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Resumo - Crimes contra a propriedade imaterial

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TÍTULO II: DOS CRIMES CONTRA A PROPRIEDADE 
IMATERIAL 
 
CAPÍTULO I: DOS CRIMES CONTRA A PROPRIEDADE 
INTELECTUAL 
1. VIOLAÇÃO DE DIREITO AUTORAL (184) 
 Violar direitos de autor e os que lhe são conexos. 
 Tutela do interesse econômico e moral do autor sobre o fruto de sua criação, interesse esse 
expressamente assegurado pela Lei dos Direitos Autorais (Lei nº 9610/98) que dispõe: pertencem 
ao autor os direitos morais e patrimoniais sobre a obra que criou. 
 É norma penal em branco, pois o CP não conceitua direito autoral. 
 Abrange as obras literárias, as científicas e as artísticas, bem como os direitos conexos. 
 Viola-se o direito do autor ao publicar, reproduzir ou modificar sua obra; é a chamada 
contrafação. 
 Não constituem ofensa aos direitos autorais, ex.: a reprodução na imprensa diária ou periódica, 
de notícia ou de artigo informativo, publicado em diários ou periódicos, com a menção de nome 
do autor, se assinados, e da publicação de onde foram transcritos; a citação em livros, jornais, 
revistas ou qualquer outro meio de comunicação, de passagens de qualquer obra, para fins de 
estudo, crítica ou polêmica, na medida justificada para o afim a atingir, indicando-se o nome do 
autor e a origem da obra; a utilização de obras literárias, artísticas ou científicas para produzir 
prova judiciária ou administrativa. 
 Sujeito ativo: qualquer pessoa. Admite-se coautoria e participação. 
 Sujeito passivo: é o autor. Por ser o direito autoral transmissível por herança, também podem ser 
sujeitos passivos os herdeiros ou sucessores do autor. Também a pessoa jurídica de direito 
público ou privado. 
 Elemento subjetivo: dolo. 
 Consumação e tentativa: consuma-se com a violação do direito autoral (reproduzir, modificar 
ou alterar). É crime plurissubsistente, portanto admite tentativa. 
 Forma simples (caput): detenção de 3 meses a 1 ano, ou multa. 
 Forma qualificada (§1º): reclusão de 2 a 4 anos e multa. Se a violação consistir em reprodução 
total ou parcial, com intuito de lucro direto ou indireto (elemento subjetivo do tipo), por qualquer 
meio ou processo, de obra intelectual, interpretação, execução ou fonograma, sem autorização 
expressa do autor, do artista intérprete ou executante, do produtor, conforme o caso, ou de quem 
os represente. 
 Forma qualificada (§2º): reclusão de 2 a 4 anos e multa. Nas mesmas penas do §1º incorre 
quem, com o intuito de obter lucro direto ou indireto, distribui, vende, expõe à venda, aluga, 
introduz no País, adquire, oculta, tem em depósito, original ou cópia de obra intelectual ou 
fonograma reproduzido com violação do direito de autor, do direito de artista intérprete ou 
executante ou do direito do produtor do fonograma, ou, ainda, aluga original ou cópia de obra 
intelectual ou fonograma, sem a expressa autorização dos titulares dos direitos ou de quem os 
represente. 
 O agente não participa da produção ou reprodução da obra intelectual com violação de direito 
autoral, mas, tendo ciência dessa violação, contribui para o crime ao realizar as condutas acima 
mencionadas. 
 Forma qualificada (§3º): reclusão de 2 a 4 anos e multa. Se a violação consistir no oferecimento 
ao público, mediante cabo, fibra ótica, satélite, ondas ou qualquer outro sistema que permita ao 
usuário realizar a seleção da obra ou produção para recebê-la em um tempo e lugar previamente 
determinados por quem formula a demanda, com intuito de lucro direto ou indireto, sem 
autorização expressa, conforme o caso, do autor, do artista, do intérprete ou executante, do 
produtor de fonograma, ou de quem os represente. 
 Em todas as modalidades qualificadas, além da vontade de realizar o núcleo da ação típica (o 
verbo do tipo), exige-se o fim especial do agente de obter lucro (elemento subjetivo do tipo). 
 Fonograma: fitas cassete, CDs, etc. 
 Violar direitos de autor de programa de computador é crime específico regulado pela Lei 
9609/98: “violar direitos de autor de programa de computador: Pena – detenção de 6 meses a 2 
anos ou multa”. 
 O disposto nos §§ 1o, 2o e 3o não se aplica quando se tratar de exceção ou limitação ao direito de 
autor ou os que lhe são conexos, em conformidade com o previsto na Lei nº 9.610, de 19 de 
fevereiro de 1998, nem a cópia de obra intelectual ou fonograma, em um só exemplar, para uso 
privado do copista, sem intuito de lucro direto ou indireto (§4º). 
 Ação penal (186): procede-se mediante queixa, nos crimes previstos no caput do 184 (I), ou seja, 
a ação penal será exclusivamente privada. 
Procede-se mediante ação penal pública incondicionada, nos crimes previstos nos §§1º e 2º do 
184 (II). 
Procede-se mediante ação penal pública incondicionada, nos crimes (seja simples ou qualificado) 
cometidos em desfavor de entidades de direito público, autarquia, empresa pública, sociedade de 
economia mista ou fundação instituída pelo Poder Público (III). 
Procede-se mediante ação penal pública condicionada à representação, nos crimes previstos no 
§3º do 184 (IV).

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