Buscar

HaroldoBAF Monografia

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE 
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS 
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
 
 
 
HAROLDO BARRETO DE ARAÚJO FILHO 
 
 
 
 
 
 
PRODUÇÃO CONJUNTA: 
Uma abordagem prática no ramo de frigorífico do RN 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NATAL – RN 
2015 
 
 
 
HAROLDO BARRETO DE ARAÚJO FILHO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PRODUÇÃO CONJUNTA: 
Uma abordagem prática no ramo de frigorífico do RN 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) 
apresentado à Universidade Federal do 
Rio Grande do Norte, como parte das 
exigências do Curso de Ciências 
Contábeis, para obtenção do título de 
Bacharel. 
Orientador: Prof. Dr. Ridalvo Medeiros 
Alves de Oliveira 
 
 
 
 
NATAL – RN 
2015 
 
 
HAROLDO BARRETO DE ARAÚJO FILHO 
 
PRODUÇÃO CONJUNTA: 
Uma abordagem prática no ramo de frigorífico do RN 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) 
apresentado à Universidade Federal do 
Rio Grande do Norte, como parte das 
exigências do Curso de Ciências 
Contábeis, para obtenção do título de 
Bacharel. 
 
 
APROVADO: 18/06/2015 
 
 
____________________________________________________ 
Prof. Dr. Ridalvo Medeiros Alves de Oliveira – Orientador 
 
 
____________________________________________________ 
Profª. M. Sc. Daniele da Rocha Carvalho – Examinadora 
 
 
____________________________________________________ 
Prof. M. Sc. Luiz Vieira de Oliveira Sobrinho – Examinador 
 
 
 
MÉDIA: 10,0. 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
A Deus por minha vida, por ter me dado força e capacidade para superar 
as dificuldades. 
À Universidade Federal do Rio Grande do Norte, seu corpo docente, 
direção e administração por transmitir todo conhecimento sempre de forma 
ética e responsável. 
Ao meu orientador por toda dedicação, empenho, correções e incentivos 
para elaboração deste trabalho. 
Aos meus amigos Fagner Bispo e Josineide Benigna pelo apoio, 
orientação e conhecimentos compartilhados, que foram fundamentais para a 
conclusão deste trabalho. Obrigado pela amizade ao longo de todo o curso. 
Aos meus amigos do curso de Ciências Contábeis que fizeram parte da 
minha formação, obrigado pela amizade ao longo dessa jornada. 
Aos meus pais, irmãos e noiva pelo amor incondicional e incentivo nas 
horas difíceis. 
A todos que direta ou indiretamente contribuíram para a realização deste 
trabalho, o meu muito obrigado. 
 
 
 
RESUMO 
Com uma vistoria sucinta em frigoríficos do estado, foi observado que nenhum 
aplicava controle à sua produção. Assim, esse trabalho objetiva demonstrar a 
aplicação de métodos de custeio em uma empresa do ramo de frigorifico no 
estado do Rio Grande do Norte, que também não possui nenhum critério de 
custeio aplicado à industrialização de suas matérias-primas. O produto em 
questão a ser analisado é o traseiro bovino, que por sua vez, passa por um 
processo de produção conjunta, originando vários outros produtos, como 
subprodutos, coprodutos e sucatas. O conceito foi aplicado através de respaldo 
bibliográfico e da aplicação de métodos também. Contudo, foi realizada uma 
comparação com a forma de custeamento utilizada pela entidade, tendo em 
vista que tudo nela é feito de maneira empírica, baseada na experiência 
adquirida e aplicada pelo proprietário da empresa. Identificou-se quais os 
impactos causados no rendimento do produto, e quanto os custos diretos 
consomem desse rendimento. Assim, o resultado dessa análise tornou-se uma 
ferramenta gerencial, mostrando de um jeito mais claro e nítido quais os custos 
diretos do traseiro bovino e qual o custo real de cada corte de carne. Concluiu-
se que a utilização de uma ferramenta contábil é muito importante para o 
controle gerencial, que, por sua vez, melhora o processo de gestão de uma 
empresa. 
 
Palavras-chave: Produção conjunta. Métodos de custeio. Controle gerencial. 
 
 
 
ABSTRACT 
With a brief survey in some meat markets of the state, it was observed that no 
one applies control to its production. So this paper aims to demonstrate the 
application of costing methods in a meat sector company in Rio Grande Do 
Norte, which also has no cost criterion for the industrialization of its raw 
materials. The product in question to be analyzed is the rear beef, which 
undergoes a joint production process, yielding various other products such as 
by-products, co-products and scrap. The concept will be implemented through 
bibliographic support and the application of methods as well. However a 
comparison will be made with the form used by the entity in order that 
everything in it is done empirically, experience and applied by the business 
owner. We will see what are the impacts on product yield and the direct costs 
consume that income, so the result of this analysis will become a management 
tool, showing in a clearer way what are the direct costs of bovine rear and what 
is the real cost of each cut of meat. It was made a use of an accounting tool in a 
practical case, showing how it can be important to have a management control 
and how it can help in the process of a company. 
 
Key words: Joint production. Cost methods. Management control. 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 7 
1.1 Problema de pesquisa .................................................................................................... 8 
1.2 Objetivos ........................................................................................................................... 8 
2 CONCEITOS DE CUSTOS E MÉTODOS DE CUSTEIO ............................................... 10 
2.1 Conceitos de custos ...................................................................................................... 10 
2.2 Terminologia de custos ................................................................................................. 12 
2.3 Métodos de custeio ....................................................................................................... 12 
2.3.1 Método de Custeio por Absorção ........................................................................ 12 
2.3.2 Método de Custeio Variável .................................................................................. 13 
2.3.3 Método de Custeio Baseado em Atividades (ABC) .......................................... 14 
2.3.4 Método de Custeio RKW ....................................................................................... 16 
3 PRODUÇÃO CONJUNTA ................................................................................................... 18 
3.1 Novos produtos da Matéria-prima ............................................................................... 19 
3.1.1 Coprodutos .............................................................................................................. 19 
3.1.2 Subprodutos ............................................................................................................ 20 
3.1.3 Sucatas .................................................................................................................... 20 
3.2 Custos Conjuntos ........................................................................................................... 21 
4 ESTUDO DE CASO: BOMFIM LTDA. .............................................................................. 23 
4.1 Metodologia..................................................................................................................... 23 
4.2 A comercialização de traseiro bovino .........................................................................24 
4.3 A matéria-prima e os novos produtos ......................................................................... 27 
4.4 Gerenciamento contábil da Bomfim Ltda. .................................................................. 31 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................ 32 
REFERÊNCIAS ........................................................................................................................ 33 
 
 
7 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
O Brasil é um grande produtor mundial de proteína animal, e teve como 
mercado interno o principal destino de sua produção em 2010 (75% da 
produção foi consumida internamente no país). Segundo o Instituto Brasileiro 
de Geografia e Estatística (IBGE), de 2008 a 2012 o rebanho bovino brasileiro 
cresceu 6,5%, passando de 199,75 para 212,85 milhões de cabeças. 
Segundo o IBGE, esse crescimento de rebanho é continuo desde 2008, 
o que pode ser explicado pelo investimento dos pecuaristas, em 2007, na 
ampliação do rebanho devido aos preços de venda e rentabilidades mais 
atrativas da cria, gerados pela valorização dos animais adultos e de reposição. 
O mercado de bovinos no Rio Grande do Norte é bastante aquecido; são 
muitas as empresas que movimentam a economia do Estado nesse ramo. 
Desta forma, é de fundamental importância ter um controle gerencial eficaz que 
passe segurança para a gestão dessas empresas. 
O ciclo de vida das empresas de pequeno e médio porte, em geral, tem 
curta duração. As principais causas do fechamento são a falta de experiência 
dos gestores e a falta de planejamento administrativo e organizacional. Uma 
gestão deficiente pode ter como resultado o fechamento da empresa em pouco 
tempo, e a contabilidade pode ser uma ferramenta crucial para a permanência 
da empresa no mercado. 
Entende-se que a contabilidade é uma ciência de grande importância 
para as empresas, de um modo geral, tanto para as grandes quanto para as 
pequenas, e essa ciência, em muitos casos, não é utilizada da maneira 
abrangente ou até mesmo de maneira alguma. Essa é a realidade de algumas 
empresas do Brasil, e ainda mais forte no Rio Grande do Norte 
A contabilidade gerencial é uma ferramenta de grande valor nas 
empresas do mundo atual. Devido à velocidade em que as informações 
circulam pelo mercado, as entidades estão cada vez mais utilizando-se dessa 
ferramenta poderosa de gestão para tomada de decisão, mensuração e 
identificação de processos. Sendo assim, é de fundamental importância para 
continuidade da entidade a utilização da contabilidade gerencial. 
Os empreendedores, nas empresas de pequeno porte, exercem várias 
funções gerenciais, devido à falta de planejamento estratégico, e assim tomam 
8 
 
suas decisões à medida que os problemas aparecem. Desse modo, não 
possuem um conjunto de informações que possam auxiliá-los no processo de 
decisão. 
A contabilidade, como um instrumento que auxilia à administração a 
tomar decisão, coleta dados e mensura-os de maneira monetária, registrando 
em relatórios, que são comunicados para seus usuários, contribuindo para 
tomada de decisão. 
A empresa alvo desse estudo é a Central Comércio e Distribuição de 
Alimentos Bomfim Ltda. A Bomfim é uma empresa familiar, e possui mais de 10 
anos no mercado no ramo de frigorifico. Em 2014 teve um faturamento acima 
de 80 milhões de reais, e metade desse faturamento é referente aos 
coprodutos e subprodutos inerentes do processo de produção da indústria de 
bovinos e resfriados. Mesmo com esse fator expressivo de 50%, a entidade 
não possui controle gerencial sobre estoque e processo de produção. Esse 
estudo pode demonstrar um diagnóstico diferente da visão do gestor e, 
possivelmente, sobre a lucratividade da empresa. 
 
1.1 Problema de pesquisa 
Na empresa alvo do estudo não se observa aplicação de métodos de 
custeio, sendo essa a justificativa para a elaboração deste trabalho, que 
buscou responder à seguinte questão de pesquisa: qual o método de alocação 
de custos conjuntos mais apropriado à Bomfim? 
 
1.2 Objetivos 
O objetivo principal dessa pesquisa é identificar o método de custeio 
mais adequado para a empresa Bomfim. 
Os objetivos específicos estão alinhados com a justificativa do estudo. 
Para um melhor entendimento, os principais são listados: 
 Conhecer o processo de produção que é aplicado na empresa Bomfim; 
 Identificar os critérios adotados pelo gestor para tomada de decisão; 
 Coletar dados para análise de custos; 
 Comparar as práticas adotas pelo gestor com os métodos contábeis; e 
9 
 
 Verificar o impacto que a aplicação desses métodos pode causar na 
parte gerencial, e se os mesmos poderão ser usados como ferramenta 
de gestão pelo empresário. 
 
10 
 
2 CONCEITOS DE CUSTOS E MÉTODOS DE CUSTEIO 
 
Embora o objetivo seja apresentar da maneira mais clara e simples uma 
metodologia de custeio, faz-se necessário o conhecimento de alguns dos 
principais conceitos de custos e métodos de custeio. O referencial teórico 
adotado para desenvolvimento da pesquisa envolve alguns conceitos de 
contabilidade de custos, tais como: custos e suas classificações, métodos de 
custeio e custeio da produção conjunta. 
 
2.1 Conceitos de custos 
Segundo Martins (2003), custo é um gasto que pode ser relativo a um 
determinado bem ou serviço que será utilizado na produção de outros bens ou 
serviços. 
Com a criação do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) em 
2005, o IBRACON – Instituto dos Auditores Independentes do Brasil, deixou de 
emitir pronunciamentos contábeis, passando a participar como membro do 
CPC. Porém, em 1999, na sua Norma e Procedimento Contábil (NPC) nº 2, o 
IBRACON definiu custos como sendo: 
 
a soma dos gastos incorridos e necessários para a aquisição, 
conversão e outros procedimentos necessários para trazer os 
estoques à sua condição e localização atuais, e compreende 
todos os gastos incorridos na sua aquisição ou produção, de 
modo a colocá-los em condições de serem vendidos, 
transformados, utilizados na elaboração de produtos ou na 
prestação de serviços que façam parte do objeto social 
entidade, ou realizados de qualquer outra forma. (IBRACON, 
1999, p.1) 
 
Alguns estudiosos da área de custos corroboram essa definição, como 
Martins (2010), que define custo como o gasto relativo a bem ou serviço 
consumido na produção de outros bens e serviços, e Wernke (2004, p. 11-12), 
que define custos como: 
 
Gastos efetuados no processo de fabricação de bens ou de prestação 
de serviços. No caso industrial, são os fatores utilizados como 
matérias-primas, salários e encargos sociais dos operários da fábrica, 
depreciação das maquinas, dos moveis e das ferramentas utilizadas 
no processo produtivo. 
11 
 
 
12 
 
2.2 Terminologia de custos 
Dentro da contabilidade de custos básica existem algumas terminologias 
importantes para o entendimento do processo de produção das indústrias. 
Essas terminologias podem causar algum tipo de confusão se não 
interpretadas da maneira correta, sendo elas: gastos, desembolso, 
investimento, custo (já citado anteriormente), despesas e perdas. 
Segundo Martins (2010, p. 24) “gasto é compra de um produto ou 
serviço qualquer, que gera sacrifício financeiro para entidade (desembolso), 
sacrifício esse representado por entrega ou promessa de entrega de ativos 
(normalmente dinheiro)”. 
O mesmo autor prossegue, definindo desembolso como o pagamento 
resultante da aquisição do bem ou serviço; investimento, como o gasto ativado 
em função da sua vida útil ou de benefícios atribuíveis a períodos futuros 
períodos;e despesa como um bem ou serviço consumido direta ou 
indiretamente para obtenção de receitas. (MARTINS, 2010) 
 
2.3 Métodos de custeio 
O método de custeio normalmente é aplicado de acordo com a 
necessidade ou processo de produção da empresa, tendo que ser utilizado de 
maneira útil para o gerenciamento da empresa. De nada adianta usar um 
método muito complexo, se o mesmo não se encaixa no funcionamento da 
empresa, tornando o processo mais oneroso e inviável para a entidade. 
 
2.3.1 Método de Custeio por Absorção 
Esse método consiste em atribuir todo tipo de custo, seja ele direto ou 
indireto, aos produtos que fazem parte do processo de produção, alocando-os 
de maneira adequada. Como exemplos de custo direto temos: matéria-prima e 
mão-de-obra direta. Por sua vez os exemples de custos indiretos são: aluguel, 
energia, mão-de-obra indireta e depreciação, entre outros. 
Martins (2010, p. 37) diz que o custeio por absorção consiste “na 
apropriação de todos os custos de produção aos bens elaborados, e só os de 
produção; todos os gastos relativos ao esforço de fabricação são distribuídos 
para todos os produtos feitos”. 
13 
 
Leone (1997) defende que o Método de Custeio por Absorção é aquele 
que adiciona todos os custos indiretos de fabricação de um determinado 
período nos custos de suas diferentes atividades industriais, sejam produtos, 
processos ou serviços. O critério deriva de vários processos de rateio por 
causa dos custos comuns, de difícil identificação ou não relevantes. A 
finalidade principal do critério é ter o custo total (direto e indireto) de cada 
objeto de custeio. Esse custo total se destina, entre outros fins, a determinar a 
rentabilidade de cada atividade, a avaliar os elementos que compõem o 
patrimônio e a compor uma informação significativa no auxílio à decisão de 
estabelecer os preços de venda dos produtos e serviços. 
Maher (2001, p.360) observa que o custeio por absorção é um “método 
de contabilização no qual tanto os custos fixos como os custos variáveis de 
produção são considerados custos do produto”. Isso pressupõe que os 
produtos “absorvem” todos os custos de produção, ou seja, todos os custos de 
produção são atribuídos às unidades produzidas. 
Horngren et al. (2000, p. 211) dizem que o “custeio por absorção é o 
método de custeio do estoque no qual todos os custos de fabricação, variáveis 
ou fixos, são considerados custos inventariáveis. Isto é, o estoque ‘absorve’ 
todos os custos de fabricação”. 
 
2.3.2 Método de Custeio Variável 
Este método limita-se em apropriar todos os custos variáveis de 
produção, sejam eles diretos ou indiretos, aos produtos elaborados. 
 
Sob o Custeio Variável, apenas e tão somente os custos variáveis 
são apropriados à unidade de produto, não permitindo-se nenhuma 
apropriação a gastos fixos. Aos custos e despesas variáveis é, então, 
adicionada a denominada Margem de Contribuição, que deve ser 
suficiente para a cobertura dos Custos e Despesas Fixas e, ainda, do 
necessário lucro. (NASCIMENTO, 1989, p. 32) 
 
Complementando, Vartanian (2000) relata que o Método de Custeio 
Variável é aquele em que somente os custos diretos ou indiretos variáveis e as 
despesas variáveis são atribuídos aos objetos de custeio. Os custos e 
despesas fixas são levados integral e diretamente ao resultado do período. 
14 
 
Segundo Leone (1997, p. 96) o custeio variável “é o procedimento 
empregado pela contabilidade de custos para determinar o custo de uma 
produção no qual só são debitados à conta de fabricação os seus custos 
variáveis, diretos e indiretos”. 
Alguns autores tratam métodos de custeio direto como sendo sinônimo 
do variável, como Martins (2010). Porém, a literatura traz casos onde há um 
tratamento diferenciado, como Vartanian (2000). 
Para Martins (2010, p. 204) o “Custeio Variável (ou Direto), em que só 
são agregados aos produtos seus custos variáveis, considerando-se os custos 
fixos como se fossem despesas”. 
Por sua vez, Vartanian (2000) tem a opinião contrária à de Martins, 
diferenciando Custo Direto do Custo Variável: 
 
Custeio Variável não é a mesma coisa que custeio direto, pois, nesse 
último, custos fixos e despesas são diretamente alocados no produto, 
elevando o objeto de custeio, algo que jamais ocorre no custeio 
variável. (VARTANIAN, 2000, p.72). 
 
Desta forma, no Método de Custeio Direto, todas as despesas e custos 
fixos ou variáveis são alocados à unidade de produto, sendo os variáveis 
alocados diretamente e os fixos por rateio. 
 
2.3.3 Método de Custeio Baseado em Atividades (ABC) 
Segundo Kaplan e Anderson (2007), o método de custeio ABC iniciou-se 
na década de 1980, pois os métodos existentes até a época eram ineficientes e 
não mostravam e nem forneciam as informações necessárias aos gestores. 
Contudo, Nakagawa (1995) afirma que o método de custeio ABC já era 
utilizado no início do século passado. Porém, no Brasil, as pesquisas sobre 
esse método começaram na década de 1980. 
O método ABC foi desenvolvido como um sistema de contabilidade, tido 
como avançado; porém, esse método tem ajudado as entidades a otimizarem 
seus processos de produção de maneira mais eficiente, fornecendo uma maior 
quantidade de informação para a tomada de decisão, fornecendo subsídios 
para que as organizações melhorem seu desempenho em suas atividades. 
(GOSSELIN, 2007) 
15 
 
Para Martins (2010, p.87) “O Custeio Baseado em Atividades, conhecido 
como ABC (Activity-Based Costing), é um método de custeio que procura 
reduzir sensivelmente as distorções provocadas pelo rateio arbitrário dos 
custos indiretos”. 
Nakagawa (1995, p. 39) cita que "os recursos de uma empresa são 
consumidos por suas atividades e não pelos produtos que ela fabrica". Assim, o 
objetivo do processo é rastrear as atividades mais importantes da empresa e 
planejar de que maneira esses recursos podem ser utilizados de maneira mais 
eficaz, em dois estágios. 
No primeiro estágio, denominado de “custeio das atividades”, os custos 
são direcionados às atividades. No segundo estágio, denominado de custeio 
dos objetos, os custos das atividades são atribuídos aos produtos, serviços e 
clientes, conforme demonstrado esquematicamente por Moura (2015) na 
Figura 1. 
 
Figura 1 – Representação esquemática do ABC em dois estágios 
 
Fonte: Moura (2015, p. 17) 
 
Warren, Reeve e Fess (2003, p. 396) explicam que o método ABC 
"utiliza os custos das atividades para determinar os custos do produto. Sob 
esse método, os custos indiretos de fabricação são inicialmente contabilizados 
em grupos de custos de atividades". 
16 
 
Atkinson et al. (2000, p. 308) dizem que o custeio baseado em 
atividades é um método que ajuda como os direcionadores de custos podem 
vincular, diretamente, as atividades executadas aos produtos produzidos, pois 
 
os direcionadores de custos medem o consumo médio 
ocorrido, em cada atividade, pelos vários produtos. Então, os 
custos das atividades são atribuídos aos produtos, na 
proporção do consumo que os produtos exerceram, em média, 
sobre as atividades. 
 
Para Leone (1997), o principal objetivo do sistema ABC é a atribuição 
mais eficaz de gastos indiretos ao produto ou serviço produzido pela empresa, 
permitindo um melhor suporte nas decisões gerenciais. 
Pode-se dizer que o ABC é uma ferramenta poderosa para a tomada de 
decisão, pois ajuda ao gestor a ratear os custos indiretos de maneira mais 
precisa e eficaz. 
 
2.3.4 Método de Custeio RKW 
O método de custeio Reichskuratorium für Wirtschaftlichkeit1 (RKW) 
surgiu na Alemanha, no início do século XX. Ele tem como princípio a alocação 
dos custos fixose variáveis aos produtos, incluindo também as despesas. 
 Martins (2001) leva em consideração que esse sistema é um rateio dos 
custos e despesas totais; desta maneira, segundo o autor, é possível chegar ao 
valor de “produzir e vender”. 
 Segundo Bornia (2010), este método trata apenas de custos de 
transformação, não contempla matérias-primas e outros materiais diretos. Ele 
divide a empresa em centro de custos e, desses centros, os custos são 
alocados ao produto de acordo com sua participação na produção. 
 
Os centros [de custos] são determinados considerando-se o 
organograma (cada setor da empresa pode ser um centro de custos), 
a localização (quando partes da empresa encontram-se em 
localidades diferentes, cada local pode ser um centro), as 
responsabilidades (cada gerente pode ter sob sua responsabilidade 
um centro de custos) e a homogeneidade. (BORNIA, 2010, p. 89) 
 
 
1
 Em tradução literal para o português significa "Conselho Administrativo do Império para a Eficiência 
Econômica". 
17 
 
Bornia (2010, p. 91-92) resume o método RKW (método dos centros de 
custos) em cinco processos: 
 
1. Separação dos custos em itens. 
2. Divisão da empresa em centros de custos. 
3. Identificação dos custos com os centros (distribuição 
primária). 
4. Distribuição dos custos dos centros indiretos até os diretos 
(distribuição secundária). 
5. Distribuição dos custos dos centros diretos aos produtos 
(distribuição final). 
 
Conforme Oliveira (2011, p. 32) o RKW é uma derivação de custeio por 
absorção “pois mantém a filosofia de alocação dos custos fixos e variáveis aos 
produtos, incluindo-se as despesas”. 
Segundo Martins e Rocha (2010, p. 130), “a principal vantagem do 
método de custeio por centros de custos, é o fato de ser alocada, nos produtos, 
a totalidade dos gastos relativos ao esforço de produzir, administrar e vender”. 
Vartanian (2000) diz que o método RKW é simples e claro, se aplicado 
da forma certa. As seções devem ser claras e deve existir uma “unidade de 
trabalho” para medir toda a produção, e as seções devem ser mínimas. 
Nota-se que o RKW é mais uma ferramenta poderosa de gestão que, se 
aplicada da maneira correta, pode trazer benefícios para empresa, além dos já 
citados, como o de mostrar o quanto a empresa precisa sacrificar para produzir 
e vender o produto. 
 
18 
 
3 PRODUÇÃO CONJUNTA 
 
Em algumas atividades industriais ocorre um fenômeno chamando de 
produção conjunta, que é o aparecimento de vários produtos a partir de uma 
determinada matéria-prima. 
Empresas com processo de produção conjunta são aquelas em que, 
basicamente, a partir do processamento, em várias fases e departamentos, da 
mesma matéria-prima básica, são obtidos vários produtos, denominados 
coprodutos, e, eventualmente, alguns subprodutos. (IUDÍCIBUS, 1993) 
Backer e Jacbsen (1984, p. 305) dizem que “quando dois ou mais 
produtos emergem de uma mesma matéria-prima ou processo, ou de várias 
matérias-primas e processos, a produção é chamada de produção conjunta”. 
Para Hansen e Mowen (2001, p. 225), “produtos conjuntos são dois ou 
mais produtos produzidos pelo mesmo processo até um ponto de ‘separação’. 
O ponto de separação é o ponto no qual os produtos conjuntos se tornam 
separados e identificáveis”. Desta maneira quando o processo de produção 
ocorre em um determinado ponto, há formação de mais de um produto 
caracterizando a produção conjunta, da mesma maneira que ocorre na 
empresa alvo da pesquisa. 
Horngren et al. (1981, p. 385) conceituam que “custo conjunto é o custo 
de um único processo que gera diversos produtos simultaneamente”. Sendo 
assim, quando dois ou mais produtos, de custos elevados e importantes para 
empresa, surgem de uma única matéria-prima, ocorre a produção conjunta. 
Outros autores que seguem a mesma linha definição para Produção 
Conjunta são Niswonger & Fess (1977, p. 183), que trazem um conceito 
bastante parecido sobre o tema: 
 
Quando dois ou mais produtos de valor significativo são 
produzidos de uma única matéria-prima direta, temos os 
chamados produtos conjuntos (joint products). Da mesma 
forma, custos implicados na fabricação de tais produtos são 
chamados custos conjuntos. 
 
Nota-se que vários autores têm definições convergentes, não deixando 
dúvidas sobre o processo de definição e contribuindo para uma identificação 
mais exata desse processo de produção. 
19 
 
No caso da Bomfim, se considerada como matéria-prima a carcaça do 
boi, os coprodutos são o quarto dianteiro e o quarto traseiro. Se considerada 
como matéria-prima um desses, são gerados vários coprodutos, dentre os 
quais estão: alcatra, picanha, contrafilé, filé, maminha, etc., como demonstra a 
Figura 2. 
 
Figura 2 – Coprodutos da carcaça bovina 
 
Fonte: O próprio autor. 
 
3.1 Novos produtos da Matéria-prima 
 
3.1.1 Coprodutos 
Como foi citado anteriormente e mostrado na Figura 2, durante o 
processo de produção conjunta ocorre o surgimento de vários produtos 
derivados de uma matéria-prima; desta forma, alguns autores trazem certas 
definições para o assunto. 
Horngren et al. (1981, p. 385) afirmam que os coprodutos “têm valor de 
venda relativamente alto, mas não são identificáveis isoladamente como 
produtos individuais até o ponto de separação”. 
(subproduto) 
20 
 
Martins (2010, p. 162), define que os coprodutos “são os próprios 
produtos principais, só que assim chamados porque nascidos de uma mesma 
matéria-prima. São os que substancialmente respondem pelo faturamento da 
empresa”. 
No caso da Bomfim os coprodutos têm uma grande representatividade 
no faturamento da empresa. 
 
3.1.2 Subprodutos 
Os subprodutos, assim como os coprodutos, são oriundos de um 
processo de produção conjunta, e o que os diferencia é que eles têm menor 
valor de mercado. 
Segundo Horngren et al. (1981, p. 709), subproduto é um “produto obtido 
de um processo conjunto, com pequeno valor de venda em comparação com 
os do produto principal ou do coproduto”. 
Corroborando esse entendimento, Martins (2010, p.122) define como 
subprodutos: 
 
aqueles itens que, nascendo de forma normal durante o 
processo de produção, possuem mercado de venda 
relativamente estável, tanto no que diz respeito à existência de 
compradores como quanto ao preço. São itens que tem 
comercialização tão normal quanto os produtos da empresa, 
mas que representam porção ínfima do faturamento total. 
 
 Devido a essa baixa representatividade no faturamento, normalmente os 
subprodutos não possuem capacidade de absorção de custos, ficando 
registrados no estoque pelo seu valor realizável líquido. Esse valor deve ser, 
então, deduzido dos custos de produção, que são alocados apenas aos 
estoques dos coprodutos. 
 
3.1.3 Sucatas 
Outro item que pode aparecer, devido ao processo de produção 
conjunta, são as sucatas. Esses itens recebem um tratamento diferente, já que 
não são tratados como produto normal da empresa. 
Segundo Martins (2010, p.124), ”sucatas são aqueles itens cuja venda é 
esporádica e realizada por valor não previsível na data em que surgem na 
21 
 
produção”. Por essa razão, as sucatas não só não recebem custos, como não 
tem sua eventual receita considerada como diminuição dos custos de 
produção. Mesmo que existam em quantidades razoáveis, não aparecem como 
estoque na contabilidade. 
Para Horngren et al. (1981, p. 709), as sucatas são um “produto com 
valor de venda mínimo”. Já Maher (2001, p.896) afirma que sucata é um 
“produto cujo valor realizável líquido é mínimo, ou mesmo negativo, em função 
dos custos de sua disposição”.De acordo com Santos (2000, p. 147), “As 
sucatas são resíduos que podem ou não ser decorrência normal do processo 
de produção, não possuindo valor de venda e condições de negociabilidade 
boas”. Face a essa incerteza, as receitas provenientes da venda de sucatas 
são lançadas diretamente em receitas eventuais. 
 
Sucatas (ou resíduos ou sobras) são produtos que emergem da 
produção (seja conjunta ou não) que, em estado normal ou com 
defeitos ou estragados, não têm mercado garantido de 
comercialização, e sua venda, portanto, é bastante incerta, não se 
podendo estabelecer, a priori, se ela ocorrerá ou não. (NEVES; 
VICECONTI, 2001, p. 117) 
 
3.2 Custos Conjuntos 
 Custos Conjuntos são os custos aplicados no mesmo processo de 
produção que no determinado ponto de separação, são identificados novos 
produtos separadamente. 
 
Figura 3 – Custos conjuntos e ponto de separação 
 
22 
 
Fonte: http://www.peritocontador.com.br/artigos/apresentacao_producao_conjunta.pdf 
 
No ramo de frigorífico há vários produtos: gordura, limpeza, ossos, 
carnes e diversos outros produtos, alguns dos quais demonstrados na Figura 1. 
Segundo Matz, Curry e Frank (1978, p. 397), “custos conjuntos são 
aqueles incorridos antes do ponto em que os produtos identificáveis 
separadamente emergem dos mesmos processos”. 
Segundo Cashin e Polimeni (1982, p. 368), “custos conjuntos são os 
custos incorridos num mesmo processo até um determinado ponto em que os 
produtos individuais podem ser identificados”. 
Na literatura é possível encontrar diversos critérios de alocação dos 
custos conjuntos aos coprodutos. Na visão de Martins (2010), os principais 
critérios são: método do valor de mercado, método dos volumes produzidos e 
método da igualdade do lucro bruto. 
O método do valor de mercado é um dos métodos mais utilizados, pois 
distribui de forma igualitária os custos aos coprodutos, de acordo com sua 
participação na receita. Segundo Martins (2010, p. 164) ”o grande mérito [deste 
método] está no fato de distribuir o resultado de forma homogênea aos 
coprodutos”. 
O método dos volumes produzidos, defende Martins (2010, p. 165) 
”acaba por apropriar custos iguais por unidade de volume elaborado”. Sendo 
assim, os produtos originados do processo de separação teriam o mesmo 
custo. 
Por fim, o método da igualdade de lucro bruto distribui os custos de 
forma que cada produto tenha o mesmo lucro bruto por unidade. 
 
 
23 
 
4 ESTUDO DE CASO: BOMFIM LTDA. 
 
Tendo em vista a grande movimentação econômica do mercado de 
bovinos no Rio Grande do Norte, é de fundamental importância que as 
empresas do ramo tenham um controle gerencial eficaz. 
Contudo, observando o controle interno das empresas do estado, é 
mínimo ou inexistente o uso dessa ferramenta tão importante. A empresa alvo 
desse estudo, a Central Comércio e Distribuição de Alimentos Bomfim Ltda. 
não utiliza nenhuma ferramenta contábil para controle do seu estoque ou da 
sua produção; a gestão é baseada nos anos de experiência do proprietário, de 
forma puramente empírica. 
A Bomfim Ltda. é uma empresa do setor de frios e congelados de origem 
animal, localizada em Natal-RN. Seu principal produto é o traseiro bovino, que 
passa por um processo de produção, mas também pode ser vendido inteiro. 
Sendo também uma indústria com grande representatividade no comércio de 
carnes bovinas no Rio Grande do Norte, com 10 anos no mercado e cerca de 
90 funcionários, a mesma apenas utiliza a experiência do proprietário, 
adquirida através de anos no ramo de carnes bovinas. 
Devido à necessidade da Bomfim e das outras empresas do ramo, essa 
pesquisa tem como objetivo identificar qual o método de custeio mais 
adequado á produção conjunta de resfriados bovinos, e comparar os métodos 
com a forma que é aplicada pelo gestor na empresa. 
 
4.1 Metodologia 
A metodologia utilizada nesse trabalho é um Estudo de Caso de caráter 
qualitativo e exploratório. 
 
O estudo de caso é caracterizado pelo estudo profundo e exaustivo 
de um ou poucos objetos, de maneira a permitir conhecimentos 
amplos e detalhados do mesmo, tarefa praticamente impossível 
mediante outros tipos de delineamentos considerados. (GIL, 1999, 
p.73) 
 
Yin (2002, p.21) ressalta que o estudo de caso 
 
24 
 
permite uma investigação para se preservar as características 
holísticas e significativas dos eventos da vida real – tais como 
ciclos de vida individuais, processos organizacionais, 
administrativos, mudanças ocorridas em regiões urbanas, 
relações internacionais e a maturação de alguns setores. 
 
Contudo observa-se que esse tipo de metodologia aplica-se na pesquisa 
em questão, tendo em vista que a empresa a ser analisada trata-se de um 
fenômeno real. 
 Quanto à sua tipologia é qualitativa, pois segundo Richardson (1999, p. 
80) os estudos que empregam uma metodologia qualitativa “podem descrever 
a complexidade de determinado problema, analisar a interação de certas 
variáveis, compreender e classificar processos dinâmicos vividos por grupos 
sociais”. 
No caso da Bomfim a análise de um sistema de custeio, através do 
levantamento de dados, para comparar com o método já utilizado pela empresa 
demonstra que a pesquisa é qualitativa. 
 Por fim, ela também é exploratória, por que há pouco conhecimento 
sobre a temática, já que não foram realizados em Natal-RN estudos no ramo 
de frigorífico sobre produção conjunta, comparando-os com as práticas 
adotadas pelos empreendedores e administradores das empresas. 
 
4.2 A comercialização de traseiro bovino 
 O traseiro bovino é o produto que dá origem às carnes nobres do boi, 
como filé mignon e picanha. A empresa comercializa cerca de 1200 peças de 
traseiro por mês, tendo uma representatividade no faturamento de 30%. Esse 
produto, durante sua industrialização, dá origem a vários outros produtos. 
A Bomfim não possui nenhum controle gerencial e nenhum método de 
apropriação de custos, por isso este produto foi escolhido para análise e 
aplicação de critério de apropriação dos custos conjuntos, sendo utilizados os 
critérios de valor de mercado e de volume produzido. 
 Todos os dados coletados foram referentes a uma média mensal do ano 
de 2015. A coleta foi feita da seguinte maneira: foram selecionados dez 
traseiros de maneira aleatória, com pesos variados, e apenas um desossador 
foi selecionado para participar do processo, para eliminar uma variável, já que 
25 
 
os pesos dos novos produtos podem variar de acordo com o corte feito pelo 
funcionário. 
O peso da matéria-prima foi registrado antes do processo e à medida 
que novos produtos iam surgindo também eram registrados. Feito isso com os 
dez traseiros, chega-se a uma média, conforme demonstrado no Quadro 1. 
 
Quadro 1 – Produtos originados do Traseiro Bovino 
MÉDIA TRASEIRO KG 
TRASEIRO ANTES DO 
PROCESSO 68,45 
 
 PERDA 0,12 
ALCATRA 5,97 
PICANHA 1,94 
COXÃO DURO 8,36 
PATINHO 5,79 
COXÃO MOLE 10,02 
MUSCULO DA CHÃ 2,37 
OSSO DO PATINHO 0,56 
FILÉ MIGNON 2,50 
CONTRA-FILÉ 8,50 
CARNE MOÍDA 0,48 
FRALDINHA 2,07 
ARANHA 0,27 
XAXADO 1,79 
CAPA CONTRA-FILÉ 1,74 
OSSO DA ALCATRA 0,72 
OSSO REJEITE 1,17 
OSSO SABAO 8,86 
PERNA 4,02 
COSTELINHA 1,24 
Fonte: Dados da pesquisa 
 
Nota-se que de uma matéria prima originaram-se 20 novos produtos, 
que são divididos em coprodutos, subprodutos e sucatas. Também foi 
observada uma média de perda por desidratação de 120 gramas por traseiro, 
que será incorporada ao custo do produto por se tratar de algo que acontece 
normalmente durante o processo. 
Com o levantamento dos custosdiretos, chega-se aos principais e mais 
relevantes demonstrados no Quadro 2. 
26 
 
 
 
27 
 
Quadro 2 – Levantamento dos custos mais relevantes na Bomfim Ltda 
CUSTOS DIRETOS R$ 
 Aquisição 924.075,00 
 Folha 12.575,49 
 Serv. Manutenção 2.500,00 
 Energia 1.928,57 
 Perda Normal 1.620,00 
 TOTAL 942.699,06 
Fonte: Dados da pesquisa 
 
 Custo de aquisição: refere-se ao valor da compra de traseiros no 
mês. 
 Custo da folha: todos os salários e encargos dos funcionários que 
trabalham no setor de produção de traseiro. 
 Serviço manutenção: custos referentes ao funcionamento de 
maquinário para armazenamento de traseiros. 
 Energia: o custo total seria de R$13.500,00, mas o critério de 
rateio utilizado foi a quantidade de câmaras frias para o 
armazenamento da matéria-prima, sendo 1 no total de 7. 
 
A depreciação não foi considerada um custo relevante, tendo em vista 
que o prazo de vida útil do maquinário é de 20 anos, garantidos pelo fabricante, 
e seu valor de aquisição é baixo diante do investimento total. 
 
4.3 A matéria-prima e os novos produtos 
Mediante os dados levantados, foi aplicado o método dos volumes 
produzidos e o método valor de mercado como demonstrado na Tabela 1. 
 
Tabela 1 – Aplicação de métodos de apropriação de custos 
 MÉTODO DOS VOLUMES PRODUZIDOS 
 MÉTODO VALOR DE 
MERCADO 
 
 KG % 
 VOLUME 
PRDUZIDO % 
 
PREÇO RECEITA 
 TRASEIRO 
ANTES DO 
PROCESSO 
 
68,33 KG/PÇ 
 
81.996 
VOLUME 
TOTAL 
 
227,83 
 
1.082.564,40 
 
REC/PÇ 
ALCATRA 5,97 8,74% 7.164 8,74% 17,49 125.298,36 11,57% 
PICANHA 1,94 2,84% 2.328 2,84% 21,00 48.888,00 4,52% 
COXÃO DURO 8,36 12,23% 10.032 12,23% 15,69 157.402,08 14,54% 
28 
 
 PATINHO 5,79 8,47% 6.948 8,47% 16,19 112.488,12 10,39% 
COXÃO MOLE 10,02 14,66% 12.024 14,66% 17,19 206.692,56 19,09% 
MUSCULO DA 
CHÃ 2,37 3,47% 2.844 3,47% 12,59 35.805,96 3,31% 
OSSO DO 
PATINHO 0,56 0,82% 672 0,82% 5,49 3.689,28 0,34% 
FILÉ MIGNON 2,50 3,66% 3.000 3,66% 29,00 87.000,00 8,04% 
CONTRA-FILÉ 8,50 12,44% 10.200 12,44% 17,49 178.398,00 16,48% 
CARNE 
MOÍDA 0,48 0,70% 576 0,70% 13,69 7.885,44 0,73% 
FRALDINHA 2,07 3,03% 2.484 3,03% 12,59 31.273,56 2,89% 
ARANHA 0,27 0,40% 324 0,40% 12,99 4.208,76 0,39% 
XAXADO 1,79 2,62% 2.148 2,62% 5,00 10.740,00 0,99% 
CAPA 
CONTRA-FILÉ 1,74 2,55% 2.088 2,55% 12,59 26.287,92 2,43% 
OSSO DA 
ALCATRA 0,72 1,05% 864 1,05% 5,00 4.320,00 0,40% 
OSSO 
REJEITE 1,17 1,71% 1.404 1,71% 1,99 2.793,96 0,26% 
OSSO SABAO 8,82 12,91% 10.584 12,91% 0,10 1.058,40 0,10% 
PERNA 4,02 5,88% 4.824 5,88% 6,25 30.150,00 2,79% 
COSTELINHA 1,24 1,81% 1.488 1,81% 5,50 8.184,00 0,76% 
Fonte: Dados da pesquisa 
 
Na coluna “Métodos dos Volumes Produzidos” foi levada em 
consideração a quantidade de quilos de traseiro produzidos, calculada de 
acordo com a média de compra de traseiro, multiplicada pela média de quilos 
por traseiro, resultando no valor de 81.996kg. 
Esse valor foi rateado por peça de acordo com seu percentual de 
representatividade. Na coluna “Método Valor de Mercado” levou-se em 
consideração a receita que cada corte bovino teve em relação ao total, 
multiplicando o preço do quilo da peça pela quantidade produzida. 
 
Tabela 2 – Rateio pelo volume produzido 
CUSTOS CONJUNTOS 
 
 
 942.699,06 TOTAL CUSTO UNIT. 
ALCATRA 8,74% 82.363,73 11,50 
PICANHA 2,84% 26.764,76 11,50 
COXÃO DURO 12,23% 115.336,81 11,50 
PATINHO 8,47% 79.880,40 11,50 
COXÃO MOLE 14,66% 138.238,62 11,50 
MUSCULO DA CHÃ 3,47% 32.697,16 11,50 
OSSO DO PATINHO 0,82% 7.725,91 11,50 
FILÉ MIGNON 3,66% 34.490,67 11,50 
CONTRA-FILÉ 12,44% 117.268,29 11,50 
CARNE MOÍDA 0,70% 6.622,21 11,50 
FRALDINHA 3,03% 28.558,28 11,50 
29 
 
ARANHA 0,40% 3.724,99 11,50 
XAXADO 2,62% 24.695,32 11,50 
CAPA CONTRA-FILÉ 2,55% 24.005,51 11,50 
OSSO DA ALCATRA 1,05% 9.933,31 11,50 
OSSO REJEITE 1,71% 16.141,63 11,50 
OSSO SABAO 12,91% 121.683,09 11,50 
PERNA 5,88% 55.461,00 11,50 
COSTELINHA 1,81% 17.107,37 11,50 
Fonte: Dados da pesquisa 
 
A Tabela 2 demonstra o rateio dos custos de acordo com as quantidades 
produzidas. Observa-se que os custos para todos os produtos são iguais, o que 
torna esse método ineficaz para empresa alvo do estudo, já que possui uma 
liquidez variável para cada produto e um preço que varia muito de acordo com 
o corte. Assim, a mesma teria um prejuízo muito elevado para alguns produtos, 
o que não condiz com a realidade e não demonstra nenhuma informação 
significativa para a tomada de decisão. 
 
Tabela 3 – Rateio pelo valor de mercado 
CUSTOS CONJUNTOS 942.699,06 TOTAL CUSTO UNIT. 
 ALCATRA 11,57% 109.110,04 15,23 
 PICANHA 4,52% 42.571,76 18,29 
 COXÃO DURO 14,54% 137.066,02 13,66 
 PATINHO 10,39% 97.954,86 14,10 
 COXÃO MOLE 19,09% 179.988,26 14,97 
 MUSCULO DA CHÃ 3,31% 31.179,90 10,96 
 OSSO DO PATINHO 0,34% 3.212,63 4,78 
 FILÉ MIGNON 8,04% 75.759,76 25,25 
 CONTRA-FILÉ 16,48% 155.349,31 15,23 
 CARNE MOÍDA 0,73% 6.866,66 11,92 
 FRALDINHA 2,89% 27.233,07 10,96 
 ARANHA 0,39% 3.665,00 11,31 
 XAXADO 0,99% 9.352,41 4,35 
 CAPA CONTRA-FILÉ 2,43% 22.891,57 10,96 
 OSSO DA ALCATRA 0,40% 3.761,86 4,35 
 OSSO REJEITE 0,26% 2.432,99 1,73 
 OSSO SABAO 0,10% 921,66 0,09 
 PERNA 2,79% 26.254,68 5,44 
 COSTELINHA 0,76% 7.126,64 4,79 
Fonte: Dados da pesquisa 
 
No método apresentado na Tabela 3, a distribuição dos custos conjuntos 
é feita proporcionalmente à participação dos produtos na receita. Quanto maior 
o preço de venda de um produto, mais custos ele irá receber. Observa-se que 
cada produto possui um custo unitário diferente, possibilitando ao gestor 
observar mais claramente qual o custo unitário por produto. Isso pode ser 
30 
 
usado estrategicamente, tornando esse rateio uma importante ferramenta 
gerencial. 
 
Tabela 4 – Rateio empírico da empresa 
CUSTOS CONJUNTOS 924.075,00 PEÇA PREÇO UNITARIO RECEITA 
ALCATRA 5,97 17,49 104,42 
PICANHA 1,94 21,00 40,74 
COXÃO DURO 8,36 15,69 131,17 
PATINHO 5,79 16,19 93,74 
COXÃO MOLE 10,02 17,19 172,24 
MUSCULO DA CHÃ 2,37 12,59 29,84 
OSSO DO PATINHO 0,56 5,49 3,07 
FILÉ MIGNON 2,50 29,00 72,50 
CONTRA-FILE 8,50 17,49 148,67 
CARNE MOÍDA 0,48 13,69 6,57 
FRALDINHA 2,07 12,59 26,06 
ARANHA 0,27 12,99 3,51 
XAXADO 1,79 5,00 8,95 
CAPA CONTRA-FILÉ 1,74 12,59 21,91 
OSSO DA ALCATRA 0,72 5,00 3,60 
OSSO REJEITE 1,17 1,99 2,33 
OSSO SABAO 8,82 0,10 0,88 
PERNA 4,02 6,25 25,13 
COSTELINHA 1,24 5,50 6,82 
Fonte: Dados da pesquisa 
 
A Tabela 4 mostra os coprodutos e subprodutos da produção, com os 
seus respectivos valores de venda que, multiplicados pelas médias das 
quantidades das peças de carne, resulta no seu rendimento. 
É desta forma que o empresário encontra seu rendimento, que no caso 
estudado é de 15%. Dessa forma, ele vai ajustando os preços de acordo com 
sua experiência, de modo que a receita seja suficiente para cobrir os custos e 
deixe uma margem de lucro aceitável. 
Como a empresa não aplica nenhum método de custeio, tudo é feito de 
forma empírica. O gestor já sabe, por experiência no ramo, qual margem deve 
aplicar para ter o lucro desejado. Assim, seu preço de venda é praticado de 
acordo com o mercado, e pode variarsua margem final do produto. 
O Quadro 3 apresenta um resumo para melhor entendimento. 
 
 
31 
 
Quadro 3 – Comparativo de rendimento Real x Contábil 
 
 TRASEIRO 
CUSTO DE 
AQUISIÇAO 
CUSTO 
TRASEIRO 
RECEITA 
TRASEIRO 
 
RENDIMENTO 
MÉTODO DA 
EMPRESA 68,33 11,25 768,71 902,14 15% 
MÉTODO 
CONTABIL 68,33 
VARIÁVEL POR 
PRODUTO 785,58 902,14 13% 
Fonte: Dados da pesquisa 
 
Esse quadro mostra que os custos conjuntos consomem cerca de 2% do 
rendimento da matéria-prima. Observa-se que a Bomfim não utiliza qualquer 
distinção de custo, portanto o único custo considerado é o de aquisição, sendo 
ele o de maior expressão. 
 
4.4 Gerenciamento contábil da Bomfim Ltda. 
Analisando o método da empresa, como já foi dito anteriormente, o 
administrador não utiliza nenhuma ferramenta gerencial, e também não há uma 
separação entre despesa e custo. O Quadro 3 mostra que a empresa pratica 
uma margem de 15%, que está relacionada com o preço de mercado e que, 
para o gestor, é suficiente para cobrir seus gastos e gerar a margem de lucro 
desejada. Com anos de experiência no ramo, o método torna a entidade 
sustentável por tentativa, oscilando entre erros e acertos. 
Analisando o método contábil, com a distribuição dos custos diretos, há 
uma diferença de 2% no rendimento, se comparado ao método utilizado pela 
empresa. Esse percentual, considerando o ramo de atividade e os volumes de 
faturamento, tem uma representatividade considerável. É possível que o gestor 
saiba que existe esse custo, mas ele não sabe o tamanho do impacto e sua 
mensuração na margem final do produto. Contudo, a empresa se manteria 
sustentável, pois o administrador sabe que a margem está de acordo com o 
que ele acha necessário para manter o funcionamento da empresa. 
 
32 
 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
A empresa sempre deve usar métodos que facilitem sua tomada de 
decisão, com isso ela terá uma gama de informações para saber qual caminho 
deve seguir, e se está agindo de maneira correta. 
Apesar de não apresentar um grande impacto no rendimento da Bomfim, 
o método de custeio do valor de mercado utilizado nesse trabalho pode servir 
como um caminho mais claro para o gestor. Observa-se que, com a utilização 
dos dados e aplicação dos métodos, a empresa pode deixar de funcionar 
baseada apenas no feeling do gestor, passando a ter uma visão mais técnica e 
clara de como está caminhando. 
Isso é notado quando se analisa o custo conjunto pelo valor de mercado, 
pois a entidade não sabia qual seu custo unitário por produto, muito menos 
quanto seus custos diretos impactavam no seu rendimento. 
Propõe-se que a Bomfim utilize essas informações para sua gestão, 
mesmo sabendo que a sua ideologia está mantendo a empresa, pois ela terá 
mais opções na sua tomada de decisão. 
Fica também como sugestão para trabalhos futuros a aplicação dos 
métodos de custeio em uma gama maior de produtos, fazendo paralelamente 
uma análise no impacto do lucro líquido da empresa. É necessário, também, 
compará-lo com os métodos utilizados pela entidade, já que ela também não 
usa ferramentas contábeis para estudo do seu lucro final. 
 
33 
 
REFERÊNCIAS 
 
ATKINSON, A. A.; BANKER, R. D.; KAPLAN, R. S.; YOUNG, S. M. 
Contabilidade gerencial. São Paulo: Atlas, 2000. 
BACKER, M.; JACOBSEN, L. E. Contabilidade de custos: Uma Abordagem 
Gerencial. 2. ed. São Paulo: McGraw-Hill, 1984. 
BORNIA, Antonio Cezar. Análise Gerencial de Custos: aplicação em 
empresas modernas. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2010. 
CASHIN, James A; POLIMENI, Ralph S. Curso de Contabilidade de Custos. 
São Paulo: McGraw-Hill, 1982. 
GIL, Antonio C. Como Elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 
1999. 
GOSSELIN, Maurics. A Review of Activity-Based Costing: Technique, 
Implementation, and Consequences. Handbook of Management Accounting 
Research. [s.l], 2007, p.641-671. 
HANSEN, Don R.; MOWEN, Maryanne M. Gestão de Custos: contabilidade e 
controle. Tradução Robert Brian Taylor. São Paulo: Pioneira, 2001. 
HORNGREN, Charles T. et al. Introdução à Contabilidade Gerencial. 5. ed. 
Rio de Janeiro: LTC, 1981. 
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA – IBGE. 
Disponível em: <http://www.ibge.gov.br>. Acesso em: 29 mar. 2015. 
INSTITUTO DOS AUDITORES INDEPENDENTES DO BRASIL – IBRACON. 
NPC nº 2, de 30/04/1999. Disponível em: 
<http://www.portaldecontabilidade.com.br/ibracon/npc2.htm>. Acesso em: 12 
abr. 2015. 
IUDICIBUS, S. de. Análise de custos. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1993. 
KAPLAN, Robert S.; ANDERSON, Steven R. Custeio Baseado em Atividades 
e Tempo: O caminho prático e eficaz para aumentar a lucratividade. Rio de 
Janeiro: Elsevier, 2007. 
LEONE, George S. G. Curso de Contabilidade de Custos. São Paulo: Atlas, 
1997. 
MAHER, Michael. Contabilidade de Custos. São Paulo: Atlas, 2001. 
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de custos. 10. ed. São Paulo, 2010. 
MARTINS, E.; ROCHA, W. Métodos de custeio comparados: custos e 
margens analisados sob diferentes perspectivas. São Paulo: Atlas, 2010. 
MATZ, Adolph; CURRY, Othel J; FRANK, George W. Contabilidade de 
Custos. São Paulo: Atlas, 1978. 
MOURA, Daniel. Custeio baseado em atividades. Disponível em: 
<http://pt.slideshare.net/danieljp/capitulo-7-abc-custeio-baseado-em-
atividades>. Acesso em: 20 maio 2015. 
NAKAGAWA, M. ABC: custeio baseado em atividades. São Paulo: Atlas, 1995. 
34 
 
NASCIMENTO, Diogo Toledo do. Padrões Contábeis Intercambiáveis entre 
os Métodos de Custeio por Absorção e Variável/Direto. São Paulo: 
FEA/USP, Dissertação de Mestrado, 1980. 
NEVES, Silvério das; VICECONTI, Paulo E. V. Contabilidade de Custos. São 
Paulo: Frase, 2001. 
NISWONGER, Clifford Rollin; FESS, Philip E. Princípios de Contabilidade. 
Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1977. 
OLIVEIRA, A. Proposta de implementação do custeio RKW para empresa 
HGF Designs Montadora de Capacetes Ltda. 2011. 
RICHARDSON, Roberto Jarry. Pesquisa Social: métodos e técnicas. São 
Paulo: Atlas, 1999. 
SANTOS, Joel J. Análise de Custos. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2000. 
VARTANIAN, Grigor H. O Método do Custeio Pleno: Uma Análise Conceitual 
e Empírica. São Paulo: FEA/USP, Dissertação de Mestrado, 2000. 
WARREN, C. S.; REEVE, J. M.; FESS, P. E. Contabilidade gerencial. 2. ed. 
São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2008. 
WERNKE, R. Gestão de Custos: Uma abordagem prática. 2. ed. São Paulo: 
Atlas, 2004. 
YIN, Robert K. Estudo de caso: planejamento e métodos. 2. ed. Porto Alegre: 
Bookman, 2002.

Continue navegando

Outros materiais