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MATERIAIS CONDUTORES DE ELETRICIDADE São materiais que não oferecem resistência a passagem de corrente elétrica. Quanto menor for a oposição a passagem de corrente, melhor condutor é o material. O que caracteriza o material bom condutor é o fato de os elétrons de valência estar fracamente ligados ao átomo, encontrando grande facilidade para abandonar seus átomos e se movimentarem livremente no interior dos materiais. O cobre, por exemplo, com somente um elétron na camada de valência tem facilidade de cedê-lo para ganhar estabilidade. O elétron cedido pode tornar-se um elétron livre. MATERIAIS ISOLANTES São materiais que possuem uma resistividade muito alta, bloqueando a passagem da corrente elétrica. Os elétrons de valência estão rigidamente ligados aos seus átomos, sendo que poucos elétrons conseguem desprender-se de seus átomos para se transformarem em elétrons livres. Consegue-se isolamento maior (resistividade) com substâncias compostas (borracha, mica, baquelita, etc.). MATERIAL SEMICONDUTOR Materiais que apresentam uma resistividade elétrica intermediária. Como exemplos têm o germânio e silício. Quando puros e cristalinos, a temperatura muito baixas, são excelentes isolantes. A condutividade dos semicondutores puros (intrínsecos) aumenta significativamente com a temperatura e a temperatura ambiente, exibem baixa condutividade, tornando-se condutores se consideravelmente aquecidos. A grande diferença entre os materiais está em termos dos mecanismos de condução elétrica conforme ilustra a figura. A figura abaixo faz um comparativo bastante ilustrativo entre os diferentes materiais. Em geral a estrutura da banda de energia para os semicondutores pode ser a ilustrada na figura abaixo. A condutividade dos semicondutores à temperatura ambiente é causada pela excitação de uns poucos elétrons da banda de valência para a banda de condução. A quantidade de energia necessária para tirar um elétron da banda de valência e libertá-lo na banda de condução é o que determina se um sólido será um condutor, semicondutor ou isolante. Para um semicondutor esta energia é em torno de 1 eV (elétron-volt). A unidade eV corresponde a energia de um elétron com potencial elétrico de 1 Volt. A unidade eV é mais apropriada para o mundo atômico que a unidade convencional da energia, o Joule. A relação entre as unidades é 1 eV = 1,69E-19 J. Nos semicondutores a condutividade não é causada apenas pelos elétrons que conseguiram pular para a banda de condução. Os buracos também chamados de lacunas que eles deixaram na banda de condução também dão contribuição importante. Tão importante que estes buracos são tratados como partículas normais com carga positiva, oposta à do elétron. ESTRUTURAS CRISTALIZADAS Os cristais de silício ou germânio, são encontrados na natureza misturados com outros elementos. Dado a dificuldade de se controlar as características destes cristais é feito um processo de purificação do cristal e em seguida é injetado através de um processo controlado, a inserção proposital de impurezas na ordem de 1 para cada 106 átomos do cristal, com a intenção de se alterar produção de elétrons livres e lacunas. A este processo de inserção dá-se o nome de dopagem. As impurezas utilizadas na dopagem de um cristal semicondutor podem ser de dois tipos: impureza doadora e impurezas aceitadoras. Átomo isolado de Silício possui: 14 prótons e 14 elétrons; Órbitas estáveis: Primeira – 2 elétrons; Segunda – 8 elétrons; Terceira – 4 elétrons (tetravalente); Eletricamente neutro Um átomo de silício isolado possui quatro elétrons na sua órbita de valência, porém para ser quimicamente estável, precisa de oito elétrons; Combina-se então com outros átomos de forma a completar os outros elétrons na sua órbita de valência; Quando os átomos de silício se combinam entre si para formar um sólido, eles se arranjam numa configuração ordenada denominada cristal; As forças que mantém os átomos unidos são denominadas ligações covalentes; O átomo central apanha 4 elétrons emprestados, o que lhe dá um total de 8 elétrons na camada de valência, adquirindo estabilidade química para formar o sólido. Os átomos que possuem 4 elétrons na última camada de valência não são estáveis. Os semicondutores se enquadram nesse grupo, mas por causa da forma com que agrupam seus átomos (cada átomo fica eqüidistante e, relação a quatro outros átomos, ou seja, uma estrutura cristalina) eles conseguem alcançar a estabilidade fazendo quatro ligações químicas covalentes; A estrutura cristalina básica dos mais importantes semicondutores é chamada de cúbica como a ilustrada na figura. Um cristal de silício é intrínseco se todos os átomos do sólido forem de silício. A condutividade do silício a temperatura ambiente de 25°C é tão baixa que não existe aplicação prática para o mesmo. Uma maneira de aumentar a condutividade de um cristal de silício é introduzindo átomos de impureza; A Dopagem de um semicondutor consiste em introduzir no cristal, átomos de impurezas. O objetivo da dopagem é aumentar a condutividade do cristal. Um semicondutor dopado com átomos de impurezas é um semicondutor extrínseco. IMPUREZA DOADORA - Semicondutor Tipo-N São adicionados átomos pentavalentes (com 5 elétrons na camada de valência. Ex.: Fósforo e Antimônio). O átomo pentavalente entra no lugar de um átomo de silício dentro do cristal absorvendo as suas quatro ligações covalentes, e fica um elétron fracamente ligado ao núcleo do pentavalente (uma pequena energia é suficiente para se tornar livre). É um semicondutor que recebeu átomos pentavalentes, ou seja, átomos que possuem cinco elétrons na camada de valência. Como exemplos de substancias pentavalentes podemos citar o arsênio, antimônio e fósforo. Quando átomos de impurezas se associam com os outros átomos, um dos elétrons da camada de valência, sobe para a banda de condução, porque ele só precisa de quatro elétrons na camada de valência para estabelecer a ligação covalente. Para cada átomo de impureza introduzido no cristal, aparecerá um elétron livre. Quando um cristal de silício puro é dopado com átomos pentavalentes, ele se transforma num semicondutor tipo N. Possuindo uma grande quantidade de elétrons livres e algumas lacunas provenientes da quebra de ligações covalentes, e sua condutividade é maior na banda de condução. IMPUREZA ACEITADORA - Semicondutor Tipo-P São adicionados átomos trivalentes (tem 3 elétrons na camada de valência. Ex.: Boro, alumínio e gálio). O átomo trivalente entra no lugar de um átomo de silício dentro do cristal absorvendo três das suas quatro ligações covalentes. Isto significa que existe uma lacuna na órbita de valência de cada átomo trivalente. É obtido através da injeção de átomos trivalentes no cristal puro. Como exemplos de impurezas trivalentes podemos citar o alumínio, boro e gálio. Como um átomo trivalente possui três elétrons na camada de valência, uma lacuna será criada quando o mesmo for se associar com os átomos vizinhos através da ligação covalente. Para cada átomo de impureza, aparecerá uma lacuna. Um semicondutor tipo P possui uma grande quantidade de lacunas e alguns elétrons livres produzidos termicamente, devido a quebra de ligações covalentes. Dessa forma a condutividade aumenta na camada de valência. A figura abaixo ilustra como acontece a condução da corrente nos terminais semicondutores tipo “n” e tipo “p”dos dispositivos eletrônicos. LIGAÇÕES COVALENTES Cada átomo vizinho cede um elétron com o átomo central, desse modo, todos os átomos contribuem para que haja quatro elétrons adicionais dando um total de oito elétrons na sua orbita de Valencia. Os átomos são compartilhados pelos átomos ao redor. Como cada elétron cedido esta sendo puxado em sentidos opostos, o elétron é uma ligação entre as partes centrais opostas, chamado de LIGAÇÃO COVALENTE. Esta ligação mantém os átomos de cristal ligados formando um sólido. SEMICONDUTORE TIPO P e N Um semicondutor pode ser dopado para ter um excesso de elétrons livres ou um excesso de lacunas, por isso existem semicondutores de tipo P e N SEMICONDUTOR TIPO N
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