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Tecnologias de Processamento Alimentar Proteína de inseto na alimentação humana Milena Correia Muller Fonte de proteína FAO - ano 2000 a 2030 necessitará de aumento de 20% produção per capita de carne Bovinos Grande espaço para espaço para formação de pastos, Desmatamento florestal , Gases liberados - efeito estufa. Necessidade de produzir alimentos de fontes alternativas Insetos como fonte comestível Insetos comestíveis Diminui danos meio ambiente; Fonte de alimentação rica e superior à outras fontes proteínas de alta qualidade, Lipídeos, ácidos graxos, baixíssimo risco em relação a zoonoses (doenças transmitidas de animais para humanos). FAO - 2 bilhões de pessoas no mundo são consumidoras de insetos. 1900 espécies podem ser ingeridas Ásia, África e América Latina Entomofagia Consumo de insetos por seres humanos grande valor nutricional; sua produção não requer volume de água excessivo; gera menos gazes nocivos ao meio ambiente; para sua criação, não há necessidade de grandes áreas de cultivo; moderado investimento em tecnologia, pequenos produtores rurais; Baixo risco de transmitirem doenças de origem animal. Segurança Origem - criadores responsáveis, Minimizar contaminações ou possíveis focos de doenças e pesticidas. Insetos comestíveis coleópteros (besouros), himenópteros (principalmente formigas), ortópteros (gafanhotos e grilos, dentre outros) e lepidópteros (lagartas de borboletas e mariposas), percevejos, cupins, cigarrinhas e moscas, dentre outros. Consumo direto e indireto Direto: ovos, larvas, pupas e adultos. Indireto: forma de produtos elaborados e/ou excretados pelos insetos, como: mel, cera, pólen, óleos, corantes, remédios, chás, infusões e farinhas, agregados ou não a outros ingredientes (COSTA NETO, 2003). A inclusão de inseto ou o pó de grilo na alimentação humana Questão cultural de diversos países marginalizada ou esquecida pela maior parte da população. A entomofagia • mídia, • chefes de cozinha, •indústria de alimentos, • instituições de pesquisa em áreas como: - Tecnologias para a produção em massa, - segurança alimentar (valor nutritivo dos insetos e possíveis alergias ou doenças), - legislação e regulamentação - educação dos consumidores sobre os benefícios da entomofagia. Produção no mundo No Brasil, Consumo forma direta: Nutrinsecta (2008-Betim, Minas Gerais) - duas toneladas de insetos por mês, • Grilos pretos • Barata Cinérea • larvas Tenébrio Comum e Tenébrio Gigante. Fornecedora de insetos para alimentação de pássaros e répteis Indireta – Nutrinsecta - Realiza experimentos com produtos voltados para humanos, como criação: • pão de queijo com larvas de besouro • grilo ao chocolate e bolo de fubá com grilo moído • larvas de besouro caramelizadas • bolo sovado com grilo moído Cerveja brasileira, a Saison de Saúva (Estado de São Paulo) O inseto desidratado custa cerca de R$ 150,00 o kg (37€ o Kg). Produção no mundo Em Portugal Projeto DelightBugs – produção de farinha • grilos • possibilidade - larvas de insetos. Esta farinha pode ser utilizada em alimentação humana, mas também na de animais. Produção no mundo Países ocidentais - produtos alimentares com base em insetos Chapul Produção de farinha de grilo barras energéticas com o mesmo ingrediente (pioneira) - Ferro e vitamina B12. chocolate amargo café e pimenta de caiena chocolate e manteiga de amendoim coco, gengibre e lima chá verde Produção no mundo Nos Estados Unidos - produtos a partir da farinha, como os pequenos biscoitos “Cricker” Mother Nature Network e os Cookies de grilo Bitty. Considerações: A farinha: Rica em proteína Boa alternativa de ingrediente principal de algumas receitas Livres de glúten e ricos em substâncias benéficas Apesar da ideia parecer repugnante, cerca de 80% dos países incluem insetos na sua dieta. Campanhas educativas – promover a prática da entomofagia Referências Bibliográficas Alexandratos, N., Bruinsma, J.(2012) World agriculture towards 2030/2050: the 2012 revision. Global Perspective Studies Team, ESA Working Paper no. 12-03, Agricultural Development Economics Division. Food and Agriculture Organization of the United Nations, Rome, Italy. CHEUNG, T.L.; MORAES, M. S. (2016). Inovação no setor de alimentos: insetos para consumo humano. Interações (Campo Grande) vol.17 no.3 Campo Grande July/Sept. 2016. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.20435/1984-042X-2016-v.17-n.3(12)> Acessado em: 26 nov. 2016. COSTA-NETO, E. M. (2003). Insetos como fontes de alimentos para o homem: valoração de recursos considerados repugnantes. INCI v.28 n.3 Caracas mar. 2003 FAO - Organização das Nações Unidas para Agricultura e alimentação. A contribuição dos insetos para a segurança alimentar, subsistência e meio ambiente. Disponível em: <http://www.fao.org/3/d-i3264o.pdf>. Acessado em: 28 nov. 2016 Referências Bibliográficas Jornal de Notícias. Farinha de grilo tem duas vezes mais proteína do que um bife. Disponível em: <http://www.jn.pt/sociedade/interior/farinha-de-grilo-tem-duas-vezes-mais-proteina-do-que-um-bife-4271435.html> Acessado dia 28 nov. 2016 MACHADO, P. A. (1987) O homem e os insetos, passado, presente, futuro. Rev. Saúde Pública vol.21 n.6 São Paulo Dec. 1987. Disponível em: < http://dx.doi.org/10.1590/S0034-89101987000600002> Acessado em: 23 nov. 2016 Noctula Channel. Grilos têm mais proteína que um bife – insetos na alimentação. Disponível em: < http://noctulachannel.com/insetos-na-alimentacao-grilos-proteina/> Acessado dia 20 nov. 2016. RAMOS-ELORDUY, J. 2000. La entomologia actual em México en la alimentación humana, em la medicina tradicional y em la reciclaje y alimentación animal. Memórias del 35° Congresso Nacional de Entomologia. p. 3-46. Disponível em: . Acessado em: 20 out. 2014. ROMERO, l. Alimentação. Por que você deve começar a comer insetos. Revista Super Interessante, n. 312, dezembro, 2012.
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