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Para você professor
O primeiro passo para contextualizar a matemática escolar é conhecer o contexto, o saber matemático do nosso aluno. O segundo passo é partir deste conhecimento, valorizando a bagagem de conhecimento de que o aluno já dispõe para, então, ampliar o mesmo. Respeitando este conhecimento, o professor desenvolve uma relação, um vínculo de cumplicidade com seu aluno que facilitara a construção de conhecimentos significativos, a educação para o saber e o saber fazer.
É fácil perceber a aplicação quase imediata de assuntos como porcentagem e calculo de juros na economia, por exemplo, ou da trigonometria, sempre presente e de aplicação direta na engenharia. Assim:
· A matemática está presente em nossas vidas desde uma simples contagem ou um simples troco até o seu uso em complexos computadores;
· Falar de matemática para um viver mais autônomo implica percebê-la como ferramenta para coordenar ideias, para dar consistência e argumentos, para alimentar duvidas, pois os números não falam por si;
· Necessitamos da matemática com instrumento intelectual para interrogarmos a realidade;
Superamos as dificuldades, herdadas da matemática tradicional quando ousamos encarar nossos medos, inovarmos através de diversos materiais, práticas e contextos coerentes e construirmos, no dia-a-dia, conceitos matemáticos concretos, significativos e contextualizados para nos mesmos e para nossos alunos.
Sabemos que essa realidade não será construída do dia para a noite. Podemos afirmar que acontecera, efetivamente, a partir de uma nova postura pedagógica que tenha como ponto de partida o respeito à individualidade sociocultural de cada aluno, passando por uma relação dialógica até chegar a alcançar uma visão de mundo mais ampla
Exemplos para usar dentro da sala de aula
Geralmente, a matemática no currículo escolar esta voltada ao estimulo do raciocínio. Por isso, priorizam as regras, em detrimento da utilização cotidiana dos conceitos. A partir de uma série de atividades, eles buscam ampliar seu aspecto de ação, trabalhando conceito e raciocínio a partir de situações como:
· Latas de refrigerante – Um bom exemplo é usar latas de refrigerante para que os estudantes possam ter a noção de volume do produto. Os alunos comparam a quantidade presente nas latas com outras embalagens e verificam se há ou não diferença. Isso ajuda, por exemplo, a decidir que produto comprar no supermercado.
· Esportes – Tendo como gancho os jogos, podem-se levar os alunos para a quadra de esportes, o que permite ensinar figuras geométricas, medição, proporcionalidade, perímetro, alem da identificação das medidas oficiais e não oficiais.
· Tabela de jogos – Outro trabalho relacionado aos esportes é feito com tabelas dos jogos de futebol dos diversos campeonatos realizados anualmente, publicadas em jornais. Os docentes suprimem alguns resultados para que os estudantes possam calculá-los. Isso estimula o raciocínio e é o momento em que começamos a falar de números negativos. Essas situações são criadas para que os alunos tenham a percepção de uma leitura de tabela.
· Tempo – Os professores podem realizar atividades relacionadas à medição de tempo. Podem-se utilizar as grades de programação de TV, também publicadas em jornais. Os estudantes têm dificuldades de se planejar em função do horário, os professores podem estimular e ajudar na organização de um cronograma de estudos, assim, além de aprender a montar tabelas, trabalham com a divisão do tempo.
· Encartes de supermercado - Podemos trabalhar, ainda, com encartes de supermercado, o que possibilita combinar produtos, fazer operações fundamentais, abordar volume e peso, enfocar o custo. O professor pode fazer uma simulação de compras, na qual os alunos têm uma determinada quantia para gastar. Isso os obriga a fazer contas, alem de trabalhar com as prioridades de cada um, já que, nesse caso, é preciso fazer escolhas.
· Ludicidade – Adaptar jogos conhecidos dos alunos é outra estratégia para apresentar a matemática em sala de aula. Sem saber, eles usam a disciplina nesses jogos. Por ser uma atividade lúdica, acaba despertando mais o interesse.
Esses trabalhos servem para que os estudantes percebam que a matemática vai além do conteúdo curricular. O aluno tem que saber se expressar e lidar não só com os termos matemáticos, mas também com as outras áreas do conhecimento.
Refletindo sobre esse assunto
Um dos principais desafios da educação é desenvolver nos educandos a criticidade, a criatividade e ética, tornando-os autores conscientes de sua história pessoal e da coletividade, levando-as a compreender e transformar o mundo a sua volta.
A matemática é uma atividade social e, por isso, a matemática escolar não pode ser desvinculada do contexto sociocultural no qual estamos inseridos, cabendo ao professor resignificar o seu ensino através da mediação entre o conteúdo e as vivências cotidianas. 
A possibilidade de contextualizar a matemática com o cotidiano do aluno é real. Tão real quanto o sentido que a disciplina terá para o mesmo, facilitando e priorizando a construção de conhecimento. Essa possibilidade serviu de eixo norteador e motivador.
A matemática da sala de aula e a do cotidiano necessita caminhar lado a lado para terem significação tanto para o professor quanto para o aluno. Muitos de nós, professores, somos frutos do ensino matemático tradicional centrado no quadro-giz e ainda possuímos certas dificuldades e medos em compreender e dar significação a alguns currículos matemáticos nas nossas vivências como profissionais da educação.
Os alunos trazem á escola conhecimentos matemáticos espontâneos, reais, construídos nas vivencias com o grupo sociocultural do qual fazem parte. Possuem para matematizar o que aprenderam de acordo com as situações vividas.
No momento em que o aluno chega á escola, todo o passado, a bagagem de conhecimentos que já possui, deve ser respeitada e ser o ponto de partida para a ampliação destes conhecimentos. Ao perceber que seu conhecimento e origem sociocultural são aceitos e valorizados pelo professor, o aluno sente-se mais seguro e confiante em relação ao conhecimento e á escola em si, sem contar que estabelece uma relação, um vinculo, um elo de proximidade entre a escola e a vida da criança. Portanto, é preciso contextualizar o ensino de matemática, fazendo com que o aluno entenda o significado do que faz, e oportunizar meios para que perceba, na pratica, a aplicação do que aprende na escola.
O ensino de matemática que parte do conhecimento de que o aluno dispõe possibilita ao mesmo conhecer e investigar com mais profundidade e amplitude os conhecimentos que fazem parte da realidade que o cerca. A construção de conhecimentos matemáticos não deve ser o simples repasse de informações contidas nos livros didáticos ou que o professor domine. O professor deve ser o grande provocador na escola: provocador de experiências ricas de aprendizagem que se relacionam com o mundo. Assim a matemática ensinada na escola precisa ter um enfoque mais interligado a situações do cotidiano dos alunos.
Quando é feito um elo entre os conteúdos da escola e as experiências que fazem parte da vida do aluno, o mesmo demonstra mais interesse e motivação. Conhecer o contexto de vida dos alunos é, portanto, uma referencia primeira e fundamental para o planejamento das aulas por parte do professor.
Compactuando com ideias do grande mestre Paulo Freire, entendemos que o professor não é aquele que apenas ensina, mas aquele que através do dialogo oportuniza a troca de conhecimentos e, então, professor e aluno se educam, tornando-se sujeitos do processo ensino aprendizagem.
O uso de situações do dia-a-dia em atividades matemáticas na escola é importante porque os alunos constroem conceitos matemáticos a partir de suas experiências da vida real e não de livros prontos, acabamos, escritos por autores que nem sempre associam a matemática escolar com a vida real. Isto por que: “Se queremos alunosmentalmente ativos durante a aula, devemos encorajá-los a relacionar fatos e estar alertas e curiosos durante todo o dia”. Precisamos fazer a escola uma intermediadora entre os conteúdos matemáticos e o uso deles nas atividades do cotidiano.
Os alunos constroem seu conhecimento matemático significativo a partir de sua vivência e experiência, manuseando materiais diversificados, usando todos os sentidos. É importante ao aluno compreender e interpretar os saberes construídos na escola, relacionando-os e utilizando-os na sua vivência extra-escolar, pois, do contrario será uma saber inútil e obsoleto.
A atual situação da sociedade exige uma formação critica de indivíduos, relacionada á política e aos problemas sócio-culturais, diferente do pensamento tradicional de formação de alunos no antigo 2°grau (ensino médio), denominado “preparação para o trabalho” existente há alguns anos. Uma formação com ênfase na preparação para o trabalho não necessita de tomadas de decisões e posicionamentos críticos, limitando o espaço para um conhecimento reflexivo.
Matemática: aprendendo através do cotidiano
A matemática tem que ser percebida como um objeto sobre o qual se pode atuar, inventar, mudar. Infelizmente, na escola básica, o objetivo da matemática é decorar fórmulas, números e tabuada, os resultados matemáticos têm que ser sempre únicos e definitivos, fazendo com que na escola, ensinem a futuros professores a detestar a matemática, depois, esses professores voltam a escola para ensinar outra geração á detestá-la.
A matemática escolar deveria ser um instrumento para tornar a matemática acessível a um número crescente de pessoas. Contudo, em nosso cotidiano é denunciado cada vez mais e por meio das mais diferentes formas o analfabetismo matemático.
Os conceitos matemáticos fazem parte do nosso dia-a-dia. Planejar o orçamento familiar, ir ao supermercado, fazer uma compra parcelada, construir um cômodo a mais em casa, tudo isso envolve cálculos. Essa proximidade da matemática ao nosso cotidiano, no entanto, nem sempre é percebida na escola. E a disciplina acaba gerando medo e sendo alvo de rejeição.
O dia-a-dia abriga em seu interior muitas vidas, que se anunciam das mais surpreendentes e diversas linguagens. Quando falamos da matemática no cotidiano, as preocupações não têm a ver com matemática escolar. Assim, os não matemáticos precisam ter acesso ao espírito da matemática do nosso tempo. Os professores podem fazer isso, por exemplo, os alunos identificam a presença dos números no dia-a-dia, reconhecendo sua utilidade. Eles estão presentes na numeração das casas, nas placas dos carros e em diversas outras situações, em que servem para orientar as pessoas e ordenar o mundo

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