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Relatório de estágio curricular realizado na companhia de desenvolvimento dos vales do São Francisco e do Parnaíba Codevasf, Brasília DF, de 19 de setembro de 2006 a 31 de janeiro de 2007

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS 
 
ESCOLA DE AGRONOMIA E ENGENHARIA DE ALIMENTOS 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR REALIZADO NA COMPANHIA 
DE DESENVOLVIMENTO DOS VALES DO SÃO FRANCISCO E DO 
PARNAÍBA - CODEVASF, BRASÍLIA, DF, DE 19 DE SETEMBRO DE 2006 
A 31 DE JANEIRO DE 2007. 
 
 
 
 
 
ANANDA HELENA NUNES CUNHA 
 
Agronomia 
 
 
 
 
 
 
GOIÂNIA – GO 
Abril / 2007 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS 
 
ESCOLA DE AGRONOMIA E ENGENHARIA DE ALIMENTOS 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR REALIZADO NA COMPANHIA 
DE DESENVOLVIMENTO DOS VALES DO SÃO FRANCISCO E DO 
PARNAÍBA - CODEVASF, BRASÍLIA, DF, DE 19 DE SETEMBRO DE 2006 
A 31 DE JANEIRO DE 2007. 
 
 
 
 
 
ANANDA HELENA NUNES CUNHA 
 
Agronomia 
 
 
Orientador: Prof. Gilmarcos de Carvalho Corrêa, D. Sc. 
Supervisor: Eng.º Agrônomo Athadeu Ferreira da Silva, D. Sc. 
 
 
GOIÂNIA – GO 
Abril / 2007 
 iii 
RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR REALIZADO NA COMPANHIA 
DE DESENVOLVIMENTO DOS VALES DO SÃO FRANCISCO E DO 
PARNAÍBA - CODEVASF, BRASÍLIA, DF, DE 19 DE SETEMBRO DE 2006 
A 31 DE JANEIRO DE 2007. 
 
 
 
 
 
ANANDA HELENA NUNES CUNHA 
 
 
 
 
 
Aprovada em: 14/04/2007. 
 
 
 
Comissão Julgadora: 
 
Prof. Gilmarcos de Carvalho Corrêa, D. Sc. (EA/UFG) 
Eng. Agr. Athadeu Ferreira da Silva, D. Sc. (CODEVASF) 
Prof. Engler José Vidigal Lobato, M. Sc. (EA/UFG) 
 
 
 
 
Prof. Gilmarcos de Carvalho Corrêa, D. Sc. 
- Orientador – 
 iv 
 
 
 
 
À minha querida mãe, que tanto amo, 
Lúcia Helena Oliveira Nunes, 
pelo apoio, força, dedicação 
e contribuição, que foram de grande 
importância para que meus sonhos 
se concretizassem. 
Dedico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aos meus irmãos Itana, Iara e Rodolfo, 
pelo carinho e amor dedicados, 
Aos meus sobrinhos Eduardo e Ana Júlia, que me 
mostraram que recomeçar sempre é necessário. 
Ofereço. 
 
 
 v
AGRADECIMENTOS 
 
À Deus, primeiramente, que me deu a vida, inspiração e força para 
realização deste trabalho. 
À Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do 
Parnaíba – CODEVASF, pela oportunidade de realização do estágio. 
Ao Professor Gilmarcos de Carvalho Corrêa, D. Sc., pela orientação, 
apoio, amizade e aconselhamento dispensados para desenvolvimento do 
trabalho. 
À Athadeu Ferreira da Silva, D. Sc., pelo suporte técnico na 
condução do trabalho, como supervisor, e também pela amizade e 
sugestões essenciais. 
Ao grande amigo Roberto Corrêa Leal, pela grande ajuda de 
extrema importância para a concretização desse estágio. 
À Ilda Helena Oliveira Nunes, pelo auxílio na escolha do orientador e 
pelos conselhos durante o estágio. 
À Júlio César da Cunha Gobo, que esteve sempre ao meu lado, 
dando carinho, atenção, amor e amizade nas horas mais difíceis. 
Aos colegas da CODEVASF, em especial Paulo Leite Pinheiro, 
Maria de Fátima Araújo Paiva, Ivana Resende de Oliveira e Frederico 
Orlando Calazans Machado, pela colaboração e conselhos importantes à 
finalização do trabalho. 
Aos professores e funcionários da Escola de Agronomia e 
Engenharia de Alimentos pelo carinho cultivado durante o período 
acadêmico. 
Aos colegas do curso de Agronomia, pela convivência, respeito e 
carinho dedicados durante os períodos de dificuldades e desentendimentos. 
A todos que, direta ou indiretamente, contribuíram para a realização 
deste trabalho. 
SUMÁRIO 
Página 
LISTA DE QUADROS ................................................................................ viii 
LISTA DE FIGURAS .,...................................................................................ix 
1. INTRODUÇÃO .......................................................................................... 1 
2. DESENVOLVIMENTO ............................................................................... 3 
2.1. COMPANHIA DE DESENVOLVIMENTO DOS VALES DO SÃO 
FRANCISCO E DO PARNAÍBA - CODEVASF............................................. 3 
2.1.1. Diretrizes Políticas da Empresa ....................................................... 4 
2.1.2. Estrutura orgânica da Empresa ....................................................... 5 
2.1.2.1. Área de Revitalização das Bacias Hidrográficas.......................... 7 
2.1.2.1.1. Protocolo de classificação de demandas ................................. 8 
2.1.2.1.1.1. Critérios para aplicação de recursos do Projeto Piloto de 
Investimento (PPI – 2007) ........................................................................... 8 
2.1.2.1.1.2. Adição de critérios práticos .................................................. 10 
2.1.2.1.1.3. Definição de recursos 2007 ................................................... 10 
2.1.2.1.2. Gerência de Empreendimentos Sócio-Ambientais ................ 11 
2.1.3. BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO SÃO FRANCISCO ..................... 11 
2.1.3.1. Caracterização geral .................................................................... 11 
2.1.3.2. Problemas detectados na bacia .................................................. 15 
2.1.3.3. Linhas de atuação da Empresa dentro da bacia do rio São 
Francisco .................................................................................................... 15 
2.1.3.3.1. Programa de Revitalização da Bacia Hidrográfica do Rio São 
Francisco - PRBHRSF ............................................................................... 15 
2.1.3.3.1.1. Operacionalização executiva do Programa de Revitalização 
da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco - PRBHRSF ..................... 16 
2.1.3.3.2. Arranjos Produtivos Locais - APLs ......................................... 19 
2.1.3.3.3 Piscicultura ................................................................................. 20 
2.1.3.3.4. Bovinocultura ............................................................................. 20 
2.1.3.3.5. Programa de Irrigação e Drenagem ......................................... 21 
2.1.4. BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO PARNAÍBA ................................. 22 
2.1.4.1. Caracterização geral .................................................................... 22 
 vii 
2.1.4.2. Problemas detectados na bacia .................................................. 26 
2.1.4.3. Linhas de atuação da Empresa dentro da bacia do rio Parnaíba 
..................................................................................................................... 26 
2.1.4.3.1. Programa de Revitalização da Bacia Hidrográfica do Rio 
Parnaíba - PRBHRPAR............................................................................... 26 
2.1.4.3.2. Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado do Vale do 
Parnaíba - Planap ...................................................................................... 27 
2.1.4.3.3. Arranjos Produtivos Locais - APLs ......................................... 28 
2.1.4.3.4. Piscicultura ................................................................................ 28 
2.1.4.3.5. Irrigação ...................................................................................... 28 
3. SUGESTÕES .......................................................................................... 29 
4. CONCLUSÃO .......................................................................................... 30 
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................... 31 
6. ANEXOS ..................................................................................................33 
 
 viiiPágina 
LISTA DE QUADROS 
QUADRO 1. Superintendências Regionais (SRs) da CODEVASF, Brasília 
– DF, 2007 ..................................................................................................... 6 
QUADRO 2. Dados do Vale do rio São Francisco, Brasília – DF, 2007 
...................................................................................................................... 12 
QUADRO 3. Áreas das culturas por métodos de irrigação no projeto 
Gorutuba - MG ............................................................................................ 22
 ix 
Página 
LISTA DE FIGURAS 
 
FIGURA 1. Estrutura orgânica da Empresa. Brasília – DF, 
2007................................................................................................................ 6 
FIGURA 2. Bacia Hidrográfica do rio São Francisco, Brasília – DF, 1999 
...................................................................................................................... 13 
FIGURA 3. Bacia Hidrográfica do rio Parnaíba (7ª SR) (CODEVASF, 
2006b) ......................................................................................................... 25 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
A água, durante o ciclo hidrológico, sofre alterações em sua 
qualidade e quantidade. Isso ocorre nas condições naturais em razão das 
inter-relações dos componentes do sistema de meio ambiente, quando os 
recursos hídricos são influenciados devido ao uso para suprimento das 
demandas dos núcleos urbanos, das indústrias, da agricultura e das 
alterações do solo. Os recursos hídricos têm capacidade de diluir e assimilar 
esgotos e resíduos, mediante processos físicos, químicos e biológicos, que 
proporcionam a sua auto-depuração, influenciando seu aspecto qualitativo. 
Entretanto, essa capacidade é limitada em face da quantidade e qualidade 
de recursos hídricos existentes (SETTI et al., 2001). 
Os setores usuários das águas são os mais diversos, com aplicação 
para inúmeros fins. O uso pode ter caráter consultivo, ocorrendo quando a 
água é captada do seu curso natural e somente parte dela retorna ao curso 
normal do rio (irrigação), ou não consultivo, onde toda a água captada 
retorna ao curso d’água de origem (hidrelétrica) (SETTI et. al., 2001). 
A partir da segunda metade dos anos 70, um grande número de 
projetos públicos de irrigação foi iniciado, em vários estados do Semi-Árido 
Brasileiro, beneficiando a região Nordeste com avanços tecnológicos 
propiciados por modelos hidrológicos, e incluindo-a nos diversos estágios de 
desenvolvimento da gestão dos recursos hídricos, realizada em três fases: 
(i) até 1940, quando a capacidade de aprovisionamento superava a 
demanda e as ações se concentravam no controle de inundações, na 
regularização dos cursos d'água, na produção de energia e na captação 
para abastecimento público; (ii) entre 1940 e 1970, sobretudo após 1950, 
quando o desenvolvimento acelerado das atividades industriais e agrícolas, 
 2
aliada à expansão urbana habitacional, implicou manifestação dos primeiros 
conflitos entre oferta e demanda de água; e (iii) a partir de 1970, quando a 
água passa a ser percebida como um recurso natural finito e, em muitos 
casos, escasso ou impróprio para o consumo humano (BRASIL, 1999). 
A Lei nº. 9.433, de 08 de janeiro de 1997, institui a Política Nacional 
de Recursos Hídricos e cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de 
Recursos Hídricos. Fundamenta-se na água como um bem de domínio 
público, um recurso natural limitado dotado de valor econômico. A gestão 
dos recursos hídricos deve sempre proporcionar o uso múltiplo das águas e 
deve ser descentralizada e contar com a participação do Poder Público, dos 
usuários e das comunidades. A bacia hidrográfica é a unidade territorial para 
implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos e atuação do 
Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos (MACHADO, 
2004). 
A gestão dos recursos hídricos tem se utilizado da implantação de 
reservatórios como uma importante ferramenta para o atendimento dos usos 
múltiplos das águas. No entanto, devido ao alto crescimento da demanda de 
energia elétrica e da água destinada ao abastecimento público, industrial e 
agrícola, o uso múltiplo das águas provocou o surgimento de conflitos que 
envolvem aspectos ambientais e operacionais, independentemente da 
finalidade principal do reservatório (ANA, 2004). 
O Estágio Curricular Obrigatório foi realizado de 19 de setembro de 
2006 a 31 de janeiro de 2007, na Companhia de Desenvolvimento dos Vales 
do São Francisco e do Parnaíba - CODEVASF, na Área de 
Revitalização/Gerência de Empreendimentos Sócio-Ambientais (AR/GSA), 
em Brasília - Distrito Federal, da Companhia de Desenvolvimento dos Vales 
do São Francisco e do Parnaíba – CODEVASF. 
Foram conduzidas atividades administrativas, encaminhando 
processos para unidades da Gerência ou para outras Gerências, e 
classificando as ações para o Plano Orçamentário Anual (POA – 2007). 
 
2. DESENVOLVIMENTO 
 
2.1. COMPANHIA DE DESENVOLVIMENTO DOS VALES DO SÃO 
FRANCISCO E DO PARNAÍBA - CODEVASF 
 
Segundo a Agência Nacional de Águas – ANA (2004), no Brasil, o 
final do Século XIX e o início de Século XX foram marcados pela criação de 
um conjunto de instituições voltadas a questões de clima, de disponibilidade 
hídrica e saneamento, e de obras contra intempéries. Em 1909, no Nordeste, 
foi instituída a Inspetoria de Obras Contra as Secas (IOCS), transformada 
em Inspetoria Federal (IFOCS), em 1919 e, mais tarde, no Departamento 
Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS). Em 1948, foram criadas, 
simultaneamente, a Companhia Hidroelétrica do Rio São Francisco (CHESF) 
e a Comissão do Vale do São Francisco (CVSF), transformada em 
Superintendência (SUVALE), em 1967, e na Companhia de 
Desenvolvimento do Vale do São Francisco (CODEVASF), em 1975. 
A história da CODEVASF está associada à importância do rio São 
Francisco, no âmbito do crescimento social e econômico brasileiro. Pela Lei 
nº 6.088 foi instituída a CODEVASF - Empresa Pública, atualmente 
vinculada ao Ministério da Integração Nacional, com sede e foro no Distrito 
Federal. Tem como objetivo promover o desenvolvimento da região 
utilizando os recursos hídricos com ênfase na irrigação como força 
propulsora. Por força da Lei 9.954, de 6 de janeiro de 2000, a CODEVASF 
teve sua área de atuação ampliada para a bacia do rio Parnaíba, perfazendo 
uma área total de abrangência de 982.207,40 km², equivalente a 11,30% da 
área do território nacional (CODEVASF, 2006a). 
 4 
2.1.1. Diretrizes Políticas da Empresa 
 
Em 22/11/2006, a CODEVASF aprovou, pela Resolução da Diretoria 
Executiva nº 549, as suas novas Diretrizes Políticas, que servem como base 
para enquadramento das ações e projetos a serem desenvolvidos, em 
consonância com os objetivos do governo e necessidades das regiões e em 
conformidade com a Missão, Visão de Futuro e Objetivos Estratégicos 
definidos para a empresa (CODEVASF, 2007a). 
• Promover a revitalização das bacias hidrográficas dos rios São 
Francisco e Parnaíba; 
• Implantar projetos que reforcem os arranjos produtivos locais; 
• Adotar salvaguardas ambientais nas atividades produtivas 
potencialmente impactantes aos ecossistemas das bacias 
hidrográficas; 
• Desenvolver e manter atualizados planos de desenvolvimento 
integrado para as bacias do São Francisco e Parnaíba; 
• Apoiar a implantação dos projetos prioritários identificados no 
Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da Bacia do 
Parnaíba – Planap; 
• Promover a capacitação dos atores envolvidos nos programas de 
desenvolvimento regional sustentável; 
• Contribuirno abastecimento de água para o consumo humano e 
animal, prioritariamente por meio de obras de pequeno porte para 
atendimentos comunitários; 
• Integrar a Empresa na matriz energética do país estimulando a 
produção de fontes alternativas de energia, com ênfase em 
ciência e tecnologia, prioritariamente na área agrícola, a exemplo 
dos pólos de biocombustíveis; 
• Promover o saneamento ambiental com ênfase na gestão e na 
qualidade dos recursos naturais; 
• Incentivar a atração de investimentos privados como instrumento 
de viabilização dos projetos, a exemplo das Parcerias Público-
 5 
Privadas e das concessões; 
• Desenvolver projetos e ações com foco em Mecanismos de 
Desenvolvimento Limpo – MDL; 
• Fomentar projetos de infra-estrutura de apoio à produção, 
logística, distribuição e comercialização nas áreas de atuação da 
Empresa; e 
• Gerar receita própria a partir da prestação de serviços técnicos 
especializados como consultorias em projetos de irrigação e 
informações georreferenciadas. 
 
2.1.2. Estrutura orgânica da Empresa 
 
A CODEVASF possui cinco Órgãos de administração superior 
(CODEVASF, 2006b): 
1) Área de revitalização das bacias hidrográficas: responsável pela 
definição de diretrizes para a gestão dos projetos e ações de revitalização 
das bacias. Possui 3 gerências e 7 unidades. 
2) Área de gestão dos empreendimentos de irrigação: responsável 
pela definição de diretrizes para a gestão integrada e transferência dos 
perímetros de irrigação. Possui 1 gerência e 3 unidades. 
3) Área de desenvolvimento integrado e infra-estrutura: serviços 
técnicos em geral para a elaboração de projetos de infra-estrutura. Possui 3 
gerências e 6 unidades. 
4) Área de gestão estratégica: responsável pelo assessoramento à 
Diretoria Executiva na formulação de políticas e diretrizes para o 
desenvolvimento institucional da Empresa. Possui 3 gerências e 8 unidades. 
5) Área de gestão administrativa e de suporte logístico: responsável 
pela definição da política e instrumentos de gestão de pessoas, patrimônio, 
material, serviços gerais, financeira, contábil, compras, serviços e acervo 
documental. Possui 4 gerências e 11 unidades. 
O organograma da Empresa, situando a Área de Revitalização, está 
na Figura 1 abaixo. 
 
 6 
PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO 
NACIONAL
PRESIDÊNCIA DA CODEVASF
ÁREA DE REVITALIZAÇÃO DAS 
BACIAS HIDROGRÁFICAS
GERÊNCIA DE MEIO AMBIENTE
GERÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO 
TERRITORIAL
GERÊNCIA DE EMPREENDIMENTOS 
SÓCIO-AMBIENTAIS
UNIDADE DE CONSERVAÇÃO DA ÁGUA, 
SOLO E RECURSOS FLORESTAIS
UNIDADE DE GESTÃO DAS AÇÕES
DE REVITALIZAÇÃO
UNIDADE DE GESTÃO DE RECURSOS 
HÍDRICOS
PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO 
NACIONAL
PRESIDÊNCIA DA CODEVASF
ÁREA DE REVITALIZAÇÃO DAS 
BACIAS HIDROGRÁFICAS
GERÊNCIA DE MEIO AMBIENTE
GERÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO 
TERRITORIAL
GERÊNCIA DE EMPREENDIMENTOS 
SÓCIO-AMBIENTAIS
UNIDADE DE CONSERVAÇÃO DA ÁGUA, 
SOLO E RECURSOS FLORESTAIS
UNIDADE DE GESTÃO DAS AÇÕES
DE REVITALIZAÇÃO
UNIDADE DE GESTÃO DE RECURSOS 
HÍDRICOS
 
FIGURA 1. Estrutura orgânica da Empresa. Brasília – DF, 2007. 
 
A empresa possui sete Superintendências Regionais (Unidades 
Descentralizadas), responsáveis pela coordenação, programação e 
execução das atividades-fim (atingem a população diretamente) da 
Empresa, nas respectivas regiões de abrangência (Quadro 1). 
 
QUADRO 1. Superintendências Regionais (SRs) da CODEVASF, Brasília 
– DF, 2007. 
SRs* Sede Estado Localização Área (km2)
1ª Montes Claros Minas Gerais Alto e Médio 239.948,70 
2ª Bom Jesus da Lapa Bahia Médio 222.930,40 
3ª Petrolina Pernambuco Submédio 69.518,40 
4ª Aracaju Sergipe Baixo 7.473,30 
5ª Penedo Alagoas Baixo 14.338,20 
6ª Juazeiro Bahia Submédio 85.010,40 
7ª Terezina Piauí - 342.988,00 
Total 982.207,40 
 
*Bacia do São Francisco (1ª a 6ª SR). Bacia do Parnaíba (7ª SR). 
 
 7 
2.1.2.1. Área de Revitalização das Bacias Hidrográficas 
 
Conceitua-se revitalização, recuperação, conservação e preservação 
ambiental por meio da implementação de ações integradas que promovam o 
uso sustentável dos recursos naturais, a melhoria das condições 
socioambientais da bacia e o aumento da quantidade e a melhoria da 
qualidade da água para usos múltiplos (ACERVO CONCEITUAL DO 
PROGRAMA DE REVITALIZAÇÃO, 2006). 
A Área de Revitalização tem como Política Pública “conhecer para 
revitalizar”, ou seja, é necessário conhecer a realidade, os problemas atuais, 
o cenário existente para saber onde, como e quando atuar para a 
recuperação das Bacias Hidrográficas dos Rios São Francisco e Parnaíba. A 
Área de Revitalização possui, segundo o organograma simplificado da 
CODEVASF (Figura 1), as seguintes estruturas orgânicas: Gerência de Meio 
Ambiente; Gerência de Empreendimentos Sócio-Ambientais: Unidade de 
Conservação da Água, Solo e Recursos Florestais, Unidade de Gestão das 
Ações de Revitalização e Unidade de Gestão de Recursos Hídricos e 
Gerência de Desenvolvimento Territorial. 
A Área de Revitalização é responsável pela definição de diretrizes 
para a gestão dos projetos e ações de revitalização das bacias; coordenação 
das ações de articulação e integração com os demais órgãos públicos, 
privados e da sociedade civil organizada envolvidos na revitalização e na 
gestão territorial das bacias, desenvolvimento de projetos e ações de apoio a 
arranjos e atividades produtivas; gestão integrada de informações 
georreferenciadas das bacias; e, gestão dos resultados gerados na 
revitalização das bacias (Artigo 3, alínea a, inciso II, da legislação interna da 
CODEVASF). De acordo com o Artigo 17 do Regimento Interno (2006b) da 
CODEVASF, à Área de Revitalização das Bacias Hidrográficas compete: 
planejar, orientar, supervisionar, coordenar, controlar e executar as 
atividades decorrentes das atribuições previstas no Artigo citado 
anteriormente. 
 
 
 8 
2.1.2.1.1. Protocolo de classificação de demandas 
 
As demandas de ações pertinentes às diretrizes do programa são 
encaminhadas à CODEVASF pelas prefeituras, universidades, ONGs, 
Associações de Classe, etc. São cadastradas pelo SRD (Sistema de 
Rastreamento de Documentos ) de controle interno, encaminhadas para 
suas unidades ou gerências (de acordo com o contexto) e também 
classificadas com base nos critérios do Plano Decenal de Recursos Hídricos, 
que é a base do Programa de Revitalização da Bacia Hidrográfica do Rio 
São Francisco (PRBHRSF) e do Programa de Revitalização da Bacia 
Hidrográfica do Rio São Francisco (PRBHRPAR). O Plano Decenal de 
Recursos Hídricos rege qualquer intervenção na bacia, e é composto por 
vários cadernos, incluindo o de Recuperação e Conservação 
Hidroambiental, onde os Programas citados acima fazem parte. 
Uma vez classificada na CODEVASF, esta demanda é submetida à 
coordenação do PRBHRSF, que é composto pelo Ministério da Integração 
Nacional (MI), Ministério do Meio-Ambiente (MMA), Comitê de Bacias, 
Ministério do Transporte, Ministério da Agricultura, Ministério da Cidade e 
Ministério da Cultura. As ações aprovadas, tendo em vista o recurso 
disponibilizado, são devolvidas à CODEVASF para a abertura do processo e 
início de análise (técnica, ambiental, jurídica, fiscal, legislativa), visando 
aprovação da Diretoria Executiva da Empresa, assim pode-se executar a 
ação através de contrato, convênio ou execução direta. 
 
2.1.2.1.1.1. Critérios para aplicação de recursos do Projeto Piloto de 
Investimento (PPI – 2007) 
 
As ações foram caracterizadas em prioridade “A” e prioridade “B”, 
segundo estudos realizados pela Gestão de Empreendimentos Sócio-Ambientais, Diretoria da Área de Revitalização. 
 
Prioridade “A” 
 
a) Ações em andamento executivo (serviços Conveniados – 
 9 
CV/Contratados – CT) 
• 1.1 CV/CT que faltam etapas orçamentárias do instrumento 
para serem empenhadas necessárias a conclusão legal do 
compromisso firmado. 
• 1.2 Foi firmado CV/CT de parte do objeto da ação. Há 
necessidade de recursos orçamentários para concluir a ação 
(evitar “obra inacabada”). 
b). Ações comprometidas em 2005/2006 
• Suspensas por motivos de documentação 
(técnica/administrativa). 
• Aprovadas na Diretoria Executiva e não empenhada por motivo 
de reprogramação orçamentária 
 
Prioridade “B” (novas ações) 
 
Constituem o volume de propostas do PRBHRSF catalogadas na 
CODEVASF provenientes de fontes variadas, dentro do contexto do 
PRBHRSF (MMA, MI, Superintendências Regionais, Prefeituras Municipais, 
Congresso Nacional, Casa Civil, etc.). A classificação seguiu as Diretrizes do 
Plano Decenal de Recursos Hídricos da Bacia do São Francisco, dentro do 
foco de RECUPERAÇÃO E CONSERVAÇÃO HIDROAMBIENTAL DA 
BACIA DO RIO SÃO FRANCISCO, cuja meta é disponibilizar água em 
qualidade e quantidade, enquadrando os cursos d'água na CLASSE 2 (de 
acordo com a resolução do CONAMA 357, de 17 de março de 2005) 
O PRBHRSF recomendou priorizar as intervenções: 
• i) Nas faixas de domínio da Calha do Rio São Francisco. 
• ii) Nas Sub-Bacias Prioritárias definidas pelo grau de poluição dos 
corpos d'água sinalizadas através dos indicadores analíticos pH 
(Potencial Hidrogeniônico), DBO (Demanda Bioquímica de 
Oxigênio) e Turbidez (medida da dificuldade de um feixe de luz 
atravessar uma quantidade de água). Os corpos d'água 
intermitentes (tributários primários do São Francisco ou de Sub-
Bacias) são característicos de poluição difusa, de ação pontual 
nos períodos chuvosos que, na sua maioria na BSF, não 
 10 
merecem priorização de atendimento. 
• iii) Nas regiões de menor IDH (Índice de Desenvolvimento 
Humano) até o limite do valor da BSF (IDH = 0,666). 
• iv) Nas regiões de maior densidade populacional. 
• v) Promover distribuição das intervenções (destinação 
orçamentária) para os estados federativos da BSF de modo 
equitativo a inserção territorial inserida e peculiaridade próprias 
concernentes aos objetivos do PRBHRSF. 
 
2.1.2.1.1.2. Adição de critérios práticos 
 
Ações indicadas por estudos (diagnósticos) já concluídos 
contratados pelo PRBHRSF em anos anteriores (2004-2006), ações geradas 
pelas Campanhas de Fiscalização Técnica promovida pelo Ministério Público 
Ambiental. 
O estágio da Proposta Técnica apresentada deverá priorizar, 
satisfazendo os demais quesitos básicos, ações que apresentem projetos 
técnicos mais avançados, aptos a serem implementados em curto prazo. 
Após a pontuação feita (Anexo 1), completa-se a Anexo 2, 
observando a qual Funcional Programática (FP) se refere, dentro do 
contexto do Programa de Revitalização da Bacia Hidrográfica do São 
Francisco (PRBHSF). Os indicadores de caracterização são: Estado (UF), 
Município, calha que se encontra o município do projeto, população 
beneficiada, o valor a ser empenhado (R$), estágio em que se encontra o 
projeto e a pontuação (de acordo com o Anexo 1). 
 
2.1.2.1.1.3. Definição de recursos 2007 
 
A participação fisiográfica de cada Unidade Federativo da Bacia do 
rio São Francisco com vista ao equacionamento da partição orçamentária 
(%) - MG: 37; BA: 27; PE: 16; AL: 10 e SE: 10. A fundamentação utilizada 
foi: área territorial, densidade populacional e contribuição hídrica (vazão: 
m3.s-1). 
A participação orçamentária (%) por segmentos para o PPI – 2007: 
 11 
Obras: 1%, Controle de Processos Erosivos: 9%, Esgotamento Sanitário: 
58,5%, Drenagem Urbana: 28,5% e Resíduo Sólido: 3%. Dados 
fundamentados em percentuais gerados da razão segmento/total demandas. 
 
2.1.2.1.2. Gerência de Empreendimentos Sócio-Ambientais 
 
À Gerência de Empreendimentos Sócio-Ambientais compete: propor, 
coordenar, supervisionar, fiscalizar e implementar, direta ou indiretamente, 
ações e obras de revitalização nas bacias do São Francisco e do Parnaíba. 
Está subdividida em: Unidade de Conservação da água, solo e Recursos 
Florestais (UCF), Unidade de gestão das Ações de Revitalização (UAR) e 
Unidade de Recursos Hídricos (URH). As unidades analisam processos 
como: monitoramento da qualidade de água (URH); reflorestamento de 
nascentes e áreas degradadas (UCF); recuperação e controle de processos 
erosivos (UCF); obras de revitalização como esgotamento sanitário e 
resíduos sólidos (UAR). 
 
2.1.3. BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO SÃO FRANCISCO 
 
2.1.3.1. Caracterização geral 
 
A região hidrográfica do São Francisco tem 640.000 km2 de área, 
vazão média de 2.980 m3.s-1 e abrange 503 municípios. O rio São Francisco 
tem 2.700 km de extensão e nasce na Serra da Canastra em Minas Gerais, 
escoando no sentido sul-norte pela Bahia e Pernambuco, quando altera seu 
curso para sudeste, chegando ao Oceano Atlântico entre Alagoas e Sergipe. 
A região abrange sete unidades da Federação: Bahia (47,2% da área da 
bacia), Minas Gerais (38,2%), Pernambuco (10,6%), Alagoas (2,3%), 
Sergipe (1,1%), Goiás (0,4%) e Distrito Federal (0,2%) (BRASIL, 1999). 
A Bacia está dividida em quatro sub-bacias: Alto São Francisco – 
das nascentes até a cidade de Pirapora; Médio São Francisco – de Pirapora 
até Remanso; Submédio São Francisco – de Remanso até Paulo Afonso e o 
Baixo São Francisco – de Paulo Afonso até sua foz (BRASIL, 1999). 
 12 
O Quadro 2 apresenta dados do Vale do rio São Francisco, 
considerando a divisão administrativa vigente estabelecida pela CODEVASF 
para sua atuação na região; utilizando-se as unidades federativas. 
 
QUADRO 2. Dados do Vale do rio São Francisco, Brasília – DF, 2007. 
Área Total (1) Área no Vale 
(2)
Área Total (1) Área no Vale 
(2)
Área Total (1) Área no Vale 
(2)
Minas Gerais
588.383,60 262.201,90 235.471,30 95.646,30 90.429,70 41.608,70 38.414,80
Bahia 567.295,30 331.724,70 307.940,80 209.799,20 186.015,30 234.672,70 210.888,80
Distrito 
Federal 5.822,10 5.822,10 1.335,60 0,00 0,00 0,00 0,00
Goiás 341.289,50 13.133,80 3.141,80 0,00 0,00 0,00 0,00
Pernambuco 
(3) 98.937,80 71.973,80 69.518,40 71.973,80 69.518,40 71.973,80 69.518,40
Sergipe 22.050,30 8.689,80 7.473,30 5.883,40 5.499,60 6.148,20 5.764,40
Alagoas 27.933,10 16.225,20 14.338,20 12.293,40 11.933,10 11.479,20 11.359,10
Total 1.651.711,70 709.771,30 639.219,40 395.596,10 363.396,10 365.882,60 335.945,50
Brasil 8.547.403,80 - - - - - -
Dos Estados no Vale Do Vale no Polígono das 
secas
Do Vale no Semi-Árido
Área dos Estados no Vale (Km2) 
Estados
Total dos 
Estados
Fontes: FIBGE - Resolução nº. 24, de 25/07/97 - Áreas territoriais dos estados e municípios brasileiros, vigentes 
em 1º/01/97 - publicada no Diário Oficial de 26/08/97 e Malha Municipal do Brasil - 1997; e SUDENE - Resolução 
nº. 11.135/97 e Portaria nº. 1.182/99. 
Notas: (1) Inclui a área total dos municípios parcialmente inseridos no Vale. (2) Não inclui a área externa dos 
municípios parcialmente inseridos no Vale. As áreas internas foram obtidas através de projeção cilíndrica em 
ambiente de sistema georreferenciado utilizando o software ARC/INFO, por colaboração do Centro de 
Geoprocessamento da Codevasf, a partir da Malha Municipal do Brasil - 1997 da FIBGE, e informações da 
SUDENE, válidas para 1999. (3) A área total de Pernambuco inclui a de Fernando de Noronha. 
 
Cerca de 14,1 milhões de pessoas (8% da população do país) 
habitam a região hidrográfica do São Francisco com maior concentração no 
Alto (56% da população da bacia) e Médio São Francisco (24% dapopulação da bacia) (CODEVASF, 2006a). 
Os afluentes mais importantes formadores com regime perene são 
os rios: Paracatu, Urucuia, Carinhanha, Corrente e Grande, pela margem 
esquerda; e das Velhas, Jequitaí e Verde Grande, pela margem direita. 
Abaixo do rio Grande, os afluentes, situados no polígono das secas são 
intermitentes, secam e produzem grandes torrentes (BRASIL, 1999). 
A região contempla fragmentos dos Biomas Floresta Atlântica, 
Cerrado, Caatinga e Costeiros e Insulares. O cerrado cobre, praticamente, 
metade da área da bacia – de Minas Gerais ao oeste e sul da Bahia, 
enquanto a caatinga predomina no nordeste da Bahia, onde as condições 
climáticas são severas. A floresta Atlântica, devastada, ocorre no Alto São 
Francisco, principalmente nas cabeceiras. Margeando os rios, onde a 
umidade é mais elevada, observam-se regiões de Mata Seca (BRASIL, 
 13 
1999). 
A Figura 2 mostra as Superintendências Regionais na Bacia 
Hidrográfica do rio São Francisco e suas respectivas áreas (km²). 
 
 
FIGURA 2. Bacia Hidrográfica do rio São Francisco, Brasília – DF, 1999.
PIAUÍ
MARANHÃO
BARRA
BARREIRAS
BOM JESUS DA LAPA
XIQUE XIQUE
GOIÁS
ESPINOSA
GUANAMBI
GOIÁS
TOCANTINS
MINAS GERAIS
SÃO PAULO
DIVINÓPOLIS
CURVELO
TRÊS MARIAS
PIRAPORA
MONTES CLAROS
MONTE AZUL
JANUÁRIA
IRECÊ
JUAZEIRO
PETROLINA
SALGUEIRO
SERGIPE
PROPRIÁ PENEDO
ALAGOAS
PERNAMBUCO
PARNAÍBA
RIO GRANDE
DO NORTE
CEARÁ
ESPÍRITO SANTO
MINAS GERAIS
BAHIA
 14 
Em parte da região hidrográfica do São Francisco, o polígono das 
secas é um território sujeito a períodos críticos de prolongadas estiagens, 
com várias zonas geográficas e diferentes índices de aridez. Situa-se, 
majoritariamente, na região Nordeste do Brasil, porém estende-se até o 
norte de Minas Gerais. A região de São Francisco tem 58% de sua área e 
270 municípios inscritos no citado polígono (BRASIL, 1999). 
O clima apresenta uma variabilidade associada à transição do úmido 
para o árido, com temperatura média anual variando de 18 a 27 ºC, um 
baixo índice de nebulosidade e grande incidência de radiação solar. A 
evapotranspiração potencial é muito alta, sobretudo na parte norte do Vale. 
Acompanha geograficamente, a variação da temperatura, com os maiores 
valores anuais no Submédio São Francisco, onde algumas estações 
atingem 2.140 mm, descendo para 1.300 mm na zona do limite norte do 
Vale e um pouco menos no extremo sul (BRASIL, 1999). 
Segundo CODEVASF (2006a), as vazões observadas na foz da 
estação de Traipú (AL) são as seguintes : 
• média anual máxima: 5.244 m3.s-1; 
• máximas mensais, da ordem de 13.743 m3.s-1, ocorrem em 
março; 
• média anual: 32.980 m3.s-1 - corresponde a uma descarga média 
anual de 94 bilhões de m3 de água; 
• média anual mínima: 1.768 m3.s-1;mínimas mensais, da ordem de 
644 m3.s-1, ocorrem em outubro. 
Vazão específica: 11,1 L s-1. km2 no Alto São Francisco, 5,0 L s-1. 
km2 no Médio, 2,4 L s-1. km2 no Submédio, 4,7 L s-1. km2 no Baixo 
mostrando a maior disponibilidade de água no Alto e Médio São Francisco 
(82% da vazão do rio) (CODEVASF, 2006b). 
Nas sub-bacias do São Francisco, a maior demanda é a de irrigação 
sendo mais expressiva no Médio (mais de 10 vezes a demanda urbana) e 
no Submédio (mais de 20 vezes). A área irrigada é de 336.200 ha – 
correspondendo a 11% dos 2,9 milhões de hectares irrigados no Brasil 
(CODEVASF, 2006a). 
As demandas urbana e industrial são mais significativas no Alto São 
 15 
Francisco onde correspondem a 60% do total. No Baixo São Francisco, esta 
relação é de 30%. As principais atividades industriais existentes são 
siderurgia, mineração, química, têxtil, agroindústria, papel e equipamentos 
industriais (CODEVASF, 2006a). 
 
2.1.3.2. Problemas detectados na bacia 
 
Os projetos de irrigação desenvolvidos no sertão nordestinos, além 
de benefícios, também acarretam custos. O aumento da salinidade no solo e 
a contaminação por agrotóxicos são dois problemas típicos enfrentados 
pelas regiões beneficiadas (LARCHER, 2001). 
Para evitar o fenômeno da salinização, foi implementado um sistema 
de drenagem que ameniza boa parte dos efeitos. Técnicos das CODEVASF 
explicam que o processo está hoje sob controle e somente atingiu lotes mais 
antigos (LARCHER, 2001). 
O uso correto de agrotóxicos é uma questão mais complicada, pois 
depende, essencialmente, da conscientização dos produtores locais. Muitos 
colonos, por falta de informação, chegam a utilizar dentro de casa as 
embalagens usadas de produtos químicos. O descuido e a desinformação já 
resultaram em registros de doenças relacionadas a estas substâncias 
(LARCHER, 2001). 
Outros problemas também podem ser observados, como o lixo, o 
assoreamento, a falta d’água e de peixes, a destruição da cobertura vegetal, 
das matas ciliares e da biodiversidade (LARCHER, 2001). 
 
2.1.3.3. Linhas de atuação da Empresa dentro da bacia do rio São 
Francisco 
 
2.1.3.3.1. Programa de Revitalização da Bacia Hidrográfica do Rio São 
Francisco - PRBHRSF 
 
Segundo a diretriz geral da CODEVASF de promover a revitalização 
da bacia do rio São Francisco, a premissa do programa é implantar uma 
 16 
Política de Revitalização na Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco com 
sustentabilidade socioambiental, econômica, política, cultural e ética. 
As linhas de ação do Programa são: gestão e monitoramento 
(gestão da informação, monitoramento ambiental, ordenamento territorial), 
fortalecimento institucional e socioambiental (Agenda 21, educação 
ambiental, fortalecimento interinstitucional, cultura), proteção e manejo dos 
recursos naturais (conservação do solo, recuperação da cobertura vegetal, 
matas ciliares, APPs, gestão racional das águas, unidade de conservação, 
preservação da biodiversidade), qualidade e saneamento ambiental (controle 
da poluição, resíduos, convivência com semi-árido), economia sustentável 
(turismo sustentável, gestão de recursos pesqueiros, agricultura e reforma 
agrária sustentável) (BRASIL, 2000). 
Se o Programa cumprir as linhas de ação, os benefícios advindos 
serão imensuráveis, os quais citam-se: o aumento da disponibilidade hídrica 
quantitativa e qualitativa, diminuição da poluição ambiental, recuperação de 
matas ciliares e diminuição dos processos erosivos. Sendo assim, o 
programa se encaixa em uma das diretrizes da CODEVASF, desenvolver e 
manter atualizado o plano de desenvolvimento integrado para a bacia do 
São Francisco. 
 
2.1.3.3.1.1. Operacionalização executiva do Programa de Revitalização 
da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco - PRBHRSF 
 
A prefeitura de qualquer cidade só consegue firmar convênio com o 
governo Federal, via CODEVASF, se esta estiver em dia com suas dívidas. 
A situação de prestação de contas pode ser verificada pela internet no sítio 
do SIAF, em Tesouro Nacional (www.consulta.tesouro.fazenda.gov.br). Este 
convênio fornece ajuda financeira para as prefeituras que desejam fazer 
suas obras como: de esgotamento sanitário, recuperação de margens 
degradadas e outros. 
Segundo a Instrução Normativa STN nº 01, de 15 de janeiro de 1997 
– Celebração de Convênios, determina os seguintes critérios: 
• I - convênio - instrumento qualquer que discipline a transferência 
 17 
de recursos públicos e tenha como partícipe órgão da 
administração pública federal direta, autárquica ou fundacional, 
empresa pública ou sociedade de economia mista que estejam 
gerindo recursos dos orçamentos da União, visando à execução 
de programas de trabalho, projeto/atividade ou evento de 
interesse recíproco, em regime de mútua cooperação;• II - concedente - órgão da administração pública federal direta, 
autárquica ou fundacional, empresa pública ou sociedade de 
economia mista, responsável pela transferência dos recursos 
financeiros ou pela descentralização dos créditos orçamentários 
destinados à execução do objeto do convênio; 
• III - convenente - órgão da administração pública direta, 
autárquica ou fundacional, empresa pública ou sociedade de 
economia mista, de qualquer esfera de governo, ou organização 
particular com a qual a administração federal pactua a execução 
de programa, projeto/atividade ou evento mediante a celebração 
de convênio. 
O convênio será proposto pelo interessado ao titular do Ministério, 
órgão ou entidade responsável pelo programa, mediante a apresentação do 
Plano de Trabalho, que conterá, no mínimo, as seguintes informações: 
razões que justifiquem a celebração do convênio; descrição completa do 
objeto a ser executado; descrição das metas a serem atingidas, qualitativa e 
quantitativamente; licença ambiental prévia; etapas ou fases da execução do 
objeto, com previsão de início e fim; plano de aplicação dos recursos a 
serem desembolsados pelo concedente e a contrapartida financeira do 
proponente; cronograma de desembolso; declaração do convenente de que 
não está em situação de mora ou de inadimplência junto a qualquer órgão 
ou entidade da Administração Pública Federal Direta e Indireta; e 
comprovação do exercício pleno dos poderes inerentes à propriedade do 
imóvel (Instrução Normativa STN nº 01, 1997). 
Para a formalização do convênio, segundo a Instrução Normativa 
STN nº 01 (1997), este conterá, expressa e obrigatoriamente, cláusulas 
estabelecendo: 
 18 
• o objeto e seus elementos característicos com a descrição 
detalhada, objetiva, clara e precisa do que se pretende realizar ou 
obter, em consonância com o Plano de Trabalho; 
• a obrigação de cada um dos partícipes, inclusive a contrapartida; 
• a vigência, que deverá ser fixada de acordo com o prazo previsto 
para a consecução do objeto e em função das metas 
estabelecidas; 
• a obrigação do concedente de prorrogar “de ofício” a vigência do 
convênio, quando houver atraso na liberação dos recursos; 
• a prerrogativa da União, exercida pelo órgão ou entidade 
responsável pelo programa, de conservar a autoridade normativa 
e exercer controle e fiscalização sobre a execução; 
• a classificação funcional-programática e econômica da despesa, 
mencionando-se o número e data da Nota de Empenho ou Nota 
de Movimentação de Crédito; 
• a liberação de recursos, obedecendo ao cronograma de 
desembolso constante do Plano de Trabalho; 
• a obrigatoriedade de o convenente apresentar relatórios de 
execução físico-financeira e prestar contas dos recursos 
recebidos; 
• a definição do direito de propriedade dos bens remanescentes na 
data da conclusão ou extinção do instrumento; 
• a faculdade aos partícipes para denunciá-lo ou rescindi-lo, a 
qualquer tempo, imputando-se-lhes as responsabilidades das 
obrigações decorrentes do prazo em que tenham vigido e 
creditando-se-lhes, igualmente os benefícios adquiridos no 
mesmo período; 
• a obrigatoriedade de restituição de eventual saldo de recursos, 
inclusive os rendimentos da aplicação financeira, ao concedente 
ou ao Tesouro Nacional; 
• o compromisso do convenente de restituir ao concedente o valor 
transferido atualizado monetariamente; 
• o compromisso de o convenente recolher à conta do concedente 
 19 
o valor, atualizado monetariamente; 
• o compromisso do convenente de recolher à conta do concedente 
o valor correspondente a rendimentos de aplicação no mercado 
financeiro, referente ao período compreendido entre a liberação 
do recurso e sua utilização; 
• a indicação de que os recursos, para atender às despesas em 
exercícios futuros, no caso de investimento, estão consignados no 
plano plurianual, ou em prévia lei. 
Após a formalização do convênio, este deverá ser executado 
fielmente pelas partes, de acordo com cláusulas pactuadas e a legislação 
pertinente, respondendo cada uma pelas conseqüências de sua inexecução 
total ou parcial. A liberação de recursos financeiros, em decorrência de 
convênio, deve obedecer ao cronograma de desembolso previsto no Plano 
de Trabalho. 
 
2.1.3.3.2. Arranjos Produtivos Locais - APLs 
 
Os Arranjos Produtivos Locais - APLs são aglomerações de micro, 
pequenos e médios empreendedores que trabalham no mesmo ofício ou 
setor e estão localizados na mesma região. A contribuição da CODEVASF 
no aproveitamento dos APLs para desenvolver a região do vale do São 
Francisco, que é uma região produtora de ovinos e caprinos, consiste em: 
mobilizar e capacitar os empreendedores, para que possam gerenciar os 
negócios; e oferecer tecnologias, recursos e o suporte necessário para 
impulsionar o seu crescimento e a sustentabilidade do empreendimento. 
Ciente desse potencial, a CODEVASF iniciou em 2004 um amplo programa 
de apoio à estruturação e à dinamização desse arranjo produtivo, 
considerando a vocação natural e as vantagens competitivas da região para 
a ovinocaprinocultura, que traduz-se na criação de novas perspectivas e 
oportunidades de emprego e renda para a comunidade, tendo como foco 
principal o desenvolvimento da chamada economia sustentável 
(CODEVASF, 2007b). 
 
 20 
2.1.3.3.3. Piscicultura 
 
O Programa de Aquicultura e de Fortalecimento do Setor Pesqueiro 
teve início com a construção das grandes barragens hidrelétricas no rio São 
Francisco, como a de Três Marias, em Minas Gerais, e a de Sobradinho, na 
Bahia, que provocaram o surgimento de obstáculos à migração reprodutiva 
dos peixes, restringiram as cheias à jusante desses reservatórios, reduziram 
a inundação das lagoas marginais (as quais funcionam como berçários para 
dezenas de espécies da ictiofauna nativa). A partir de então, a CODEVASF 
implantou seis Estações de Piscicultura (Bebedouro - PE, Ceraíma - BA, 
Gorutuba - MG, Itiúba - AL, Betume - SE e Três Marias - MG) com vistas à 
produção de alevinos de espécies de peixes de importância econômica e 
ecológica, que são utilizados em peixamentos de rios, lagoas, açudes e 
reservatórios d’água, e são fornecidos a produtores rurais para o cultivo 
comercial, amenizando os impactos sofridos pela pesca profissional, e 
incrementando a piscicultura comercial no Vale do São Francisco 
(CODEVASF, 2007b). 
 
2.1.3.3.4. Bovinocultura 
 
Devido à escassez de condições alimentícias naturais para manter 
um escore corporal adequado nos rebanhos bovinos, criados 
extensivamente, e a má qualidade genética dos mesmos, esses rebanhos 
apresentam baixos índices zootécnicos. Por sua vez, a produtividade da 
pecuária bovina pode ser alavancada por meio da seleção e do 
melhoramento genético animal, cujos produtos e processos tecnológicos 
necessitam ser disponibilizados de forma descentralizada e por várias 
modalidades (CODEVASF, 2007b). 
A CODEVASF possui dois centros de difusão de material genético 
agropecuário que exploram a pecuária leiteira e de corte. O fomento e a 
difusão de tecnologia ocorrem pela venda ou repasse de sêmen, embriões e 
animais geneticamente superiores, selecionados ou obtidos com as técnicas 
de inseminação artificial e/ou transferência de embriões, bem como pela 
 21 
divulgação de técnicas e práticas de manejo (nutricional, reprodutivo e 
sanitário) por meio de visitas, estágios supervisionados, intercâmbios, cursos 
e simpósios promovidos nestas unidades (CODEVASF, 2007b). 
 
 
2.1.3.3.5. Programa de Irrigação e Drenagem 
 
O Programa de Irrigação e Drenagem foi criado tendo-se em vista 
que a agriculturairrigada é, comprovadamente, uma das mais efetivas 
ferramentas de combate à pobreza e distribuição de renda, gerando 
empregos, e aumentando a oferta de alimentos a preços menores do que 
aqueles produzidos nas áreas não irrigadas. O Programa é gerido no âmbito 
da CODEVASF, pelo Ministério da Integração Nacional, com suas atividades 
sendo desenvolvidas pela Secretaria de Infra-Estrutura Hídrica do mesmo 
Ministério da Integração Nacional, pela CODEVASF – Companhia de 
Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba e pelo 
Departamento Nacional de Obras Contra as Secas – DNOCS (BRASIL, 
2004). 
Os objetivos do Programa de Irrigação e Drenagem são: contribuir 
para o desenvolvimento sustentado da agricultura irrigada, privilegiando as 
intervenções que visem ampliar as oportunidades de emprego; contribuir 
para a elevação da renda; reduzir as desigualdades regionais; e assegurar a 
competitividade dos produtos, reduzindo a dependência externa e 
aumentando a sua participação em mercados cada vez mais competitivos 
(BRASIL, 2004). 
Dentre os principais projetos de irrigação estão: MG – Pirapora, 
Gorutuba, Jaíba Jequitaí; BA – Ceraíma, Formoso A, Formoso H, Riacho 
Grande, Baixio de Irecê, Mirorós, Glória, Curaçá; PE – Nilo Coelho, Maria 
Tereza, Pontal; AL – Boacia, Itiúba; SE – Própria, Betume, 
Contiguiba/Pindoba (CODEVASF, 2007b). 
O projeto Gorutuba, por exemplo, apresenta as seguintes 
informações básicas: região – norte de Minas Gerais; cidade – Nova 
Porteirinha; fonte hídrica – barragem do Bico da Pedra (capacidade hídrica = 
 22 
705 milhões de metros cúbicos); área = 5.286 ha: 2.523 ha (388 lotes de 
pequenos irrigantes), 2.242 ha (38 lotes empresariais) e 521 ha (42 lotes de 
técnicos em ciências agrárias). Nesse perímetro há uma estação de 
piscicultura. Dispõe, ainda, de área de pesquisa e experimentação da 
EPAMIG – Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais 
(CODEVASF, 2007b). 
O Quadro 3 apresenta os principais cultivos e os métodos de 
irrigação utilizados no projeto. 
 
QUADRO 3. Áreas das culturas por métodos de irrigação no projeto 
Gorutuba – MG. 
Gotejamento Micro-Aspersão Aspersão Total
Abóbora - - 200,00 200,00
Banana - 2.400,00 - 2.400,00
Cana-de-Açúcar - - 150,00 150,00
Capim - - 150,00 150,00
Coco - 200,00 - 200,00
Feijão - - 300,00 300,00
Limão 150,00 350,00 - 500,00
Manga 150,00 300,00 - 450,00
Milho - - 300,00 300,00
Uva 136,00 500,00 636,00
Total 436,00 3.750,00 1.100,00 5.286,00
Cultura
Área (ha)
 
 
2.1.4. BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO PARNAÍBA 
 
2.1.4.1. Caracterização geral 
 
O rio Parnaíba nasce, comprovadamente, na Chapada das 
Mangabeiras, fronteira do Piauí com Tocantins, numa altitude de 709 metros, 
com o nome de Riacho de Água Quente e só muda de nome quando se 
encontra com o Rio Uruçuí e Vermelho. Corre do Sul para o Norte, 
separando os Estados do Piauí e do Maranhão. Sua extensão é de 1.485 km 
(CODEVASF, 2006a). 
O vale do Parnaíba, inserido no Nordeste brasileiro, abrange os 
Estados do Maranhão, Piauí e Ceará e está dividido em três partes: o Alto 
Parnaíba, da nascente até a foz do rio Gurguéia (784 km); o Médio Parnaíba, 
 23 
desse local até a confluência do rio Poti (312 km), em Teresina; e o Baixo 
Parnaíba, desse ponto até a desembocadura no Oceano Atlântico (389 km) 
(CODEVASF, 2006a). 
A área total da bacia é de 342.988 km², que se encontra assim 
distribuída: 249.374 km² (72,71%) no Piauí, 70.000 km² (20,41%) no 
Maranhão, 21.000 km² (6,12%) no Ceará e 2.614 km² em área litigiosa entre 
Piauí e Ceará. A área total de atuação da CODEVASF, correspondente aos 
Estados do Piauí e Maranhão, soma 313.480,6 km² (CODEVASF, 2006a). 
O predomínio de áreas do Estado do Piauí na composição do Vale 
do Parnaíba fica mais evidenciado ao se constatar que cerca de 99% das 
terras deste estado se encontram nesta Bacia. Esse percentual cai para 19% 
no Maranhão e para 10% no Ceará. Estão inseridos no Vale do Parnaíba, 
276 municípios: sendo 220 no Piauí, 36 no Maranhão e 20 no Ceará, que 
contam com uma população de 4.118.030 habitantes, segundo estimativas 
de população de 1999, do IBGE (CODEVASF, 2006a). 
Dentre todas sub-bacias, destacam-se aquelas constituídas pelo rio 
Balsas (5% da área total da Bacia), no Maranhão, e as dos rios Uruçuí Preto 
(4,7%), Gurguéia (9,9%), Longá (8,6%) e Poti (16,1%), no Piauí. Cabe 
destacar que a sub-bacia do rio Poti não está integralmente na área de 
atuação da CODEVASF visto que sua nascente encontra-se no estado do 
Ceará. A sub-bacia do rio Canindé, apesar de ter 26,2% da área total da 
bacia do Parnaíba, drena uma grande parte na região semi-árida 
(CODEVASF, 2006a). 
A cobertura vegetal possui as seguintes características: nas 
nascentes, no sopé da Chapada das Mangabeiras, há uma exuberante 
floresta. Sobre as grandes superfícies aplainadas predomina o cerrado. 
Revestindo algumas chapadas, surge ora mata seca, ora cerradão. Desde 
Amarante, Arraial e Várzea Grande, para o Norte inicia-se a participação do 
babaçu (Orbignya phalerata), dando lugar à mata dicótilo-palmácea, mais 
frequentemente a partir de Teresina até o sul de Luzilândia e Esperantina 
(CODEVASF, 2006b). 
Nas vizinhanças de Luzilândia até Parnaíba, prevalece a carnaúba 
(Copernicia cerifera). Na planície litorânea, campos de várzea e manguezais, 
 24 
nas ilhas do Delta. Em resumo, a cobertura vegetal é diversificada (matas 
ciliares, caatinga e florestas caducifólias) (CODEVASF, 2006a). 
O clima da bacia varia de quente e úmido, no Norte, passando a 
quente e úmido com chuvas de verão tropical, no Centro-Sul e Sudeste, e 
Semi-Árido no Leste e Sudeste. As precipitações variam, em geral de 
sudeste para nordeste entre 600 a 1.800 mm/ano, com duas estações 
definidas: chuvosa e seca. A temperatura média varia entre 24 a 38ºC, entre 
o inverno e o verão. A insolação média é de 3.000 horas/ano (CODEVASF, 
2006a). 
O rio Parnaíba, desemboca em forma de delta e é navegável em 
quase todo o percurso do rio. A possibilidade de navegação deste rio 
facilitou o povoamento e as comunicações até pouco tempo atrás. Hoje a 
navegação é feita, principalmente, na época de cheias por pequenas 
embarcações. O rio Parnaíba contribui para o progresso e riqueza da região 
por onde corre. Suas águas fornecem energia, que é transformada em 
eletricidade na Usina Presidente Castelo Branco e distribuídas através das 
Centrais Elétricas do Piauí S/A (CEPISA). A usina está situada na Barragem 
de Boa Esperança, no curso do alto Parnaíba na fronteira dos Estados do 
Piauí e do Maranhão, a 80km da cidade de Floriano, no local da Cachoeira 
Banco de Areia. A barragem de Boa Esperança foi inaugurada em 1970 e é 
operada pela Companhia Hidrelétrica do São Francisco (CHESF), com 
potência total de 240 MW (CODEVASF, 2006a). 
A Figura 3 mostra a 7ª Superintendência Regional na Bacia 
Hidrográfica do rio Parnaíba. 
 25 
 
 
FIGURA 3. Bacia Hidrográfica do rio Parnaíba (7ª SR) (CODEVASF, 
2006b). 
 
TERESÍNA
7º S.R.
MARANHÃO
CEARÁ
PIAUÍ
TOCANTINS
BAHIA
PERNAMBUCO
OCEANO
ATLÂNTICO
 26 
2.1.4.2. Problemas detectados na bacia 
 
Devido à crescente destruição das matas ciliares, e aumento do 
volume de efluentes e resíduos sólidos que são jogados diretamente no rio, 
segundo o Acervo conceitual do Programa de Revitalização (2006), tem-se 
observado um processo de assoreamento de seu leito em todo o seu curso; 
o que tem limitado, sobremaneira, a navegação de grandes e médias 
embarcações, propiciando a navegação somente de pequenos barcos, 
havendo necessidade urgente de um trabalho de desassoreamento num 
processo maior de revitalizaçãodeste rio, o que proporcionaria aí, o 
desenvolvimento de uma hidrovia. 
 
2.1.4.3. Linhas de atuação da Empresa dentro da bacia do rio Parnaíba 
 
2.1.4.3.1. Programa de Revitalização da Bacia Hidrográfica do Rio 
Parnaíba - PRBHRPAR 
 
A recuperação e manutenção dos recursos naturais (solo, flora e 
água) da BHRPAR (Bacia Hidrográfica do Rio Parnaíba), hoje em estágio 
degenerativo a olhos vistos, assegurará a vida de modo geral, em caráter 
sustentável, de todos ecossistemas, imprescindíveis à sobrevivência sadia 
do homem na região. Este fato se enquadra na diretriz geral da CODEVASF 
a respeito de promover a revitalização da bacia do rio Parnaíba. 
Segundo o Acervo Conceitual do Programa de Revitalização (2006), 
listam-se como tópicos de ações prioritários, os seguintes indicadores: 
saneamento básico; água, lixo e esgoto sanitário; aterros sanitários; 
agrotóxicos; Assistência Técnica e Extensão Rural – ATER; educação 
ambiental; APAs (Áreas de Preservação Ambiental); monitoramento da 
qualidade ambiental; água, solo, ar, fauna e flora; recuperação de áreas 
degradadas; recomposição das matas ciliares e nascentes; construção de 
viveiros de mudas; desassoreamento de rios/córregos; perenização do rio, 
açudes, lagoas e riachos; e construção e recuperação de barragens. As 
linhas de ação devem ser as mesmas do Programa de Revitalização da 
 27 
Bacia Hidrográfica do São Francisco. 
Os potenciais benefícios econômicos e sociais que advirão com a 
implementação do PRBHRPAR são imensuráveis. Segundo o Acervo 
Conceitual do Programa de Revitalização (2006), a recuperação 
hidroambiental projeta cenários promissores a toda região, de condições 
dignas de vida à população, através do aumento da capacidade de 
abastecimento humano, exploração agrícola irrigada, desenvolvimento do 
turismo, da navegação fluvial (hidrovia), da geração de energia elétrica, da 
disponibilidade aquícola (pescado, caranguejo) e outros. 
 
2.1.4.3.2. Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado do Vale do 
Parnaíba - Planap 
 
No vale do Parnaíba, a CODEVASF realiza estudos com a finalidade 
de formular o Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado do Vale do 
Parnaíba - Planap, pautado na sustentabilidade, nas potencialidades 
comparativas e competitivas existentes, visando ao crescimento da 
economia regional e à melhoria da qualidade de vida da população em uma 
nova abordagem estratégica centrada no nível de abrangência territorial 
(CODEVASF, 2006b). 
O trabalho de elaboração do Planap (Plano de Ação para o 
Desenvolvimento Integrado do Vale do Parnaíba), que inclui o diagnóstico 
socioeconômico e propostas de projetos prioritários para a bacia do 
Parnaíba, continua sendo feito, e algumas conclusões preliminares já podem 
nortear os próximos passos do Estado do Piauí no que se refere a seu 
processo de desenvolvimento (FONTENELE, 2005). 
Os estudos nortearão os investimentos nos próximos 20 anos. Já é 
possível identificar-se as principais atividades econômicas do ponto de vista 
potencial de desenvolvimento socioeconômico do estado. É o caso da 
ovinocaprinocultura – atividade considerada importante em toda a bacia do 
Parnaíba –, a agricultura irrigada, a apicultura, a cultura da mamona, para 
efeito de processamento visando a produção de óleo biodiesel, artesanato e 
turismo (FONTENELE, 2005). 
 28 
2.1.4.3.3. Arranjos Produtivos Locais - APLs 
 
Desde 2004 a CODEVASF atua no apoio à estruturação de APLs 
nas atividades de aqüicultura, apicultura e ovinocaprinocultura. As 
demandas são identificadas, localmente, pelos próprios produtores e 
tratadas em fóruns de discussões para a solução de gargalos das atividades 
produtivas selecionadas. Este trabalho, e a posterior execução e 
implementação das ações, é realizado pela 7ª Superintendência Regional 
localizada no Estado do Piauí (CODEVASF, 2007b). 
 
2.1.4.3.4. Piscicultura 
 
O Vale do Parnaíba está se tornando promissora região produtora 
de pescado através da aqüicultura. Ciente dessa real vocação, a 
CODEVASF e a Secretaria de Programas Regionais do Ministério da 
Integração Nacional iniciaram em 2004 um amplo programa de apoio à 
aqüicultura no Vale do Parnaíba, aproveitando a vocação natural e as 
vantagens competitivas dessa região para a produção de pescado. 
Participam dessa parceria as seguintes instituições: Secretaria de 
Desenvolvimento Rural, Universidade Federal do Piauí, DNOCS, Embrapa, 
SEBRAE, Colônias de Pescadores e Organizações não Governamentais 
(CODEVASF, 2007b). 
 
2.1.4.3.5. Irrigação 
 
A bacia possui 19 projetos de irrigação de iniciativa pública, 
projetados, em construção ou construídos, com potencial para 
aproveitamento de 90.248 ha. Os projetos que estão sendo construídos por 
iniciativa ou com recursos da União, através do Ministério da Integração 
Nacional e do DNOCS, representam 80% da área potencial (CODEVASF, 
2006a). 
 
 
 
3. SUGESTÕES 
 
É desejável que a CODEVASF ofereça mais estágios de campo 
junto às Superintendências Regionais, pois, assim, o contato com a 
realidade será maior, as decisões mais técnicas e a visão mais ampla. 
A Escola de Agronomia deve melhorar sua infra-estrutura como local 
de formação de cidadãos e profissionais, disponibilizando, inclusive, mais 
aulas práticas. Assim, desenvolveriam-se as áreas crítica e técnica do aluno 
e futuro profissional. A base técnica é importante, mas não se deve separar 
a prática da teoria. 
Os alunos do curso de Agronomia deveriam valorizar mais seus 
professores e levar a sério o curso. Assim os professores sentirão vontade 
de inovar sempre. Mudanças acontecem e temos que estar preparados para 
as mesmas. 
 
 
4. CONCLUSÃO 
 
O Estágio foi muito proveitoso do ponto de vista profissional, pessoal 
e social, principalmente dentro da Gerência de Empreendimentos Sócio-
Ambientais, que sendo uma área recente, necessita, ainda, de adaptações, 
reajustes e melhor infra-estrutura. Observa-se como é importante a figura de 
um bom gerente, que procura ser responsável, profissional e que faz com 
que todos participem, colocando o trabalho de equipe em primeiro lugar. 
Uma boa equipe é indispensável em trabalhos que exigem dedicação, 
observação e desempenho. 
Apesar de o Estágio ter sido realizado na parte burocrática da 
CODEVASF, pôde-se observar que a revitalização do rio São Francisco é 
essencial. Da forma como o meio ambiente sofreu e sofre com as atividades 
antropogênicas, percebe-se que é hora de reparar os estragos feitos e agir 
no sentido de um desenvolvimento sustentável. 
Enfatize-se, também, que o rio São Francisco apresenta extrema 
importância para o país, e a sua recuperação implica melhorias, tanto no 
campo social (melhorando-se as condições da população que sobrevive na 
bacia), quanto no ambiental (preservando-se toda a bacia). 
 
 
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
ACERVO CONCEITUAL DO PROGRAMA DE REVITALIZAÇÃO – Subsídios 
à discussão parlamentar. Brasília – Distrito Federal, 28 de julho de 2006. 
 
ANA/GEF/PNUMA/OEA. Projeto de Gerenciamento Integrado das 
Atividades Desenvolvidas em Terra na Bacia do São Francisco, 
Subprojeto 4.5C – Plano Decenal de Recursos Hídricos da Bacia do Rio 
São Francisco – PBHSF (2004-2013). Síntese do Resumo Executivo do 
PBHSF com Apreciação das Deliberações do CBHSF Brasília – Distrito 
Federal, 2004. 150p. 
 
BRASIL, Ministério da Integração Nacional; Companhia de Desenvolvimento 
do Vale do São Francisco. Inventário de Projetos. 3ª Edição revista e 
atualizada. Brasília - Distrito Federal, 1999. 223p. 
 
BRASIL, Ministério da Integração Nacional. Plano de Revitalização Hidro-Ambiental da Bacia do Rio São Francisco. Brasília – Distrito Federal, 2000. 
 
BRASIL, Ministério da Integração Nacional; Companhia de Desenvolvimento 
dos Vales do São Francisco e do Parnaíba; Departamento Nacional de 
Obras Contra as Secas. Relatório do 2º Monitoramento Programa 
Irrigação e Drenagem. Brasília - Distrito Federal, 2004. 25p. 
 
BRASIL, Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do 
Parnaíba. Caracterização geral das Bacias Hidrográficas. Brasília - Distrito 
Federal, 2006a. 
 32 
BRASIL, Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco. 
Regimento Interno. Brasília - Distrito Federal, 2006b. 
 
BRASIL, Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do 
Parnaíba. Diretrizes. Brasília - Distrito Federal, 2007a. 
 
BRASIL, Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do 
Parnaíba. Programas e ações. Brasília - Distrito Federal, 2007b. 
 
BRASIL, Resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA, nº 
357, de 17 de março de 2005 - Dispõe sobre a classificação dos corpos de 
água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como 
estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes, e dá outras 
providências. Diário Oficial [da República Federativa do Brasil], Brasília – 
Distrito Federal, 18 de março de 2005. 
 
BRASIL, Instrução Normativa STN nº 01, de 15 de janeiro de 1997 – 
Disciplina a celebração de convênios de natureza financeira que tenham por 
objeto a execução de projetos ou realização de eventos e dá outras 
providências. Diário Oficial [da República Federativa do Brasil], Brasília – 
Distrito Federal, 31 de jan de 1997. 
 
FONTENELE, Sérgio. Disponível na internet 
http://www.pi.gov.br/materia.php?id=13265 – 36k. 27/05/2005. 
 
LARCHER, Marcello. Disponível na internet 
http://www.brasiloeste.com.br/noticia/1274/agua-sertao11/12/2001. 
MACHADO, P. A. L. Direito ambiental brasileiro. 12ª. Edição revista, 
atualizada e ampliada. São Paulo - SP: Malheiros, 03/2004. 1.075p. 
 
SETTI, A. A; LIMA, J. E. F. W.; CHAVES, A. G. M.; PEREIRA, I. C. 
Introdução ao gerenciamento de recursos hídricos. 2ª edição. ANEEL. 
ANA. Brasília - Distrito Federal, 2001. 
 
 
6. ANEXOS 
 
 34 
Anexo 1. Critérios para classificação de prioridade das ações do POA – 
2007. 
 
 
 
 
 
 
 
 
CRITÉRIOS PARA ALOCAÇÃO ORÇAMENTÁRIA - POA/2007
Identificação da ação: Reflorestamento de Nascentes, Margens e Áreas Degradadas
Título do projeto: 
Localização (UF): 
Demanda orçamentária (R$): 
Proponente: 
CARACTERIZAÇÃO DA AÇÃO
NATUREZA DA AÇÃO PONTUAÇÃO
Saneamento Edafologia Gestão Hídrica
Ocorrência Pesos Total Ptos
PRIORIDADE "A"
1. AÇÕES (FORMALIZADAS - CV/CT) EM ANDAMENTO EXECUTIVO 
2,00 - 
1,75 - 
2. AÇÕES COMPROMETIDAS EM 2005/2006 - 
Desempenhada por motivos de documentação (técnica/Administrativa) 1,50 - 
Aprovada pela Diretoria Executiva e não Empenhada por falta de orçamento 1,25 - 
TOTAL DE PONTOS - 
PRIORIDADE "B"
3. AÇÕES NOVAS
3.1. Estágio Técnico de formatação da proposta apresentada
3.1.2. Projeto Básico Executivo 2,00 - 
3.1.2. Pré-Projeto 1,50 - 
3.1.3. Solicitação de recursos - Plano de Trabalho 1,25 - 
3.1.4. Solicitação da ações de revitalização (ofícios, etc...) 1,00 - 
3.2. Localização Geográfica na Bacia do São Francisco/estado
3.2.1. Calha do São Francisco 3,00 - 
2,75 - 
 3.2.1.1.1. Tributário Primário 2,50 
 3.2.1.1.2. Tributário Secundário 2,25 
 3.2.1.1.3.Tributário Terciário 2,00 
 3.2.1.1. 4.Tributário Quaternário 1,75 
1,50 - 
 3.2.1.2.1. Tributário Primário 1,25 - 
 3.2.1.2.2. Tributário Secundário 1,00 - 
 3.2.1.2.3.Tributário Terciário 0,75 - 
 3.2.1.2. 4.Tributário Quaternário 0,50 - 
3.2.2 Natureza de Fluxo do Curso dágua Perene 2,00 - 
 3.3. Ações indicadas a partir de diagnósticos na BHSF
2,00 - 
3.3.2. Campanhas de Fiscalização do Ministério Público 2,00 - 
4. INDICADORES SOCIAIS
 4.1. Indice de Desenvolvimento Humano - IDH (médio da BHSF - 0,666)
 0,00 - 0,572 2,00 - 
 0,573 - 0,598 1,75 - 
 0,599 - 0,622 1,50 - 
 0,623 - 0,721 1,25 - 
 > 0,721 1,00 - 
 4.2. População na Bacia (9.513.567 habitantes em MG,BA,SE, AL e PE)
 0 - 5.000 1,00 - 
 5.001 - 15.000 1,25 - 
 15.001 - 30.000 1,50 - 
 30.001 - 60.000 1,75 - 
 >60.000 2,00 - 
TOTAL DE PONTOS - 
CV/CT que falta empenhar etapas (Etapas ..II, III, etc..) orçamentárias 
complementares.
CV/CT firmado p/ parcela da demanda total da proposta. Falta 
complemento
3.2.1.1. Calha das Sub-bacias Prioritárias "A" (MG - Velhas, 
Paraopeba, Pará, Verde Grande e Paracatu; BA: Verde 
Grande,Paramirim, Santo Onofre, Verde e Jacaré, Grande e Salitre; 
PE: Pontal, Brígida, Moxotó, Ipanema e Pajeú); SE: Betume, Pilões, 
Jacaré e Prauna; e AL: Ipanema, 
3.2.1.2. Calha de outras Sub-bacias: MG - Urucuia, Jequitaí, Abaeté, 
Indaiá, Pacuí, Pandeiros;BA - Canaiba de Dentro, Pilão Arcado, Rãs, 
etc ...
3.3.1. Estudos contratrados pelo PRBHSF convergentes com outras 
ações em execução e/ou previstas para a região (Edafologia, Gestão 
Hídrica), contexto espacial
 35 
Anexo 2. Classificação das ações do Plano Orçamentário Anual (POA – 
2007). 
 
 
 
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CLASSIFICAÇÃO DAS PROPOSTAS DE AÇÕES PARA O POA-2007 (Diretrizes do Plano Decenal de Recursos Hídricos)
PROGRAMA DE REVITALIZAÇÃO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO SÃO FRANCISCO
RECUPERAÇÃO E CONSERVAÇÃO HIDROAMBIENTAL DA BACIA DO RIO SÃO FRANCISCO 
CLASSIFICAÇÃO DAS PROPOSTAS DE AÇÕES PARA O POA-2007 (Diretrizes do Plano Decenal de Recursos Hídricos)
FUNCIONAL PROGRAMÁTICA /PROJETOS
Indicadores de caracterização
UF Município
Calha Pop. valor Estágio
Pontuação
SBH Benefici (R$) Projeto
FP Obras de Revitalização
Esgotamento Sanitário
Macrodrenagem urbana (associada a processo de despoluição do manancial receptor)
Abastecimento de Água Difuso
Resíduo Sólido
Outras ações consoantes com o discricionário da FP, no contexto do PRBHSF
FP Reflorestamento de Nascentes, Margens e Áreas Degradadas
FP Recuperação e Conservação de Processos Erosivos
FP Monitoramento da Qualidade da Água

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