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A Constitucionalização Dos Direitos Humanos

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FATORES HISTÓRICOS 
Para compreender como foi incorporado os Direitos Humanos na Constituição, é 
necessário analisar o contexto histórico e conceitual do seu surgimento. 
Segundo Norberto Bobbio (1992, p. 5) afirma que: 
“Os direitos do homem, por mais fundamentais que sejam, são direitos históricos, ou 
seja, nascidos em certas circunstâncias, caracterizados por lutas em defesa de novas 
liberdades contra velhos poderes, e nascidos de modo gradual, não todos de uma vez e 
nem de uma vez por todas.” 
Compreendendo a necessidade de um estudo histórico a respeito dos direitos essenciais 
a pessoa humana para entender o seu surgimento na humanidade e buscando explicar a 
sua positivação dentro de um sistema jurídico, aceito pelo poder político e 
independentes da vontade destes. 
Diante de atrocidades e guerras que abalaram nações, os regimes ditatoriais e quedas de 
monarquias, que violaram os direitos humanos, onde foram tomadas medidas pelos 
Governantes na busca de evoluir à proteção do ser humano. 
Os Filósofos europeus da época do Iluminismo desenvolveram teorias da lei natural que 
influenciaram a adoção de documentos como a Declaração de Direitos de 1689 da 
Inglaterra, a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão de 1789 da França e 
a Carta de Direitos de 1791 dos Estados Unidos. 
Como foi citado acima um dos primeiros indícios dos Direitos Humanos foi a Carta 
Magna que estabelecia direitos relacionados a pessoa como “habeas corpus”, direito a 
propriedade, o devido processo legal. 
Porém, o surgimento dos direitos humanos deu-se com as lutas das classes, burgueses 
lutavam pela queda do absolutismo monárquico representado pela nobreza. 
A Revolução Americana representa bem esse período, onde colonos lutavam contra a 
desigualdade a que foram submetidos pela coroa inglesa, assim se iniciou a primeira 
manifestação do liberalismo. 
O artigo I da Declaração que “o bom povo da Virgínia” tornou pública, em 16 de junho 
de 1776, constitui o registro de nascimento dos direitos humanos na História. Que 
reconhece que todos os homens são igualmente vocacionados, pela sua própria natureza, 
ao aperfeiçoamento constante de si mesmos e a busca da felicidade está relacionada à 
própria condição de ser humano. Um razão universal, como a própria pessoa humana. 
Foi o primeiro documento a afirmar os princípios democráticos na história política 
moderna, o primeiro documento político que reconheceu, a par da soberania popular, a 
existência de direitos inerentes a todo ser humano, independentemente das diferenças de 
sexo, raça, religião, cultura ou posição social. 
A promulgação dessa declaração foi importante para impulsionar a luta pela proteção 
aos direitos do homem em outros países. Ocasionando outras revoltas como a 
Revolução Francesa que tinha como lema “liberdade, igualdade e fraternidade” 
A Revolução Francesa foi o ápice da garantia de direitos por meio da promulgação da 
Declaração dos Direitos Homem e do Cidadão. Em que consiste na garantia de direitos 
civis e políticos, tais como liberdade, propriedade, segurança e igualdade perante a lei, 
tratando-se de direitos subjetivos, relacionados a cada cidadão. 
Diante da barbárie da Segunda Guerra Mundial, começou um movimento de 
internacionalização dos direitos humanos, portanto os direitos humanos deixaram de ser 
restrito aos Estados e passou a ser universal. 
Segundo. Fábio Konder COMPARATO : 
após três lustros de massacres e atrocidades de toda sorte, iniciados com o 
fortalecimento do totalitarismo estatal nos anos 30, a humanidade compreendeu, mais 
do que em qualquer outra época da história, o valor supremo da dignidade humana. O 
sofrimento como matriz da compreensão do mundo e dos homens, segundo a lição 
luminosa da sabedoria grega, veio a aprofundar a afirmação histórica dos direitos 
humanos. 
O processo de internacionalização tem restringido a soberania estatal, justificando 
que o Estado é o principal violador dos direitos humanos, com a Carta das Nações 
foi criada a ONU (Organização das Nações Unidas) para universalizar os direitos 
humanos, cujo objetivo declarado é facilitar a cooperação em matéria de direito 
internacional, segurança internacional, desenvolvimento econômico, progresso 
social, direitos humanos e a realização da paz mundial. 
Segundo, Kant e sua enunciação remota: 
 
O sistema internacional de proteção aos direitos humanos, construído posteriormente à 
Segunda Guerra Mundial, caracteriza-se por ser uma resposta à emergência, no período 
entre guerras, de diferentes regimes totalitários, aos quais se atribuía, em grande parte, a 
responsabilidade pelo conflito que havia abalado o mundo. Dessa forma, a compreensão 
do fenômeno totalitário é pressuposto do entendimento em torno do sentido e do alcance 
desse sistema protetivo. 
 
DECLARAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS DE 1945 
Tecnicamente sem nenhuma força jurídica, apenas uma recomendação da assembléia 
Geral das Nações Unidas, e retomando as idéias da Revolução Francesa e, 
principalmente sob os impactos das perversidades cometidas na Segunda Guerra 
Mundial, foi redigida a Declaração dos Direitos Humanos a 10 de dezembro de 1948, 
tendo como reconhecimento a trindade de valores supremos a igualdade, fraternidade e 
liberdade entre os seres humanos. 
Constatamos no seu artigo 1º da Declaração Universal dos Direitos Humanos que todas 
as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos. Todos somos dotados de 
razão e devemos agir em relação uma das outras com espírito de fraternidade, ou seja, 
esta ai contida no artigo 1º a tríade igualdade, liberdade e fraternidade, mas constatamos 
que estes princípios são exercidos com plenitude apenas em nossos pensamentos. Pois 
impera na sociedade atual uma imensa desigualdade, principalmente no que tange a 
distribuição de rendas, que é tão desigual e desumana. 
No seu 2º artigo a declaração fala sobre a liberdade, mas como disse antes liberdade 
temos apenas no ato de pensar, e na maioria das vezes não podemos nem exteriorizar 
nossos pensamento em palavras, pois já somos julgados e, condenados pela sociedade. 
No seu artigo 3º a declaração diz que toda pessoa tem direito à vida, a liberdade e a 
segurança pessoal. Basta ligarmos a televisão em qualquer noticiário, abrirmos os 
jornais, nas capas de revistas, constataremos que a violência é crescente, e que nunca, na 
história da humanidade, tais direitos foram tão desrespeitados. 
No seu artigo 4º nos diz que ninguém será mantido como escrava, lembra-nos que 
findou-se a escravidão. Mas o que vemos é inacreditável, filhos são mantidos escravos 
pelos próprios pais, trabalhadores são mantidos como escravos nas fazendas, e todos 
somos escravos de um sistema ingrato, desleal e desumano, onde o mais pobre é o que 
mais sofre. 
No artigo 5º a declaração diz que ninguém poderá sofrer qualquer espécie de tortura, 
nem a tratamento ou castigo cruel, desumano ou degradante. Convido à todos para 
irmos à África, ou nas periferias e favelas da América Latina, ou nos bairros pobres de 
nossas cidades. O que constataremos? Sofrimentos, torturas, desigualdades, etc, etc... 
Infelizmente constatamos que todos os artigos da Declaração Universal dos Direitos 
Humanos de 1948 são desrespeitados. Paises estão criando leis que cada vez mais 
promovem a desigualdade entre os seres humanos, infringindo assim cada artigo da 
referida declaração. Principalmente no que tange ao 30º artigo da declaração, onde está 
instituído que nenhum Estado, grupo ou pessoa pode exercer qualquer atividade ou 
praticar qualquer ato destinado à destruição de qualquer dos direitos e liberdades 
estabelecidos na referida declaração 
Na Constituição Federal de 1988, encontramosnela inseridos os direitos e garantias 
fundamentais no seu artigo 5º , que é o de maior importância da Constituição brasileira. 
Reza o mencionado artigo: “Art. 5º , caput: Todos são iguais perante a lei, sem distinção 
de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no pais 
a inviolabilidade do direito a vida, a igualdade, a segurança e à propriedade, nos termos 
seguintes: 
 
OS DIREITOS HUMANOS NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 
A expressão “diretos humanos” e “direitos fundamentais”, às vezes confundidos e 
utilizados em sinônimo, em relação ao conteúdo não tem distinção. Entretanto, os 
direitos fundamentais são necessários para uma vida digna a um individuo diferente dos 
direitos humanos que tem abrangência maior. 
A confusão entre direitos fundamentais e direitos humanos, acontece porque a maioria 
dos direitos fundamentais é aplicada aqueles direitos humanos e positivados pelas 
constituições, sobretudo o princípio da dignidade da pessoa humana 
A dignidade humana e os direitos fundamentais vêm construindo princípios 
constitucionais exigentes de justiça e valores éticos, como um suporte a todo o sistema 
jurídico brasileiro. Na constituição de 1988 esses valores são dotados de força 
expansiva servindo como critério interpretativo de todas as normas do ordenamento 
jurídico. 
A dignidade é o fundamento que irradia todos os direitos fundamentais, por assegurar o 
preenchimento dos mesmos. 
Entre muitos aspectos desenvolvidos no Texto de 1988, observa-se que o valor da 
dignidade humana informa a nova ordem constitucional, pois a partir disso ocorre uma 
reaproximação da ética e do direito, surgindo então os princípios que muito são 
ressalvados durante a Constituição. 
Além dos direitos fundamentais inscritos no texto constitucional, incluem-se todos os 
outros necessários para preservar e promover a dignidade da pessoa humana. Nesse 
sentido, não se pode olvidar que, além das normas constitucionais brasileiras, existe a 
possibilidade de o Brasil aderir a tratados e convenções internacionais. O disposto no 
parágrafo 3º do artigo 5º trata da interação entre o ordenamento jurídico pátrio e os 
tratados internacionais de direitos humanos, possibilitando ao Brasil a 
constitucionalização de direitos reconhecidos e resguardados no âmbito internacional. 
A inserção dos direitos humanos como direitos fundamentais no ordenamento pátrio é 
de suma importância para a efetivação do princípio da dignidade da pessoa humana. 
Nessa medida, a Constituição Federal de 1988 garantiu um extenso rol de direitos 
sociais na proteção dos cidadãos brasileiros, o que só foi possível por meio do 
fenômeno da constitucionalização dos direitos humanos. 
 
ASPECTOS IMPORTANTES PARA A SOCIEDADE 
Como já foi referido antes, o Estado é o principal violador dos direitos humanos. A 
autoridade estatal são tão dominantes que os direitos humanos frequentemente são 
concebidos como um conjunto de princípios. 
Acima de tudo, o respeito aos direitos humanos é responsabilidade de indivíduos. 
Mesmo os maiores abusos contra os direitos humanos são cometidos freqüentemente, 
ainda que nem sempre, por falha de um indivíduo. 
 
 
 
CONCLUSÃO 
Conclui-se que diversos momentos históricos contribuíram para a proteção dos direitos 
humanos ao longo do tempo. 
Portanto, o objetivo dos direitos humanos é em relação aos seus princípios que tem por 
finalidade a observância a proteção da dignidade da pessoa humana, abrangendo todos 
os seres humanos.

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