Buscar

Politicas publicas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 68 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 68 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 68 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Causalidade
História Natural da Doença
Discussão da Causalidade
A Era Bacteriológica - Unicausalidade
O Modelo de Explicação Multicausal
 A Produção Social da Saúde e da Doença
A Era Bacteriológica - Unicausalidade
O vigor das explicações unicausais começa a enfraquecer após a Segunda Guerra, quando os países industrializados começam a vivenciar uma transição epidemiológica, caracterizada pela diminuição da importância das doenças infecto-parasitárias como causa de adoecimento e morte em detrimento do incremento das doenças crônico-degenerativas
Modelo multicausal: a tríade ecológica
Fonte: adaptado de Leavell & Clarck, 1976
Modelo da história natural da doença
Fonte: adaptado de Leavell & Clark, 1976.
Abordagens Contemporâneas do Conceito de Saúde
Modelo de Dahlgren e Whitehead: influência em camadas - relações hierárquicas entres os diversos determinantes da saúde 
Fonte: Whitehead & Dahlgren apud Brasil,2006.
• Microestrutural – molecular ou celular;
• Microsistêmica – metabolismo ou tecido;
• Subindividual (órgão ou sistema) – processos fisiopatológicos;
• Clínica individual – casos;
• Epidemiológica – população sob risco;
• Interfaces ambientais – ecossistemas;
• Simbólica – semiológica e cultural.
Almeida Filho & Andrade, 2003: 109).
Teoria Geral da saúde-doença, a designada holopatogênese, refere-se ao “conjunto de processos de determinação (gênesis) de doenças e condições relacionadas (pathos) tomadas como um todo integral (holos), compreendendo todas as facetas, manifestações e expressões de tal objeto (saúde) complexo de conhecimento
Níveis de organização e processos saúde-doença
Fonte: Sabroza,2001.
Evolução Histórica das Políticas Públicas de Saúde no Brasil e a importância do movimento sanitário para a criação do SUS 
Políticas públicas de saúde da primeira república ao governo militar. Modelo assistencial Sanitarista Campanhista X Modelo assistencial Médico Assistencialista Privatista. Evolução Histórica das Políticas Públicas de Saúde no Brasil: década de 80 e 90
Evolução Histórica das Políticas Públicas de Saúde no Brasil
As políticas públicas de saúde no Brasil têm sofrido modificações ao longo dos anos, e tais mudanças historicamente têm sido pelo menos aparentemente para adequarem-se aos contextos políticos, econômicos e sociais. 
Evolução Histórica das Políticas Públicas de Saúde no Brasil
1808: Chegada da Família Real.
Imposição de normas sanitárias para os portos, numa tentativa de impedir a entrada de doenças contagiosas que pudessem colocar em risco a integridade da saúde da realeza.
1822: Independência do Brasil. Algumas políticas débeis de saúde foram implantadas.
Evolução Histórica das Políticas Públicas de Saúde no Brasil
1889: Proclamação da República.
As práticas de saúde em nível nacional tiveram início.
Oswaldo Cruz e Carlos Chagas que estiveram à frente da Diretoria Geral de Saúde pública (DGSP).
Implementaram um modelo sanitarista visando erradicar epidemias urbanas.
Criação de um novo Código de Saúde Pública.
Evolução Histórica das Políticas Públicas de Saúde no Brasil
O Estado brasileiro teve sua primeira intervenção em 1923, com a Lei Elói Chaves, através da criação das Caixas de Aposentadoria e Pensão (CAPs).
CAPs: asseguravam aos trabalhadores e empresas assistência médica, medicamentos, aposentadorias e pensões.
Evolução Histórica das Políticas Públicas de Saúde no Brasil
As Caps foram substituídas pelos Institutos de Aposentadoria e Pensões (IAPs) passando a abranger uma quantidade maior de trabalhadores.
Com o golpe de 1964 e o discurso de racionalidade, eficácia e saneamento financeiro, ocorre a fusão dos IAPs, com a criação do Instituto Nacional de Previdência Social - INPS. Este fato, ocorrido em 1966, marca também a perda de representatividade dos trabalhadores na gestão do sistema. 
Em 1967, o Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) foi implantado no lugar dos IAPs, atendendo, também, trabalhadores rurais por meio do Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (FUNRURAL) e trabalhadores com carteira assinada através do Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS). 
Evolução Histórica das Políticas Públicas de Saúde no Brasil
Somente no final da década de 80 deixou de exigir carteira de trabalho para atendimentos em hospitais, tornando a saúde menos excludente e mais universal.
Na década de 70 surgiu o Movimento da Reforma Sanitária que tinha como objetivo conquistar a democracia para mudar o sistema de saúde. O conceito saúde – doença bem como o processo de trabalho e a determinação social da doença foram rediscutidos.
Evolução Histórica das Políticas Públicas de Saúde no Brasil
A saúde ganhou espaço a partir da Constituição Federal de 1988 (CF\88) que criou o SUS rompendo, dessa forma, com o antigo modelo de saúde que era dominado pelo sistema previdenciário. 
A saúde passou a ser direito de todos e dever do Estado. 
Os princípios e diretrizes estabelecidos foram: descentralização, integralidade, participação da comunidade, regionalização e hierarquização 
Importância do Movimento Sanitário e a influência do cenário internacional para o modelo assistencial de saúde. A Promoção da Saúde e qualidade de vida - Cidade Saudável
Importância do Movimento Sanitário
O movimento sanitário criticava o modelo hospitalocêntrico e propunha a ênfase em cuidados primários e a prioridade do setor público.
Necessidade de racionalizar os gastos com saúde.
(...) Entre 1981 e setembro de 1984 o país vivencia uma crise econômica explícita, e é quando se iniciam as políticas racionalizadoras na saúde e as mudanças de rota com o CONASP/Conselho Consultivo da Administração da Saúde Previdenciária e as AIS/Ações Integradas de Saúde. Este é um momento tumultuado na saúde, tendo em vista a quebra de hegemonia do modelo anterior." (França, 1998)
Importância do Movimento Sanitário
"Em 1981 foi criado o CONASP que elaborou um novo plano de reorientação da Assistência Médica (...) que, em linhas gerais propunha melhorar a qualidade da assistência fazendo modificações no modelo privatizante (de compra de serviços médicos) tais como a descentralização e a utilização prioritária dos serviços públicos federais, estaduais e municipais na cobertura assistencial da clientela”.
Importância do Movimento Sanitário
A partir do plano do CONASP, surgiu o Programa de Ações Integradas de Saúde, que ficou conhecido como AIS.
Objetivo AIS: integrar os serviços que prestavam a assistência à saúde da população de uma região. Os governos estaduais, através de convênios com os Ministérios da Saúde e Previdência, recebiam recursos para executar o programa, sendo que as prefeituras participavam através de adesão formal ao convênio.
No governo da Nova República, a proposta das AIS é fortalecida e este fortalecimento passa pela valorização das instâncias de gestão colegiada, com participação de usuários dos serviços de saúde.
Importância do Movimento Sanitário
Em 1986 é realizada em Brasília a VIII Conferência Nacional de Saúde, com ampla participação de trabalhadores, governo, usuários e parte dos prestadores de serviços de saúde. 
VIII Conferência Nacional de Saúde e a Reforma Sanitária: marco nas propostas de mudanças na saúde e Constituição Federal de 1988
VIII Conferência Nacional de Saúde e a Reforma Sanitária
A 8ª Conferência Nacional da Saúde, realizada em março de 1986, é considerada um marco na história das conferências. Foi a primeira Conferência Nacional da Saúde aberta à sociedade e resultou na implantação do Sistema Unificado e Descentralizado de Saúde (SUDS), um convênio entre o INAMPS e os governos estaduais, mas o mais importante foi ter formado as bases para a seção “Da Saúde” da Constituição Brasileira de 5 de outubro de 1988. Além disso desempenhou um importante papel na propagação do movimento da Reforma Sanitária.
26
Convocada pelo ministro Carlos Santanna e realizada sob a gestão de Roberto Figueira Santos, a 8ª Conferência teve suaComissão Organizadora presidida por Sergio Arouca. Os eixos temáticos da conferência eram compostos por três itens: 
saúde como direito; 
reformulação do Sistema Nacional de Saúde; 
financiamento do setor.
VIII Conferência Nacional de Saúde
Ela apresentava os objetivos políticos da conferência em relação à Constituinte, que foram alcançados no texto da Constituição, com redação muito semelhante, e num sentido até mais abrangente
A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação (Idem, art. 196). São de relevância pública as ações e serviços de saúde... (Idem, art. 197).
Reforma Sanitária
O movimento da Reforma Sanitária nasceu no contexto da luta contra a ditadura, no início da década de 1970. A expressão foi usada para se referir ao conjunto de ideias que se tinha em relação às mudanças e transformações necessárias na área da saúde. Essas mudanças não abarcavam apenas o sistema, mas todo o setor saúde, em busca da melhoria das condições de vida da população.
Reforma Sanitária
As propostas da Reforma Sanitária resultaram, finalmente, na universalidade do direito à saúde, oficializado com a Constituição Federal de 1988 e a criação do Sistema Único de Saúde (SUS).
Sistema Único de Saúde - Conceito, Princípios Doutrinários e Diretrizes, Gestores, Lei Orgânica 8.080/90
Sistema Único de Saúde - SUS
O SUS foi criado pela Constituição Federal Brasileira em 1988 e segundo o artigo 4º da Lei Orgânica da Saúde 080 de 1990 é constituído pelo "conjunto de ações e serviços de saúde, prestados por órgãos e instituições públicas federais, estaduais e municipais, da Administração direta e indireta e das fundações mantidas pelo Poder Público".
Funções do SUS
Controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para a saúde e participar da produção de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos, hemoderivados e outros insumos;
executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do trabalhador;
ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde;
participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento básico;
incrementar em sua área de atuação o desenvolvimento científico e tecnológico;
fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor nutricional, bem como bebidas e águas para consumo humano;
participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos;
colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho.
Princípios e Diretrizes do SUS
O Sistema Único de Saúde é regido por alguns princípios e diretrizes. Alguns dos seus princípios são a universalidade, integralidade, preservação da autonomia, igualdade da assistência à saúde, direito à informação, divulgação de informações, etc. Algumas das suas diretrizes fundamentais são: a descentralização político-administrativa, o atendimento integral e a participação da comunidade.
Universalidade
Universalidade é um dos princípios fundamentais do Sistema Único de Saúde (SUS) e determina que todos os cidadãos brasileiros, sem qualquer tipo de discriminação, têm direito ao acesso às ações e serviços de saúde.
Equidade
Equidade é um dos princípios doutrinários do Sistema Único de Saúde (SUS) e tem relação direta com os conceitos de igualdade e de justiça. No âmbito do sistema nacional de saúde, se evidencia, por exemplo, no atendimento aos indivíduos de acordo com suas necessidades, oferecendo mais a quem mais precisa e menos a quem requer menos cuidados. Busca-se, com este princípio, reconhecer as diferenças nas condições de vida e saúde e nas necessidades das pessoas, considerando que o direito à saúde passa pelas diferenciações sociais e deve atender a diversidade.
Integralidade
Um dos princípios do SUS, a integralidade está presente tanto nas discussões quanto nas práticas na área da saúde e está relacionada à condição integral, e não parcial, de compreensão do ser humano. Ou seja: o sistema de saúde deve estar preparado para ouvir o usuário, entendê-lo inserido em seu contexto social e, a partir daí, atender às demandas e necessidades desta pessoa. 
Diretrizes do SUS
Regionalização e Hierarquização: os serviços de saúde oferecidos devem ser organizados em níveis de complexidade tecnológica crescente, alocados em uma zona geográfica delimitada e com a especificação da população a ser atendida.
Resolubilidade: exigência de que quando um cidadão procure atendimento ou quando surja uma questão de impacto coletivo sobre a saúde, o serviço correspondente esteja habilitado para enfrentar seus significados e solucioná-lo.
Diretrizes do SUS
Descentralização: Estabelecida a partir da Constituição Federal de 1988 e regulamentada pelas Leis 8.080/90 (Lei Orgânica da Saúde) e 8.142/90, a descentralização da gestão e das políticas da saúde no país – feita de forma integrada entre a União, estados e municípios – é um dos princípios organizativos do Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com este princípio, o poder e a responsabilidade sobre o setor são distribuídos entre os três níveis de governo, objetivando uma prestação de serviços com mais eficiência e qualidade e também a fiscalização e o controle por parte da sociedade.
Diretrizes do SUS
Participação dos cidadãos; garantia constitucional de que a população, por meio de suas entidades de representação, participe do processo de formulação de políticas de saúde e do controle de seus significados práticos, em todos os níveis.
Complementaridade do setor privado; quando o setor público não puder atender às demandas da população, o setor privado deverá suplementá-lo, dando prioridade aos serviços não lucrativos e seguindo a mesma política de regionalização, hierarquização, universalidade e equidade do SUS.
Gestores do SUS
Os gestores do SUS são o Ministro da Saúde, em nível nacional, o Secretário de Estado da Saúde, em nível regional, e o Secretário Municipal de Saúde.
Os gestores do SUS são representados pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde - CONASS  e pelo Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde - CONASEMS no Conselho Consultivo da UNA-SUS. Cabe ao Conselho avaliar propostas e ações de capacitação e qualificação para serem executadas pela UNA-SUS.
Gestores do SUS
Ações da UNA-SUS de âmbito nacional são acompanhadas pela Comissão Intergestores Tripartite - CIT e ações de âmbito estadual são acompanhadas pelas Comissões Intergestores Bipartite - CIB. Esses órgãos aprovam diretrizes para execução das ações, como público-alvo das ações educacionais e regionalização da oferta por meio de polos de educação a distância.
Gestores do SUS
União: É responsabilidade da União coordenar os sistemas de saúde de alta complexidade e de laboratórios públicos. Por meio do Ministério da Saúde, a União planeja e fiscaliza o SUS em todo o País. O MS responde pela metade dos recursos da área; a verba é prevista anualmente no Orçamento Geral da União.
Estados: É papel dos governos estaduais criar suas próprias políticas de saúde e ajudar na execução das políticas nacionais aplicando recursos  próprios (mínimo de 12% de sua receita) além dos repassados pela União. Os Estados também repassam verbas aos municípios.
Gestores do SUS
Municípios: É dever do município garantir os serviços de atenção básica à saúde e prestar serviços em sua localidade, com a parceria dos governos estadual e federal. As prefeituras também criam políticas de saúde e colaboram com a aplicação das políticas nacionais e estaduais, aplicando recursos próprios (mínimo de 15% de sua receita) e os repassados pela União e pelo estado.
Distrito Federal: Em relação ao Distrito Federal, acumulam-se as competências estaduais e municipais, aplicando o mínimo de 12% de sua receita, além dos repasses feitospela União.
Lei Orgânica 8.080/90
A Lei Orgânica 8.080/90 regulamenta os artigos Constitucionais 196 ao 200 da CF/88 e  dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências.
A Lei já passou por diversas alterações e modificações em seu texto, ratificando a ideia de um Sistema Único em construção e que deve estar alinhado às Políticas Sociais e aos temas inerentes à promoção, proteção e recuperação da saúde.
Lei Orgânica 8.080/90
PRINCIPAIS TEMAS ABORDADOS NA LEI 8.080
Determinantes sociais em saúde
Vigilância em saúde
Princípios e diretrizes do SUS
Políticas para populações específicas
Responsabilidades das três esferas do governo
Estrutura e governança do SUS
Política de recursos humanos
Participação complementar do privado
Lei Orgânica 8.080/90
A Lei regula em todo território nacional e traz todo o contexto de organização do SUS.
A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício.
O dever do Estado de garantir a saúde consiste na reformulação e execução de políticas econômicas e sociais que visem à redução de riscos de doenças e de outros agravos no estabelecimento de condições que assegurem acesso universal e igualitário às ações e aos serviços para a sua promoção, proteção e recuperação.
Lei Orgânica 8.080/90
O artigo segundo regulamenta o artigo 196 da CF/88.
Para gravar o art. 196 da CF/88 e o Art. 2ª da LOS, basta fazer as seguintes perguntas, exemplo:
A saúde é um direito de quem? DE TODOS!
Dever de quem? DO ESTADO!
Para que seja implementada o que deve ser feito? UMA POLÍTICA ECONÔMICA E SOCIAL.
Com que objetivo? REDUZIR O RISCO DE DOENÇAS E DE OUTROS AGRAVOS!
Com que tipo de acesso? UNIVERSAL E IGUALITÁRIO!
Para que tipo de ações? PROMOÇÃO, PROTEÇÃO E RECUPERAÇÃO!
Lei Orgânica 8.080/90
A Lei Orgânica da Saúde 8.080/90 traz 3 objetivos do SUS:
Objetivo 1: através desta lei o conceito de saúde é ampliado e passa a ser um conjunto de fatores determinantes e condicionantes – logo, o primeiro objetivo do SUS é: Identificar e divulgar estes fatores determinantes!
Objetivo 2: vimos que para o estado prover as ações e serviços de saúde há necessidade de: Formular uma política econômica e social!
Objetivo 3: o art. 196 da CF/88 e o art. 2º desta lei definem que as ações e serviços de saúde devem ser de promoção, proteção e recuperação logo, o terceiro objetivo é: Assistir as pessoas por meio de ações de promoção, proteção e recuperação. Sempre lembrando que deve existir o somatório das ações preventivas e curativas, mas a prioridade: ações preventivas.
50
Controle social e financiamento Lei Orgânicas 8.142/90
Controle Social no SUS
É garantido aos cidadãos a participação social no Sistema Único de Saúde na Lei nº8142/90, configurando o controle social. A participação da população pode se dar de duas formas: nos Conselhos de Saúde e nas Conferências de Saúde.
Controle Social no SUS
O Conselho de Saúde é responsável por definir as diretrizes norteadoras para elaboração do Plano de Saúde, aprovar ou reprovar o Plano de Saúde e o Relatório de Gestão, fiscalizar a execução das Políticas Públicas de saúde além de formular e propor estratégias para a execução destas, consubstanciar a participação organizada da sociedade na administração da saúde, entre outras atribuições. A Lei Complementar nº 141/12 Art. nº 44 garante ao cidadão que o gestor do SUS de cada ente da Federação disponibilizará ao Conselho de Saúde um programa permanente de educação em saúde para qualificar a participação social nas atribuições do Conselho. 
Controle Social no SUS
As Conferências de Saúde são instâncias colegiadas com a missão de avaliar a situação de saúde e propor diretrizes para a formulação da política de saúde nos três níveis de governo, as conferências são abertas para a participação da população. Ocorrem a cada quatro anos.
Lei Orgânicas 8.142/90
Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde e dá outras providências. 
Art. 1° O Sistema Único de Saúde (SUS), de que trata a Lei n° 8.080, de 19 de setembro de 1990, contará, em cada esfera de governo, sem prejuízo das funções do Poder Legislativo, com as seguintes instâncias colegiadas:
I - a Conferência de Saúde; e
II - o Conselho de Saúde.
Lei Orgânicas 8.142/90
§ 1° A Conferência de Saúde reunir-se-á a cada quatro anos com a representação dos vários segmentos sociais, para avaliar a situação de saúde e propor as diretrizes para a formulação da política de saúde nos níveis correspondentes, convocada pelo Poder Executivo ou, extraordinariamente, por esta ou pelo Conselho de Saúde.
Lei Orgânicas 8.142/90
§ 2° O Conselho de Saúde, em caráter permanente e deliberativo, órgão colegiado composto por representantes do governo, prestadores de serviço, profissionais de saúde e usuários, atua na formulação de estratégias e no controle da execução da política de saúde na instância correspondente, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros, cujas decisões serão homologadas pelo chefe do poder legalmente constituído em cada esfera do governo.
Lei Orgânicas 8.142/90
§ 3° O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems) terão representação no Conselho Nacional de Saúde.
§ 4° A representação dos usuários nos Conselhos de Saúde e Conferências será paritária em relação ao conjunto dos demais segmentos.
§ 5° As Conferências de Saúde e os Conselhos de Saúde terão sua organização e normas de funcionamento definidas em regimento próprio, aprovadas pelo respectivo conselho.
Art. 2° Os recursos do Fundo Nacional de Saúde (FNS) serão alocados como:
I - despesas de custeio e de capital do Ministério da Saúde, seus órgãos e entidades, da administração direta e indireta;
II - investimentos previstos em lei orçamentária, de iniciativa do Poder Legislativo e aprovados pelo Congresso Nacional;
III - investimentos previstos no Plano Quinquenal do Ministério da Saúde;
IV - cobertura das ações e serviços de saúde a serem implementados pelos Municípios, Estados e Distrito Federal.
Art. 3° Os recursos referidos no inciso IV do art. 2° desta lei serão repassados de forma regular e automática para os Municípios, Estados e Distrito Federal, de acordo com os critérios previstos no art. 35 da Lei n° 8.080, de 19 de setembro de 1990.
§ 1° Enquanto não for regulamentada a aplicação dos critérios previstos no art. 35 da Lei n° 8.080, de 19 de setembro de 1990, será utilizado, para o repasse de recursos, exclusivamente o critério estabelecido no § 1° do mesmo artigo.
§ 2° Os recursos referidos neste artigo serão destinados, pelo menos setenta por cento, aos Municípios, afetando-se o restante aos Estados.
§ 3° Os Municípios poderão estabelecer consórcio para execução de ações e serviços de saúde, remanejando, entre si, parcelas de recursos previstos no inciso IV do art. 2° desta lei.
Art. 4° Para receberem os recursos, de que trata o art. 3° desta lei, os Municípios, os Estados e o Distrito Federal deverão contar com:
I - Fundo de Saúde;
II - Conselho de Saúde, com composição paritária de acordo com o Decreto n° 99.438, de 7 de agosto de 1990;
III - plano de saúde;
IV - relatórios de gestão que permitam o controle de que trata o § 4° do art. 33 da Lei n° 8.080, de 19 de setembro de 1990;
V - contrapartida de recursos para a saúde no respectivo orçamento;
VI - Comissão de elaboração do Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS), previsto o prazo de dois anos para sua implantação.
Art. 5° É o Ministério da Saúde, mediante portaria do Ministro de Estado, autorizado a estabelecer condições para aplicação desta lei.
Art. 6° Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 7° Revogam-se as disposições em contrário.
Brasília,28 de dezembro de 1990; 169° da Independência e 102° da República.
Regulamentação da Lei 8080 (Decreto 7508)
O Decreto está organizado em seis capítulos assim distribuídos: 
Capítulo I • Das Disposições preliminares - art. 1º e 2º
Capítulo II • Da organização do SUS – art. 3º a 14 Seção I • Das Regiões de Saúde – art. 4º a 7º • Seção II • Da Hierarquização – art. 8º a 14 
Capítulo III • Do Planejamento da Saúde– art. 15 a 19 
Capítulo IV • Da Assistência à Saúde – art. 20 a 29 • Seção I • Da Relação Nacional de Serviços de Saúde do SUS - RENASES – art. 21 a 24 • Seção II • Da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME – art. 25 a 29 
Regulamentação da Lei 8080 (Decreto 7508)
Capítulo V • Da articulação interfederativa – art. 30 a 41 • Seção I • Das Comissões Intergestores – art. 30 a 32 • Seção II • Do Contrato Organizativo da Ação Pública da Saúde - art. 33 a 41 
Capítulo VI • Das Disposições Finais – art. 42 a 45 
Regulamentação da Lei 8080 (Decreto 7508)
Referências Bibliográficas
Epidemiologia Geral – Cassia Maria Buchalla – USP - Disponível em<https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/3198065/mod_resource/content/1/AULA%204%20SISTEMAS%20DE%20INFORMACAO.pdf> Acesso em: 09 jan. 2018
Datasus: Sistemas Epidemiológicos – Disponível em http://datasus.saude.gov.br/sistemas-eaplicativos/epidemiologicos/siab Acesso em: 09 jan. de 2018
http://www.nesp.unb.br/mobilizasaude/?p=412 Acesso em: 09 jan. de 2018
http://www.conass.org.br/conassdocumenta/cd_18.pdf Acesso em: 09 jan. de 2018
https://bvsarouca.icict.fiocruz.br/sanitarista05.html Acesso em: 09 jan. de 2018
http://www.livrosinterativoseditora.fiocruz.br/sus/28/ Acesso em 10 jan. de 2018
https://www.unasus.gov.br/page/o-que-fazemos/como-podemos-ajudar/gestores-de-saude Acesso em 10 jan. de 2018
http://www.brasil.gov.br/governo/2014/10/o-papel-de-cada-ente-da-federacao-na-gestao-da-saude-publica Acesso em 10 jan. de 2018
https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/0243.pdf Acesso em 10 jan. de 2018
68

Continue navegando