Buscar

Obrigação Tributária e Fato Gerador

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

Fundamentos de Direito Empresarial e Tributário / Aula 5 - Obrigação tributária
Introdução
Nessa unidade vamos estudar justamente os pontos principais que fazem gerar a cobrança dos tributos bem como sua incidência. Identificaremos o motivo e a motivação que leva à obrigatoriedade da sociedade de pagar, e o Estado o dever de administrar, fiscalizar, arrecadar e promover o Bem Comum à sociedade (contribuinte).
Bons estudos!
A regra-matriz
A regra-matriz é a representação de uma norma de conduta que leva o contribuinte a entregar dinheiro ao Estado, então podemos concluir que o contribuinte só entrega o dinheiro ao Estado se tiver um motivo. Os motivos da entrega estão descritos nos critérios apontados na regra-matriz de incidência, por isso nenhum tributo poderá ser cobrado sem a composição de todos os elementos dispostos na regra-matriz de incidência tributária.
É a ocorrência conjunta destes elementos que dará ensejo ao nascimento da obrigação tributária. A partir desse momento, ou seja, quando ocorre a ação descrita no critério material da regra-matriz, é que surgirá a conduta obrigatória a ser cumprida pelo sujeito passivo, em benefício do sujeito ativo fazendo nascer a relação jurídica tributária e desta surge a obrigação tributária do sujeito passivo de pagar ao sujeito ativo uma prestação em dinheiro.
Mas junto ao estudo devemos também entender quem é o sujeito ativo e quem é o sujeito passivo, quais são suas responsabilidades e por que fazem parte principal da relação da obrigação tributária.
Quando descrevemos sobre obrigação estamos determinando um polo passivo e um polo ativo, o cumprimento de uma obrigação dentro de uma relação jurídica existente. Melhor dizendo, uma pessoa X compra um carro, nesse momento surge a relação jurídica da pessoa com as responsabilidades que ela deverá cumprir com o Poder Público, por exemplo, pagar o IPVA. Mas qual foi o fato gerador da incidência do tributo? Justamente a compra do veículo, surgindo nesse momento, o dever do Estado de, através do procedimento administrativo, identificar o sujeito passivo, a matéria tributável, o fato gerador, a obrigação e, caso não se concretize o cumprimento da obrigação, aplicar a penalidade pecuniária.
O ponto principal do nosso estudo será justamente identificar o fato gerador da obrigação, essa regra matriz, seja ela principal ou acessória, que cabe ao contribuinte cumprir, ou se
Você sabe quanto paga de imposto?
“Impostos estão embutidos em todos os produtos e serviços que consumimos. No Brasil, quase ninguém sabe quanto paga de imposto e, o pior, pagamos muito mais do que imaginamos ou do que recebemos em troca.”
O fato gerador
No art. 114 do Código Tributário Nacional (CTN), Lei nº 5.172/66, encontramos a definição de fato gerador, que é um fato praticado por alguém (sujeito passivo), que irá gerar, acarretar, uma obrigação tributária (principal ou acessória).
Através do fato gerador podemos entender o início da relação tributária, tendo como base o art. 128 do CTN e art. 150, § 7º da CF.
De fato
É aquela em que o fato gerador irá se concretizar independentemente da condição futura, a realização do fato gerador é automática; por exemplo, a exportação de uma mercadoria, o ato de exportar, já realiza o fato gerador do imposto de exportação.
De direito
É aquela na qual o fato gerador somente será definitivamente concretizado quando houver a realização de uma condição futura, por exemplo a doação de um imóvel, somente após a doação é que haverá a incidência do Imposto ITD.
Fato gerador da obrigação principal
Diz o CTN, no artigo 114 do CTN, que "fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei como necessária e suficiente à sua ocorrência", ou seja, é a situação de fato que gera a obrigação tributária de pagamento imposta ao sujeito passivo a crédito do sujeito ativo.
Para a ocorrência do fato gerador da obrigação principal é preciso que esteja este fato definido em “lei”, ou seja, é matéria compreendida na reserva legal, não podendo a legislação infralegal discriminar a situação hipotética geradora da obrigação principal.
O fato gerador da obrigação principal está submetido ao princípio da estrita legalidade descrita na Constituição Federal no inciso I, do artigo 150, que diz ser vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça.
VFato gerador da obrigação acessória
O fato gerador da obrigação acessória está descrito no artigo 115 do CTN, como sendo qualquer situação que, na forma da legislação aplicável, impõe a prática ou a abstenção de ato que não configure obrigação principal.
Quando o artigo 115 diz “na forma da legislação aplicável”, está dizendo que não necessariamente deva ser definido por “lei”, pode ser definido pela legislação infralegal.
O Prof. Hugo de Brito Machado, ilustrando o nascimento de um fato gerador de uma obrigação acessória, exemplifica dizendo que “A situação de quem é estabelecido comercialmente faz nascer as obrigações acessórias de não receber mercadorias sem o documento fiscal correspondente e de tolerar a fiscalização em seus livros e documentos”.
Assim, o fato gerador da obrigação acessória não necessariamente está ligado à obrigação principal, estão ligadas independentemente, ou seja, uma determinada situação factual pode ser fato gerador de uma obrigação acessória sem haver essencialmente uma obrigação principal a cumprir. Porém, um determinado fato pode gerar ambas as obrigações.
Fato pode gerar ambas as obrigações
Novamente ilustrado por Hugo de Brito Machado que exemplifica “uma situação na qual um comerciante promove a saída de mercadorias de seu estabelecimento faz nascer, ao mesmo tempo, a obrigação de pagar o ICMS (obrigação principal) e também a obrigação de emitir a nota fiscal correspondente (obrigação acessória)”. Note-se que mesmo sendo isento de pagar o referido tributo, ou seja, mesmo não havendo a obrigação de pagar o tributo, há, independentemente desse motivo o dever da obrigação acessória de emissão da nota fiscal.
Sujeito passivo
O CTN em dois dispositivos - artigos 121 e 122 do CTN - prevê a existência de dois sujeitos passivos, o da obrigação acessória e o da obrigação principal que se divide em direto e indireto, ou seja, o contribuinte e o responsável.
A obrigação tributária principal e/ou acessória é dever do sujeito passivo assim como o crédito tributário é direito do sujeito ativo, nascendo assim a relação jurídica tributária entre estes dois sujeitos, passivo e ativo.
Assista ao vídeo informativo realizado pela TV Receita com informações sobre o Portal e-CAC (Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte).
Tipos de sujeito passivo
Sujeito passivo da obrigação acessória
O sujeito passivo da obrigação acessória, conforme o artigo 122 do CTN, é a pessoa obrigada às prestações (dever de prestar) que constituem o seu objeto, ou seja, a pessoa obrigada a fazer, a não fazer ou tolerar uma gama de deveres no interesse da arrecadação e da fiscalização tributária, ou seja, são componentes do objeto principal.
Hugo de Brito Machado considera que o sujeito passivo da obrigação acessória “é a pessoa à qual a legislação tributária atribui deveres diversos do dever de pagar. (...) Qualquer dever diverso do pagamento atribuído pela legislação tributária a qualquer pessoa, no interesse da arrecadação ou da fiscalização de tributos, é obrigação acessória, na linguagem do Código Tributário Nacional.”
O sujeito passivo da obrigação acessória difere do sujeito passivo da obrigação principal devido ao fato de este ser o responsável pelo pagamento do tributo ou penalidade pecuniária, enquanto aquele cumpre as obrigações impostas pela legislação tributária no interesse da arrecadação ou da fiscalização de tributos.
Sujeito passivo da obrigação principal
Conforme prescreve o artigo 121 do CTN, "Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou penalidade pecuniária".
Parágrafoúnico: o sujeito da obrigação principal diz-se:
I - Contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador;
II - Responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra de disposição expressa em lei".
O sujeito passivo da obrigação principal caracteriza-se, independentemente dos aspectos econômicos implícitos na relação jurídica tributária, pela prática de um comportamento qualificado como tributável pela legislação tributária.
Assim, o sujeito passivo da obrigação principal é aquele obrigado a pagar - um dar, um entregar - o tributo ou uma penalidade pecuniária ou multa, podendo ser classificado como sujeito passivo 
Sujeito passivo direto
O sujeito passivo direto é o contribuinte, ou seja, aquele que tem relação pessoal e direta com a situação que constitua o fato gerador tributário - fato típico prescrito na lei.
Se o sujeito passivo direto não cumpre com a obrigação tributária, então ele (o contribuinte) é o próprio a ser responsabilizado pelo inadimplemento da obrigação.
Sujeito passivo indireto
O sujeito passivo indireto é o responsável pelo pagamento do tributo, ou seja, aquele que não se reveste necessariamente na condição de contribuinte, tendo relação indireta com o fato tributável.
Devido a uma disposição legal, a obrigação tributária é atribuída a uma pessoa diversa daquela relacionada com o ato ou negócio jurídico tributado, sendo neste caso a própria lei que substitui o sujeito passivo direto pelo indireto.
ja desde pagar um tributo bem como emitir uma nota fiscal.

Outros materiais