceder à nova experiência. 
 
 Ao se retirar do laboratório, verifique se não há torneiras (água ou gás) abertas 
e limpe todo o material utilizado, bem como a bancada. 
 
 Mantenha o laboratório sempre limpo. Higiene também é uma questão de 
segurança. 
 
 
OBSERVAÇÃO: 
 
Todos os materiais e reagentes de laboratório são de alto custo, portanto, cuide bem 
do seu material e utilize somente quantidades necessárias dos reagentes, evitando 
desperdícios. 
ATENÇÃO 
 
Em caso de acidentes envolvendo ácidos ou bases, a primeira providência é lavar o 
local abundantemente com água, o maior tempo possível. 
Não adicione nenhuma substância no local afetado, apenas água. 
 
REGRAS IMPORTANTESDE TRABALHO 
 
 Em relação à organização: 
a) Arrume numa certa ordem os materiais necessários para cada experiência. Isso 
evita confusão e perda de tempo. 
b) Depois de usar, reponha o material no seu devido lugar. 
c) No fim de cada período de trabalho, deixe tudo em perfeita ordem. 
 
Em relação à limpeza: 
a) Depois de usar, lave a vidraria com sabão e enxágue em água limpa. 
b) Lave a pia depois de usada. Evite jogar material usado na pia. 
c) Seque, cuidadosamente, as mesas de trabalho com pano ou papel. 
 
 
 
5 
Atitudes no trabalho: 
a) Chegue ao laboratório preparado para trabalhar. Leia antes da aula as 
instruções para os exercícios do dia. Assim, você usará o tempo no laboratório 
para fazer realmente as experiências e observações. 
b) Siga todas as instruções cuidadosamente. “Um minuto” significa exatamente 
isso. Somente com trabalho exato você pode obter resultados precisos. 
 
CUIDADOS ESPECIAIS EM CASO DE ACIDENTES 
 
Em caso de incêndios, use um extintor, ou então, um pano grosso para abafar o 
fogo. Não deixe substâncias inflamáveis próximas de uma chama. 
 
Para o caso de queimaduras, lavar com água corrente e comunicar o professor. 
 
Quando um ácido cai sobre a pele, lave-a com água em abundância e aplique 
uma solução de bicarbonato de sódio. 
 
 Se, inadvertidamente, você bebeu uma substância tóxica qualquer peça auxílio 
imediato ao professor. 
 
Se ao acaso respingar substâncias irritantes nos olhos, solicite o auxílio ao 
professor para lavagem em água corrente. 
 
 A segurança é sem dúvida uma questão importante que deve ser cada vez mais 
da preocupação de todos. Basta um pequeno descuido, para causar danos irreversíveis 
à saúde /ambiente. 
 
Trabalhar em segurança não custa, basta cumprir as regras existentes e não 
proporcionar acidentes desnecessários. Basta ter atenção e conscientização. 
 
EQUIPAMENTOS BÁSICOS NO LABORATÓRIO 
O professor fará a apresentação do material de vidro e demais equipamentos 
básicos utilizados em laboratório, procurando ressaltar ao aluno suas principais 
características, a maneira correta de utilizá-los, as ocasiões em que devem ser usados 
e os cuidados necessários à sua conservação. Posteriormente, o aluno terá a 
oportunidade de entrar em contato com o material, devendo, portanto, observar 
atentamente o que está sendo apresentado e procurar adotar o procedimento que lhe 
foi transmitido, pois essa técnica é resultado acumulado de muitos anos de uso da 
aparelhagem. 
 
 
 
 
6 
 
 Estufa = equipamento empregado para a secagem de 
materiais, por aquecimento, em geral até 200C; 
 
 
 
 
 
 Forno = utilizada na calcinação1 de substâncias, 
por aquecimento, em altas temperaturas (1000-
1500C); 
 
 
 Centrífuga = instrumento que serve para acelerar a 
sedimentação de sólidos em suspensão em líquidos; 
 
 
 
 
 Balança = instrumento para a 
determinação da massa; 
 
 
 
1A calcinação é o processo onde oxida-se as substâncias presentes em uma dada amostra à 
forma de óxidos usando calor.Faz-se isso no laboratório com uso de um forno elétrico 
chamado mufla, e na indústria em fornos aquecidos por óleo, como na produção de cimento. 
Normalmente, as calcinações ocorrem em temperaturas da ordem de 1000ºC. Esse sistema é 
usado em análises químicas de substâncias complexas ou na quantificação de metais, pois a 
maior parte dos óxidos metálicos se mantém estáveis a essa temperatura. Depois de reduzida 
a óxidos, pode-se analisar a amostra com o uso de outras técnicas, principalmente 
volumétricas e instrumentais. 
 
 
 
 
7 
 
 Banho-maria = utilizado para aquecimentos até 100C; 
 
 
 Capela = recinto em cujo interior se manipulam substâncias que 
exalam vapores nocivos; 
 
 Destilador = obtenção de água destilada laboratório; 
 
 
 
 Bico de Bunsen = fonte de calor destinada ao aquecimento de 
materiais não inflamáveis; 
 
 
 
 
 Placa de aquecimento = fonte de calor destinada ao 
aquecimento de materiais não inflamáveis; 
 
 
 
 
VIDRARIA COMUM DE LABORATÓRIO 
 
A execução de qualquer experimento na Química envolve geralmente a utilização de 
uma variedade de equipamentos de laboratório, a maioria muito simples, porém com 
finalidades específicas. O emprego de um dado equipamento ou material depende dos 
objetivos e das condições em que a experiência será executada. Contudo, na maioria 
dos casos, a seguinte correlação pode ser feita: 
 
 
 
 
 
 
8 
Material de vidro 
 
a) Tubo de ensaio = utilizado principalmente para efetuar reações químicas em 
pequena escala. Deve-se evitar aquecê-lo a seco. Existe o tubo em T (com saída 
lateral) e o tubo em U; 
b) Béquer = recipiente com ou sem graduação, utilizado para o preparo de 
soluções, aquecimento de líquidos, recristalizações etc; 
c) Erlenmeyer = fraco utilizado para aquecer líquidos ou para efetuar titulações; 
d) Balão de fundo chato = frasco destinado a armazenar líquidos; 
e) Balão de fundo redondo = frasco destinado a armazenar líquidos. Não se pode 
sustentá-lo em pé sem estar apoiado em algum suporte; 
f) Termômetro = instrumento utilizado para medir a temperatura; 
g) Balão volumétrico = recipiente calibrado de precisão destinado a conter um 
líquido, a uma dada temperatura. Utilizado no preparo de soluções de 
concentrações definidas; 
h) Pipeta = equipamento calibrado para medida precisa de volume de líquidos. 
Existem dois tipos de pipetas: (i) pipeta graduada e (ii) pipeta volumétrica. A 
primeira é destinada ao escoamento de líquidos em quantidades volumétricas 
variáveis. A segunda é destinada ao escoamento de líquidos em quantidades 
volumétricas definidas; 
i) Proveta = frasco com graduações destinado a medidas aproximadas de volume 
de líquidos; 
j) Bureta = tubo de vidro graduado destinado, principalmente, às operações de 
titulação de soluções; 
k) Funil = utilizado na transferência de líquidos ou soluções de um frasco para 
outro e para efetuar filtrações simples. Existem funis que possuem haste curta 
e de grande diâmetro, adequados para transferência de sólidos secos de um 
recipiente para outro; 
l) Vidro de relógio = usado geralmente para cobrir bechers contendo soluções, 
em pesagens, etc; 
 
 
9 
m) Dessecador = utilizado no armazenamento de substâncias, quando se necessita 
de uma atmosfera com baixo teor de umidade. Também pode ser usado para 
manter substâncias sob pressão reduzida; 
n) Pesa-filtro = recipiente destinado à pesagem de substâncias que sofrem 
alteração em contato com o meio ambiente (absorção de umidade, de gás 
carbônico; volatilização; etc.); 
o) Bastão de vidro = usado na agitação e transferência de líquidos e soluções. 
Quando envolvidos em uma de suas extremidades por um tubo de látex é 
chamado “policial” e é empregado na remoção quantitativa de precipitados; 
p) Funil ou ampola de separação (também chamado de decantação) = 
equipamento usado para separar líquidos imiscíveis (mistura heterogênea de 
líquidos); 
q) Condensador = equipamento destinado à condensação de vapores, em 
destilações ou aquecimento a refluxo; 
r) Balão de destilação = recipiente, também de vidro, que possui uma saída 
lateral na qual o condensador estará acoplado e que é utilizado caso de 
destilações simples; 
s) Balão de fundo redondo = é o recipiente acoplado ao condensador no caso do 
aquecimento a refluxo ou destilação fracionada, quando estará acoplado a uma 
coluna de fracionamento. 
 Em ambos os casos, a forma arredondada dos recipientes permite um 
aquecimento homogêneo. 
t) Cuba de vidro ou cristalizador= recipiente geralmente utilizado para conter 
misturas refrigerantes e finalidades diversas. 
 
Material de porcelana 
 
a) Funil de Büchner = utilizado em filtrações por sucção, devendo ser acoplado a 
um kitassato; 
b) Cápsula = usada para efetuar evaporação de líquidos; 
c) Caçarola = usada para efetuar evaporação de líquidos; 
d) Cadinho = usado para a calcinação de substâncias; 
 
 
10 
e) Almofariz (ou gral) e pistilo = destinado à pulverização de sólidos. Além de 
porcelana, podem ser feitos de ágata, vidro ou metal. 
 
Material metálico 
 
a) Suporte universal, mufa e garra = peças metálicas usadas para montar 
aparelhagens em geral; 
b) Pinças = peças de vários tipos, como Mohr e Hofmann, cuja finalidade é 
impedir ou reduzir o fluxo de líquidos ou gases através de tubos flexíveis. Existe 
um outro tipo de pinça usado para segurar objetos aquecidos; 
c) Bico de Bunsen = bico de gás, usado como principal fonte de aquecimento de 
materiais não inflamáveis; 
d) Tela de amianto = tela metálica, contendo amianto, utilizada para distribuir 
uniformemente o calor, durante o aquecimento de recipientes de vidro à 
chama de um bico de gás; 
e) Triângulo de ferro com porcelana = usado principalmente como suporte em 
aquecimento de cadinhos; 
f) Tripé = usado como suporte, principalmente de telas e triângulos; 
g) Banho de água ou banho-maria = utilizado para aquecimento indireto até 
100 ºC; 
h) Argola = usada principalmente como suporte para funil de vidro; 
i) Espátula = usada para transferência de substâncias sólidas; 
j) Furador de rolhas = utilizado na perfuração de rolhas de cortiça ou borracha. 
 
Materiais diversos 
 
a) Suporte para tubos de ensaio 
b) Pinça de madeira = utilizada para segurar tubos de ensaio; 
c) Pissete = frasco, geralmente plástico, contendo água destilada, álcool ou outros 
solventes, usado para efetuar a lavagem de recipientes ou materiais com jatos 
de líquido nele contido; 
d) Manta elétrica = utilizada no aquecimento de líquidos inflamáveis contidos em 
balão de fundo redondo. 
 
 
11 
 
 
 
 
 
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13 
 
 
 
 LIMPEZA E SECAGEM DE MATERIAL DE VIDRO 
 
Limpeza 
 
Recomenda-se limpar o material com solução de detergente, enxaguá-lo várias vezes 
com água de torneira e depois com jatos de água deionizada (utilizar o pissete). 
 
Verifica-se a limpeza, deixando escoar a água, isto é, se a película líquida inicialmente 
formada nas paredes escorre uniformemente, sem deixar gotículas presas, a superfície 
está limpa. 
 
Caso seja necessária uma limpeza mais rigorosa, existem soluções especiais para esse 
objetivo. No caso da Química Geral, a lavagem com detergente é suficiente. 
 
Os materiais volumétricos devem estar perfeitamente limpos, para que os resultados 
das medidas possam ser os mais confiáveis. 
 
 
 
 
 
 
14 
Secagem 
 
Para secagem do material, pode-se utilizar: 
 
 Secagem comum – por evaporação à temperatura ambiente 
 
 Secagem rápida – pode ser obtida, após enxaguar o material, com álcool 
ou acetona. 
 
 Secagem em corrente de ar – ar aspirado por meio de uma bomba de 
vácuo ou trompa d’água. 
 
 Estufa – aquecimento em estufa em temperatura um pouco superior a 
100 ºC. 
 
No caso da estufa, não se pode secar material volumétrico (buretas e pipetas), pois o 
mesmo nunca deve ser aquecido, o que comprometerá a calibração feita em sua 
confecção. Caso não se disponha de tempo para secar buretas ou pipetas, deve-se 
enxaguá-las repetidas vezes com pequenas porções do líquido que será usado para 
enchê-las (este processo recebe o nome de rinsagem). 
 
 
LEITURA DE RÓTULOS 
 
Um hábito que deve ser adquirido em trabalhos de laboratório é a leitura do rótulo do 
reagente que se irá manusear. Este hábito evitará acidentes e o uso indevido dos 
mesmos, como por exemplo, a troca de reagentes em um experimento. 
 
No caso dos reagentes vindos de fábrica, os rótulos contêm informações a respeito da 
fórmula da substância, sua pureza, densidade, massa molecular, além de símbolos que 
indicam se o reagente é inflamável, irritante, venenoso, etc. Estes reagentes são 
normalmente chamados de P.A. (pró-análise) quando possuem um alto grau de 
pureza. 
 
No caso de soluções preparadas a partir de reagentes P.A., os frascos deverão conter o 
nome e a fórmula do reagente, assim como a concentração da solução 
(relação soluto / solvente). 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
PRÁTICA NO 1: MEDIDAS DE VOLUME E TRANSFERÊNCIA DE REAGENTES 
O material a ser utilizado na medição de volumes depende da exatidão da medida que 
se necessita. 
 
Quando não é necessária uma grande exatidão na medida, esta pode ser efetuada em 
bécher graduado, proveta ou pipeta graduada (ordem crescente de exatidão). 
 
Para medidas exatas, utiliza-se pipeta volumétrica, balão volumétrico e também 
buretas, que são calibrados pelo fabricante em temperatura padrão de 20ºC. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Alguns critérios devem ser considerados na medição de volumes: 
 
 O líquido (ou solução) a ser medido deve estar sempre à temperatura 
ambiente, pois variações de temperatura provocam dilatações e contrações. 
 
 A escolha do material para se medir um líquido ou solução depende da 
exatidão que se necessita e do líquido ou solução a ser medido. Assim, por 
exemplo, se necessitamos de aproximadamente 20 mL, é mais correto usarmos 
um bécher do que uma proveta. 
 
 A medida do volume é feita comparando-se o nível do mesmo com os traços 
marcados na parede do recipiente. A leitura do nível para líquidos (ou soluções) 
 
 
16 
transparentes, ao contrário dos líquidos escuros, deve ser feita na parte inferior 
do menisco. 
 
 No momento da leitura de volume, a linha de visão do operador deverá estar 
perpendicular à escala graduada, para evitar o chamado “erro de paralaxe”. 
 
 Dependendo da graduação do material, às vezes torna-se necessário fazer uma 
estimativa do volume a ser medido. Para tal, estimar o volume entre os traços 
da menor divisão, dividindo-o, mentalmente, em cinco intervalos equivalentes 
(2 – 4 – 6 – 8) ou, em caso de graduação muito pequena, em dois intervalos (0 –
5). Determinar, em seguida, a posição do menisco em relação à graduação. 
 
Técnica do uso de pipetas 
 
1. Mergulha-se a pipeta, limpa e seca, no líquido (ou solução) a ser medido. 
 
2. Aplica-se sucção (com pêra de borracha ou pró-pipete, conforme o material a ser 
pipetado) na parte superior da pipeta, aspirando líquido (ou solução) até um pouco 
acima da marca. Nesta operação, a ponta da pipeta deve ser mantida sempre 
mergulhada no líquido (ou solução), caso contrário será aspirado ar. 
 
3. Fecha-se a extremidade superior da pipeta com o dedo indicador. Relaxando 
levemente a pressão do dedo, deixa-se escoar o líquido (ou solução) excedente, até 
que a parte inferior (ou superior, dependendo do líquido ou solução utilizada) do 
menisco coincida com a graduação desejada. 
 
4. Remove-se a gota aderente à pipeta, tocando a ponta desta na parede do frasco 
utilizado para receber o líquido (ou solução) excedente. 
 
5. A seguir, encosta-se a ponta da pipeta na parede interna do recipiente destinado a 
receber o líquido (ou solução) e deixa-se escoar. Esperam-se mais 15 segundos e 
afasta-se a pipeta, sem tentar remover o líquido (ou solução) remanescente na ponta. 
 
Importante: No caso da pipeta apresentar dois traços em sua porção superior, após o 
escoamento do líquido (ou solução), deve-se soprá-la, pois o material remanescente 
na ponta faz parte da leitura realizada.17 
Transferência de líquidos e sólidos 
 
As transferências realizadas em laboratório devem ser feitas segundo determinadas 
técnicas, desenvolvidas com o objetivo de evitar acidentes de trabalho. 
 
Transferência de líquidos e soluções líquidas 
 
É necessário o uso adequado do bastão de vidro, para evitar que haja projeção do 
líquido e que o mesmo escorra pelas paredes externas do recipiente que o contém. 
 
Nas transferências para frascos contendo aberturas estreitas, é recomendável o uso de 
funil. 
 
Transferência de sólidos 
 
Em pesagens utilizar uma espátula adequada e limpa para transferir o sólido do frasco 
reagente. 
 
Ter o cuidado de não contaminar as tampas dos frascos dos reagentes utilizados 
(durante o procedimento mantenha a tampa do frasco sobre uma folha de papel 
limpa). 
 
Para recipientes de abertura estreita deve ser utilizado um funil de sólidos (haste curta 
e diâmetro apreciável). No caso de não haver funil de sólidos, pode-se utilizar um 
papel de filtro, dobrado na forma de um funil, ou uma pequena tira de papel. 
 
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL: 
 
 
 
I ) Leitura de volumes : 
 
 Um dos componentes do grupo deverá dirigir-se à bancada lateral munido de 
um bécher de capacidade de 250 mL e um bastão de vidro e, com a técnica 
adequada, transferir para o mesmo 220 mL de solução, que se encontra num 
frasco de reagente (no 1), devidamente identificado. Leve este bécher para sua 
bancada utilizando-o para os itens abaixo: 
 
o Medir em provetas adequadas os seguintes volumes: 
 22,0 ml 
 6,4 mL 
 10,0 mL 
 
 
18 
 1,8 mL 
 
o Medir 20,00 mL da solução utilizando uma pipeta volumétrica; 
 
o Escolher pipetas graduadas adequadas e deixar escoar os volumes abaixo para 
um becher de 50 mL: 
 2,3 mL 
 6,5 mL 
 0,7 mL 
 1,6 mL 
 2,00 mL 
 
 Em um bécher com capacidade de 50 mL, coloque um volume qualquer 
(inferior à capacidade do bécher) da solução no 2 e estime o volume. 
 
 Fazer leitura de volume escoado em bureta. 
 
II ) Comparação de volumes : 
 
Compare os valores lidos para um mesmo volume em instrumentos diferentes. 
 
Por exemplo: medir em pipeta graduada um volume de 15 mL e transferir este volume 
para um bécher de 50 mL, avaliando o volume medido no bécher. Em seguida, 
transferir novamente o volume, agora para uma proveta de 50 mL, fazendo a leitura de 
maneira adequada. 
 
III) Transferência de reagentes: 
 
Colocar em um bécher certa quantidade de sólido que se encontra na bancada lateral. 
A seguir, transferir pequenas quantidades para três tubos de ensaio utilizando, 
respectivamente, uma espátula, em funil de papel e uma tira de papel.

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