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MANDADO DE INJUNÇÃO 3.167 DISTRITO FEDERAL
RELATOR : MIN. GILMAR MENDES
IMPTE.(S) :SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS 
MUNICIPAIS DE SANTO ANDRÉ 
ADV.(A/S) :RICARDO QUINTAS CARNEIRO E OUTRO(A/S)
IMPDO.(A/S) :PRESIDENTE DA REPÚBLICA 
ADV.(A/S) :ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO 
IMPDO.(A/S) :PRESIDENTE DO SENADO FEDERAL 
IMPDO.(A/S) :PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOS 
IMPDO.(A/S) :PREFEITO DO MUNICÍPIO DE SANTO ANDRÉ 
DECISÃO: Trata-se de mandado de injunção coletivo impetrado pelo 
Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Santo André 
(SINDSERV). 
Sustenta-se a mora do dever de regulamentação, pelas autoridades 
impetradas, do previsto no art. 37, X, da Constituição Federal, referente à 
revisão geral anual da remuneração dos servidores públicos, instituída 
pela EC 19, de 4.6.1998. 
Alega o sindicato que está assegurada, neste dispositivo 
constitucional, a revisão geral anual de remuneração, proventos e 
pensões, mediante lei específica.
Assim, requer o impetrante a concessão do writ, de modo a ver 
sanada a alegada omissão legislativa pelo Presidente da República, 
mediante a edição de norma regulamentar sobre a incidência de índices 
de reposição inflacionária dos vencimentos dos impetrantes. 
Intimada, a Procuradoria-Geral da República prestou informações 
(eDOC 30), manifestando-se pela remessa dos autos ao Tribunal de 
origem, haja vista tratar-se de regulamentação legislativa de servidores 
municipais, e não federais, escapando, nesse sentido, da competência do 
Supremo Tribunal Federal insculpida no artigo 102, I, da Carta Magna.
Decido.
De fato, a competência para o julgamento do mandado de injunção 
pelo Supremo Tribunal Federal restringe-se àqueles cuja elaboração da 
norma regulamentadora seja atribuição do Presidente da República, do 
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3130486.
MI 3.167 / DF 
Congresso Nacional, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, das 
Mesas de uma dessas Casas Legislativas, do Tribunal de Contas da União, 
de um dos Tribunais Superiores, ou do próprio Supremo Tribunal 
Federal. 
No caso, por se tratar de sindicato que representa os interesses de 
categoria de servidores públicos municipais, não há que se alegar 
omissão legislativa, nem mora do Presidente da República, nem do Poder 
Legislativo federal (Presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado 
Federal).
Nesse sentido, transcrevo, no que interessa, o parecer da 
Procuradoria-Geral da República (e DOC 30):
“A competência para o julgamento do mandado de 
injunção é definida pelo órgão ou autoridade a que caiba a 
edição da norma regulamentadora.
Tratando-se de sindicato que representa servidores 
públicos municipais, não há que se invocar mora do 
Presidente da República, juntamente com os Presidentes da 
Câmara dos Deputados e do Senado Federal, cujas 
competências restringem-se a deflagrarem o processo 
legislativo de leis que disponham sobre a revisão geral anual 
dos servidores da União e Territórios.
Consoante o disposto no inciso X, artigo 37, da 
Constituição Federal e em respeito ao princípio da simetria, há 
que ser observada a iniciativa privativa do Chefe do Poder 
executivo local para a elaboração da lei reclamada, do que 
decorre a incompetência dessa Corte Suprema para processar e 
julgar a ação injuncional por ser autoridade que não se encontra 
incluída no rol taxativo elencado na alínea q, inciso I, artigo 102, 
da Constituição Federal.
Dessa forma, considerando as informações dos autos, o 
artigo 74, inciso V, da Constituição Estadual de São Paulo 
prevê a competência do Tribunal de Justiça do Estado para 
processar e julgar originariamente os mandados de injunção 
decorrentes da inexistência de norma regulamentadora 
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Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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MI 3.167 / DF 
estadual ou municipal, delimitando-se, portanto, a 
competência para o presente mandado de injunção”. (grifei) 
(eDOC 30)
Assim, considerando que a Constituição Estadual de São Paulo 
prevê em seu art. 74, V, a competência do Tribunal de Justiça do Estado 
para processar e julgar originariamente os mandados de injunção 
decorrentes da inexistência de norma regulamentadora estadual ou 
municipal, não cabe ao Supremo Tribunal Federal o julgamento do 
presente mandado de injunção.
 
Ante o exposto, nego seguimento ao mandado de injunção, e 
determino a remessa dos autos ao juízo competente, o Tribunal de Justiça 
do Estado de São Paulo, para que aprecie seu pedido.
Publique-se.
Brasília, 22 de novembro de 2012.
Ministro GILMAR MENDES
Relator
Documento assinado digitalmente
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Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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