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Povoado Cajueiro Luta por Sobrevivência

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
CURSO: GEOGRAFIA
DISCIPLINA: ASPECTOS ANTROPOLÓGICOS E SOCIOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO
PROFESSOR: ANA MARIA MÔNICA MACHADO DE OLIVEIRA
ALUNA: ILDENETE ARAUJO DA SILVA CAMPOS
TÍTULO DA ATIVIDADE ESTRUTURADA: RELAÇÃO ENTRE A SOCIEDADE E O MEIO AMBIENTE.
POVOADO CAJUEIRO LUTA POR SOBREVIVÊNCIA
SÃO LUIS-MA
2017
INTRODUÇÃO
Este trabalho aborda os sérios problemas ambientais enfrentados pela Comunidade Cajueiro, devido aos grandes empreendimentos industriais que ao longo das décadas se instalaram nas proximidades e também ao novo projeto de construção na área portuária. Nesta pesquisa também mostraremos um pouco da História local, da cultura e os meios de sobrevivência da comunidade.
O objetivo deste trabalho é de mostrar os danos que os grandes investidores podem causar tanto para as pequenas comunidades, quanto para o meio ambiente, visando apenas o seu próprio lucro financeiro, sem empenhar-se na preservação das questões socioambientais. 
POVOADO CAJUEIRO LUTA POR SOBREVIVÊNCIA 
Neste trabalho vou falar sobre a Comunidade Cajueiro, localizada no Bairro Vila Maranhão na Zona Rural da Cidade de São Luís, capital do Estado do Maranhão. Segundo aos moradores recebeu este nome devido à grande quantidade dessa árvore frutífera chamada caju. Composta por alguns povoados que fazem parte do seu território, um destes é o povoado Egito, local onde estar o secular Terreiro do Egito, um dos mais importantes locais de culto afro do Maranhão, cuja herdeira é a atual Casa Fanti Ashanti. A cultura local é bem vasta que vai desde festas do Divino Espírito Santo, Festejo de São Benedito, torneios de futebol, festas dançantes e o Tambor de Crioula, entre muitas outras manifestações culturais, ou seja, acabar com o povoado Cajueiro é apagar uma importante parte da Historia e da cultura Maranhense. 
Cajueiro é uma comunidade habitada por mais de 200 famílias, onde há diversos produtores rurais e muitos grupos de pessoas que ainda sobrevivem da atividade pesqueira. Também ainda existe uma extensa área de manguezais, que se encontra ameaçada devido à existência de dois portos próxima a localidade. Moradores afirmam que após construção do Porto do Itaqui por volta de 1970 e o Porto da Alumar, diversas espécies marinhas sumiram. Com a construção dos portos também foi afetado a praia que passou a existir apenas lama no local de areia, tornando se inapropriada para banho e assim afastando o turismo local. (SANTOS, 2013, p. 30). 
Hoje os moradores enfrentam um drama, pois temem a construção de mais um terminal portuário. A Defensoria Pública do Estado realizou encontros entre as partes para tentar chegar a uma solução, pois teme tanto pela desapropriação das famílias quanto pelos impactos ambientais do local que podem ser causados pela construção de mais um porto. Moradores locais relatam terem sofrido ameaças e intimidações de funcionários da empresa WTorres, responsável pela construção do futuro porto.
Desde 2014 a construtora WTorres vem tentando de varias formas iniciar a construção do novo porto na área da comunidade Cajueiro, mas esta encontrou uma grande resistência da comunidade local, a comunidade já se encontra com o título coletivo de posse da terra desde 1998. A Justiça Federal e outra na Justiça Estadual garantem a permanência dos pescadores e extrativistas na região. 
Alguns dos empreendimentos instalados na Zona Rural de São Luís são: Vale, MPX, Suzano, Votorantim, Lucena, Porto da Ponta da Madeira, Porto de Itaqui, Alumar. Estes são os responsáveis diretos pelo desequilíbrio socioambiental vivenciado pelas comunidades tradicionais da Ilha do Maranhão. (SANTOS, 2013, p.31).
Dona Maria Raimunda Costa, pensionista do local é uma antiga moradora do povoado, onde reside desde 1968. Ela chegou ao local com 10 anos de idade, e afirma que o povoado já existia há vários anos, inclusive seu pai comprou o terreno de sua família de uma das mais antigas moradoras do local, onde até hoje ela reside.
O presidente da Associação de Moradores do Cajueiro, Davi de Jesus Sá, afirmar que estão enfrentando um drama, pois perderam a paz após a chegada da empresa que pretende construir o novo Porto. Ele afirma que o impacto ambiental já é grande após a construção dos Portos já existentes, e que com a construção de mais um Porto seria devastador. Pois antes da construção dos Portos, era muito grande a fartura de peixes e mariscos. Ele afirma também que no local ainda existe uma rica vegetação e árvores centenárias, manguezais, entre muitas outras riquezas.
O pescador Clovis Amorim da Silva afirma que a comunidade enfrenta situações absurdas tanto por parte da Empresa WTorres, quanto também PR parte do Estado e da Secretaria de Segurança Pública, esta sendo omissa nas investigações das derrubadas de casas locais. E a população exige uma investigação mais limpa e justa, pois a comunidade já foi prejudicada demais desde a implantação do primeiro Porto havendo grande queda na produção da atividade pesqueira local, e tudo que a comunidade pede é que as autoridades revejam os direitos da comunidade. 
“Os sujeitos sociais que procuram evidenciar a importância de uma relação lógica entre injustiça social e degradação ambiental [...] responsáveis por injustiças ambientais decorrentes da natureza inseparável das opressões de classe, raça e gênero” (ACSELRAD, 2002, p. 51).
O capitalismo extrativista às vezes usa praticas irresponsáveis para conseguir conquistar seus interesses e conquistas, forçando populações inteiras a aceitar toda uma mudança de vida e cultura. Estas, muitas vezes por medo represálias ou de perderem sua garantia de sobrevivência acabam sendo sujeitos a aceitar o que lhes é imposto mesmo não sendo o melhor pra si e para o meio ambiente.
O que podemos ver é que diante do crescimento das grandes indústrias, o respeito à sociedade de baixa renda e principalmente ao meio ambiente, nem sempre estão sendo colocados em pratica, mesmo diante de tantas inovações tecnológicas. Muitas vezes essas grandes indústrias prejudicam o curso natural do meio ambiente de também, o modo de vida e de sobrevivência de toda uma sociedade, acabando com o seu meio de sobrevivência, prejudicando sua cultura local, ocorrendo assim toda uma alteração em sua história de vida e suas raízes locais, tudo isso em nome do próprio crescimento econômico.
CONCLUSÃO
Em virtude no que foi mencionado, conclui se que os problemas ambientais vêem crescendo a cada momento, a natureza tem sido cada vez mais atingida pela ganância do homem, gerando grande desequilíbrio em nosso planeta. Conclui se também que a luta pela sobrevivência das populações mais vulneráveis muitas vezes acaba sendo desrespeitada por causa das desigualdades sociais, e que essas desigualdades sociais deveriam ser defendidas por órgãos responsáveis pelos direitos dos menos favorecidos mais nem sempre isso acontece, deixando a desejar com suas obrigações. A preocupação com a devastação do meio ambiente é muito grande, mas a devastação tanto pelas grandes indústrias quanto pelos grandes e pequenos agricultores, assim como também pela atividade pesqueira irregular e a produção de lixo em grande escala, ainda continua trazendo grandes problemas ao nosso meio ambiente. 
BIBLIOGRAFIA
-Acselrad, Henri. Texto: “Ambientalização das Lutas Sociais – o caso do movimento por justiça ambiental”.2010, disponível em:
http://www.niesbf.uerj.br/arquivos/ambientalizacao.pdf
- Acserald, Henri. Texto: “Conflitos Ambientais e Urbanos- Debates, Lutas e Desafios”, disponível em: 
http://conflitosambientaismg.lcc.ufmg.br/wp-content/uploads/2015/04/Conflitos-Urbanos-e-Ambientais_debates_lutas-e-desafios.pdf
-Santos, Walkerlene Cecília Soeiro. Texto: “Levantamento do Processo Histórico de Ocupação dos Povoados do Taim, Rio dos Cachorros, Porto Grande e Cajueiro”, disponível em: 
http://www.gedmma.ufma.br/wpcontent/uploads/2014/02/WalNovo_relatorio_PIBIC_2013_2.pdf.-SANT’ANA JÚNIOR, Horácio A.; Pereira, Madian de J. F.; ALVES, Elio de J. P.; PEREIRA, Carla R. A. Ecos dos conflitos socioambientais: a RESEX de Tauá-Mirim. São Luís, Edufma, 2008.

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